Deputados pró-impeachment: Rogério Rosso (PSD-DF) e o relator Jovair Arantes com ações na justiça. |
Dos 38 deputados que votaram favorável ao processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados na última segunda-feira (11), pelo menos 20 respondem ou já foram condenados por algum crime na Justiça comum ou eleitoral. Inclusive, o presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF) e o relator Jovair Arantes (PTB-GO).
Rogério Rosso é indiciado por corrupção eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, já Jovair Arantes, foi alvo em outros inquéritos, mas ainda responde por ação movida pelo Ministério Público Federal referente à improbidade administrativa (esquema de trocas de favores e concessão de benefícios no INSS), outro fato importante é que o "nobre" deputado teve suas contas rejeitadas nas campanhas de 2006 e 2012.
Conheça quem são deputados que votaram pelo impeachment e quais os questionamentos judiciais:
Paulinho da Força (SD-SP): Foi condenado no Tribunal Regional Federal da 3ª Região por improbidade administrativa. No STF, o deputado é réu em ação penal sobre crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Responde no STF por peculato e atos de corrupção passiva. Também é alvo de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público que apuram dano ao erário.Como votou: SIM
Mendonça Filho (DEM-PE): Em razão da posição de presidente regional do DEM em Pernambuco, o parlamentar é parte em processos que tiveram as contas do partido julgadas como não prestadas em municípios pernambucanos.Como votou: SIM
Marco Feliciano (PSC-SP): Teve a prestação de contas da eleição de 2014 para deputado federal reprovada. É alvo de inquérito que apura irregularidades na contratação de cinco pastores da igreja Catedral do Avivamento, fundada pelo parlamentar, que trabalhariam em seu gabinete, mas não cumpriam expediente. Também responde a pedido de indenização por danos morais difusos.Como votou: SIM
Carlos Sampaio (PSDB-PR): Teve a prestação de contas referente às eleições municipais de Campinas de 2008 reprovadas, o mesmo ocorreu nas eleições de 1998.Como votou: SIM
Jovair Arantes (PTB-GO): Teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições de 2012 e 2006. Também é alvo de ação movida pelo Ministério Público Federal referente a crimes de improbidade administrativa.Como votou: SIM
Rogério Rosso (PSD-DF): É indiciado por corrupção eleitoral no TRE-DF.Como votou: SIM
Paulo Maluf (PP-SP): Foi condenado por improbidade administrativa pelo superfaturamento na construção do túnel Ayrton Senna quando era prefeito de São Paulo, com decisão mantida em segunda instância. Foi condenado pela utilização de meios e dinheiro público para promoção pessoal durante o período em que foi prefeito da capital paulista.Também foi réu em ações por lavagem de dinheiro, por crimes eleitorais, por falsidade ideológica, crimes contra o sistema financeiro nacional, participação em ocultação de cadáveres de militantes durante a ditadura militar e improbidade administrativa em diferentes instâncias.Como votou: SIM
Leonardo Quintão (PMDB-MG): É alvo de ação civil por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual.Como votou: SIM
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA): O parlamentar presidia o PMDB na Bahia em 2007, quando a prestação de contas foi reprovadaComo votou: SIM
Mauro Mariani (PMDB-SC): Réu em ação por improbidade administrativa. A ação havia sido extinta em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça de Santa Catarina anulou essa decisão. O parlamentar recorre no Superior Tribunal de Justiça.Como votou: SIM
Osmar Terra (PMDB-RS): O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul apontou irregularidades nas gestões de Terra na Secretaria de Saúde e em uma prefeitura e o condenou a pagamento de multa.Como votou: SIM
Jerônimo Goergen (PP-RS): É alvo de inquérito da Operação Lava Jato. Também responde por improbidade administrativa referente a indicação de assessor parlamentar que agia como funcionário fantasma, recebendo os valores do cargo sem a realização das atividades devidas.Como votou: SIM
Júlio Lopes (PP-RJ): É alvo, no STF, de inquérito que apura apropriação indébita previdenciária. O processo está suspenso, pois parlamentar está efetuando o pagamento dos débitos.Como votou: SIM
Alex Manente (PPS-SP): É alvo de inquérito que apura a prática de crimes eleitorais e responde no Tribunal de Justiça de São Paulo ação por improbidade administrativa e dano ao erário movida pelo Ministério Público.Como votou: SIM
Marcelo Squassoni (PRB-SP): Foi condenado por improbidade administrativa por uso da máquina pública para favorecimento pessoal, mas recorre da decisão. Também é alvo de inquérito sobre crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, no período em que chefiou a gerência regional do Patrimônio da União em São Paulo e responde por improbidade administrativa com dano ao erário no TJ-SP.Como votou: SIM
Danilo Forte (PSB-CE): É alvo de inquérito que investiga violações de direito e processo eleitoral e de ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal.Como votou: SIM
Marcos Montes (PSD-MG): Condenado em ação civil de improbidade administrativa. O deputado recorre no STJ.Como votou: SIM
Nilson Leitão (PSDB-MT): Teve reprovadas as contas referentes ao exercício de 2010 do diretório regional do PSDB. O parlamentar era o presidente regional do partido na época. O partido recorre.O diretório estadual do PSDB também teve as contas referente ao exercício de 2007 reprovadas, quando o parlamentar era presidente. Também reponde por corrupção passiva, crimes de responsabilidade, inquéritos que apuram crimes da Lei de Licitações e ações civis de improbidade administrativa.Como votou: SIM
Shéridan Estérfany (PSDB-RR): É alvo de ação civil de improbidade administrativa (dano ao erário) no Tribunal de Justiça de Roraima e também reponde a inquérito, no STF, que apura crimes eleitorais.Como votou: SIM
Fernando Francischini (SD-PR): No Tribunal de Justiça do Paraná é alvo de ação civil de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público e de ação movida pela Defensoria Pública do Paraná.Como votou: SIM
O levantamento foi feito pelo Portal EBC em plataforma da ONG Transparência Brasil.
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Do Portal Vermelho, Eliz Brandão, com informações da Agência Brasil
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