sábado, 27 de julho de 2013

Grupo Mateus: 'Meu Primeiro Emprego'...Minha primeira 'Escravidão Branca'


Tradicionalmente conhecemos a escravidão nos livros de história do ensino fundamental onde os negros capturados na Africa, vieram de navios para serem escravizados no Brasil, nas fazendas de cana de açúcar e café. Os índios em lugares onde ainda não havia negros também eram escravizados. Esta denominada “escravidão negra”.

A “escravidão branca” é conhecida pelo popular atual, como uma família de brancos que consegue pessoas brancas ou negras no interior do estado e até em áreas urbanas da periferia da cidade, para trabalho domésticos e ou de babá, em casa, no apartamento ou na fazenda. Para estes são oferecidos comida, dormida e quando adoecem são mandados de volta para casa dos pais, na maioria das vezes esses pais são pobres e moram nos grotões do estado.

Pois bem vamos entender um pouco mais profundamente sobre “escravidão branca” para podermos justificar o título desta postagem:

Em 1981 na Mauritânia, legalmente, foi o último país a abolir a escravidão. Legalmente eu falei, porém a escravidão continua em vários países, contraditoriamente as ditas leis não são aplicadas. Hoje existem ainda cerca de 27 milhões de escravos no mundo. Isso entendam, “escravidão negra”. Se for contar a “escravidão branca” esse número é gigante, temos dificuldades de conferir porque são pessoas que estão nos domicílios dos brancos.

Podemos afirmar que na escravidão branca, o tráfico humanos para prostituição, o tráfico de crianças para mendigar, trabalhadores com carteira assinada ou não, o empregador não repassa seus devidos direitos, fazem parte também do cardápio desse tipo de exploração humana.

Essas situações por incrível que pareçam, passa de forma despercebida pela sociedade brasileira, acontece de baixo dos nossos narizes, acontece nas empresas, fazendas, residências da cidade e com o medo do ‘açoite’, de ser demitidos, irem para fila de desempregados famintos os “escravos brancos”, os trabalhadores se submetem por vários tipos de exploração.

Certo, agora vamos justificar o título da postagem.

O Grupo Mateus está em 23º lugar no ranking dos maiores supermercados varejistas do país, tem hoje no quadro funcional 12.000 empregados numa rede de 19 prédios bem estruturados com imensos estacionamentos. Alguns serviços ainda existem a terceirização, como a sua segurança.

Hoje o Grupo Mateus inaugura quase um novo supermercado por mês, numa evidencia clara que o seu negocio em comercio varejistas está com lucratividade a mil, devido a grande força hoje da população está podendo consumir gêneros alimentícios de boa qualidade que o grupo oferece em suas gôndolas.

Acontece amig@s que essa riqueza lucrativa é proveniente de economia grande sobre a sua força produtiva, os seus empregados. Podemos ressaltar com bastante propriedade que essa exploração segue vários níveis, do gerente ao organizador de carrinhos de compra.

As maiorias destes trabalhadores trabalham além das 06 horas, 07 e 20 minutos. Os gerentes e alguns auxiliares são os primeiros chegarem e os últimos a saírem. A carga horária tem que ser reduzida para 06 horas

As horas extras são pagas em folga. Esta empresa tem um grande número de trabalhadores a serem explorados, tem condições de ta cobrindo a folga do outro, porém esses mesmos estão sendo mais exigidos (fazem rodízios de folga). As horas extras têm que serem pagas na conta do banco dos trabalhadores e não no ‘banco de horas’.

Esses trabalhadores com o mísero salário que esse grupo paga, sofre com a falta de alimentos logo no término da primeira quinzena do mês, eles não recebem ticket alimentação para suprir as necessidades. O Mateus tem como resolver essa situação, dispondo de gêneros alimentícios de seus empanturrados depósitos.

A maioria dos trabalhadores de supermercados está disposta há várias situações insalubres e periculosas. As pessoas normais adoecem, procura o serviço público, porém se for um tratamento, tem que esperar muito, quando não é doenças adquiridas no próprio ambiente de trabalho. O Mateus deve contratar uma empresa com aval do Ministério Público para identificar áreas insalubres e periculosas e oferecer plano de saúde a todos os seus empregados.

Portanto, o Grupo Mateus pratica, deste que se organizou, a dita cuja “escravidão branca”. Lucra muito, investe muito em empreendimentos e escraviza seus funcionários operacionais com a conivência e ajuda do atual governo do estado que recruta a maioria dos trabalhadores, através do programa ‘Meu Primeiro Emprego’. Estes trabalhadores têm que participar dos lucros da empresa.

Devido a grande “escravidão branca” com a conivência do governo da “branca” desemvolvida pelo Grupo Mateus, os trabalhadores cruzaram os braços nesta sexta-feira (26/07) por tempo indeterminado, já era tempo.

Achamos que com as manifestações ocorridas desde junho passado em todo país, estimularam os trabalhadores do Mateus a partir para o movimento grevista com foco. Estão cobertos de razões e com todo apoio da população. Inclusive deste blog.


Finalizamos com uma louvável citação:
“ Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos. ”
Denis Diderot 

3 comentários:

  1. Verdade,E engraçado que nenhuma televisão mostra a greve,porque será????sou funcionário,sei de perto oque acontece ali, e espero apoio de vocês dos blogs,pois felizmente são os únicos divulgadores dessa greve.

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  2. Ilson Mateus é um laranja,hipócrita que faz pose de humilde. Ele é um arrogante ,prepotente,o próprio demônio.

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  3. fim de greve,resultado. 31,50 de tiket alimentação e 40,00 de plano de saúde,isso é uma vergonha.

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