sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Juízes e jornalistas: o Brasil dos intocáveis

Por Nirlando Beirão

Há duas categorias no Brasil acima de qualquer lei: a dos juízes e a dos jornalistas.

Podem tudo – e para vigiá-los a sociedade não pode nada.

É fácil acusar os outros poderes das mais diversas falcatruas. É fácil, e é importante.

Legislativo e Executivo são diariamente escrutinados pelo faro de repórteres ávidos por uma denúncia. Colunistas propagam, sem provas, as mais clamorosas injúrias. Quando flagrados na má fé, argumentam que são os donos da verdade.

Mas quando se trata de esclarecer malfeitos praticados pelos juízes (corrupção ativa e passiva, mesmo nas mais altas esferas da Magistratura) ou pelos jornalistas (calúnias infundadas, fuzilaria moral, desinformação propositada), aí é um Deus nos acuda.

No caso da imprensa, o recurso é manjado: criticá-la é querer exercer a censura, é contariar a liberdade de opinião.

Existem leis que punem as contravenções da imprensa. Mas a imprensa é tão poderosa e tão estridente que estou para conhecer juiz com compostura cívica e coragem ética para enfrentar uma manchete desfavorável do Jornal Nacional ou do Estadão.

No caso da Justiça, até parecia que havia uma maneira de um país saber – e eventualmente punir – os crimes de toga. Existe um Conselho Nacional de Justiça com supostos poderes de investigar denúncias contra membros da corporação (nem pensar em Conselho Nacional de Jornalismo, né mesmo?).

O espetáculo que atualmente presenciamos é da blindagem dos suspeitos da magistratura construída por membros do mais alto tribunal. Investigar abertamente a Justiça é um ato de lesa-pátria, esperneam os protegidos do silêncio.

São 500 juízes e desembargadores – de 22 tribunais espalhados pelo país afora – que entraram no rol dos investigados pela Corregedora do CNJ: ministra Eliane Calmon.

O que fez o Supremo, na voz ilibada do ministro Marco Aurélio Mello? Decretou a censura das denúncias.
É como no livro A Privataria Tucana, do Amaury Ribeiro Jr. Em vez de se apurarem as gravíssimas acusações, tenta-se desqualificar o acusador.

As entidades da máfia, perdão, da classe agradecem.

Fonte:  notìcias r7

3 comentários:

  1. Por que será q o governo do PT - q domina o poder no país há 9 anos e agora tem 82,5% dos congressistas a seu favor na "base aliada" - não apura as tais denúncias desse livro infame? Nem uma sindicância foi aberta até agora. É óbvio que todos sabem q esse livro é uma escandalosa fraude para defender o PT no lamaçal em que o governo está, com tantos ministros despencando num efeito dominó devido a acusações de malversação de dinheiro público como nunca se viu antes neste país. Valéria Prochmann

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  2. Minha cara Valéria, vc leu o livro? sabe que o Deputado Protógenes Queiroz (PCdoB/SP está promovendo a CPI "A Privataria Tucana", as redes sociais através da mídia altenativa e progressista faz a pressão? Vc tá lendo o quê? O PIG? Minha amiga não seja assim. entenda a matéria. Talvez estejamos falando a mesma língua. É isso?
    Um abraço!

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