sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Eleições 2014 no Maranhão: A oposição vai no voto pela mudança, a oligarquia vai de convênios e empréstimos.

O estado do Maranhão de acordo com o censo de 2010, possui mais de 6.500 milhões de habitantes, há décadas, desde de 1965, é um estado brasileiro que possui os mais baixos índices sociais, podemos destacar a mortalidade materna onde ocupa o 2º lugar e lidera o índice no país de mulheres que dão a luz na adolescência. Sem falar nas doenças hanseníase e a tuberculose que impera hoje no nosso estado e de 32 municípios mais miseráveis do país.

Diante dessa triste e vergonhosa situação, podemos constatar que os governos desde o início da ditadura militar, nunca conseguiram reverter esse quadro caótico que sempre deixou a maioria da nossa população na extrema pobreza. Veja quadro abaixo: 

Vale ressaltar que de 1965 até hoje, nesse tempo de 47 anos, a maioria no nosso sofrido Maranhão, foi governado diretamente pela família Sarney. Acontecendo nessa trajetória um hiato, o estado foi governado por Jackson Lago, que durou apenas 03 anos (2007/2009), em 2009 foi cassado.

De 2005 pra cá, surgiu como alternativa de anseio popular, capaz de derrotar a oligarquia que agoniza, essa alternativa representada por Flávio Dino, um maranhense que se dedicou na sua juventude às lutas populares, teve destaque durante os estudos acadêmicos na organização estudantil e se tornou advogado, assessorou várias entidades sindicais, se tornou juiz concursado e jurista renomado na magistratura.

Com o objetivo de mudar a política do Maranhão, Flávio Dino saiu da magistratura e se filiou em 2005 no PCdoB, onde disputou nas eleições 2006 e foi eleito deputado federal com mais de 120 mil votos. Em 2008, disputou e perdeu a prefeitura de São Luís, onde obteve 44% dos votos e uma vitória política se fortalecendo no estado para as eleições de 2010.

A oligarquia Sarney agonizante, representada por Roseana,  no início de junho de 2010, antes da campanha oficial das eleições, celebrou 979 convênios eleitoreiros, somando R$ 400 milhões e nos dias 23 e 24 de junho, no dia da convenção do PMDB que homologou a sua candidatura, foram assinados 545 convênios, no intuito de garantir mais uma eleição, esses convênios eleitoreiros totalizam quase R$ 1 bilhão com a várias prefeituras e associações, onde hoje aguarda ser julgado processo de sua cassação.

Mesmo com essa manobras eleitoreiras, a oligarquia viu seu reinado cair. E em um resultado suspeito, ganhou mais 04 anos de poder, derrotando o então candidato Flavio Dino por 0,08% de diferença nas urnas.

Diante dessa ações da oligarquia e ainda tendo maioria na Assembléia Legislativa, o seu governo não consegue se restabelecer e governa sem força de mudar a situação caótica que ainda se encontra o Maranhão. Ainda continua agonizando, lembrando a agonia da ditadura no início da década de 80 para não perder o poder para as forças populares, a oligarquia conseguiu aval do BNDES um empréstimo de R$ 3,8 bilhões e agora aprovado pela Assembléia Legislativa, através do PL 218/2012.

Podemos claramente perceber que essa oligarquia nunca pensa em larga o poder e sempre foi insensível com a população maranhense. Esse empréstimo nada mais é, uma outra forma de garantir as eleições de 2014. Nessas eleições a oligarquia novamente terá como desafiante, o ex-juiz federal Flavio Dino que nas eleições de 2012 saiu mais fortalecido. Seus aliados ganharam em várias cidades importantes, como São Luís, Timon, Caxias, Balsas e Santa Inês, vitórias essas que foram no voto pela mudança, não com convênios e empréstimos eleitoreiros. 

2 comentários:

  1. Vamos dar início à luta, mas não somente para acabar o domínio maléfico da oligarquia Sarney, mas mas tirar o nosso estado desse marasmo e miséria.

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    1. A luta já iniciou, o que falta é dar corpo a ela, primeiro fazendo chegar as informações nos mais longíngos rincões do Estado, forjando novas lideranças e construindo projeto de mudança com a participação popular; segundo não dar trégua à oligarquia, ´ficando vigilante e denunciando os desmandos e as irregularidades que eles continuam praticando.

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