sexta-feira, 21 de maio de 2021

Nos últimos 11 dias, pandemia continua com tendência de baixa no MA


Segundo o boletim oficial do dia
 19/05, temos hoje 282.305 casos confirmados, destes, 249.590 estão curados. Devemos sempre se preocupar com o número de casos de pessoas suspeitas e novos casos com o COVID 19 que coincidem com a maior flexibilização dos serviços, liberados pelo governo estadual, como indicam os últimos boletins, fornecido pela SES.

Começando por um dado importante no nosso estado, hoje temos 250.760 curados contra 23.979 em tratamento em casa e nos hospitais.

Sobre os casos de suspeitos que teve uma pequena alta há duas semana atrás, agora durante esses 11 dias, houve uma diminuição significativa na média diária, era de 4.037 passou agora a 3.732Os novos casos, houve uma diminuição na média diária, ficando agora com 823 novos casos. Sobre o número de óbitos, a média continua muito alta em comparação as médias de 2020 e início de 2021, mas houve mais uma pequena diminuição nesses 11 dias,  ficou em 26 óbitos na média diária. Hoje 7.821 pessoas perderam a vida. Esses dados são referentes aos boletins fornecidos pela SES de 10/05 a 20/05veja a relação abaixo:

Casos suspeitos:

Dia 20/05 - 4.148
Dia 19/05 - 3.961
Dia 18/05 - 3.619
Dia 17/05 - 3.294
Dia 16/05 - 3.521
Dia 15/05 - 3.937
Dia 14/05 - 2.926
Dia 13/05 - 3.646
Dia 12/05 - 3.817
Dia 11/05 - 3.989
Dia 10/05 - 4.199

Média: 3.732

Novos casos:
Dia 19/05 - 1.055
Dia 19/05 - 1,186
Dia 18/05 - 0.979
Dia 17/05 - 0.359
Dia 16/05 - 0.131
Dia 15/05 - 0.458
Dia 14/05 - 1.021
Dia 13/05 - 1.104
Dia 12/05 - 1.263
Dia 11/05 - 1.141
Dia 10/05 - 0.355

Média: 823

Casos de óbitos:

Dia 19/05 - 7.821(32)
Dia 19/05 - 7.789(31)
Dia 18/05 - 7.758(29)
Dia 17/05 - 7.727(27)
Dia 16/05 - 7.700(09)
Dia 15/05 - 7.691(17)
Dia 14/05 - 7.674(30)
Dia 13/05 - 7.644(32)
Dia 12/05 - 7.612(29)
Dia 11/05 - 7.583(30)
Dia 10/05 - 7.553(21)

Média: 26 

Houve uma considerável flexibilização pelo governo do estado quanto a abertura de vários estabelecimentos comercias, devido a baixa incidência de casos com a pandemia e não é por isso que devemos relaxar com as recomendações estabelecidas pela autoridades da saúde e do governo, usem máscaras e quem tiver no tratamento, permaneçam em casa.

Até no final dessa semana que vem, devemos passar dos 255.000 curados, segundo informações médicas nos hospitais. No total já contraíram a doença, 281.250 pessoas.

O Maranhão continua sendo uns dos primeiros estados da federação com mais testes realizados, já são 673.357 testes e o primeiro proporcionalmente.

Estamos no caminho certo nas medidas aplicadas pelos governos estadual e municipais , boa parte da população tem que voltar a fazer sua parte.

Não é por isso que devemos relaxar com as recomendações das autoridades da saúde e do governo estadual, repetimos, usem máscaras e quem tiver no tratamento, permaneçam em casa, ainda existem muitos doentes e suspeitos.

O blog agradece o governo do estado, comandado pelo Governador Flávio Dino e a todos os profissionais da saúde, na liderança do Secretário Carlos Lula pelo ótimo trabalho que vem sendo realizado.

Vejam os boletins dos dias 10/05 a 20/05 completos aqui

FONTE: SES

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Salário mínimo para 2022, 2023 e 2024 é revelado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Através do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022 o governo federal projetou qual deve ser o salário mínimo para o ano que vem, bem como projeção para os próximos três anos.

Segundo estimativa do governo o salário mínimo 2022 deve ficar na casa dos R$ 1.147, ou seja, um reajuste de 4,27% com relação ao piso salarial deste ano. Vale lembrar que o valor não está definido, caso o acumulado da inflação aumente mais que o previsto o salário mínimo deve ser reajustado.

Piso salarial dos próximos três anos

Além da previsão relativa ao salário mínimo de 2022 o governo elaborou ainda a estimativa dos próximos três anos, confira:

  • Salário mínimo para 2022 – R$ 1.147,00
  • Salário mínimo para 2023 – R$ 1.188,00
  • Salário mínimo para 2024 –  R$ 1.229,00

O objetivo do governo do presidente Jair Bolsonaro é reajustar o valor do salário mínimo conforme a inflação, ou seja, sem ganhos reais, apenas reajustado para que o trabalhador não tenha prejuízos.

A estimativa poderá sofrer alteração ao longo da tramitação no Legislativo. O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, enfatizou que o governo tem até dia 31 de dezembro para chegar o valor a ser praticado no próximo ano.

Ainda conforme declaração do Ministério da Economia, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa um aumento de R$ 315 milhões no Orçamento da União, devido a vários benefícios atrelados ao piso nacional como benefícios da Previdência Social, Benefício de Prestação Continuada e o seguro-desemprego.

Valor ideal do salário mínimo

Apesar dos pequenos reajustes do salário mínimo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizou recentemente a pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que apontou que o piso salarial ideal no país deveria ser de R$ 5.330,69.

Os cálculos evidenciam que valor supera em quase cinco vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100, e é um pouco maior que o salário ideal de março, que foi de R$ 5.315,74.

Para chegar ao valor ideal, o órgão considerou o valor necessário para sustentar uma família de quatro pessoas, formada por dois adultos e duas crianças, com a cesta de alimentos mais cara que, em abril, foi a de Florianópolis (R$ 634,53).

Fonte: Reproduzido da Rede jornal Contábil

quarta-feira, 12 de maio de 2021

A esdrúxula tese da legítima defesa da honra no feminicídio


Publico hoje este guest post da feminista marxista e ativista ambiental Regiane Pimentel. E, aproveitando: assine a petição Nem Pense em Me Matar.

A tese da legítima defesa da honra remete ao Brasil Colonial, onde os homens podiam tirar a vida de suas companheiras com o argumento de que estavam cometendo um assassinato em nome de sua honra. É uma justificativa cruel e descabida para que homens se sentissem no direito, e com o amparo legal, para tirar a vida das esposas ou namoradas que os traíssem. É o crime passional sendo normalizado e legitimado pelo Estado. É a figura feminina sendo vista como propriedade, como objeto. É a mulher sendo colocada abaixo do direito à vida previsto na Constituição. 

O ato de matar a esposa infiel transformou-se historicamente em verdadeiro mérito do marido: o absurdo sendo normalizado. A vingança masculina sendo vista como lei. A honra masculina sendo legitimada como maior valor do que a própria vida da mulher.

Essa tese foi utilizada por muitos anos, e até nos dias de hoje, como estratégia jurídica para legitimar assassinatos de homens contra suas companheiras. Através dos movimentos feministas essa tese caiu em desuso, mas ainda assim era usada.

Como esquecer o caso do assassinato da Angela Diniz? Até hoje esse lastimável episódio é lembrado. O júri da época absolveu o seu assassino em nome da legítima defesa da honra.

Recentemente o STF decidiu que é inconstitucional a tese da legítima defesa da honra. Isso significa que o uso desse argumento será proibido em casos envolvendo feminicídios. A defesa não poderá mais usar essa estratagema tão cruel e macabra para justificar e perpetuar a violência doméstica e o feminicídio.

É uma decisão que deveríamos estar comemorando, mas a verdade é que tal fato nem devia ser pauta no Supremo. Quero dizer, em pleno século 21 a nossa justiça ainda decide sobre algo tão arcaico, algo que já deveria há muito tempo não fazer mais parte das fases dos processos penais. Afinal, fere os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.

É surreal saber que essa ferramenta tão imoral ainda poderia ser utilizada nos tribunais, sendo o nosso país um dos piores para uma mulher viver. Somos campeões de crimes de gênero, feminicídios e violência doméstica. Ser mulher nesse país é ter um alvo nas costas. E usar a traição conjugal como justificativa para tirar a vida de uma mulher demonstra como vivemos numa sociedade patriarcal e misógina. 

Somos o quinto país do mundo em índice de feminícidio. Mulheres são mortas só por serem mulheres, só pelo seu gênero, morrem por dizerem "não", por saírem de um relacionamento, por usarem roupas curtas.

O feminicida não pode ser acolhido pela sociedade e muito menos pela justiça. Essa tese da legítima defesa da honra é extremamente sexista e dava amparo legal a crimes violentos contra mulheres.

Saber que tal tese de "legítima defesa da honra" ainda era legal e usada nos tribunais é revoltante. Tramita na Câmara de Deputados um projeto de lei para reforçar o veto do STF à tese. Não consigo, como mulher, feminista e militante, comemorar a decisão da proibição. Só posso dizer: antes tarde do que nunca.




FONTE: Reproduzido do Blog Escreva Lola Escreva


segunda-feira, 10 de maio de 2021

No Maranhão Covid 19 com tendência de queda de óbitos e novos casos

(Foto: Reprodução)

Segundo o boletim oficial do dia 09/05, temos hoje 273.303 casos confirmados, destes, 240.273 estão curados. Devemos sempre se preocupar com o número de casos de pessoas suspeitas e novos casos com o COVID 19 que coincidem com a maior flexibilização dos serviços, liberados pelo governo estadual, como indicam os últimos boletins, fornecido pela SES.

Começando por um dado importante no nosso estado, hoje temos 240.273 curados contra 21.437 em tratamento em casa e nos hospitais.

Sobre os casos de suspeitos que teve uma pequena alta na semana passada, agora nessa semana houve um aumento significativo na média diária, era de 3.089 passou agora a 4.037. Os novos casos, houve uma diminuição na média diária, ficando agora com 710 novos casos. Sobre o número de óbitos, a média continua muito alta em comparação as médias de 2020 e início de 2021, mas houve mais uma pequena diminuição nesses 08 dias,  ficou em 29 óbitos na média diária, hoje 7.532 pessoas perderam a vida. Esses dados são referentes aos boletins fornecidos pela SES de 02/05 a 09/05veja a relação abaixo:

Casos suspeitos:

Dia 09/05 - 4.542
Dia 08/05 - 4.306
Dia 07/05 - 4.868
Dia 06/05 - 4.592
Dia 05/05 - 3.897
Dia 04/05 - 3.425
Dia 03/05 - 3.698
Dia 02/05 - 2.966

Média: 4.037

Novos casos:

Dia 09/05 - 0.086
Dia 08/05 - 0.694
Dia 07/05 - 1.247
Dia 06/05 - 1.127
Dia 05/05 - 1.142
Dia 04/05 - 0.981
Dia 03/05 - 0.381
Dia 02/05 - 0.025


Média: 710

Casos de óbitos:

Dia 09/05 - 7.532(06)
Dia 08/05 - 7.526(23)
Dia 07/05 - 7.503(30)
Dia 06/05 - 7.473(35)
Dia 05/05 - 7.438(37)
Dia 04/05 - 7.403(37)
Dia 03/05 - 7.366(35)
Dia 02/05 - 7.331(20)

Média: 29

Houve uma considerável flexibilização pelo governo do estado quanto a abertura de vários estabelecimentos comercias, devido a baixa incidência de casos com a pandemia e não é por isso que devemos relaxar com as recomendações estabelecidas pela autoridades da saúde e do governo, usem máscaras e quem tiver no tratamento, permaneçam em casa.

Até no final dessa semana que vem, devemos passar dos 245.000 curados, segundo informações médicas nos hospitais. No total já contraíram a doença, 273.303 pessoas.

O Maranhão continua sendo uns dos primeiros estados da federação com mais testes realizados, já são 656.014 testes e o primeiro proporcionalmente.

Estamos no caminho certo nas medidas aplicadas pelos governos estadual e municipais , boa parte da população tem que voltar a fazer sua parte.

Não é por isso que devemos relaxar com as recomendações das autoridades da saúde e do governo estadual, repetimos, usem máscaras e quem tiver no tratamento, permaneçam em casa, ainda existem muitos doentes e suspeitos.

O blog agradece o governo do estado, comandado pelo Governador Flávio Dino e a todos os profissionais da saúde, na liderança do Secretário Carlos Lula pelo ótimo trabalho que vem sendo realizado.

Vejam os boletins dos dias 02/05 a 09/05 completos aqui

FONTE: SES

sábado, 8 de maio de 2021

Pra onde escoam os vídeos mais toscos excluídos do YouTube?

(Foto: Reprodução)

Por Cristina 
Tardáguila*

Rumble e Bitchute. É para essas duas plataformas - ambas em franca expansão em todo o mundo - que vídeos excluídos pelo YouTube no Brasil estão escoando. 

Nesses dois espaços, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) ainda exalta a ditadura militar e ameaça ministros do Supremo Tribunal Federal, colhendo elogios e hashtags. Nessas duas plataformas, é fácil achar versões completas e legendadas em português dos documentários Plandemic I e II, famosos por desinformar sobre a pandemia. E também é nessas duas redes que o brasileiro consegue rever o presidente atual do Brasil, engolindo um suposto comprimido de cloroquina, e o jornalista Alexandre Garcia defendendo o uso desse medicamento anti-malária como "tratamento precoce" para Covid-19.

O problema, no entanto, não para por aí. 

Levantamento feito nesta semana pelo Monitor de WhatsApp da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que links que remetem ao Rumble e ao Bitchute já circulam - em português - pelo WhatsApp. O aplicativo de mensagens do Facebook é considerado por quase 80% dos brasileiros a principal fonte de informação diária. 

Entre março de 2020 e março de 2021, pelo menos 529 links originários dessas duas novas plataformas apareceram nos 516 grupos abertos monitorados de forma constante pela equipe da UFMG. 

E o tom das conversas que empacotam essas URLs indica que o número pode crescer exponencialmente em breve. De acordo com o estudo do Monitsão convites explícitos à migração de plataformas, baseando-se no entendimento (muito questionável) de que o YouTube pratica censura de forma autoritária e sem supervisão. 

"Vimos mensagens com frases como 'Se você ainda está no FoiceBook e no Twitter e vive reclamando da censura e da tirania desses monstros da tecnologia, você é parte do problema. Comece a mudar agora para os navegadores alternativos, plataformas de vídeo, mídias sociais alternativos e ferramentas de buscas'. Seguido de um link para o Rumble e do Bitchute", conta o professor Fabrício Benevenuto, responsável pelo estudo. 

Outro levantamento, feito pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da Universidade de São Paulo (G-Popai/USP), mostra a presença do Rumble e do Bitchute no próprio Youtube. Análise dos 500 maiores canais de política da plataforma no Brasil indica uma alta no número de comentários que incluem links para Rumble e Bitchute. Em fevereiro, foram 23 registros. Em março, 30. Em abril, o total dobrou, chegando a 60. 

De bichos à fraude eleitoral O Rumbler nasceu em Toronto, no Canadá. Foi criado pelo empresário Chris Pavlovski e pulou de 1,6 milhão de usuários em novembro do ano passado para 31 milhões de usuários ao fim do primeiro trimestre de 2021. O português é a segunda língua mais falada na plataforma, com cerca de 14% dos usuários. 

Uma análise de conteúdo mostra que, entre 1º e 30 de abril de 2020, o Rumble era um espaço em que vídeos de leões, papagaios e bichos de estimação faziam sucesso. Eram cerca de 120 novos links a cada 30 dias com pouco menos de 780 engajamentos nas redes sociais. 

Um ano depois, levantando de forma agressiva a bandeira da não-moderação de conteúdos na internet, o Rumble registrou 27,4 mil novos links só em abril de 2021 - e eles tiveram mais de 3,9 milhões de engajamentos nas outras redes. 

Os vídeos de animais (mesmo que exóticos) foram substituídos por temas como "deep state", "censura", "mídia tradicional" e "big techs". O vídeo mais visto do mês passado jogava dúvidas sobre a lisura da eleição americana, ocorrida em novembro de 2020. 

O feed do Rumble é cronológico, semelhante ao do Twitter. Pretende dispensar algoritmos e lutar por espaço nos buscadores do mundo. Em janeiro, a plataforma entrou com uma ação contra o Google alegando que o buscador manipula buscas de forma a priorizar os vídeos do YouTube e a esconder o Rumble. A nova plataforma pede um ressarcimento de US$ 2 bilhões. 

"Estamos criando um ecossistema justo para todos, independente de a pessoa ser de esquerda ou de direita", disse Pavlovski numa entrevista recente à Fox Business. 

Banido do PayPal O Bitchute é mais jovem e mais radical. Foi criado em 2017, na Inglaterra, pelo empresário Ray Vahey e permite que seus usuários recebam "gorjetas" das pessoas que visitam seus canais. 

Entre 1º e 30 de abril de 2020, o Bitchute era um espaço para falar da "mídia tradicional", criticar "Bill Gates" e atacar a "Organização Mundial da Saúde (OMS)". O vídeo mais visto naquele mês misturava leituras bíblicas com criptomoedas, numa salada quase inimaginável que alardeava o fim do mundo. 

]Um ano depois, entre 1º e 30 de abril de 2021, a postagem mais vista incitava as pessoas a abandonarem as máscaras, dizendo que elas estavam sendo enganadas pelos "inimigos da América". 

Em sua curta história, o Bitchute já coleciona banimentos importantes. Por incitar ódio, amplificar teorias da conspiração e oxigenar conteúdos desinformativos, já foi expulso de plataformas de pagamento, como PayPal, e de sistemas de crowdfunding, como IndieGogo. 

Na tarde de ontem (5), um vídeo de mais de oito minutos defendia que o comediante Paulo Gustavo, morto de Covid-19, era "a mais nova Marielle Franco" (numa referência crítica à vereadora do PSOL morta a tiros no Rio de Janeiro). Respingava ódio contra o artista vítima da pandemia e reproduzia dados falsos sobre a cloroquina. 

Apesar de tudo isso, talvez você considere que ainda é cedo para começar a vigiar esses dos espaços. Então aqui vão mais alguns dados. O Alexa Rank, sistema que calcula a popularidade de um site levando em consideração a média diária de visitantes e o total de pageviews que ele registrou nos últimos três meses, mostra que o Rumble e o Bitchute já são mais populares que o Gab e o Parler. 

No início deste mês de maio, o Rumble ocupava a posição 1.067 no ranking mundial do Alexa. O Bitchute, a 1.547. O Gab aparecia em 1.994 e o Parler, num longínquo 3.533. 

É bom, portanto, prestar atenção. 


*Cristina Tardáguila
é fundadora da Agência Lupa e colunista da Fundação Gabo (Colômbia) e Univision (EUA).




27 horas entre vida e morte - A rotina de um turno de um jovem médico na Índia


Rohan Aggarwal tem 26 anos. Ele só completará seu curso de medicina no ano que vem. Porém, em um dos melhores hospitais da Índia, ele é quem decide quem viverá e quem morrerá quando pacientes o procuram com falta de ar, enquanto seus familiares imploram por misericórdia.

Enquanto o sistema de saúde da Índia balança à beira do colapso, Aggarwal toma decisões durante um turno de 27 horas, que inclui a terrível parte da noite, quando fica encarregado do pronto-socorro de um hospital em Nova Déli.

Todos no Holy Family Hospital —pacientes, parentes e funcionários— sabem que não há leitos, oxigênio nem ventiladores suficientes para atender a todos que chegam às portas do hospital.


"Quem salvar e quem não salvar deveria ser decidido por Deus. Não somos feitos para isso. Somos apenas humanos. Mas somos obrigados a decidir."


Rohan Aggarwal, médico na capital da Índia





A Índia tem registrado um recorde global de mais de 300 mil casos diários nas últimas duas semanas.

Na capital, menos de 20 dos mais de 5.000 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid-19 se encontram livres. Pacientes correm de um hospital para outro, morrendo na rua ou em casa, enquanto caminhões de oxigênio se deslocam com escolta armada para instalações com estoques perigosamente baixos.

Os crematórios funcionam 24 horas, lançando no ar nuvens de fumaça enquanto os corpos das vítimas chegam em intervalos de poucos minutos.

Durante a maratona de seu turno, Aggarwal diz temer o que acontecerá caso também seja infectado, ciente de que dificilmente encontrará um leito em seu próprio hospital.

Ele ainda não foi vacinado. Estava doente durante a vacinação de profissionais de saúde em janeiro e então, em fevereiro, ele relaxou. "Todos tínhamos a noção equivocada de que o pior do vírus tinha passado", diz

Ronda matinal

Quando Aggarwal inicia seu turno, por volta das 9h, quatro corpos jazem em uma das áreas onde os funcionários supostamente devem retirar seu equipamento de proteção.

As macas dos pacientes ficam próximas demais umas das outras. Um homem foi colocado em um depósito, cercado por lixeiras com resíduo hospitalar. Um parente traz um novo cilindro de oxigênio quando aquele que está em uso se esgota.

Em circunstâncias normais, o Holy Family é um dos melhores hospitais do país, atraindo pacientes de todo o mundo, e ainda é, considerando as condições dos hospitais públicos, onde dois pacientes dividem um mesmo leito ou morrem do lado de fora, em macas sob o sol escaldante.


Mas mesmo assim a situação é desesperadora.

O hospital, que tem capacidade para 275 adultos, atualmente cuida de 385. Uma placa colocada do lado de fora, que mostra o número de leitos disponíveis para covid tanto no atendimento geral quanto na terapia intensiva, permanece inalterada há semanas e marca zero.

Comandar o pronto-socorro, com suas fraturas, tosses e febres, geralmente é tarefa fácil, aos cuidados de um médico jovem, enquanto os especialistas e mais experientes trabalham na UTI, onde há rápida escalada dos casos mais graves. Mas este sistema há muito ruiu e o médico encarregado pelo pronto-socorro é agora crucial.

Antes de iniciar seu turno no pronto-socorro, Aggarwal primeiro faz uma ronda pela ala de covid. Com um colega veterano, é responsável por 65 pacientes. Isso lhe dá um máximo de três ou quatro minutos para ver cada um antes de qualquer emergência, o que ocorre com frequência.

Poucos minutos após iniciar sua ronda, ele recebe uma chamada urgente: um de seus pacientes teve piora. Ele desce correndo as escadas e dispara por um corredor mal iluminado até o quarto 323, onde um idoso está quase inconsciente.

"Ele terá que descer", explica Aggarwal para o filho do paciente. "Não há leitos, mas terão que dar um jeito."

Um segurança fica na entrada do pronto-socorro para evitar que familiares tentem assegurar um leito "à força".

No mês passado, parentes em outro hospital na capital atacaram funcionários com uma faca após a morte de um paciente. A mais alta Corte estadual alertou que mais problemas de lei e ordem nos hospitais provavelmente ocorrerão caso a falta de leitos continue.

Os funcionários do hospital cuidam de todos e prestam os primeiros socorros o melhor que podem, mas simplesmente não há espaço para todos.

Caído no banco traseiro de um carro, Vijay Gupta, 62, é um paciente recusado, com sua família e amigos debatendo o que fazer. "Estamos rodando à procura de um leito desde as 6h", diz um amigo.

Outros no pronto-socorro estão tão doentes que necessitam urgentemente de ventiladores e Aggarwal implora às famílias que procurem em outro lugar. Mas elas já o fizeram.

Quando sua ronda matinal termina, após cerca de três horas, os olhos de Aggarwal já exibem sinais de fadiga.

Um breve respiro


Aggarwal, que cresceu em Nova Déli, queria ser médico desde os 6 anos de idade.


Ele passou nos seus primeiros exames quando tinha 19 e começou a estudar em uma faculdade de medicina ligada a um hospital público no leste da capital.

"Sou vacinado pelo sangue precioso de Jesus", diz um cartaz no hospital financiado por missionários. "Nenhum vírus pode me tocar."

Independentemente de onde esteja, Aggarwal ouve o som dos monitores cardíacos enquanto tenta dormir. Ele cochila esporadicamente, sem conseguir esquecer as mortes sob seus cuidados, não por falta de esforço, mas por falta de recursos.

Turno no pronto-socorro


Pouco antes das 15h, Aggarwal retorna ao pronto-socorro. Ele se senta atrás de uma mesa enquanto parentes se amontoam ao seu redor, implorando para que seus doentes sejam admitidos.

"Se um paciente tem febre e sei que ele está doente, mas não está precisando de oxigênio, não posso admiti-lo", diz.

"Esse é o critério. Pessoas estão morrendo nas ruas sem oxigênio. Logo, pessoas que não precisam de oxigênio, mesmo estando doentes, não vamos receber."

Rohan Aggarwal, médico na capital da Índia

"Outro critério é ter um idoso e um jovem. Ambos necessitam de alto fluxo de oxigênio e eu disponho de apenas um leito na UTI. Não posso me deixar levar pelas emoções na ocasião, pelo fato de ele ser pai de alguém. É o jovem que precisa ser salvo."

Durante a ronda, ele mal dá atenção para os pacientes que estão sentados e conscientes.

Karuna Vadhera, 74, está em estado crítico. Aggarwal bate no ombro da mulher e coloca seu polegar gentilmente em sua cavidade ocular para testar resistência.


Não há nenhuma. Sua cabeça cai para frente, com os níveis de oxigênio perigosamente baixos.

"Ela pode morrer a qualquer instante", ele diz ao sobrinho dela, Pulkit, implorando para que ele a transfira para um hospital com leito disponível em UTI.

"Temos cinco parentes tentando em diferentes partes de Nova Déli", responde Pulkit, com seu telefone quase que constantemente no ouvido. "Ninguém encontra leito."

O turno noturno

Aggarwal passa a noite enfrentando emergências constantes nas alas. Três de seus pacientes morrem, incluindo uma mulher jovem.

Apenas às 5h ele consegue dormir na sala de descanso do pronto-socorro.

Quando acorda, com olhos turvos, poucas horas depois, morre Vadhera, a idosa que não conseguiu leito na UTI. O sobrinho dela permanece ao lado dela enquanto seu corpo, envolto em uma mortalha branca, é carregado em uma ambulância para ser levado para cremação.

Finalmente, após 27 horas, o turno dele termina e ele é tomado por uma exaustão que o faz querer dormir o restante do dia e o seguinte também.

Mas ele ainda tem um trabalho: o pai de um amigo está doente e pediu ajuda, pedido recorrente ao médico. Nove entre dez vezes, não há nada que ele possa fazer, mas ele sempre tenta.

E, assim, recoloca sua máscara e volta para o hospital.





quinta-feira, 6 de maio de 2021

Última semana para trabalhadores receberem bolada do FGTS

Foto: Agência Brasil

Os trabalhadores que pretendem ter os valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) reajustados em ação que será julgada no STF (Supremo Tribunal Federal), tem até o dia 13 de maio para entrar com pedido de correção dos saldos do fundo.

O prazo para o dia 13 refere-se ao julgamento marcado pelo STF na próxima quinta-feira. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090, iniciada pelo partido Solidariedade ainda no ano de 2014 e que questiona a aplicação da TR (Taxa Referencial) como índice de correção dos valores do FGTS que tem significado perda pelos trabalhadores, pois o saldo corrigido é menor que a inflação pode ser definida finalmente na próxima semana.

A correção do FGTS

O tema pode até parecer confuso, mas com uma rápida explicação podemos mostrar para você como é algo simples e que pode inclusive estar prejudicando você que está lendo agora.

O primeiro passo é entender que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) trata-se de uma conta em nome do trabalhador, onde o empregador é obrigado a recolher todo mês o valor de 8% para este fundo, que funciona como uma espécie de conta “poupança” e que pode ser resgatada pelo trabalhador quando o mesmo é demitido sem justa causa.

A “guardiã” desses valores é a Caixa Econômica Federal, no entanto, como o saldo fica parado e reservado ao trabalhador, o mesmo acaba rendendo uma pequena quantia de juros. No entanto, no ano de 1999 a Caixa Econômica Federal aplicou a TR (Taxa Referencial) para correção monetária do saldo do FGTS.

Porém, nos anos de 1999 a 2013 a Taxa Referencial rendeu menos que a própria inflação, ou seja, ao invés de os trabalhadores estarem tendo lucros, os trabalhados acabaram perdendo valor ao qual deveriam ter direito.

Logo a revisão de correção de saldo do FGTS pede que essa Taxa Referencial (TR) seja substituída pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para evitar o prejuízo dos trabalhadores.

Ou seja, caso o julgamento do STF decida em favor a ação, os trabalhadores que foram prejudicados precisam ter os valores corrigidos que podem render uma bolada de até 88% no saldo aos quais perderam ao longo dos anos.

Conforme estimativas, um trabalhador que tenha ao menos 10 anos de carteira assinada e uma remuneração média de R$ 8 mil mensais, pode ter direito a mais de R$ 20 mil para receber com a revisão do saldo.

Quem pode pedir a correção?

Todos os trabalhadores podem que exerceram atividade de carteira assinada entre os anos de 1999 a 2013 podem pedir a correção dos valores, mesmo quem tenha realizado o saque parcial, ou integral dos valores do fundo.

Além disso, conforme diversos advogados que acompanham o assunto e conforme o histórico recente de decisões do STF, tudo leva a crer que o desfecho sobre o FGTS pode ser positivo aos trabalhadores.

Logo, como a decisão pode ser positiva, no entanto, não se sabe se abrangerá todos os trabalhadores ou somente os que entraram com ação, é importante que os trabalhadores busquem seus direitos até a data do julgamento dia 13 de maio.

Em caso de dúvidas, consulte um advogado, onde o mesmo poderá orientar você e entrar com ação pedindo a correção dos valores. Para adiantar o processo, será necessário os seguintes documentos para ajuizamento da ação:

Cópia da carteira de trabalho (página onde está o número do PIS);
Extrato do FGTS (Caixa Econômica Federal) a partir de 1991 ou ano posterior a este em que se iniciou o trabalho com carteira assinada;
Cópia da carteira de identidade;
Cópia do CPF;
Comprovante de residência.

O extrato do FGTS pode ser obtido através do site da Caixa, acessando o link https://acessoseguro.sso.caixa.gov.br/portal/#.