domingo, 29 de julho de 2012

Vinhais Velho, luta de classes!


Lendo atentamente uma postagem bastante informativa do meu companheiro e blogueiro Ed Wilson, pude observar que as investidas do governo de Roseana em querer fazer na marra uma avenida para os ricos de forma não respeitosa e os pobres que estão na luta em defesa do seu território é um grande exemplo da “luta de classes”, no confronto legítimo entre os opressores representados pela oligarquia contra os oprimidos representados pelos moradores e os defensores dos direitos humanos.

Essa luta corresponde nada mais nada menos que a luta pelo poder nos terrenos econômico, ideológico e político.

A comunidade do Vinhas Velho composta por poucas casas e poucas famílias e com uma área  que representa um dos principais patrimônios da história de São Luís com grande potencial turístico e isso não representa nada a elite conservadora e oligarca do nosso estado.

Vale lembrar que toda nossa cidade São Luís de 400 anos é Patrimônio Cultural da Humanidade, não se restringe só a área do reviver.

 “Antigo território dos índios tupinambás, no Vinhais Velho foi edificada, desde 1612, a igreja de São João Batista. Na vila foi instalada a primeira missão jesuítica do Maranhão. O local é também um sítio arqueológico e Patrimônio Cultural Brasileiro”, pontuou Ed Wilson.

Segue uma parte do texto do blogueiro Ed Wilson onde com mais clareza, você consegue observar uma verdadeira luta de classes:

Se quisesse fazer obras estruturantes para atenuar o problemático trânsito de São Luís, a governadora Roseana Sarney (PMDB) deveria priorizar os locais de fluxo intenso, como os retornos do aeroporto, São Cristóvão e Forquilha, onde é urgente a construção dos elevados.

Mas, em vez disso, o governo toca uma obra de luxo – a Via Expressa – cujo principal objetivo é interligar os shoppings da cidade e estimular a especulação imobiliária no entorno da avenida.

O(a) leitor(a) sabe quem serão os principais beneficiários desses empreendimentos.

As elites retrógradas que dominam o Maranhão anularam os espaços públicos de convivência para obrigar a população a freqüentar os shoppings e enriquecer ainda mais seus donos – sócios dos grandes negócios políticos no estado.

Destruíram as praças e seus sentidos como centros informais de convenções, lugares de encontro das pessoas, das trocas simbólicas, do trânsito humano, da vivência comunitária; enfim, da política.

Os territórios da urbanidade, as áreas verdes, os ambientes da humanização, dos encontros interpessoais e das formas de vida que produzem a política cotidiana foram dizimados em São Luís.

E uma etapa mais agressiva está em curso – a inviabilidade das praias da ilha toda – por uma ação agressiva da Caema, na gestão de Ricardo Murad, cunhado de Roseana Sarney.

Sem áreas de convivência nos bairros e no centro, com as praças destruídas, os terrenos baldios transformados em lixões e as praias poluídas, o morador de São Luís é coagido a freqüentar os shoppings e deglutir fast food nas praças de alimentação.

E qual a principal utilidade da Via Expressa? Ligar os shoppings Tropical, Jaracaty e da Ilha.

É por isso que o governo Roseana Sarney mandou a tropa de choque da Polícia Militar destruir a barricada dos moradores do Vinhais Velho.

No velho Maranhão, o poder público garante os interesses privados da oligarquia.


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