sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobre a idolatria evangélica

Do Blog Um blog para quem enxerga
O evangélico é idólatra e o nível de idolatria assusta! Basta o cantor (ou pregador) ser famoso e pronto, está deflagrado o processo idólatra. Olhinhos brilhando, tietagem, lágrimas, milhares de fotos, celulares brotando do chão, em alguns lugares gritos eufóricos tiram Cristo do foco e assassinam o sagrado.

A mentalidade evangélica do show não é mais novidade - e a idolatria também não - tanto que já não choca, não "escandaliza" ninguém. Já não se respeita o lugar do culto, a ambiência do sagrado, o momento da adoração. O que importa é tirar fotos com o ídolo, abraçar, chorar, entronizar o novo deus do instante.

Os chamados "artistas gospel" adoram isso tudo! Basta ver em seus rostos a expressão de êxtase por estarem na mira dos holofotes. Notei o modus operandi desses deuses de hoje: as mesmas técnicas dos "artistas" seculares em seus shows: "Joga a mão pra cima!" Enquanto o "culto" se desenrola em sua forçada normalidade, o povo tenta esconder sua alarmante ansiedade pelo show, até que chega o momento esperado: "com vocês: o nosso deus!" E o povo... abraça a idolatria em sua mais nefasta expressão - a substituição do Deus verdadeiro pela cópia bizarra do momento.

Eugene Peterson escreveu: "Gostamos dos ídolos porque gostamos secretamente da ilusão de controlá-los. São deuses destituídos de divindade para que nós possamos continuar a ser deuses de nós mesmos. A adoração de ídolos (em todas as dimensões: céu, terra, embaixo da terra) sempre foi o jogo religioso predileto. A adoração de ídolos é o vazio batizado de espiritualidade" Dt. 5. 8-10.

Não preciso lembrar que a idolatria é um pecado que fere profundamente o coração de Deus, preciso? O grande problema na adoração aos ídolos é a inversão teológica que é feita. Passa-se a adorar o objeto criado ao invés do Criador de todas as coisas (Rm. 1.19-23). Alguns estudiosos trabalham com a ideia de que o deus de uma pessoa é aquilo a que ela dedica seu tempo, seus bens e seus talentos; aquilo a que ela se entrega. A ideia teológica dessa linha de pensamento é a de que sempre que alguém, ou algum objeto, ou até mesmo alguma função ocupa o lugar central em nosso coração, mente e intenção, torna-se um ídolo, porque tomou o lugar que pertence a Deus (Mt. 22.37).

Não há problema em gostar do trabalho de alguém, ou mesmo tirar uma foto com ele(a), mas a questão é: Qual é a intenção em celebrar tão desesperadamente alguém? Em matéria de idolatria, todo cuidado é pouco.

A W Tozer disse: "Um ídolo na mente é tão ofensivo a Deus quanto um ídolo na mão".

Até mais...

2 comentários:

  1. O que acontece é o desespero evangélico. A ea chegou ao fim. Só fica de pé o que é de DEUS e assim não é por acaso que por mais de 2.000 anos prevalece a Igreja Católica. O desespero tomou conta de todos. Quem não fizer show perde fiéis. É imprescindível novidades de toda ordem para atrair clientes. Mais o maior problema evangélico é a idolatria a Bíblia. E pior, como cada qual pode intepreta-la de forma privada, basta um evangélico discordar de outro que já surge o embrião de uma nova denominação. E nós sabemos que reino algum divido contra si mesmo pode manter-se de pé. A Bíblia diz que somente a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade e condena também as interpettações particulares. Para que a Bíblia fosse a única fonte de revelação, seria no mínimo indispensável que ela falasse de si mesmo nesse sentido. E não fala. Fala que a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade. O problema que igreja alguma, com exceção da católica, pode ser a Igreja da qual fala a Bíblia. Assim, o evangélico finge não ler o texto e continua fundando mais e mais denominações e criaram a Igreja invisível que também não é bíblica para justificarem suas teorias, teologias e rebeldias. A era evangélica chegou ao fim. Em menos de 5 anos o número de evangélicos será reduzido drásticamente. Seus líderes sabem disso e entraram no desespero. Todos precisam de clientes o quanto antes e arrecadar tudo o que for possível, pois o tempo é curto.

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  2. A idolatria evangélica é feita pelo crente a si mesmo.Uma das contestações de Lutero seria a infabilidade papal.O papa não deveria ser tido como infalível na interpretação da Bíblia.O crente interpreta a Bíblia por conta própria e faz de si,mestre de si mesmo.Contrariado a partir da leitura que fez,deixa uma denominação por outra.Por vezes funda uma nova.Dividem-se.Não tem evangélico que admita interpretação alheia.Ele é o melhor intérprete da Bíblia.Ele que não aceita a infabilidade do papa,torna-se um Super Papa, admitindo apenas a sua interpretação e fazendo-se sábio aos seus próprios olhos torna-se "infalível"para si próprio.Uns atacam os outros de hereges,pois todos pensam ter condições de intepretar as escrituras.A Bíblia é usada para que cada crente firme suas convicções pessoais.A adoração se faz a si próprio.É comum ouvir de um crente a expressão:"falta conhecimento bíblico ao fulano."Ele é que tem conhecimento bíblico.O crente é idolo de si mesmo.Seria salvo quem melhor interpretar a Bíblia.A Bíblia é usada para escolha de denominações,pastores e doutrinas que se pretende seguir.O crente é salvo por méritos próprios.Tudo depende dele.Tudo depende da leitura que ele faz da Bíblia.Jesus morreu na cruz,sofreu, padeceu e depois nos teria deixado por conta própria.E o interessante é que a Biblia não fala de si como a única fonte de revelação.Paulo orienta que guardemos as tradições de tudo que nos foi ensinado.A Bíblia proíbe ainda a interpretação privada(Pedro)e destaca a Igreja como coluna e sustentáculo da verdade(Timóteo).O crente faz tudo diferente do que a Bíblia ensina.O crente "infalível" julga todas as coisas.Quem é herege,doutrinas bíblicas e doutrinas espúrias. De Lutero seguem apenas aquilo que lhes pareça conveniente.Não fosse assim, tendo sido Lutero "levantado"por DEUS para corrigir os erros do catolicismo,todos seriam luteranos.Ou quem é tolo o suficientepara continuar reformando aquilo que DEUS já teria reformado ?
    O crente é que determina para si próprio que doutrina deve seguir.Pega um pouco de Lutero, um pouco de calvino,um pouco de cada pregador famoso.Pega ainda a sua interpretação privada e estabelece sua doutrina.Quem não segue como ele é herege e tem pouco conhecimento bíblico.O próprio Lutero disse que quem não crê como ele está condenado ao inferno.Acrescentou o heresiarca que o juízo dele e o juízo de DEUS são a mesma coisa.Quando resolve atacar o catolicismo o crente é literal.Diz o crente: "onde está na Bíblia a doutrina do purgartório ?"O católico lhe pergunta por que não crê na Eucaristia se a Bíblia diz que devemos comer da carne e beber do sangue do Senhor ? o crente que tinha sido literal na acusação é subjetivo na resposta que dará ao católico.Depois volta a ser literal e pergunta ao católico onde está na Bíblia que devemos batizar crianças ?O católico lhe pergunta por que ele rejeita Pedro?Ele que havia sido literal recorre ao grego para provar que Pedro não era a Pedra.Contestanto seus próprios irmãos ele usa o aramaico, usa o hebraico, recorre a Lutero,Calvino.E depois de tudo isso ele diz que é facil interpretar a Bíblia. Quantos protestantes conhecem a fundo as doutrinas luteranas e calvinistas ?Quantos crentes dominam o grego, aramaico ou hebraico ?Por ser de dificil interpretação é que o eunuco da Bíblia diz: "como posso entender as escrituras se ninguém me explica ?"O apóstolo Pedro esclarece que os ignorantes tentando interpretar a Bíblia acabam por condenar-se a si próprios.O que fazem os "super papas" "infalíveis" ?Ignoram a Bíblia e administram as suas doutrinas particulares. Pela leitura privada que fazem dos textos sagrados entendem que podem julgar todas as coisas.Não é de se estranhar que se dividam.E todos sem exceção se julgam certos e inspirados pelo Espírito Santo.Utilizando-se da Bíblia dizem-se certos os defensores da teologia da prosperidade e o mesmo seus adversários.Os que guardam os sábados chamam de hereges os que guardam o domingo e vice-versa.

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