sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vaticano quer aliança com muçulmanos contra secularismo

"É nosso dever passar os
                                                         valores morais aos jovens"
Do Blog do Paulopes
O cardeal Jean-Louis Tauran (foto), presidente do Conselho para o Diálogo Inter-religioso, do Vaticano, enviou carta a líderes muçulmanos propondo uma aliança para enfrentar “os desafios do materialismo e da secularização”.

“Trata-se de uma realidade que cristãos e muçulmanos consideram ser de primordial importância”, escreveu o cardeal. “[...] Deus nos guia no nosso caminho!”

A carta foi enviada recentemente, ao final do Ramadan, que é um ritual de jejum dos muçulmano. Nela, Tauran escreveu que é “nosso dever” ajudar os jovens na descoberta dos valores “humanos e morais” e saber diferenciar  “o bem e o mal”.

O “mal” no caso, conforme o cardeal deixa subentendido, é o secularismo, que, segundo ele, ameaça as atividades religiosas.

“Não podemos deixar de denunciar todas as formas de fanatismo e intimidação, os preconceitos e as polêmicas, bem como a discriminação de que, às vezes, os crentes são o objeto, tanto na vida social e política, bem como nos meios de comunicação de massa”, acrescentou.

A carta surpreende por dois motivos. Primeiro: Igreja Católica e Islã são rivais há pelo menos 13 séculos e a disputa de influência entre as duas religiões tem se acirrado nos últimos anos. Segundo: no ano passado, o Vaticano abriu um canal de diálogo com ateus e secularistas para que haja uma convivência pacífica.

Com informação do TwoCircles.net

Mulheres negras na luta contra a desigualdade racial e de gênero

Do Blog Mulher Negra
Durante uma reunião de alto nível realizada no âmbito da 66º Assembléia Geral da ONU, em 22 de setembro, os líderes mundiais adotaram uma declaração reafirmando seu compromisso com a implementação efetiva da Declaração e do Programa de Ação de Durban, como uma plataforma completa e sólida para combater o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância.

No continente americano existem cerca de 200 milhões de pessoas que se reconhecem como afrodescendentes. Outros milhões vivem nas demais partes do mundo, fora da África. A Declaração de Durban, que celebra seu décimo aniversário em 2011, reconhece a população negra como vítima da discriminação racial, cuja origen se remete ao comércio de escravos. Estes dez anos de vigência proporcionam uma boa oportunidade para renovar o compromisso das Nações Unidas e da sociedade em geral na luta contra o racismo e a discriminação racial. A Declaração que reafirma o compromisso, assinada na 66º Assembléia Geral da ONU, é um evento que encerra o Ano Internacional dos Afrodescendentes e serve para lembrar das vítimas que foram identificadas na Declaração, além de dar um novo impulso à luta e a prevenção da discriminação racial em todas as suas manifestações.

Mudanças na sociedade global
O Brasil é o segundo país no mundo com a maior população negra – 95 milhões de afrodescendentes – o que não impede a existencia de sinais alarmantes de racismo e sexismo. Assim como em outros locais, as mulheres negras continuam a enfrentar obstáculos para alcançar representatividade em órgãos públicos e privados. Por exemplo, a presença de mulheres negras em cargos de direção nas empresas é muito pequena: apenas 0,5% estão no executivo, 2% na gerência, 5% na supervisão e 9% nas áreas funcionais, de acordo com o estudo do Instituto Ethos 2010.

Ao longo destes 10 anos, a ONU Mulheres apoiaou a organização política das mulheres negras. Um exemplo é o Grupo de Mulheres Negras Brasileiras, formado após a Conferência de Durban em 2001. Lúcia Xavier, uma das ativistas brasileiras participantes da Conferência, chama a atenção para a relação perversa que liga o racismo ao sexismo: "Nosso desafio como movimento de mulheres negras pode ser considerado pequeno em relação à luta que enfrentamos diariamente contra o racismo, o sexismo e a exclusão social. Temos direito a uma vida plena, desfrutar de uma democracia inclusiva e direitos sociais. A sociedade tem que mudar".

Empoderamento das mulheres negras
A ONU Mulheres vem investindo desde 2006 no empoderamento de mulheres negras através de um programa para incorporar as dimensões de gênero, raça e etnia em programas de combate à pobreza na Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai, financiado pela AECID (Agência Espanhola de Cooperação Internacional e Desenvolvimento). A iniciativa visa incluir as perspectivas de gênero, raça e etnia nas ações governamentais e não governamentais para a redução da pobreza e da discriminação, da produção de dados desagregados sobre gênero e raça e incidência política das mulheres.

De acordo com Dorotea Wilson, coordenadora geral da Rede de Mulheres Afro-Latinoamericanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora, “através dos fóruns de preparação para a Conferência de Durban, fomos capazes de nos unirmos com outras redes mulheres no continente e articular esforços conjuntos”. Na estratégia para combater o racismo, a Rede destaca as parcerias com outros movimentos sociais, a implementação do Programa de Ação de Durban e o aumento da participação da juventude no movimento de mulheres negras. “Estamos conduzindo o processo de articulação para a implementação do Plano de Durban, a inclusão da variável étnicorracial nos censos e a construção da Convenção Interamericana contra a Discriminação Racial e Todas as Formas de Intolerância, na Organização dos Estados Americanos", conclui Dorotea Wilson.
Assista os vídeos relacionados :
Cono Sur: Derechos Económicos para las Mujeres (Parte 1)



Brasil - Serie "Trabajo Domestico, Trabajo Decente



Afrocensos Uruguay 



Destinos turísticos brasileiros ilustrados em 360 graus

Embratur inova na promoção turística internacional e desenvolve ferramenta para visualização dos principais atrativos turísticos das 12 cidades-sede da Copa do Mundo FIFA 2014

De olho nos turistas internacionais que virão para a Copa do Mundo FIFA 2014, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) desenvolveu uma nova ferramenta para auxiliar a promoção dos destinos turísticos das 12 cidades-sede. É o vídeo 360º, que utiliza uma tecnologia inovadora de captação de imagens com um diferencial: a visualização panorâmica e interativa dos atrativos turísticos locais. A iniciativa de promover os destinos por meio dessa tecnologia é inédita no Brasil.

Até o momento foram produzidos vídeos de cinco cidades-sede (Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Cuiabá e Curitiba), incluindo seus arredores com potencial turístico, já que a intenção da Embratur é incentivar o turista estrangeiro a conhecer mais destinos além daqueles onde os jogos serão realizados. Até o inicio do ano que vem as outras sete cidades-sede serão contempladas, e ao longo do ano, as principais atrações turísticas de todos os estados brasileiros.

De acordo com o presidente da Embratur, Flávio Dino, é por meio da utilização de novas tecnologias que poderemos mostrar ao mundo uma imagem diferente. “Nossos atrativos turísticos são belos por natureza, temos opções diversificadas e podemos atender a diversos públicos. Agora precisamos reforçar nossa imagem em outros quesitos, como modernidade e avanço tecnológico”.

Os vídeos em 360º estão disponibilizados no site WWW.braziltour.com/360, onde o internauta pode vivenciar uma experiência única: interagir com as imagens, como se estivesse visitando o próprio destino e direcionando a câmera para os locais de interesse.

Lançamento Internacional
Para promover a nova ferramenta no exterior, a Embratur vai fazer o lançamento internacional dos vídeos no próximo dia 4 de outubro, em Bruxelas, durante a Europália, maior festival de cultura da Bélgica. É uma boa oportunidade para a promoção dos destinos brasileiros, já que esse ano o tema do evento é o Brasil e são esperados cerca de 2 milhões de visitantes.

O público presente no Festival contará com uma estrutura montada exclusivamente para a exibição dos vídeos em 360 graus, onde serão distribuídos óculos especiais para a visualização.  Com esses acessórios, será possível mudar a direção das imagens por meio da movimentação da cabeça, permitindo vivenciar a experiência de maneira completa.

O governo brasileiro, por meio do Ministério da Cultura, apoia a realização da Europália, festival realizado desde 1969 com 18 países homenageados. Nos últimos anos, Itália (2003), Rússia (2005), Europa (2007) e China (2009) foram as nações tema do evento.


Como agem os candidatos picaretas

Do Blog do Controle Social, da série eleições 2012
Para se vencer uma eleição para prefeito não precisa ter carisma, morar no município (como pensam alguns) ou mesmo conhecer a comunidade.

Basta apenas ter dinheiro no bolso e na conta bancária. Ficaram surpresos? Pois este é o ensinamento que as últimas eleições municipais deixaram no Maranhão.

No caso de uma eleição de prefeito, basta fazermos uma conta bem simples. Vamos multiplicar a quantidade de eleitores por 100. Ou seja, cada voto poderá ser comprado por R$ 100,00. Não precisa nem fazer campanha.

Desse modo, uma eleição em um município de 15 mil eleitores custaria a bagatela de, no mínimo, R$ 1,5 milhões. É óbvio que esse dinheiro não sairia do próprio bolso de nenhum candidato. Ele será conseguido junto a agiotas.

Detalhe, se um agiota emprestar R$ 1,5 milhões ele deverá receber cinco vezes este valor, ou seja, R$ 7,5 milhões. E caso quem tomou o empréstimo não faça o pagamento, corre um sério risco de ter a sua integridade física, ou de sua família, afetada. Basta nós vermos a quantidade de prefeitos que foram brutalmente assassinados nos últimos anos no Maranhão.

Entenderam agora por que os municípios ficam totalmente paralizados durante os 4 anos da administração municipal. Por conta de pagamentos de dívidas de campanha com os agiotas. É o que os prefeitos chamam costumeiramente de "arrumar a casa".

Além dos agiotas, uma outra forma é a manipulação de recursos federais ou estaduais. Basta, por exemplo, colocar o Projovem para ser administrado por uma ONG picareta, destas que existem aos milhares no País, e dizer à população que aquele programa foi determinado candidato que "conseguiu".

A moda hoje, é a manipulação utilizando-se casas populares ou de assentamentos rurais. O INCRA não fiscaliza absolutamente nada e as associações, sindicatos e, até, prefeituras, deitam e rolam.

Uma lástima para um país que quer ser sério!
 

Dano Moral: Família de demitido do Gov. Collor, receberá 120 salários de indenização

Os familiares de um ex-empregado da Infraero demitido durante o Governo do presidente Fernando Collor e morto sem conseguir a reintegração ao trabalho serão indenizados por dano moral no valor de 120 salários. Na decisão mais recente do processo, o Órgão Especial do TST negou seguimento a agravo em recurso extraordinário da Infraero, que pretendia que o processo fosse examinado pelo STF.
 
Em dezembro de 1990, aos 55 anos de idade, o trabalhador foi demitido da Infraero pelo programa de demissões no serviço público do então presidente Fernando Collor. Embora a lei 8.878/1994 tenha anistiado todos os demitidos daquela época, ele não conseguiu, até sua morte, em 2005, ser reintegrado à Infraero. Somente em dezembro 2006, doze anos após a anistia, o Ministério da Defesa, ao qual a Infraero está ligada, publicou portaria determinando o retorno dos demitidos no Governo Collor. Em abril de 2007, a viúva recebeu uma ligação telefônica do órgão convocando o marido para o trabalho.
 
Ainda em 2007, a viúva entrou com ação na Justiça do Trabalho pedindo indenização por danos morais à Infraero. O pedido foi negado pela 5ª vara do Trabalho de Manaus, mas concedido pelo TRT da 11ª região (AM/RR), que condenou a Infraero a indenizá-la em 120 salários recebidos pelo seu ex-empregado devido à demora em atender uma determinação legal. Em sua decisão, o TRT-AM/RR ressaltou que, apesar da anistia de 1994, a Infraero "perdeu-se em procedimentos burocráticos de suas comissões de anistia e não reconheceu o direito do trabalhador até sua morte".
 
Para o Tribunal Regional, o trabalhador, que teve que enfrentar o desemprego com mais de 50 anos, "viveu em plena angústia até a morte, o que se presume ocorra com qualquer pessoa saudável que, de repente, vê cessada sua fonte de renda e passe a viver de uma expectativa de readmissão que só veio após sua morte". A Infraero tentou, sem sucesso, recorrer ao TST que, por fim, negou o seu pedido de envio do processo ao STF por "ausência de repercussão geral".
 
Fonte: Blog Nossa Anistia

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quanto vale a palavra de um rei?

Da Carta Capital, por Gabriel Bonis
Quanto vale a palavra de um rei? Em um sistema monarca absolutista, como a Arábia Saudita, essa figura concentra decisões de todos os tipos, concede ou caça direitos. Sua decisão é considerada a última instância.

Sendo assim, o rei Abdullah bin Abd al-Aziz al-Saud, de 87 anos, liberou às mulheres a possibilidade de voto e candidatura nas eleições municipais de 2015 para o Conselho de Shura, um corpo formal que o aconselha, mas sem poderes legislativos.


A medida foi vista por ativistas como um avanço no país, onde as mulheres precisam de autorização de um guardião para sair de casa, trabalhar ou até realizar certos procedimentos médicos. Porém, a sensação de avanço durou pouco. Na terça-feira 27 uma ativista foi condenada a dez chibatadas por dirigir sem permissão do governo, segundo a organização de Direitos Humanos Anistia Internacional.

Um dia depois, o rei anulou a sentença, mas não a “proibição”, que, oficialmente sequer existe. Para dirigir, as mulheres precisariam apenas de licenças emitidas localmente, o que propositalmente não ocorre.
Por isso, em maio a organização Women2Drive convocou as sauditas via redes sociais a dirigir por diversas cidades do país em forma de protesto. Pouco antes, a ativista Manal Alsharif foi presa após postar um vídeo no YouTube cometendo a infração.

Ativistas sauditas lutam pelo direito de dirigir há décadas, mas há uma razão para terem conquistado antes a possibilidade de votar: na prática, as eleições significam pouco. A população pode escolher apenas metade dos representantes locais e o governo tem o direito de adiar o pleito, como fez em 2005.

Os cargos de importância, como o de vice-primeiro ministro e o conselho de 22 ministros, são todos escolhidos pelo monarca, que pode vetar suas sugestões e legislações. Além disso, Al-Saud acumula ainda os cargos de primeiro-ministro, chefe do Comando Militar e age como uma espécie de Suprema Corte, última instância de apelações.

Não há uma Constituição escrita e o país segue a Sharia, lei baseada nos preceitos do  Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

A permissão para dirigir é considerada pelos mais conservadores como o primeiro passo para a independência das mulheres em relação ao sistema de guardiões. Vale lembrar que o rei é auxiliado pelo conselho clérico conservador Wahhabita.

Sendo assim, nada garante que o rei, ou seu sucessor, possa mudar de ideia e caçar o direito de voto das mulheres antes das próximas eleições.

Por que o Pará cantou o Hino Nacional Brasileiro?



Do Blog O Esquerdopata
Antes da partida contra a Argentina (Super Clássico das Américas), nesta quarta-feira, a torcida paraense deu show de civilidade no lotado Estádio Mangueirão.

Cessou a amostra instrumental do Hino Nacional, mas o povo resolveu seguir até o fim da primeira parte da composição, à capela.

As imagens de TV mostram o povo feliz com a saudável molecagem, orgulhoso, muitos com as mãos sobre o peito.

São crianças, jovens, idosos, gente negra, branca, índios, representantes da comunidade nipônica e, certamente, a linda mistura de tudo isso.

O craque Neymar, ele próprio tão espetacularmente miscigenado, comove-se com a cantoria, marcada na percussão das palmas sincronizadas. Comoção bem comovida.

Talvez, mais do que a festa, seja conveniente tomar esse espetáculo como lição para o Sul-Sudeste, onde o Hino é frequentemente ultrajado pelos torcedores, especialmente pelos filhos das elites, sempre envergonhados de sua nacionalidade.

Cabe também uma reflexão sobre o ódio que determinados brasileiros têm do próprio país, expresso diariamente nos comentários neofascistas dos grandes jornais dessas regiões.

Esse comportamento, aliás, é resultado da campanha diária, massiva, que os mesmos veículos fazem para desmoralizar o país e seu povo.

O jornalismo de “pinça” só destaca o que é ruim, o que é nefasto, o que não presta. Obsessivamente.

O processo de extinção da miséria parece não existir, tampouco a expansão do consumo popular.

E cada agulha sumida numa repartição pública torna-se um escândalo.

Pior: a indignação é seletiva, pois o graúdo que desvanece nas administrações estaduais neoliberais nunca vira manchete.

Se há notícia boa do Brasil, ela é minimizada. Se o positivo é notório, emprega-se logo uma adversativa, um “mas”, para reduzir ou neutralizar o impacto da mensagem.

São espantosos os malabarismos aritméticos, os artifícios de linguagem e os sofismas utilizados para transformar em ruim o que é bom.

São gráficos lidos de trás para frente ou pizzas que têm apenas uma ou outra fatia destacada.

Disseminar a síndrome de vira-lata, obviamente, tem um objetivo claro.

É recalcar os tradicionais estratos médios, é causar rancor, é produzir a intriga, é gerar dissensão, é fomentar o ciúme, é espalhar o ódio entre irmãos.

Afinal, para os obsoletos da elite midiota, é preciso difundir todos os dias a ideia do caos, mesmo que imaginário.

Para quem perdeu, faz-se urgente uma insurreição para acabar com a festa do crescimento econômico extensivo, da inclusão social e da democratização de acessos.

Enquanto eles não passam, vale a pena ficar com o Pará, com os brasileiros do Pará. Viva o Pará!



Atenção Anistiados/Demitidos do Gov. Collor: Votação do PLS 372 é adiada para dia 5 de outubro

Do Blog Nossa Anistia
Uma manobra do Senador José Pimentel (PT/CE) pedindo vistas do PL impediu que ele fosse votado hoje, dia 28. O Senador Álvaro Dias, ao dar sua opinião favorável perguntou ao Senador Lobão Filho (autor do projeto), quantas pessoas seriam beneficiadas por esse PLS. Lobão respondeu “em torno de 20 mil pessoas”. O Senador José Pimentel (PT/CE) então alegou que “era necessário saber exatamente o nº de pessoas beneficiadas”. Lobão Filho retrucou explicando “que o PLS já tinha sido aprovado na Casa e que seriam apreciadas, nesse momento, somente as emendas. Se havia preocupação do Governo em saber O Nº EXATO essa preocupação deveria ter sido demonstrada em 2008, quando o PLS foi apresentado.” Nesse momento, o Senador Dornelles, numa manobra regimental “solicitou vista coletiva”,o que OBRIGOU ao Presidente Eunício de Oliveira a pautar a votação para a seção seguinte, que será dia 5 de outubro!
Uma vergonha para mim, petista desde a fundação do PT (só votei no PT até hoje, e fui candidato nas últimas eleições). Sinto-me envergonhado ao ver Senadores ditos "da direita” a defender os punidos por Collor, enquanto um Senador de meu partido obstrui a votação. Peço, em nome de todos os petistas que estão nessa luta, desculpas a todos. O Sr. Pimentel NÃO REPRESENTA O PENSAMENTO DA MAIORIA DOS PETISTAS. Quarta-feira estarei em Brasilia FILMANDO A SEÇÃO. Quero olhar no olho de cada um que tiver coragem de votar contra ou obstruir a seção.
NÃO PASSARÃO!

Esse é o Senador que impediu a votação de nosso PLS 372

Esse é o Senador que impediu a votação de nosso PLS 372

Dez anos da lei de Cotas Raciais no Brasil

Do Blog Mulher Negra
Uma avaliação realizada por senadores, especialistas e militantes do movimento negro sobre os 10 anos do sistema de cotas afirma que a ação afirmativa mostrou ser bem sucedida ao promover significativa e relevante inclusão da população negra brasileira nas universidades públicas.
 
Segundo eles, as cotas são um instrumento legítimo para a busca da “igualdade material” preconizada pela Constituição de 1988. O grupo também argumentou a favor de programas como o Prouni e o Fies que, em sua opinião, proporcionam o acesso ao ensino superior a parcelas populacionais que historicamente ficaram de fora das universidades.
 
A primeira lei, a 3.708/01, foi implantada no Rio de Janeiro, e assegurou 40% das vagas aos estudantes afrodescendentes em escolas de ensino superior do Estado. Hoje, são cerca de 110 mil cotistas negros em 32 universidades estaduais e 38 universidades federais de todo o país. Para ser beneficiado com o sistema de cotas, o aluno deve se declarar como negro ou pardo e provar com fotos anexadas à matrícula.
 
Resultado ainda longe do ideal – Luís Fernando Olegar, coordenador do departamento de educação do Movimento da Consciência Negra do Vale do Itapocu (Moconevi) considera o preconceito contra afrodescendentes e o sistema de cotas resultado da falta de informação. “As pessoas não têm acesso à educação de forma igualitária”, explica o diretor, que já trabalhou em duas instituições em bairros de classes sociais bem diferentes.
 
“Enquanto as crianças de uma escola tinham em casa acesso à internet, TV a cabo, viajavam para outras cidades e conheciam lugares dos quais tinham aprendido na sala de aula, as outras só tinham como o passeio do ano uma ida ao shopping, quando a escola as levava”, conta.
 
Para o professor, as cotas raciais são um “reparo necessário, um caminho inverso ao mal feito aos negros ao longo da história do Brasil”. O educador entende o argumento de alguns grupos, inclusive da própria comunidade afrodescendente, sobre a importância de cotas para os menos favorecidos economicamente e não somente para os de cor escura. Porém, ele acha imprescindível o benefício para os negros devido ao racismo. “Os negros sofrem preconceito não pela classe social ou pelo currículo. Na hora de uma entrevista para emprego, o fenótipo é o que conta. As pessoas são escolhidas pelo que mostram, pela cor e pelos traços”, defende.
 
Segundo o educador, quanto maior o nível de formação acadêmica do negro, mais ele sofre racismo. “O peso é maior. Há mais cobrança para os que não tinham vez, principalmente os cotistas”, afirma. “As cotas permitem a ascensão social de um grupo étnico cuja maioria não tem oportunidade de crescer na vida”.
 
Falta de representatividade – Além do desenvolvimento social dos afrodescendentes, o coordenador considera a visibilidade um fator importante na luta contra o racismo. “Se a criança não vê professores, médicos, empresários, enfim, pessoas bem sucedidas da mesma cor, ela aprende que aquilo é normal e cresce inconscientemente com um sentimento de inferioridade” explica. “Você não se enxerga, não se sente representado”.
 
Apesar de toda a mobilização dos movimentos que lutam pelos direitos de igualdade dos afrodescendentes, a disseminação de sua cultura e a formação de lideranças, para Luís Fernando, a mudança social foi pequena após uma década de cotas raciais. O professor dá um exemplo da discriminação em exercícios feitos em sala de aula com os alunos: “há dez anos, pedia para as crianças procurarem em revistas pessoas negras. Encontravam poucas. Hoje, fico assustado aos constatar que isso não mudou”, conta. “Mesmo os pretos e pardos serem praticamente metade da população brasileira, a representatividade na mídia ainda é muito pequena”.
 
Luís Fernando espera que um dia as cotas raciais, e qualquer tipo de cota, não sejam mais necessárias. “O ideal é que deixem de existir e todos vivam em condição de igualdade”, conclui.

Fonte: Correio do Povo
Foto postada pelo blogueiro

Palestinos e América Latina: coincidências, divergências, decências

Da Carta Maior, por Eric Nepumuceno

As presidentes da primeira e da terceira economia da América Latina, e que são as duas maiores da América do Sul, Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner, apoiaram de forma clara e contundente a Palestina. Seus estrategistas de relações exteriores se mobilizaram para conseguir a adesão unânime dos chanceleres sul-americanos a uma declaração conjunta dos países árabes e dos governos da América do Sul em defesados palestinos. Quase conseguiram: faltou um. O governo da Colômbia.

De tudo que aconteceu nesses últimos dias na ONU, alguns momentos merecem atenção – e não me refiro aqui ao mais óbvio de todos, o discurso, esse sim histórico, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, pedindo para seu país ser aceito como estado-membro.

Também merece atenção um fato que diz respeito à América Latina: as posições adotadas pela região diante da reivindicação palestina mostram indícios de uma clara divergência, e que essa divergência reflete, por sua vez, um grau maior ou menor de alinhamento – ou dependência, conforme o ponto de vista – diante de Washington.

As presidentes da primeira e da terceira economia da América Latina, e que são as duas maiores da América do Sul, Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner, apoiaram de forma clara e contundente a reivindicação palestina. E mais: seus estrategistas de relações exteriores se mobilizaram rapidamente para conseguir a adesão unânime dos chanceleres sul-americanos a uma declaração conjunta dos países árabes e dos governos da América do Sul em defesa dos palestinos.

Quase conseguiram: faltou um. O governo da Colômbia, terceira economia sul-americana e quarta da América Latina, preferiu não mandar seu chanceler ao encontro em que os termos do documento foram negociados. O próprio presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ao sair de um encontro privado com Dilma Rousseff, repetiu o que havia feito antes, em seu discurso na Assembléia Geral: um pedido para que Israel e os palestinos voltem a negociar ‘assim que possível’.

Outro país que preferiu manter-se à margem foi o México, segunda economia da América Latina. Em seu discurso na ONU, o presidente Felipe Calderón falou da turbulência que afeta seu país, criticou o tráfico de drogas, voltou a pôr a culpa dos estragos padecidos pelo México nos Estados Unidos, disse que 30% dos jovens norte-americanos são consumidores de drogas. Na hora de falar da reivindicação dos palestinos, disse que não era favorável e defendeu o diálogo com Israel. De peso político e econômico muito menor, a Guatemala também virou as costas para os palestinos.

O que chama a atenção, porém, é o fato de as quatro maiores economias latino-americanas estarem claramente divididas entre uma posição pró-palestina e outra, pró-Israel e pró-Washington.

É sabido e reconhecido que os países latino-americanos estão, hoje, muito melhor preparados que há dois anos para enfrentar as crises globais, cujo eixo saiu dos Estados Unidos e passou para a Europa. Isso deveria, ao menos em tese, permitir que pudessem adotar posições próprias, o que faria com que na hora de entrar em outras searas – os organismos financeiros multilaterais, por exemplo – estivessem fortalecidos para, juntos, defender interesses comuns.

Claro que há de se considerar a real possibilidade de que tanto Juan Manuel Santos como Felipe Calderón estejam realmente convencidos de que os palestinos não devem reivindicar nada e sentar-se com Israel para ver o que conseguem. Claro que pode acontecer que, de fato, haja uma plena coincidência com a intransigente posição de Washington, e que tudo não passe disso: uma coincidência.

Há outras coincidências, porém, que não podem ser ignoradas. Os dois países dependem visceralmente dos Estados Unidos. A Colômbia chegou a provocar fortes turbulências com seus vizinhos sul-americanos ao aceitar um pacto militar, em 2009, que previa a instalação de mais cinco bases dos Estados Unidos em seu território. Foi preciso a dura intermediação de vários presidentes sul-americanos, com Lula da Silva à cabeça, para impedir, na última hora, que o acordo fosse assinado. O México, por sua vez, depende a tal ponto da economia norte-americana que seu alinhamento com as posições de Washington é praticamente automático. Foram-se os tempos de uma política externa que mantinha independência e freqüentemente se chocava de frente com os ditames imperiais vindos da fronteira norte.
 
De coincidência em coincidência, vale também relembrar outra: não é de hoje que, apesar de todos os conflitos em seu comércio bilateral, Brasil e Argentina caminham por numa vereda cheia de pontos de encontro em suas políticas externas. Isso vem acontecendo desde 2003. Nestor Kirchner e Lula da Silva foram parceiros na hora de rejeitar a esdrúxula idéia norte-americana de criar a ALCA, a nefasta Aliança de Livre Comércio das Américas, liquidaram as dívidas de seus países com o FMI quase que na mesma época, atuaram juntos para impedir golpes de Estado na Bolívia, na Venezuela e no Equador. E essa coincidência se se repete agora, de forma sólida, com Dilma Rousseff e Cristina Kirchner.

Como se pode notar, há coincidências boas e coincidências ruins. Tudo depende do ponto de vista de quem observa. Há quem ache que atuar de maneira correta e consistente é ter plena liberdade para fazer tudo que seu mestre mandar. Há quem ache que atuar de maneira correta e consistente é ter integridade para fazer o que é mais digno. E não há coincidência possível entre uma e outra postura.

Governo e iniciativa privada debatem roteiros turísticos para a Copa

Para o presidente da Embratur, Flávio Dino, a meta é diversificar a oferta de produtos, estimulando o turista internacional a visitar mais destinos brasileiros durante o grande evento e não somente as cidades-sede

A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e o Ministério do Turismo apresento na manhã de terça(27), a proposta dos roteiros das 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014 para empresas do setor de turismo. O objetivo foi alinhar as estratégias das iniciativas pública e privada na preparação de produtos turísticos que serão comercializados no mercado internacional, exclusivamente por ocasião do evento esportivo.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, que participou da abertura do encontro, explicou que os roteiros integrados serão uma referência para o mercado internacional daquilo que o Brasil pretende promover na ocasião da Copa. “Além das 12 cidades-sede, queremos garantir que outros municípios sejam visitados. Assim, conseguiremos alcançar nossas metas de aumentar o número de turistas e incrementar a participação do Brasil no mercado turístico estrangeiro”, disse Dino.
Ao dar as boas vindas aos participantes, Dino falou que a criação dos roteiros turísticos integrados está articulada com outras ações definidas a partir da matriz de responsabilidade da Copa do Mundo FIFA de 2014. O presidente também falou sobre a importância de receber grandes eventos esportivos. “Essa é uma oportunidade não só para o Brasil, mas para toda a América do Sul, que trará desdobramentos para as próximas gerações. A partir dos investimentos e da grande exposição na mídia, o continente poderá ter um novo posicionamento no mundo”, declarou o presidente.
Na ocasião, o presidente reiterou a importância de realizar reuniões de trabalho especialmente hoje, quando é comemorado o Dia Mundial do Turismo. “É fundamental discutir assuntos relacionados ao tema para que se possa destacar o papel do segmento, dimensionar os desafios e lembrar que trabalhamos com metas com data marcada. Temos que aproveitar esse momento de modo criativo, participativo e com grande senso de responsabilidade para o nosso país”. Dino ressaltou que não se tratam de metas setoriais, são desafios dirigidos ao Brasil. “Além de uma bela nação, diversificada do ponto de vista cultural e natural, somos uma nação moderna, competente, realizadora, com boa infraestrutura e capacidade para atender as expectativas do mundo”.
Ainda sobre a criação dos roteiros integrados para a Copa, o presidente finalizou sua participação dizendo que o mais justo é que, além dos 33 bilhões de reais que o Brasil irá receber de investimentos por ocasião do evento, os frutos positivos se espalhem por todos os municípios brasileiros, direta ou indiretamente. “A roteirização dos destinos pretende permitir que o país atinja seus objetivos no que se refere à conquista de novos atributos para a imagem, assegurando que essa cadeira produtiva do turismo possa participar ativamente. O presidente destacou ainda que “estamos tendo um ano virtuoso, tanto no turismo nacional quanto no internacional, mas esperamos que esse novo momento que o Brasil passa seja um trampolim para que possamos conseguir expandir a participação do setor no PIB brasileiro e no mercado internacional”, disse Dino.

"Eu comeria ela e o bebê", ataca Rafinha

Do Blog do Miro
Definitivamente, parece não haver limites para a baixaria na televisão brasileira. O apresentador Rafinha Bastos, da equipe do CQC e tido como uma das personalidades mais influentes na internet, conseguiu se superar. Ele, que havia feito uma piada sobre estupro, dizendo que a vítima deveria agradecer ao agressor pelo favor prestado, desta vez escolheu como alvo a cantora Wanessa Camargo, que está grávida. “Eu comeria ela e o bebê”, disse Rafinha.

Uma agressão tão estúpida que foi condenada até pela direção da Bandeirantes, segundo informa hoje a colunista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. O empresário Marcos Buaiz, marido de Wanessa, estuda entrar com ação contra a Band e o humorista. Ronaldo Fenômeno e sua esposa Bia Anthony, amigos de Buaiz e Wanessa, também reclamaram junto à direção da Band. Rafinha não quis se pronunciar a respeito.

Há pouco mais de dois meses, outra piada de mau gosto levou a promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Capital, a pedir ao delegado diretor do Departamento de Polícia Judiciária de Capital (DECAP), Carlos José Paschoal de Toledo, a abertura de inquérito policial contra o humorista e apresentador do CQC, Rafinha Bastos.

O inquérito visava apurar a prática de incitação ao crime e de apologia de crime em razão de supostas afirmações do humorista sobre o crime de estupro tanto em apresentações no Clube de Comédia como em entrevista publicada na edição de maio da revista Rolling Stone.

No ofício, a promotora destaca que o humorista compara publicamente o estupro a “uma oportunidade” para determinadas mulheres e o estuprador a um benfeitor, digno de “um abraço”.

“O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado”, afirma a promotora de justiça. “Dessa forma, imperiosa a instauração de inquérito policial para a apuração dos fatos”, completa.

“Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço”, disse o humorista em seu show de comédia stand-up e reproduzido na revista Rolling Stone.

A polêmica deu notoriedade ao humorista. O jornal norte-americano The New York Times apontou o apresentador como homem mais influente na rede do Twitter.

Mas Rafinha é mesmo um bom humorista?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Protecionismo é “pecado” só para nós?

Do Blog Tijolaço, por Carlos Lessa do Valor:

No momento, a presidência da República está submetida ao bombardeio de forças conservadoras – ideologicamente contrárias à industrialização e sustentadoras dos interesses de importadores de veículos – que a acusam de reinstalar o protecionismo industrial. A mídia denuncia o protecionismo brasileiro como um “pecado”(?!), mas esquece que todas as atuais potências do mundo praticaram protecionismo.

Os EUA, maior potência mundial, foram intensamente protecionistas de sua industrialização, e ainda hoje praticam, de forma mais evidente, a proteção de sua produção agrícola e “subsidiam” o avanço científico e tecnológico derivado do maior orçamento militar do planeta, indo da ruptura diplomática à guerra aberta para proteger seus interesses. A China, como potência emergente, pratica, de forma disfarçada, um protecionismo ultraeficiente. As grandes nações europeias e o Japão também praticaram protecionismo durante décadas de suas histórias industriais e protegem de forma explícita suas atividades agrícolas. O discurso contra o protecionismo é o discurso das nações industrializadas e dominantes.(…)

O modesto e tímido passo para reservar o mercado brasileiro para a mão de obra nacional está sendo demonizado. Espero que a presidência não recue: mantenha (e amplie) o protecionismo para o conjunto de outras atividades industriais brasileiras ameaçadas.”

Mesmo com muitas críticas à falta de um projeto de desenvolvimento na condução de nossa política econômica, Lessa joga luz sobre onde estão os interesses desta conversa fiada de “vantagens para o consumidor” na liberação indiscriminada de importações industriais. E adverte, com toda a razão, que a produção nacional não pode ser a simples montagem de componentes estrangeiros, mas gerar valor em uma cadeia produtiva local e inovadora.

Fundação Roberto Marinho, da Globo, abocanhou R$ 24 milhões destinados à enchentes.

Do blog OpenSante, por Antonio Mello em seu blog
O dinheiro que deveria amenizar o sofrimento humano resultante de tragédias foi misteriosamente (ou nem tanto) engordar a conta da Rede Globo. 
O jornal O Globo (do Oligopólio Globo) deu manchete e reportagem de página inteira em seu primeiro caderno de hoje criticando o governo federal, que não estaria liberando verbas para prevenção das enchentes de verão, como a última, que atingiu a Região Serrana do Rio, provocando quase 600 mortos e desabrigando dezenas de milhares de famílias.
Essas obras de prevenção são essenciais para evitar ou atenuar tragédias que se repetem todos os anos, como deslizamentos de terra em áreas de risco. No caso do Estado do Rio, foram reservados R$ 7 milhões para apoio a obras preventivas, mas nenhum tostão foi liberado até agora.
Mas a preocupação demonstrada hoje por O Globo contrasta com a posição do jornal há aproximadamente um ano, quando o governo do Rio desviou R$ 24 milhões, que deveriam ser usados para a prevenção de enchentes, e os entregou para a Fundação Roberto Marinho (do Oligopólio Globo).
O anúncio foi feito pela comunicação da Secretaria do Ambiente do RJ: 
– Nossos recursos serão usados principalmente na parte de conteúdo do museu. Consideramos o museu uma instituição importante, por tratar de forma lúdica e interativa a questão do desenvolvimento sustentável e do meio ambiente, entre outros temas, numa perspectiva futura. É uma oportunidade que teremos de transmitir para a população, em geral, e para a juventude, em especial, esses conhecimentos que despertam a consciência – afirmou a secretária do Ambiente, Marilene Ramos.
O tal conteúdo do museu de que fala a secretária nós não pudemos apreciar, pois o Museu da Fundação Roberto Marinho ainda não tem um tijolo de pé, embora já tenha recebido mais de R$ 200 milhões do governo do estado e da prefeitura do Rio. Mas que as verbas fizeram falta, fizeram. Pois nem três meses depois, aconteceu a tragédia da Região Serrana.
A Folha de S.Paulo denunciou que o governo do Rio tinha estudos de 2008 que mostravam o alto risco de tragédia na região: 
O risco de um desastre na região serrana do Rio de Janeiro, como o que ocorreu nesta semana e já deixou pelo menos 547 mortos, havia sido apontado desde novembro de 2008 em um estudo encomendado pelo próprio governo do Estado, informa Evandro Spinelli.
A situação mais grave, segundo o relatório, foi identificada exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, cidades com o maior número de mortes em razão das chuvas intensas.
No entanto, o governo Cabral ignorou os estudos e destinou a verba para a Fundação Roberto Marinho, sem que se lesse uma notinha sequer criticando a medida no mesmo O Globo.
Diante da atitude hipócrita do jornal, fica a dúvida:
1- Estão arrependidos e, sentindo-se culpados, defendem as verbas agora para que a catástrofe não se repita;
2- Ou só querem mais verbas para que sejam novamente encaminhadas para a Fundação Roberto Marinho

Como você reage a “brincadeiras” machistas dos amigos?

Circo da Madalena,de Dayla Duarte
Do Blog Blogueiras Feministas, por Denise Rangel*
Quando um homem conta uma piada ou faz uma brincadeira machista, você é  uma das pessoas que diz: “Você sabe que eu não acho isso engraçado”, mesmo correndo o risco de ser chamada de “feminista sem senso de humor”? Para ser sociável você tem de rir? Afinal, “os homens fazem as brincadeiras machistas por diversão!”, “São só brincadeiras!”, dizem-me as mulheres que acham graça delas. Bom, nesse caso, parece que, essas mulheres, para serem aceitas no grupo, precisam rir das brincadeiras e das piadas, pois só assim serão tratadas como igual.

Muitas mulheres dizem  que “homem não presta”,  que “homem é assim mesmo” e  aceitam  as brincadeiras  machistas, porque  tal comportamento é  da natureza e do instinto masculino. E muitos deles ficam aborrecidos se chamados de machistas, pois não se consideram como tal, e, portanto, não admitem  serem enquadrados em qualquer definição sexista.  Infelizmente,  o machismo é tão poderoso e tão prevalente  porque muitas pessoas acham que está tudo bem.

Quero deixar claro que, se uma piada é engraçada, eu vou rir! Porém, penso que é importante as mulheres  reagirem honestamente, se algo na piada as deixa desconfortáveis. As brincadeiras de cunho machista se perpetuam porque o preconceito contra a mulher ainda é visto como algo menor, que não chega a despertar repugnância. E precisamos deixar bem claro que não é. O preconceito contra mulheres é muito grande, é pernicioso, é relevante! E, com nossa atitude autêntica, apontar  o machismo nas brincadeiras é só mais uma forma de alertar para a existência dele.

A mulher  tem um papel fundamental na mudança do machismo cultural brasileiro, mas, sem consciência  de que ele existe e é perpetuado por ela, isso será impossível. Acontece que, quando pessoas como eu apontam o  machismo em comentários, piadas e brincadeiras, há mulheres que dizem que somos exageradas, que a intenção do homem não era machista, e, portanto, a ação em si não era machista. Isto não só ajuda a perpetuar esses comportamentos machistas, como também  estimula o ressentimento para com as feministas e  o movimento em favor dos direitos da mulher.

A Srta. Bia disse, em um de seus posts, “que existe um paradigma da vulgaridade, o sexo nunca foi tão exposto, nossa sexualidade parece ter sido sequestrada pela pornografia“. As piadas machistas perpetuam o machismo, pois mostram que as mulheres devem ser usadas como objetos sexuais, e solidificam a ideia de que os homens são melhores do que elas. Algumas piadas banalizam  a violência e a agressão sexual e perpetuam a ideia de que a violência  contra mulheres seja tolerada.

Meu objetivo não é culpar as mulheres, mas apontar o perigo de reproduzirmos os valores tradicionais, ao aceitarmos tais atitudes como normais e próprias da natureza masculina. Se, sempre que vemos alguém, em casa ou no trabalho, fazendo piada machista, e não reagimos honestamente, o machismo continua vivo.  Percebo o ar de satisfação nos colegas de trabalho quando as mulheres riem de suas brincadeiras. É como se enviassem uma mensagem de que está tudo bem, que nós não nos importamos, que eles têm nosso apoio. Será que nós, mulheres, não ajudamos a perpetuar o machismo de alguma forma?

A exposição ao humor machista pode levar à tolerância de sentimentos hostis e discriminação contra as mulheres. Nossa atitude leva os homens a acreditarem que o comportamento machista está dentro dos limites de aceitabilidade social. Uma pesquisa alerta que as pessoas devem estar cientes da prevalência do humor depreciativo na cultura popular, e que o pretexto de que são “diversões  benignas” ou de que são “só uma piada”  dá-lhe o potencial para ser uma força poderosa e difundida, e que pode legitimar preconceitos em nossa sociedade.

O que você pode dizer em resposta a piadas desse tipo?
  • Diga que não é nada engraçada uma piada sobre estupro, por exemplo, porque o estupro é um evento traumático e um crime violento.  Brincar sobre este tipo de violência nos  faz esquecer o que ele realmente é, e como ele é sério.  Há uma boa chance de que alguém na sala tenha uma pessoa próxima que foi violada ou sexualmente agredida.
  • Se  alguém diz que o piadista faz as brincadeiras para  “alegrar” o ambiente,  você pode dizer  que, ainda assim, não acha engraçado. Não se surpreenda se disserem que você não tem senso de humor.  Você plantou uma semente deixando clara a mensagem de que você não corrobora com atitudes que perpetuam o machismo.
  • Saiba que você não está sozinha ao  reagir a um comentário machista. É provável que  ninguém mais tenha se pronunciado contrariamente à brincadeira, porém não concorda com ela. Outras pessoas sentem-se  aliviadas quando alguém fala e são encorajadas a se manifestar  também.
  • Mesmo se você for a única a não rir, os “humoristas” saberão exatamente o que há de errado com um comentário ou piada aparentemente simples. Deixe-os saber o impacto que tem sobre você ou outras pessoas.  A maioria das pessoas são razoáveis ​​e uma vez que reconhecem as origens do  potencial de dano de uma brincadeira machista, eles encontrarão outras formas de fazer piadas.
Como reagir a piadas machistas?

Eu, geralmente fico séria, ignorando completamente  a brincadeira. A maioria das pessoas querem uma reação, boa ou ruim. O objetivo é chocar.  Não é necessário fazer um discurso a cada situação desconfortável diante de uma piada machista. Respostas simples  são muitas vezes eficazes.
Quando um colega de trabalho me perguntou se eu queria ver  um  “convite”  que ele fizera para um  evento só de homens, com  fotos de mulheres  “gostosas” e em trajes sumários,  eu, naturalmente, disse que não queria ver, pois ele sabia que sou feminista. E, em nome de nossa amizade, era melhor ele não me mostrar estas coisas. Ele apenas respondeu “tudo bem” e guardou o convite.

Quando reagimos assim a um comentário ou brincadeira machista, é possível que a pessoa  que os fez  vá  continuar a fazer tudo de novo; porém, se mantivermos o mesmo comportamento, de explicar que não compartilhamos risadas a comentários humorísticos envolvendo a mulher, logo ela perceberá que nossa luta pelo fim da violência contra a mulher  é séria,  e que machismo e violência contra a mulher não são motivo de riso.

E você, como reage às sessões de humorismo machista dos amigos, em seu dia a dia?

*Denise Rangel - Profª de Literatura e Produtora de Rodas de Leitura; Feminista; Ecoconsciente; Sturm und drang!

Roseana paga por obra inabacaba em Bequimão

Do Blog do Raimundo Garrone
O deputado Neto Evangelista (PSDB) lamentou nesta terça-feira (27) o descaso do governo do Estado com relação à Baixada Maranhense, que, há um ano, abandonou as obras de construção da ponte que faz ligação entre o município de Bequimão e o povoado Balandro.
Segundo Neto Evangelista, a construção da ponte estava entre os compromissos de campanha assumidos em 2010 pela governadora Roseana Sarney, à época, candidata a reeleição.
O deputado citou que o empenho para a construção da ponte foi feito no dia 7 de julho de 2010, no valor de R$ 594.791. Ele disse que chegou a ser pago mais da metade desse valor, R$ 254.502, no dia 17 de setembro de 2010, quando a obra foi iniciada e, em seguida, abandonada.


Para demonstrar a importância da obra, Evangelista citou que a ponte está impedindo o acesso entre 12 povoados. São eles: Balandro, Santa Vitória, Barroso, Floresta, Santana, Centrinho, Iribuí, Juraraitá, Calhau, Ponta dos Soares, Suassui e Beirada. “Mais de quatro mil pessoas residem do outro lado da ponte”, acrescentou.
Neto Evangelista ressaltou que os maiores prejudicados são os estudantes, que precisam se deslocar até o município de Bequimão diariamente para assistir as aulas.
Dep. Est. Neto Evangelista
Diante da impossibilidade de perdurarem sem esse acesso, no local foi improvisada uma passagem, feita de madeira, que, segundo Evangelista, tem dimensão mínima, permitindo um deslocamento precário. “Passa motos, pessoas; o risco é grande. Já houve acidentes”, narrou.
Neto Evangelista pediu o apoio da base aliada do Governo para que interceda junto à governadora Roseana Sarney em favor da conclusão das obras da ponte que dá acesso ao povoado Balandro.
Durante o discurso, ele ainda afirmou que vai apresentar uma indicação, encaminhada ao secretário de Estado das cidades, Pedro Fernandes, solicitando a conclusão da obra.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Governos do Maranhão e de São Luís: Os fora da lei

O Maranhão infelizmente continua sendo o estado onde mais acontece o que é de ruim para os brasileiros. O Brasil se desenvolve juntamente com todos os estados da federação e o nosso Maranhão cresce a sujeira política e administrativa, tudo com objetivo de enricar ilicitamente com os recursos públicos.

Aqui no estado arma-se de tudo que é de maracutaia. Na época eleitoral o candidato promete, por baixo dos panos, facilita negócios privados junto à administração pública. Como no fechar dos olhos, aparecem os recursos de campanha. Quando é eleito, aprova concorrências sem licitações, nomeia indicados pelo lobby da iniciativa privada, dá sinal verde a projetos superfaturados e embolsa o seu quinhão, ou melhor, o milhão. 

Na administração pública não é diferente, na questão de licitação existem normas que regulam os certames licitatórios através da Lei Federal 8.666 de 21 de Junho de 1993 que no artigo 2º diz:  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

No caso de dispensa de licitação no seu artigo III diz que: só nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem e no artigo IV nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos.

Porém aqui no nosso estado essa lei foi ignorada e rasgada em praça pública pelos governos atuais do Estado e de São Luís.

Vamos aos fatos:

No caso do Governo do Estado, desde de abril de 2009 foram “investidos” cerca de 715 milhões de reais sem licitações e somente em 2011, 128 milhões . E o mais grave que na Secretaria de Saúde, empresas estão sendo beneficiadas previamente indicadas pelo seu secretário, por meio de processos de licitantes únicos, ou seja, quando apenas uma empresa participa da licitação, e só ela vence. Como se bastasse, ainda na saúde, os equipamentos hospitalares estão sendo adquiridos por empresas de outros estados por  preços bem maiores, só de agosto pra cá quase 6 milhões de reais, em detrimento das empresas locaisque fornecem os mesmo aqui no Maranhão por  preços bem menores das empresas locais, vitaminando a arrecadação de ICMS de centros como Rio de Janeiro e São Paulo. ficando dezenas de empresas do Maranhão  fora das compras governamentais da Secretaria de Saúde do Maranhão pela primeira vez por não concordarem com os acertos exigidos pelo Secretário.


Na Prefeitura de São Luís, o Ministério Público investiga duas situações de rasgamento da lei 8.666/93 e crime de probidade administrativa. O primeiro é sobre o favorecimento de uma empresa de serviços de pavimentação asfáltica na capital, com o pagamento de R$ 115.161.670,43 “sem processo licitatório, sob o falso argumento do estado de emergência e de favorecimento da empresa Pavetec”. E a segunda investigação é sobre os contratos sem licitação da Prefeitura de São Luís com as empresas Vital Engenharia e Limpel, que fazem a coleta e de lixo na capital e apura ainda, indícios de superfaturamento de 30% além da capacidade operacional do sistema de limpeza urbana. As duas empresas já obtiveram a terceira prorrogação contratual, sem processo licitatório. De acordo com a investigação do MP, a Prefeitura de São Luís pagou em 2010, mais de 570 mil toneladas de resíduos sólidos para a Limpel e a Vital. O valor representa um aumento de 30% sobre os quantitativos contratados sem licitação pelo governo Castelo e que a Vital começou a ser paga pelo governo municipal, dois meses antes de assinar o contrato.

Portanto caros amigos é uma situação que deixa até locais onde impera a corrupção com inveja e de boca aberta. A maioria dos deputados estaduais bate palma para as maracutaias e maioria dos vereadores da camara de São Luís fica de boca fechada, esperando o quê? Repasse de grana para suas eleições? Querem trair o povo novamente?

Vamos aguardar o que vai dá as investigações do Ministério público do Estado.

Justiça Saudita condena mulher a 10 chibatadas por dirigir carro.

Manal punida por dirigir carro
Do Blog PauLopes
A Justiça da Arábia Saudita condenou hoje (27) uma mulher -- identificada apenas por Shema -- a dez chibatadas por dirigir um carro em julho na cidade de Jeddah. Ela vai recorrer da decisão. No país, apenas homens podem ser motoristas, de acordo com uma lei religiosa.

Neste ano, se fortaleceu o movimento de ativistas pelo fim da proibição de dirigir. Mulheres de várias cidades têm desafiado a lei, saindo às ruas de carro. Pelo menos outras duas delas deverão ser julgadas até o final do ano.

Em março, a polícia prendeu a consultora de segurança de informática Manal Alsharif (foto), 32, por dirigir e colocar no Youtube um vídeo do percurso que fez na cidade de Kbobar. Ela foi liberada pela polícia sob a promessa de obedecer a lei. O vídeo foi deletado do portal, mas há cópias dele na internet.


O governo de Arábia Saudita é monarquia absolutista. O país tem uma polícia religiosa para punir quem ofende Maomé e desrespeita o Corão.