segunda-feira, 1 de abril de 2013

O Brasil precisa barrar o fundamentalismo religioso antes que seja tarde demais.


A intolerância, fundada em uma falsa religiosidade (ou verdadeira, não vem ao caso), já propiciou à humanidade inúmeras tragédias que perduraram séculos. O Brasil parecia ser um país distante dessas intolerâncias, presente em grupos específicos de países controlados por ordens fundamentalistas-religiosas radicais.

O liberalismo e o iluminismo foram estruturas de pensamentos importantes porque combateram tanto a monarquia e as oligarquias, como doutrinas intolerantes, apesar da ascensão do nazismo no início do século passado.

Foram.

O tempo passa e do liberalismo surgiu o fundamentalismo do dinheiro, ou seja, o neoliberalismo, que destrói toda e qualquer relação social em nome do enriquecimento monetário, estabelece um Deus chamado mercado, sem regulação do Estado e com a ideologia da prosperidade a todo custo. Europa e Estados Unidos, nas últimas décadas, sustentam um novo fundamentalismo, baseado na economia.

É nesse contexto que avançam as doutrinas religiosas da prosperidade, os neopentencostais e suas doutrinas fundamentalistas, que servem para legitimar um certo rigor formador da identidade não histórica. Com total liberdade econômica e isenção de impostos, esses movimentos crescem no Brasil e buscam poder político e econômico. Governo e sociedade, sem controle algum sobre o fluxo financeiro desses grupos, assiste impassível a essa ascensão.

A eleição do pastor Feliciano na Comissão de Direitos Humanos parece ser algo isolado, mas talvez não seja. Assim como no Golpe de 64, que faz aniversário hoje, você sabe como começa, mas não sabe como termina. Somente um estado laico garante liberdade religiosa para todas as religiões. Sociedade, artistas, religiosos, intelectuais e instituições civis devem reagir antes que seja tarde demais. A história se repete como farsa, mas talvez seja tragédia.

Um comentário:

  1. Acho que o mundo está se voltando muito para o lado da religião. acho um perigo, pois assim a política não anda.
    Misturaram tudo.
    O homem já não se entende.
    Você chega em prefeituras e atendido por pastores.A isso é bom. não eles te tratam assim, vai na paz amanhã tudo vai ser resolvido. Vai irmã vai na paz. olha e nada se resolvem.Absurdo é preciso mudar isso gente...

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