sábado, 30 de maio de 2015

Pobreza entre negros cai 86% em uma década

Nos últimos 11 anos, o percentual da população negra de baixa renda caiu 86%, levando-se em conta critérios como baixa escolaridade e acesso restrito a serviços e bens. Os dados constam de uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), feita com base em uma metodologia adotada pelo Banco Mundial. O resultado foi apresentado pela ministra Tereza Campello na terça-feira (26), durante reunião do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
“Ainda há muito trabalho pela frente, mas já temos um País menos desigual”, observou Tereza Campello. O levantamento considera várias dimensões da pobreza além da renda e mostra que, no período em que a população negra cresceu no País, a queda da pobreza crônica foi mais acentuada entre negros do que entre brancos.
Entre 2002 e 2013, a pobreza crônica entre negros diminuiu de 12,6% para 1,7% da população. O número representa 1,8 milhão de pessoas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, divulgada no ano passado. Entre a população negra rural, a queda também foi expressiva: de 28,6% para 4,9%.
Redução da pobreza
Segundo o MDS, 75% dos beneficiários do Bolsa Família, cerca de 10,3 milhões, são negros. Nos últimos quatro anos, 4,3 milhões de famílias chefiadas por negros acessaram programas inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria, tanto em áreas urbanas como rurais.
O aumento da formalização é outro resultado detectado pela pesquisa do ministério. Dos 525 mil microempreendedores individuais no Brasil (MEI) que são cadastrados pelo Bolsa Família, 63%, ou 332 mil, são negros. Também chama a atenção o número de famílias de negros que recebem assistência técnica pelo Programa de Fomento às Atividades produtivas Rurais: 45%, cerca 166,3 mil famílias.
Por fim, o maior acesso dos negros a políticas públicas do governo federal também se reflete no setor de habitação. De acordo com o levantamento do ministério, 68% das unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, cerca de 497,3 mil, foram entregues a famílias chefiadas por negros, entre 2011 e 2014. Do mesmo modo, 64% das crianças beneficiárias do Bolsa Família e que frequentam creches são de famílias de negros.
Inclusão social e produtiva
Fonte:

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Apesar de passado nebuloso, PSDB vota em peso a favor da PEC da Corrupção

Partido teve papel destacado na manobra de Cunha por dinheiro empresarial. Experiências de corrupção não investigadas e blindagem da mídia deixam tucanos à vontade com mazelas da política.

A emenda constitucional que pretende legalizar o financiamento empresarial de campanha ganhou o apelido de "PEC da Corrupção", porque quase toda a sociedade civil organizada vê no financiamento eleitoral por bancos, empreiteiras, planos de saúde etc. a raiz da corrupção na política. Na terça-feira (26), o tema foi levado à votação na Câmara dos Deputados e rejeitado pelo plenário. Contou com 264 votos favoráveis, o que é muito, mas insuficiente para aprovar uma mudança constitucional que exige no mínimo 308 votos.

Na quarta-feira, em golpe regimental que rompeu acordos do dia anterior, o mesmo tema foi colocado em votação novamente. A desculpa foi de que na terça teria sido rejeitado o financiamento empresarial para candidatos, faltando votar o financiamento empresarial para partidos, sabendo que na prática não faz diferença. Apesar dos protestos, sobretudo do PT e PCdoB, a emenda do deputado Celso Russomanno (PRB-SP) foi aprovada com 330 votos. Russomanno provavelmente contará com contribuições do empresariado para disputar a eleição para a prefeitura de São Paulo no ano que vem.

A PEC precisa ainda passar por mais um turno de votação na Câmara. Depois, falta o Senado votar, também em dois turnos, mas pelo andar da carruagem só pressão social muito grande poderá reverter o financiamento empresarial.

O que chamou atenção foi toda a bancada do PSDB, exceto duas abstenções na terça e um único voto contrário na quarta, votarem a favor da PEC da Corrupção.

Não faltam escândalos de corrupção atingindo o tucanato relacionados a financiamento de campanha. Vejamos: o mensalão tucano na campanha do ex-governador Eduardo Azeredo (PMDB-MG); o caso do bicheiro Cachoeira atingiu o governo de Marconi Perillo em Goiás; a Lista de Furnas. onde aparecia o nome de praticamente todos os caciques tucanos; a própria operação Lava Jato, que cita o ex-presidente do partido Sérgio Guerra; o cartel dos trens em São Paulo; o aeroporto construído com dinheiro público em terras da família de Aécio Neves em Minas.

Isso para não voltarmos mais longe no tempo e recordarmos os escândalos da Pasta Rosa, do Banestado, da Privataria Tucana, da Operação Castelo de Areia e tantos outros. E tudo devidamente acobertado pela nossa mídia tradicional.

Todas essas más experiências recomendaria aos tucanos buscarem pelo menos corrigir erros do passado daqui para frente e lutarem contra o financiamento empresarial para reduzir a corrupção no sistema político e elevar a qualidade da representação popular. Por isso chega a ser surpreendente toda a bancada do PSDB persistir no erro. Chega a ser uma afronta à população que clama por um sistema político mais saudável, mais republicano, mais voltado para atender ao interesse da cidadania.

Só a impunidade de que sempre gozaram os tucanos explica essa afronta. Alguns escândalos nem sequer foram investigados, outros foram engavetados, outros caminham para a prescrição. Se Eduardo Azeredo tivesse sido julgado, se a Lista de Furnas já tivesse pelo menos sido investigada, se as centenas de denúncias no governo FHC não tivessem sido engavetadas, se as dezenas de CPIs durante os governos tucanos paulistas tivessem sido abertas, será que eles insistiriam em manter a promiscuidade entre o público e o privado que o financiamento empresarial de campanhas provoca?

O oligopólio dos meios de comunicação, que sempre blindou os tucanos de maiores desgastes no noticiário e que influencia parte do Judiciário, prejudica o próprio PSDB. Leva o tucanato à arrogância de se achar inimputável e persistir nos erros e vícios de eleições passadas, e de não querer "largar o osso" do dinheiro de bancos, empreiteiras, planos de saúde que abastecem campanhas.

Setores do Ministério Público, tanto federal como estaduais, também prestaram um desserviço quando engavetaram investigações graves que deveriam ser feitas. E até hoje dão menor atenção em muitos casos quando os suspeitos são tucanos. A impunidade deseduca e leva quem não tem escrúpulos a avaliar que o crime compensa. E levou à arrogância do PSDB de votar a favor da PEC da Corrupção sem a menor cerimônia, contra toda a sociedade organizada que luta por uma reforma política que combata as causas da corrupção pela raiz do financiamento empresarial.

Voto vencido na terça-feira, o líder da minoria, o deputado tucano Bruno Araújo (PSDB-PE) persistiu no erro e se aliou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para colocar o tema em votação novamente.

Araújo usou um argumento que beira o cinismo. “Vários deputados disseram que votaram contra porque a emenda autorizava a doação de pessoa física”, disse. Ora, todo mundo sabe que quase não há resistência à doação de pessoas físicas, impondo limites. O que está em questão é doação de empresas.

Araújo passou a quarta-feira fazendo acordos para garantir mais votos necessários à aprovação ao financiamento de empresas aos partidos. “As brigas ficaram para trás. Todos estão se mobilizando para garantir os 308 votos para a aprovação do texto do relator. Porque, caso contrário, vamos ampliar o caixa 2”, disse. Como se vê, o tucano está tão mal acostumado à impunidade que admite com uma naturalidade impressionante o cometimento de um crime.

Na derradeira votação de quarta-feira, só cinco partidos votaram contra a PEC da Corrupção: PT, PCdoB, PDT (exceto dois deputados), Psol e PPS. Votaram a favor o PMDB, PSDB, PP, PSD, DEM, PTB, PR, PRB, Solidariedade, PSC, PHS, PEN, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL, PTdoB. Ficaram em cima do muro o PSB e o PROS, que liberaram a bancada.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Kostscho aponta “Monumental fracasso dos marchadeiros"

"Liderada por um pivete, a marcha que pretendia mobilizar simpatizantes, atrair a adesão popular ao longo da caminhada e ser recepcionada por caravanas vindas de outras cidades não chegou a reunir 300 pessoas na rampa do Congresso, onde foi recebida apenas por alguns líderes da oposição do porte de Carlos Sampaio, Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado", descreve o jornalista

O jornalista Ricardo Kotscho aponta hoje, em seu blog, o "vexame" e o "monumental fracasso dos marchadeiros", que, liderados por um "pivete" - Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre - pretendiam ontem reunir 40 mil pessoas em Brasília, depois de uma marcha desde São Paulo. O evento "só não acabou ignorado pela mídia porque alguns coordenadores do grupo conseguiram ser recebidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha", diz Kotscho. Leia abaixo:

Que vexame! Veja o fracasso dos marchadeiros

Eles programaram uma entrada triunfal em Brasília, esperando reunir pelo menos 40 mil pessoas nesta quarta-feira, ao final da "Marcha pela Liberdade", organizada pelo Movimento Brasil Livre, que saiu de São Paulo e levou 33 dias para percorrer 1.175 quilômetros a pé, com o objetivo de protocolar um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A Polícia Militar do Distrito Federal preparou uma operação especial para receber a multidão em frente ao Congresso Nacional. Coordenador da operação, o tenente coronel Frederico Santiago levou uma tropa de 150 homens e deixou de prontidão outros 2 mil militares. Quando a grande manifestação chegou, havia um PM para cada dois marchadeiros, segundo relato do repórter Leandro Prazeres.

"Nossa estimativa foi feita com base no que as organizações passaram para a Secretaria de Segurança Pública. Não entendo nada de política, mas não sei como eles chegaram a esse número. De qualquer forma, estamos a postos", anunciou o tenente coronel Santiago.

Liderada por um pivete, a marcha que pretendia mobilizar simpatizantes, atrair a adesão popular ao longo da caminhada e ser recepcionada por caravanas vindas de outras cidades não chegou a reunir 300 pessoas na rampa do Congresso, onde foi recebida apenas por alguns líderes da oposição do porte de Carlos Sampaio, Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado.

Foi um monumental fracasso, que só não acabou ignorado pela mídia porque alguns coordenadores do grupo conseguiram ser recebidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que este ano já havia recusado sumariamente outros três pedidos de impeachment, mas prometeu encaminhar o pedido do MBL "para análise técnica" da sua assessoria jurídica.

Quando saíram de São Paulo, os marchadeiros de Kim Kataguiri, estudante de 19 anos, sonhavam alto, como ele anunciou pelo "Facebook: "No dia 27 de maio ocupemos a frente da Câmara para que os congressistas se sintam pressionados a atender a nossa pauta".

O MBL logo ganharia a adesão do deputado suplente Roberto Freire, presidente do PPS, que escreveu em seu Twitter: "Vamos mobilizar todos os partidos de oposição e oposicionistas de todos os partidos para a Marcha e o ato em BSB".

Nada disso aconteceu. Nenhum grande cacique tucano foi visto dando apoio à tragicômica aventura dos marchadeiros. Só apareceu uma faixa empunhada por anônimos atrás da mesa onde Cunha se reuniu com os lideres do MBL, em que se lia: "O PSDB saúda a Marcha pela Liberdade - Vocês são exemplos da cidadania e esperança para um Brasil livre da corrupção".

Pois não é que poucas horas depois, por ironia do destino, dando um cavalo de pau na votação do dia anterior, Eduardo Cunha conseguiu aprovar a emenda que coloca na Constituição o financiamento privado de campanhas eleitorais? 

Parece ficção, mas é real, caros leitores.

E vamos que vamos.

Fonte: Brasil 247

Operação policial prende envolvidos em desvio de recursos na Univima

A Polícia Civil, por meio da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção, deflagrou uma megaoperação, na manhã desta quarta-feira (27), que culminou com a prisão de quatro pessoas envolvidas em desvio de dinheiro da Universidade Virtual do Maranhão (Univima).

A operação batizada de ‘Cayenne’ prendeu Paulo Giovanni Aires Lima, José de Ribamar Santos Soares, Inaldo Damasceno Correa e Valmir Neves Filho. Eles são suspeitos de desviar aproximadamente R$ 34 milhões da Univima.

Secretário Jefferson Portela
Na ação, foram apreendidos carros de luxo; muitas joias, estimadas em mais de meio milhão de reais; e relógios caríssimos, algumas unidades superam R$ 20 mil. As buscas e apreensões foram realizadas em mansões na cidade de São Luís. As diligências ainda estão sendo em curso.

Delegado Geral Augusto Barros
O delegado geral da Polícia Civil, Augusto Barros, destaca que a operação deflagrada nesta manhã é o cartão de apresentação da nova superintendência.  “A operação visa investigar desvios na monta de R$ 34 milhões da Univima, a partir de ordens de pagamentos bancários feitos de forma fraudulenta e com vista à simulação de pagamento de fornecedores”, destacou.

Fonte: SECOM/ESTADUAL

terça-feira, 26 de maio de 2015

Governo do estado e UFMA realizam primeiras ações para desenvolvimento do futebol no Maranhão

Foto: Bruno Mendes
A Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (Ufma), realizou uma série de exames avançados com os atletas do Sampaio Corrêa na manhã desta segunda-feira (25), a fim de constituir bancos de dados para estudos comparativos e contribuir com a performance e prevenção de lesões dos atletas. O procedimento realizado é semelhante ao utilizado pela Seleção Brasileira de Futebol e será estendido a outros clubes de futebol do Maranhão.

Os exames foram realizados no centro de treinamento do Sampaio Corrêa, onde mais de 25 atletas se submeteram aos procedimentos de coleta de sangue e saliva, medição do nível de creatinoquinase (que mede o desgaste muscular do atleta) e registros fotográficos por meio do uso da termografia, que por revela a temperatura dos músculos do atleta.

O presidente da Comissão de Avaliação de Projetos Incentivados da Sedel, Leonardo Cordeiro, destaca que os dados obtidos por meio desses exames serão a base para o crescimento dos atletas maranhenses. “Essa parceria do governo do estado com a UFMA vai nos dar um espelho das condições fisiológicas e genéticas dos atletas e nos dizer em que aspectos os clubes precisam melhorar. É um parâmetro que ainda não temos e que com certeza vai estimular o desenvolvimento do futebol no estado,” afirmou.

O método utilizado já está presente em grandes clubes do Brasil, como ressalta o coordenador geral do projeto e ex-fisiologista da Seleção Brasileira de Futebol, Doutor Emerson Silami. “Procedimentos como esses já são rotina em grandes clubes do país, como Palmeiras, Atlético Mineiro e Ceará. Por meio desse convênio com a Sedel pretendemos aproximar os clubes maranhenses dos clubes das regiões sul e sudeste do Brasil. Dessa forma, a UFMA atende à comunidade e o governo do estado responde a uma demanda do futebol”.

De acordo com Silami, esses procedimentos começaram a ser usados no Brasil com a Seleção Brasileira em 1988, momento do qual ele mesmo participou. Segundo o coordenador geral, os resultados não são imediatos, mas auxiliam na modernização do futebol. “Os dados que colhemos hoje serão apresentados à comissão técnica do Sampaio e eles irão trabalhar essa informação com cada atleta, da melhor forma. Esse é com certeza um primeiro passo para alcançar melhores resultados”, complementa.

O atleta do Sampaio Corrêa, Gladson do Nascimento, contou que a experiência é inédita para ele e vai auxiliar nos treinos a partir de agora: “Ter acesso a essas informações é muito bom, principalmente para melhorar o processo de recuperação física da gente, que é sempre importante.”

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Artigo: Por que o esquerdismo perdeu o debate eleitoral da UFMA?

Por Cristiano Capovilla* e Fábio Palácio**

Ocorrido no último dia 18 de maio, o debate entre os candidatos a reitor e vice da UFMA mostrou algo mais do que a simples exposição de programas de gestão. O debate revelou para a comunidade acadêmica a profunda diferença entre os dois principais projetos postulantes aos cargos máximos da Universidade. A discrepância poderia ser colocada em termos de uma concepção de universidade excessivamente ideologizada, abstrata e idealista e outra mais prática, concreta e realista, embora não menos política. A primeira estava representada nas candidaturas de Antonio Gonçalves e Marise Marçalina; a segunda nas candidaturas de Nair Portela e Fernando Carvalho. A incontestável vitória de Nair e Fernando no debate merece algumas considerações.

Em primeiro lugar, verifica-se que o debate ideológico como motor exclusivo da disputa eleitoral, tal qual proposto pelo partidarismo de Gonçalves e Marçalina, está completamente fora do contexto da universidade.  A tentativa de transpor mecanicamente programas partidários para dentro do espaço acadêmico, sem reconhecer a particularidade que lhe é inerente, configura uma atitude artificial e mesmo autoritária, com sérios traços de messianismo.

Em seu “Os intelectuais e a organização da cultura”, o grande pensador marxista Antonio Gramsci, já na primeira metade do século XX, alertava seus companheiros para o papel imprescindível daqueles a quem denominou “intelectuais tradicionais”, aos quais caberia a continuidade das instituições responsáveis pela ciência, pela técnica e pela erudição. Tal argumentação antecipava, em muitos sentidos, o debate sobre a autonomia das instituições acadêmicas e seu papel institucional diferenciado no âmbito das sociedades contemporâneas. Não se trata, aqui, do discurso fácil e inquisitorial que aliena o outro afirmando a superioridade do ambiente acadêmico; não se trata, outrossim, do “eu sei” contraposto aos “incapazes de saber”. Trata-se, ao contrário, da especificidade da instituição acadêmica, que, por sua característica e suas finalidades, estabelece as próprias condições de sua missão. A autonomia universitária é uma tarefa prática da vida científica e acadêmica. Diz respeito, portanto, à sua liberdade. Ao desconhecer esse fato, a tentativa de fazer imperar na universidade uma espécie de jacobinismo esquerdista – discurso mais afeto a certos ambientes político-partidários – condena-se de antemão ao fracasso.

Em segundo lugar, averiguamos, a partir da exposição dos programas, que o esvaziamento do discurso de Antonio Gonçalves e Marise Marçalina e a simultânea ascensão das propostas de Nair Portela e Fernando Carvalho remetem não a causas abstratas ou ideológicas, mas fundamentalmente a questões político-práticas. O debate na UFMA diz respeito, antes de tudo, às finalidades que professores, técnicos-administrativos e estudantes buscam, assim como ao dia a dia que vivenciam dentro da atual conjuntura da universidade. Nair e Fernando representam aqueles que aceitaram, desde 2007, o desafio do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) e apostaram no maior ciclo de investimentos no ensino superior desde o governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek. Foi este o campo que efetivamente trabalhou e transformou nossa universidade; o campo que, inserido nos desafios de nosso tempo, enfrentou os problemas reais, e por isso tem o que mostrar. Representantes desse campo, Nair e Fernando assumiram a responsabilidade e suas consequências. Este é o mais valioso ativo de suas candidaturas.

Em terceiro lugar, porém não menos importante, temos o fato de que, ao contrário desse caminho vitorioso, as candidaturas de Antônio Gonçalves e Marise Marçalina apostaram em 2007 contra o Reuni, isto é, contra a expansão da universidade pública e de qualidade. Hoje, resta a essas candidaturas apenas assumirem o ônus desse ato perante toda a comunidade universitária. Apostaram no fracasso e perderam. Agora propõem um discurso irreal, estranho ao tempo e aos desafios concretos da UFMA, como forma de recuperar o espaço perdido.

Ao término do debate, os presentes perceberam que não serão os aspectos puramente ideológicos que irão decidir os destinos da UFMA pelos próximos quatro anos. Serão, sim, os compromissos de quem responde aos desafios do momento, integrados ao nosso tempo, tendo em vista os objetivos da academia, e consolidando as condições que tornarão possível o crescimento qualificado e autônomo da Universidade Federal do Maranhão. Foi por esses motivos que Nair e Fernando venceram o debate do dia 18 e estão prontos para vencer a consulta do dia 27 de maio.

* Mestre em Filosofia, professor do COLUN-UFMA e secretário-geral do SIND-UFMA.







** Doutor em Ciências da Comunicação, professor adjunto do Departamento de Comunicação Social da UFMA.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Pistoleiro que assassinou vereador Vavá do PCdoB/Ma é preso. Falta o mandante!


Foi preso há poucos instantes na zona rural de Conceição do Lago Açu o homem que matou com cinco tiros o presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia.

Osmar Pereira Alves, 28 anos, foi preso em sua residência no povoado Olho D´Água do Lapela e confessou o crime. Osmar Pereira já foi preso outras vezes pela prática de assaltos. Ele disse aos policiais que o prenderam que foi contratado para ir até Santa Luzia matar o vereador Cícero Ferreira da Silva.

Os delegados Valdenor Viegas, Marcos Amorim e Carlos Alessandro, da Superintendência Estadual de Investigações Criminais – SEIC – comandaram a operação que prendeu Osmar Pereira portando um revólver calibre ponto 38 e 15 munições. Neste momento a equipe se dirige para São Luis onde deverá fazer a apresentação do preso ainda na manhã de sexta-feira.

Sobre o crime

No dia 3 de maio, o vereador Cícero Ferreira da Silva estava em sua residência localizada no povoado Faisa quando chegou uma moto com dois ocupantes. Um deles disparou alvejou a vítima com cinco tiros. O vereador foi levado para o hospital de Buriticupu mas morreu no meio do caminho.

Opinião do nosso blog:

Bom trabalho da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em pouco tempo botou as mãos no executor do crime, agora é descobrir quem mandou assassinar o vereador comunista e trabalhar para desmanchar ou quebrar essa cadeia de pistolagem que assombra aquela região. Basta!


quinta-feira, 21 de maio de 2015

BANCADA FEMININA EXIGE COTA DE 30% NO PARLAMENTO

Grupo de 51 deputadas e 13 senadoras decide que só vai votar na reforma política  se emendas que preveem maior participação das mulheres forem contempladas; “A Bancada Feminina no Congresso tem consciência de seu papel histórico ao propor um novo desenho na representação política em nosso país para garantir às próximas gerações esse legado de poder, no qual o rosto do Parlamento seja o rosto da sociedade, ou seja, meio homem, meio mulher”, disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Nesta quarta-feira (20), às 14h, as 51 deputadas e 13 senadoras do Congresso Nacional entregam para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), documento contra a reforma política que vem sendo construída pela comissão especial. Caso o texto final – previsto para ser votado na segunda-feira (25) no colegiado – não estipule cota para mulheres no Parlamento, o bloco feminino se recusará a votar em qualquer reforma.
A informação foi confirmada pela Procuradoria da Mulher no Senado. A iniciativa resulta de uma reunião de ontem da bancada feminina, que contou com a presença da ministra da Secretaria de Política para as Mulheres,Eleonora Menicucci.
A união do bloco feminino no Congresso já havia sido sinalizada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em artigo publicado no fim de semana: “As 13 senadoras e 51 deputadas atuarão de forma conjunta durante a discussão da Reforma Política pela aprovação de duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs), de números 23 e 24, subscritas por uma lista de senadores”. A primeira emenda assegura vagas para cada gênero nos três níveis do Legislativo, enquanto a outra trata de uma vaga para cada gênero, com a renovação de dois terços do Senado.
“Portanto, a Bancada Feminina no Congresso tem consciência de seu papel histórico ao propor um novo desenho na representação política em nosso país para garantir às próximas gerações esse legado de poder, no qual o rosto do Parlamento seja o rosto da sociedade, ou seja, meio homem, meio mulher”, escreveu Vanessa.
Confira a íntegra do documento:
Sem mulher não tem reforma política
Nós, deputadas federais e senadoras, representantes de 17 partidos políticos, reivindicamos que a Reforma Política que está prestes a ser apreciada no Congresso Nacional contemple a cota de 30% de vagas para as mulheres nos Parlamentos, independentemente do sistema político a ser adotado.
Somos mais de 52% da população, atualmente 10% da Câmara Federal e 17% do Senado Federal e consideramos que não haverá uma verdadeira reforma política sem a reserva de 30% das vagas nos Parlamentos para as mulheres.
Desse modo, comunicamos que não votaremos nenhuma proposta de Reforma Política que não contemple a referida cota. Uma reforma que não assegure a participação efetiva das mulheres não nos representa e nela não votaremos!
Fonte: Brasil247

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Homofobia: Cristão americano desenvolve game de tiro ao alvo em gays

Jogo homofóbico de extrema Violência
foi Retirado do ar

Herman Randall, um californiano Que se apresenta Como divulgador dos ensinamentos cristãos, desenvolveu o jogo online  matar o Faggot  ("Matar o Viado"). [Ver video Abaixo]

Trata-se de Tiro ao Alvo hum não qua Ganha quem de hum Determinado em andamento acertar Mais gays e transexuais that correm de hum Lado. Perde Ponto Quem Dá tiro em heterossexual.

Gays e transexuais estao vestidos de cor de rosa. QUANDO UM DELES E abatido, o jogo comemora dizendo Coisas Como "Posso Colocar Minha linguiça na SUA bunda?" E "Eliminado Mais Um transmissor de Aids".

A Descrição do Jogo Diz: "Tem Ódio AOS gays? Quer libertar SUA frustração em Relação à Comunidade LGBT? Bem, ágora E SUA uma oportunidade ".

Postado na Comunidade Greenlinght Vapor, Criada de para avaliar a aceitação de Novos jogos, o  Kill The Faggot  foi deletado algumas horas DEPOIS Ao sor denunciado POR Usuários POR SUA causa de extrema Violência e Teor homofóbico. 

Randall Disse Que desenvolveu o Jogo parágrafo desafiar o exagero da Indústria de jogo na postura do politicamente Correto. Sua intenção, Disse, Não foi incitar o Ódio AOS Homossexuais. O argumento NÃO convenceu a Comunidade LGBT.

Herman also E skatista. Em 2014, lançou o ELE Calçado parágrafo Christian uma Dessa Prática Modalidade de esporte, com o Propósito, Disse, de PROMOVER A Palavra de Deus com Um produto de Qualidade. 


Vence quem matar Mais gays




segunda-feira, 18 de maio de 2015

A “foto do ano” no Massacre de Curitiba retrata uma professora de História

Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A foto do ano no Massacre do Centro Cívico de Curitiba retrata a professora de História Angela Alves Machado, fugindo da tropa de choque do governo Beto Richa (PSDB).
Ela é professor em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e é mãe de três filhos.
E deixa claro que não é black bloc e nem baderneira.
Veja o relato do fotógrafo sobre a foto: A foto do Massacre do Centro Cívico em Curitiba: um relato
Outras imagens:
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sábado, 16 de maio de 2015

Urubus quebram o bico: Petrobras, saneada, lucra R$ 5,4 bi no 1° trimestre

Do Valor, há três dias, reverberando as expectativas da urubologia de mercado sobre a Petrobras:
“A Petrobras deve fechar o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 2,72 bilhões, resultado 49,5% menor frente aos três primeiros meses do ano passado. A previsão toma como base a média das projeções de cinco bancos de investimento consultados pelo Valor, que indicam, ainda, para uma redução média de 4,7% no faturamento, para R$ 77,73 bilhões, e um crescimento de 23% no Ebitda, para R$ 17,64 bilhões, na mesma base de comparação.”
As previsões eram da Goldman Sachs, do Bradesco, Deutsche Bank e de outras instituições.
Do Valor, agora há pouco:
“A Petrobras encerrou o primeiro trimestre desse ano com lucro de R$ 5,33 bilhões, queda de 1% na comparação com o lucro líquido de R$ 5,393 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior.”
Uai, não eram 49,5% de queda?
E a relação entre o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) e dívida, que prenunciavam ia explodir, baixou de 4,77 vezes para 3,86, mesmo com a forte desvalorização cambial. Embora o valor nominal tenha crescido (de 282 para 332 bilhões de reais) o aumento, de 18%, foi inferior à depreciação do real (20,8%) e uma enorme parte destas dívidas é, como é natural em grandes empresas e especialmente no setor petroleiro, em dólar.
O fato é que em Nova York, onde não lêem os jornais brasileiros, no “after-hours” da bolsa local,o ADR (correspondente a ações) da Petrobras sobe 4.05% no momento em que escrevo, depois de já ter subido 2% no pregão normal.
Sem contar essa subida noturna, do início do ano para cá, a Petrobras lidera com folga a valorização entre as petroleiras – claro que em boa parte por ter sido atirada, artificialmente, lá em baixo. Subiu 38,4%, contra 12,3% da Shell, enquanto quase todas as outras amargam índices negativos.
Medida por um ano, mais ou menos o tempo em que a lava-Jato começou a repercutir fortemente, a perda é de 32%, menos da metade dos 67% que chegou a cair no pior momento em 12 meses.
Mas nisso entra, com muita força, a desvalorização do petróleo: no mesmo período, a Shell caiu 20,6%: a Total, 25,2%, a italiana Eni, 27,5%, a Exxon e a Chevron, as que menos perderam, tiveram queda em torno de 15%.
Como escrevi ontem aqui, os ratos e urubus não tiveram força para, mesmo tendo causado muito estrago, derrotar a Petrobras.
Fonte: Tijolaço