terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Relatório da Funai: Morte de criança Awá-Gwará é boato.

Por Lissandra Leite, jornalista

A Coordenação Regional da Funai em Imperatriz liberou, no início da noite de hoje (09), uma “Nota de esclarecimento” com os resultados da visita da comissão que foi investigar a denúncia do possível assassinato de uma criança indígena da etnia Awá-Gwará em Arame-MA. O relatório conclui que a denúncia “não passou de um boato infundado, uma mentira” e que nunca houve corpo carbonizado, nem filmagem. A visita, iniciada na sexta e finalizada somente no domingo, concluiu também que os Awás continuam circulando na terra indígena Araribóia.

A fonte principal ouvida pelos servidores da Funai foi o índio Clóvis Guajajara, citado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) como um dos autores da denúncia ao órgão. Segundo o indígena, tudo realmente não passou de um boato. O relatório não esclarece, entretanto, se o índio realmente fez as denúncias, equivocadamente, ao CIMI ou a jornalistas, no início de novembro. Também não fica claro se a comissão chegou a visitar o local do acampamento onde estaria o grupo awá-gwajá.

Durante a visita, a comissão flagrou um caminhão madeireiro que seguia para abastecimento dentro da área Araribóia. O caminhão era dirigido por um indígena já reincidente na retirada ilegal de madeira, que relatou que a madeira a ser retirada “teria como destino as serrarias do senhor Miguel e do senhor Paulo no município de Grajaú-MA”.

Não foi possível fazer ouvir o CIMI sobre a nota da Funai.

Vamos aguarda o relatório da Polícia Federal que está apurando, veja aqui.

Veja o relatório completo da Funai aqui

Fontes: Blogs Luís Nassif Online, Vi o Mundo e Conexão Brasília - Maranhão

Um comentário:

  1. Isso enfatiza a necessidade da midia ter caltéla com respeito ao CIMI.No seu desejo de chamar a atenção para a causa indígena se apressa em divulgar ou quem sabe inventar estória!

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