terça-feira, 11 de setembro de 2012

Preocupado com a educação, blog entrevista Júlio Guterres candidato a vereador de São Luís.


Júlio Guterres,  promessa de
 voz firme na câmara municipal
O nosso blog está preocupado e trabalhando que a sociedade entenda o caos que a nossa cidade passa na área de educação, como a falta de aulas, obras inacabadas nas escolas, alimentação escolar de baixa qualidade, professores desmotivados, alunos sem esporte, sem arte cultural, ou seja, uma situação caótica do sistema, porém os repasses do FUNDEB e FNDE foram repassados normalmente pelo Governo Federal.

Portanto, convidamos para uma entrevista, uma pessoa que tem experiência de movimentos sociais e que vem demonstrando na sua campanha a vereador nestas eleições, proposta para melhoria da nossa educação.

Julio César Rego Guterres é conhecido na política ludovicense como uma pessoa de luta no movimento sindical e comunitário, lutador na defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. É presidente Estadual da CTB, já presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos do Ma, hoje é diretor do Sindicato dos Educadores do Ma e desde 1972, milita no PCdoB.

CF: Primeiramente, gostaríamos que você se apresentasse aos internautas de São Luís como candidato dizendo seu nome e número de candidatura:

Júlio Guterres: Meu nome na campanha é Júlio Guterres com o nº 65 123.

CF. São Luis é uma cidade de grandes potencialidades econômicas e naturais. Por que ainda apresentamos índices socioeconômicos sofríveis?

Júlio Guterres: São Luís é a capital política, econômica e a maior cidade do Maranhão. Uma região metropolitana com mais de um milhão de habitantes e 400 anos de história.  Dizíamos em 2008 que a cidade estava diante de uma encruzilhada entre dois caminhos: o da permanência de um crescimento distorcido e excludente ou o da busca de um modelo sustentável de desenvolvimento com democracia, valorização do trabalho e cidadania. Quatro anos depois só aprofundamos esse dilema e todos os principais problemas se agravaram!

Não temos uma política para o setor de serviços, responsável por cerca de 40% do nosso PIB municipal. Aí está incluído o turismo e sua interface com a cultura e o saneamento, por exemplo. Ora, falar de turismo como um dos eixos estruturantes da economia local com uma Fundação Municipal de Cultura que não tem orçamento e planejamento - além de gozar de baixa reputação entre os artistas locais por não honrar seus compromissos -, de praias poluídas e um centro histórico deteriorado é uma brincadeira de mau gosto! Não teremos uma política de turismo sólida e economicamente viável sem ter água e esgotos tratados e saneamento básico! Essa é uma política econômica que interfere diretamente nos índices sociais. Mas atualmente não temos nada!
Não há uma política de produção e beneficiamento de alimentos locais. Não há uma política de comercialização da produção, que envolve feiras e mercados. Não há uma política para a pequena e média empresa. Enfim, a prefeitura não trabalha como indutora e organizadora do processo de desenvolvimento da cidade.
Falta, portanto, a decisão política para seguir o caminho do crescimento sustentável, com democracia e valorização do trabalho. É por isso que as grandes potencialidades econômicas e naturais de São Luís não se revertem em índices sociais positivos.
Na câmara municipal vou dar especial atenção à produção e ao trabalho. Realizarei audiência pública com os diversos setores na intenção de propor um conjunto de leis e pactos pelo trabalho e saneamento dos bairros e praias.

CF: Nos últimos 20 anos, existiu em São Luís algum crescimento de forma planejada a ponto de considerarmos que poderia está melhor? Cite dois exemplos.

Júlio Guterres: A única ação de envergadura, embora pontual, de crescimento planejado em São Luís foi o PAC do Rio Anil. A retirada das palafitas, o saneamento da região e a construção da avenida foram a maior ação de planejamento urbano que São Luís teve nos últimos vinte anos! Mas é uma obra do PAC, do governo federal! Atualmente, a prefeitura e a câmara estão ausentes deste debate!
Numa região metropolitana com mais de um milhão de habitantes temos que planejar seu crescimento e agir sobre as deficiências já existentes. Moradias, saneamento e transporte precisam de um planejamento de médio longo prazo. Deve ser política da prefeitura e não de prefeitos!
Meu mandato será uma trincheira na defesa da reforma urbana e da luta pela regularização fundiária. Proporei a criação do Fundo Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano que, com parcerias com a Caixa Econômica Federal e outros bancos públicos, ofertará moradias populares e intervenções urbanas em áreas de risco ou degradadas. Essa será uma grande tarefa do meu mandato popular.

CF:  Quais os maiores equívocos cometidos pelos governos recentes quanto às políticas públicas em prol do desenvolvimento de São Luis ?

Júlio Guterres: O principal problema que aflige as políticas públicas de desenvolvimento de São Luís é o mesmo que afeta o Maranhão: o problema político!A opção pelo desenvolvimento para poucos, excludente e desigual não é natural, é uma opção política!
Precisamos ter uma câmara fiscalizadora, independente e propositiva para atender os clamores da sociedade. Acredito que o legislativo tenha responsabilidades para com o desenvolvimento global da cidade. Optamos por uma visão da totalidade do desenvolvimento que inclua a valorização de amplas parcelas trabalhadoras e produtivas ao sistema econômico. O desenvolvimento com valorização do trabalho e democracia é a nossa bandeira política na câmara dos vereadores.

CF: O senhor consegue identificar alguma inovação na gestão, no planejamento ou nas políticas públicas de desenvolvimento nas sucessivas administrações em São  Luis?

Júlio Guterres: Sim, consigo identificar algumas experiências que infelizmente não tiveram continuidade, pois eram ações pontuais de governos e não políticas de estado. São elas: os pólos de produção da zona rural e a revitalização das feiras e mercados públicos da cidade.
Essas experiências embrionárias devem ser retomadas em novos patamares. Só com essas ações estamos falando em mais de dez mil empregos!!! Qual indústria de São Luís gera dez mil empregos?  Na Câmara defenderei a revitalização da produção agrícola, pesqueira e de beneficiamento, além de uma política de comercialização eficaz!

CR:  O senhor que é ligado à educação. Qual o papel da Educação no processo de desenvolvimento da cidade de São Luis?

Júlio Guterres: A educação é à base do desenvolvimento. A rede pública municipal deve criar condições de permanência, aprendizagem e progressão dos alunos em um sistema integrado de educação, esporte, informática, cultura e alimentação! Só assim daremos condições a amplas parcelas da população de se qualificarem para ingresso no mundo do trabalho. Sem educação não há desenvolvimento que se sustente.

CF:  O grande Paulo Freire nos ensina que sem educação ninguém vai para frente. Você concorda? Nosso atual modelo é arcaico? Qual o modelo ideal para educação?

Júlio Guterres: Como disse acima, precisamos de um sistema integrado de educação. Precisamos universalizar a educação infantil, construir e reformar escolas, aumentar a oferta de vagas, contratar mais professores, técnicos e funcionários, respeitar e capacitar os trabalhadores da educação!
Precisamos criar nessas escolas condições de aprendizagem, centros de informática, esportes e ensino profissionalizante. Todas as escolas devem ser em tempo integral. O sistema municipal de educação tem ao seu dispor o maior número de aparelhos públicos. Se esse sistema for gerido de maneira adequada, com profissionalismo e democracia, temos um importante sistema agindo em benefício da população.

CF:  Qual sua opinião sobre a atual gestão da SEMED e quais pontos positivos e negativos?

Júlio Guterres: A Secretaria Municipal de Educação está acéfala, sucateada e atendendo a interesses estranhos à sua missão. Em menos de três anos tivemos quatro secretários de educação! Como pode um sistema público que requer um grande e importante planejamento ter quatro secretários em menos de três anos?  Falta compromisso e sobra incompetência do gestor municipal!!
Na câmara vou cobrar a presença dos secretários para prestar contas e esclarecimentos das suas gestões! Um absurdo como esse não pode ficar assim.

CF:  Existem razões técnicas para os alunos ficarem 6 meses sem aulas?

Júlio Guterres: Não, não existem essas razões! A razão dos alunos ficarem seis meses sem aulas é a inoperância do prefeito e sua incapacidade de gerir o sistema municipal de educação. Se fosse para atribuir uma nota para o prefeito João Castelo na área da educação, sem dúvida ele estaria reprovado com um retumbante zero! E a maioria da câmara municipal se mantém omissa diante desse quadro, com raras exceções.

CF: Obrigado Júlio Guterres por essa oportunidade de entrevistá-lo e fique a vontade para pedir o voto.

Júlio Guterres:  Certo. Bem internautas, eu tenho certeza que vocês estão querendo renovação e que a nossa câmara passe para o patamar de cobrança do executivo nas ações que venham beneficiar a maioria da população. Por isso peço seu voto para contemplar com muita luta e dedicação esse seus anseios. Muito obrigado!

OBSERVAÇÃO: Se algum candidato se interessar em discutir sobre esse tema, pode entrar em contato pelo e-mail: jorgeantonio65@yahoo.com.br. que podemos organizar entrevista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário