sexta-feira, 26 de maio de 2023

Após apagar jogo de escravidão, Google mantém aplicativo que simula ataques a escolas

Foto: Reprodução

Em meio ao crescente número de ataques a escolas, está disponível na loja de aplicativos da Google um “jogo” chamado Destroy School Simulator (simulador de destruição de escolas, em tradução livre). Até a noite desta quarta-feira (24), a ferramenta já acumula mais de 100 mil downloads.

A descrição do game, atualizado pela última vez no dia 13 de maio, sugere que ele seja uma alternativa para quem deseja aliviar o estresse “destruindo alguma coisa”. “Deve haver muitas pessoas que não sabem como aliviar o estresse. O alívio do estresse é importante na vida. Break School Simulator é o melhor jogo de alívio do estresse para quem quer aliviar o estresse destruindo uma escola”, diz trecho do texto.

“Jogo” de destruição de escolas disponível na Play Store – Reprodução

O jogo, avaliado com a nota 3,6, conta com milhares de comentários feitos por usuários que teriam baixado o aplicativo. “O jogo é legal e engraçado, mas claro que tem bugs, lag e etc. Ele é travado, mas não tanto quanto imaginei e os gráficos são claros e iluminados. Mas quando joguei em ‘break the School’ deu bug e travou a tela, ficava piscando, ficava preta voltava no jogo e ficava preta de novo. E eu tava destruindo a sala e minha personagem dava umas bugadas quando ela corria, ela ficava parada, dava uma travada e depois voltava. O menu não trava, mas o jogo trava um pouco sim”, escreveu Adrianni Raquel, em abril deste ano.

“Sinceramente, é melhor do que eu esperava. Ele é um pouco repetitivo, bem otimizado e não trava muito. Os gráficos são bonzinhos, seria melhor se estivesse em português”, comentou outra usuária identificada apenas como Niky Box. Já Cris Ramos, disse que “o jogo pode até ser bom”, mas reclamou da loja de aplicativos do Google, que estaria apresentando erros frequentes.


Um outro aplicativo polêmico estava disponível na loja do Google até esta quarta-feira (24), mas foi retirado do ar. Um jogo intitulado “Simulador de Escravidão”, que tornava possível simular ser um proprietário de escravos e castigar pessoas negras ao longo das partidas.
Tela do jogo “Simulador de Escravidão” – Reprodução

O game oferecia duas modalidades: “tirana” ou “libertadora”. Na primeira opção, o objetivo era obter lucro e evitar fugas e rebeliões dos escravos. Na segunda, a meta era lutar pela liberdade e alcançar a abolição. De acordo com o jornal O Globo, entre as opções do jogo, estavam incluídas agressões e torturas aos “escravos”. A ferramenta foi desenvolvida pela Magnus Games e tinha pouco mais de mil downloads e 70 avaliações. Nos comentários, algumas pessoas reclamavam da falta de variedade de violência.

Fonte: A Postagem


sexta-feira, 12 de maio de 2023

CIA usa cobaias humanas para técnicas avançadas de tortura, mostra relatório

Desenhos feito por prisioneiro demonstram o vórtice, o caixão e a tábua de afogamentos
 (Imagens de Abu Zubaydah)

Com exclusividade, o jornal britânico The Guardian divulgou um relatório detalhado sobre as torturas, humilhações sexuais e religiosas, e terror psicológico prolongado que prisioneiros sofrem sob a custódia do governo dos EUA, desde o 11 de setembro de 2001. Leia a reportagem original aqui.

O relatório publicado pela primeira vez se chama American Torturers: FBI and CIA Abuses at Dark Sites and Guantánamo (Torturadores americanos: Abusos do FBI e da CIA em lugares obscuros e em Guantanamo) e foi escrito pelos professores de Direito na Universidade Seton Hall (Nova Jersey), Mark Denbeaux, e de Clínica Psiquiátrica da Universidade da Califórnia (São Francisco), Jess Ghannam. No entanto, o que destaca o trabalho dos acadêmicos é o poderoso reforço dos desenhos de Abu Zubaydah, um prisioneiro, há 21 anos sob custódia dos EUA no campo de prisioneiros de Guantanamo, em Cuba.

O paquistanês de 52 anos, é conhecido como o “prisioneiro para sempre”, porque não foi acusado de nenhum crime nem recebe qualquer perspectiva de libertação. Os EUA, inicialmente, alegaram que ele era um dos principais agentes da Al Qaeda, mas foram forçados a admitir que ele nem era membro do grupo terrorista.

Como tantos outros, Zubaydah é usado como cobaia humana no programa de tortura da CIA, e produziu o relato mais abrangente e detalhado já visto sobre as técnicas brutais às quais foi submetido. Fez isso por meio de uma série de 40 desenhos que narram a tortura que sofreu entre 2002 e 2006. As imagens fornecem uma visão única e sombria de um período que os Estados Unidos não medem esforços para manter em segredo.

Os desenhos foram esboçados de memória em sua cela em Guantánamo e enviados a Denbeaux, que é um de seus advogados. “Abu Zubaydah é o garoto-propaganda do programa de tortura dos Estados Unidos”, disse Denbeaux. “Ele foi a primeira pessoa a ser torturada, tendo sido autorizada pelo Departamento de Justiça com base em fatos que a CIA sabia serem falsos. Seus desenhos são o repúdio final ao fracasso e aos abusos da tortura.”

Na semana passada, um órgão da ONU pediu que ele fosse libertado imediatamente, concluindo que sua detenção em andamento pode ser um crime contra a humanidade. O relatório e os desenhos rompem o silêncio e a escuridão que podem, agora, contribuir para a libertação.

Fitas de vídeo de Zubaydah sendo torturado foram filmadas pela CIA, mas depois destruídas em violação a uma ordem judicial, enquanto um relatório de tortura de 6.700 páginas do comitê de inteligência do Senado permanece em segredo quase uma década depois de concluído. No entanto, se sabe que o Senado concluiu que o abuso de Zubaydah e outros detidos não conseguiu obter nenhuma nova informação relevante. De acordo com um resumo de 2014 do relatório do Senado, pelo menos 119 indivíduos foram vitimados pelo programa.

As representações são reproduzidas com tanta precisão que os rostos dos agentes da CIA e do FBI foram rasurados para proteger suas identidades. Os desenhos revelam até que ponto o governo dos EUA violou as leis internacionais e até mesmo suas próprias diretrizes sobre o que chamou eufemisticamente de “técnicas aprimoradas de interrogatório”. As técnicas descritas pelos desenhos não são aprovadas sequer pelos parâmetros formais do Departamento de Defesa.

As imagens mostram ameaças de estupro anal, interrogatórios em que Zubaydah está nu diante de uma interrogadora vestida sensualmente, profanações do Alcorão, espancamentos contra uma parede. Há ainda técnicas criativas de afogamento, em que fica preso num caixão com água por dias, entre os próprios dejetos, com medo permanente de se afogar. Há dias inteiros de transporte sem sentido de prisioneiros acorrentados, com fraldas, nus no frio.

Zubaydah chama de “vórtice” o uso simultâneo de várias técnicas usadas prolongadamente. Neste caso, o detento sofre 24 horas por dia de intensa tortura, por longas semanas ou meses, envolvendo dor, estresse, fome e frio. Consiste em pauladas em tempo de muito frio, até o desmaio e despertar violento para início de uma nova técnica, e assim por diante, até o uso de todas os métodos e reinício do ciclo.

Segundo o relatório dos especialistas, essas agressões violentas quando direcionadas à cabeça e pescoço do detento causam lesões traumáticas no cérebro e na medula espinhal cervical com dores de cabeça crônicas, dores no pescoço e dificuldades para movimentar a cabeça. As lesões cerebrais traumáticas causadas por tapas repetidos, tapas faciais e pancadas na cabeça causam deficiências cognitivas graves. Também pode resultar em uma condição muito dolorosa de zumbido no ouvido. O zumbido é frequentemente combinado com uma sensibilidade sensorial dolorosa, e as pessoas ficam extremamente perturbadas mesmo com níveis baixos de sons, luz, cheiros, tato e paladar. Pensar, falar, escrever e processar informações tornam-se dolorosos, difíceis e, às vezes, impossíveis. Na maioria dos casos é improvável mitigar esse sofrimento com tratamento.

O relatório conclui que os desenhos “não são apenas um testemunho poderoso do que a CIA e o FBI fizeram após o 11 de setembro, mas também são a única evidência” após a destruição dos registros em vídeo. Os autores consideram que esses atos “são horríveis e maus em si mesmos”. No entanto, consideram que pode ser ainda pior por significarem que “a CIA criou novas formas de infligir traumas físicos graves e, ao mesmo tempo, expor o detido a traumas psicológicos”.

É possível ver a descrição dos desenhos no relatório (clique aqui para lera íntegra). Alguns desenhos são identificados como caixa-caixão, tábua de afogamento, emparedamento, suspensão, caixa de confinamento, ameaça de estupro, vórtice, frio extremo, caixa vertical, transporte de prisioneiros, pesquisa de cavidades, congelamento, reidratação retal/alimentação retal, alimentação forçada, golpe nas nádegas e ameaças de estupro, ameaças com uma furadeira elétrica, ameaça de profanar o Alcorão Sagrado, posições de estresse, ameaça de prejudicar os órgãos sexuais/genitais, ameaça de humilhação religiosa e blasfêmia, técnicas não letais.

Abaixo, alguns dos desenhos com representações extremamente gráficas e perturbadoras das técnicas:




Fonte: Vermelho


quinta-feira, 11 de maio de 2023

Flávio Dino anuncia investigação pela PF ao esquema de apostas no futebol

Foto: Site A Postagem

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou em suas redes sociais que determinou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar as denúncias de manipulação de resultados esportivos por parte de atletas e casas de apostas de futebol. O ministro chama atenção para a proporção que o caso já alcançou, chegando a haver indícios de fraudes internacionais.

“Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis”, publicou o ministro em seu perfil no Twitter.

O caso ganhou notoriedade a partir de uma denúncia do Ministério Público de Goiás, que identificou um esquema coordenado pelo apostador Bruno Lopez, suspeito de aliciar jogadores de times do Campeonato Brasileiro. Conforme a apuração do órgão, os atletas combinaram determinadas condutas em campo junto ao chefe, que aplicava dinheiro em aplicativos de apostas e entregava parte do lucro aos jogadores. Faltas e erros propositais acabavam se revertendo em dividendos.

As manipulações esportivas já representavam motivo de preocupação no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, a CPI das manipulações esportivas, aprovada no final de abril, é a única a contar com apoio consensual entre governo e oposição. No Senado, foi encaminhado à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) na terça-feira (9) o projeto de lei que regulamenta os jogos de apostas no Brasil. Apesar da prática já ter generalizada na internet, apostas esportivas são proibidas hoje no Brasil.

Omar Aziz (PSD-MA) chegou a falar dos escândalos em plenário após a aprovação da Lei Geral do Esporte no Senado. “Se nós não tomarmos uma posição, o governo não tomar uma posição, o Congresso Nacional não tomar uma posição dessas apostas esportivas, vai acabar o futebol porque estão comprando jogador e vão continuar comprando jogador de futebol”, alertou.

O senador defendeu a proibição definitiva dos aplicativos de apostas esportivas. “Eles não são sérios. Ou o Brasil proíbe esse tipo de aposta, ou vai acabar o futebol brasileiro. (…) O cara aposta até falta, pênalti, mão, não sei o quê, e isso é fácil [de manipular]. O Senado não pode ficar passivo a isso”, declarou. Em suas redes sociais, ainda chamou atenção para o fato de não haver uma tributação para as plataformas de apostas.

O senador defendeu a proibição definitiva dos aplicativos de apostas esportivas. “Eles não são sérios. Ou o Brasil proíbe esse tipo de aposta, ou vai acabar o futebol brasileiro. (…) O cara aposta até falta, pênalti, mão, não sei o quê, e isso é fácil [de manipular]. O Senado não pode ficar passivo a isso”, declarou. Em suas redes sociais, ainda chamou atenção para o fato de não haver uma tributação para as plataformas de apostas.

Fonte: Congresso em Foco

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Vejam quem é contra que a mulher ganhe salário igual ao homem

 

Foto: Contábeis


Confira a lista de deputados que votaram contra o PL para equiparar salários de homens e mulheres com a mesma função:

Adriana Ventura (Novo-SP)
Alberto Fraga (PL-DF)
André Fernandes (PL-CE)
Any Ortiz (Cidadania-RS)
Bia Kicis (PL-DF)
Bibo Nunes (PL-RS)
Capitão Alden (PL-BA)
Carla Zambelli (PL-SP)
Carlos Jordy (PL-RJ)
Caroline de Toni (PL-SC)
Cb Gilberto Silva (PL-PB)
Chris Tonietto (PL-RJ)
Dani Cunha (União-RJ)
Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
Dr. Jaziel (PL-CE)
EduardoBolsonaro (PL-SP)
Evair de Melo (PP-ES)
Filipe Martins (PL-TO)
General Girão (PL-RN)
Gilson Marques (Novo-SC)
Julia Zanatta (PL-SC)
Junio Amaral (PL-MG)
Kim Kataguiri (União-SP)
Luiz Lima (PL-RJ)
Luiz P.O Bragança (PL-SP)
Marcel van Hattem (Novo-RS)
Marcio Alvino (PL-SP)
Mauricio Marcon (Podemos-RS)
Mauricio do Vôlei (PL-MG)
Ricardo Salles (PL-SP)
Rodolfo Nogueira (PL-MS)
Rosângela Moro (União-SP)
Sargento Fahur (PSD-PR)
Sgt. Gonçalves (PL-RN)
Silvia Waiãpi (PL-AP)

Fonte: Fórum