terça-feira, 13 de agosto de 2013

Rede de Marina Silva está furada


Por Altamiro Borges

A mais recente pesquisa Datafolha apontou uma tímida recuperação da presidente Dilma Rousseff – que pulou de 30% para 35% da preferência do eleitorado – e também um tímido crescimento da ex-senadora de Marina Silva – que subiu de 23 para 26%. A mídia oposicionista preferiu, por motivos óbvios, destacar a segunda conclusão da sondagem. Ela aposta na candidatura “verde” como a única forma de garantir um segundo turno nas eleições presidenciais de 2014. Nem ela, porém, confia plenamente nesta estratégia. Todos sabem das dificuldades que a candidatura de Mariana Silva irá enfrentar. De cara, os “marinistas” precisam garantir a legalização do seu partido, a Rede, que parece estar furada.

O prazo final para que a nova legenda seja registrada e tenha condições de disputar as próximas eleições se encerra em 5 de outubro. Segundo reportagem desta segunda-feira (12) do jornal O Globo, o registro “não será fácil”. A nova sigla, afirma o jornalão, estaria sendo sabotada. “Marina disse neste domingo que os cartórios eleitorais não têm respeitado o prazo de 15 dias para validar as assinaturas de apoio que o partido apresenta. Com isso, apesar de a Rede já ter coletado cerca de 850 mil assinaturas e apresentado cerca de 550 mil aos cartórios eleitorais — mais do que as 491.656 necessárias —, apenas cerca de 200 mil foram certificadas”.


“Será uma corrida contra o tempo para tentar validar mais 300 mil assinaturas até fim de agosto, prazo considerado seguro para que o processo de criação do partido seja concluído até o início de outubro. Mas a ex-senadora segue otimista, a despeito da preocupação manifestada por alguns organizadores da nova legenda, que já até jogaram a toalha”, relata O Globo. Marina Silva inclusive solicitou uma audiência com a corregedora-geral da Justiça Eleitoral, Laurita Vaz, para acelerar o processo de validação das assinaturas. “Há entre os organizadores do partido a expectativa de que a Justiça Eleitoral seja mais flexível, uma vez que o atraso pode se dar por causa dos problemas nos cartórios”.

Ainda segundo jornalão, não é apenas Marina Silva que é refém da criação do partido para garantir a sua candidatura em 2014. Três deputados federais que trabalham abertamente na criação da legenda, Alfredo Sirkis (PV-RJ), Domingos Dutra (PT-MA) e Walter Feldman (PSDB-SP), vivem situação delicada. “Já sabíamos que esta situação de ter uma definição a respeito da legalização da legenda na bucha criaria dificuldades grandes, especialmente em relação à montagem de chapas de deputados federais e estaduais. O potencial da Rede no Congresso era chegar a 20 deputados nesta legislatura, mas tem apenas três porque fomos bastante desapegados”, argumenta Sirkis.

Fonte: Blog do Miro

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