Foto: Ilustração |
O Exército tem ativamente moderado comentários de usuários que fazem ofensas à corporação ou a seus membros nas redes sociais, e já bloqueou mais de 160 perfis desde 2023.
Os dados – que consideram os perfis do Exército no Instagram, no Facebook e no X (antigo Twitter) – foram obtidos via pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI) elaborado pelo projeto Data Fixers no fim de abr.2024, que então repassou o resultado ao Núcleo nesta terça-feira (21.mai).
"CADELINHA DO CARECA". A grande maioria dos comentários parece ter sido publicada por perfis de bolsonaristas insatisfeitos com o Exército – o qual responde ao Poder Executivo, sob o comando do presidente Lula.
Muitos fazem referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes e a Lula, que assumiu a presidência em jan.2023. Mas também há publicações que parecem ter sido feitas por usuários alinhados à esquerda política.
A maioria das contas foi bloqueada por causa de comentários ofensivos, mas também tem spam e até uma ocorrência não ofensiva de um comentário de carga política.
PALAVRAS SILENCIADAS. Além dos perfis bloqueados, o Exército também já silenciou mais de 640 termos nessas 3 redes sociais, inclusive hashtags de campanhas anti-democráticas como #intervencaomilitar ou expressões que podem ser utilizadas em ofensas, como putinha e pau mole.
REGULAÇÃO. O Exército diz que o bloqueio segue as regras da corporação para uso de redes sociais. Em um documento do fim de abr.2024, essas regras foram atualizadas.
Em 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, após diversas publicações políticas de oficiais militares do Exército nos últimos anos, a corporação também emitiu novas regras de engajamento nas redes sociais, especialmente para oficiais.
FONTE: Site do NÚCLEO
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