sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Aldo defende critério único em bebida em estádios

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tentou evitar, nesta quarta-feira, dar uma opinião efetiva sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, mas defendeu que seja definido um critério único sobre o assunto. A medida hoje é proibida por regulamentos da CBF e por algumas leis estaduais, mas pode ser liberada pela Lei Geral da Copa, em discussão na Câmara dos Deputados. O relatório apresentado na quarta-feira, e que deve ser votado na próxima semana, prevê a liberação da venda e do consumo de bebidas alcoólicas apenas em bares, restaurantes e camarotes nas arenas, sem que seja permitida a circulação com copos e garrafas nos espaços comuns.


Em audiência na Comissão de Turismo e Desportos da Câmara dos Deputados, Aldo disse que cabia ao Congresso discutir o assunto, mas afirmou que a pressão de certos grupos poderia levar até ao banimento das bebidas alcoólicas.
- Daqui a pouco, pela marcha da posição de certas corporações, nós vamos terminar banindo também a bebida alcoólica do Carnaval, da sociedade. Não duvido que se marche nesse caminho.
Rebelo afirmou que é preciso haver equilíbrio e ponderação na liberação ou proibição da venda. Ele lembrou que muitos estádios são e serão utilizados como arenas multiuso, recebendo shows e convenções.
- Durante a partida não pode ter bebida e durante o show da Madonna pode ter? No mesmo estádio? É preciso que se decida, que se pondere. Durante a convenção dos profissionais A, B ou C, pode-se consumir bebida alcoólica, mas durante o jogo do Plameiras com o CRB não pode? Esses critérios têm que ser resolvidos com equilíbrio.
Aldo também citou o Carnaval ao defender que o controle da segurança pública durante a festa pode ser até mais complicado do que o realizado em jogos de futebol. E, como já fez na última semana, citou o Carnaval do Rio de Janeiro ao alegar que o Brasil seria capaz de receber a Copa mesmo que o Mundial ocorresse em dois meses.
Sem disputa com a Fifa

O ministro negou que exista qualquer disputa entre o governo brasileiro e a Fifa na organização da Copa. Ele chegou a elogiar a entidade, e negou que exista qualquer tipo de tentativa de "ocupação" do Brasil pela Fifa.

- Eu já disse que nem vejo a Fifa como uma espécie de Otan do futebol disposta a ocupar as nações frágeis e nem vejo o Brasil como um enclave colonial a disposição do primeiro colonziador de plantão. Eu vejo a Fifa como uma instituição que construiu sua reputação com base em uma virtude que é a de reunir o maior número de países. Então a Fifa deve ser respeitada pelas suas qualidades e pelas suas virtudes.
Questionado pelos deputados acerca de alertas feitos pelo Tribunal de Contas da União, Aldo reafirmou a confiança de que será cumprido o cronograma de obras para o Mundial. Sobre a opinião do ministro do TCU, Valmir Campelo, que disse temer pelo legado das obras de mobilidade urbana que estão sendo realizadas para 2014, Aldo disse que o ministro não se baseou em nenhum documento para tal - a despeito da frase estar incluída em relatório que tratava do andamento das obras para o Mundial.
- Essa opinião de fato não está baseada em documento nenhum. É uma opinião legítima, mas não é uma opinião de um planejador urbano. Ou seja, não há de fato um documento a lastrear os riscos sobre o legado das obras, principalmente de mobilidade urbana da Copa.
Fonte: A Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário