domingo, 31 de agosto de 2014

Pesquisa Data-M/Atos e Fatos: Flávio Dino tem 57,8% contra 23,1% de Edinho Lobão

Após o início do horário eleitoral nas emissoras de rádio e televisão, o candidato da coligação Todos Pelo Maranhão, Flávio Dino, abriu 35 pontos de diferença sobre o segundo colocado. Flávio possui 57,8% das intenções de voto, contra 23,1% do candidato da família Sarney, Edinho Lobão. Dos demais candidatos, Zéluis Lago (PPL) pontuou 1%; Josivaldo (PCB) teve 0,9%; Pedrosa (PSOL), 0,4%; e Saulo Arcangeli (PSTU), 0,3%. Cerca de 10% pretendem votar em branco e nulo. Somente 6,4% dos eleitores estão indecisos.
 
A pesquisa Data-M foi divulgada pelo jornal Atos e Fatos e ouviu 1.500 pessoas, entre os dias 21 a 24 de agosto. A pesquisa foi registrada no TRE sob a inscrição 037/2014. A margem de erro do questionário é de 3 pontos para mais ou menos.
 
Na pesquisa espontânea – quando o eleitor é perguntado em quem vai votar, mas não é apresentado a ele o nome dos candidatos –, Flávio Dino pontua 42%. No mesmo sistema, Edinho Lobão tem 15%. Quando perguntado sobre quem o eleitor acha que vai ganhar, 59% dos eleitores responde que será Flávio.
 
Já quando perguntado sobre em quem não votaria de forma alguma, 44% dos eleitores dizem rejeitar Edinho Lobão. Já 13% não votariam em Flávio Dino e 8% em Pedrosa.
 
Roberto Rocha lidera no Senado
 
Na pesquisa de intenção de votos para o Senado, o candidato da coligação Todos Pelo Maranhão também lidera. Roberto Rocha tem 29% das intenções de votos contra 20% de Gastão Vieira. Haroldo Sabóia, do PSOL, tem 5,6%; Marcos Silva (PSTU) tem 4%. Branco e nulo somam 24%.
 
Na campanha para o Senado, o campeão de rejeição também é o candidato da família Sarney, Gastão Vieira, com 17%. Ele é seguido por Saboia, com 11% e Rocha, com 9%.
 
Fonte: Assessoria de Imprensa do PCdoB/São Luís

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Não há ‘terceira via’, mas dois projetos em confronto

Presidente Nacional Renato Rabelo do PCdoB
No programa Palavra do Presidente desta segunda-feira (25), o dirigente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, tratou dos temas em curso após a morte trágica do ex-candidato do PSB, Eduardo Campos, e o realinhamento das forças políticas na disputa presidencial. Renato reafirma que há apenas dois projetos em confronto no Brasil e que a chamada ‘terceira via’ não existe.
 
Renato apontou que com a incorporação de Marina Silva ao PSB, a coligação liderada por esse partido vivia um dilema que refletia em posições contraditórias na tentativa de esboçar um plano de governo. “Seu programa ainda não tinha chegado a ter uma fisionomia definida, apesar de dar indicações de um modelo de desenvolvimento nacional comprometido com as exigências impostas pelos grandes círculos financeiros globalizados”.
 
Para o presidente do PCdoB, o PSB homologou a candidatura de Marina Silva após grande pressão da mídia reacionária e de representantes do capital financeiro, “resultando um arranjo de mútuo interesse pragmático, entre Marina e o PSB”. Considerando os últimos acontecimentos, Renato Rabelo disse que “agora a tendência que vai prevalecendo é que Marina se comprometa mais com o modelo neoliberal de resgate da oligarquia financeira, dentro e fora do País”, salientou. Mesmo em decorrência dessa realidade contraditória que passou a viver o PSB, disse Renato, “muitas lideranças desse partido defendem posições contrárias, que se aproximam do campo democrático progressista”, explicou.
 
Renato explica que após a morte de Eduardo, o realinhamento das forças diante dessa nova situação “não foge à polarização fundamental que existe entre dois projetos que são: a tendência democrática, nacional e popular e a tendência financeira liberal, da base neoliberal”, aponta.
 
“Terceira via” de aparência
 
Para o presidente do PCdoB, a anunciada ‘terceira via’ é um expediente político que serve objetivamente à direita, aos extratos dominantes conservadores. “A prova é que são eles a bradar a existência dessa ‘terceira via’ de aparência, numa tentativa de contar com dois planos de ação, A e B, cuja estratégia comum é interromper o ciclo político aberto por Lula no Brasil, derrotando agora a Dilma na tentativa de reeleição à Presidência de República”.
 
A candidatura de maior confiança desses círculos financeiros liberais e conservadores é de Aécio Neves, portanto, o plano A. Mas eles procuram considerar um plano B, que também possa servir aos seus interesses, por meio da candidatura de Marina, que pode até se tornar a alternativa principal do campo oposicionista, conforme evolui a situação nestas eleições, explicou.
 
Renato lembrou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já havia feito a afirmação de que torcia pela vitória de qualquer candidato, desde que este derrotasse a presidenta Dilma e as forças progressistas. “Com a candidatura Marina acenando para a direita, os aliados se assanham em vender essa candidatura como protagonista de uma ‘nova política’.”
 
Marina Silva vem para a disputa indicando seguir as políticas neoliberais dos anos 1990. “Marina vem dando acenos de aproximação com as forças reacionárias e revanchistas contrárias ao período Lula/Dilma, concentrando seu alvo de ataque na presidenta”.
 
Área econômica
 
Renato esclarece que “figuras proeminentes e instituições da alta finança, vêm abertamente destacando em Marina sua afinidade com as definições, diretrizes e determinações da oligarquia financeira”, como a defesa do tripé macroeconômico, como uma espécie de senha, dando garantia da sua governabilidade.
 
Para o presidente do PCdoB, Marina tem demonstrado ser moldável e ajustada aos paradigmas neoliberais, seguindo os interesses geopolíticos dos Estados Unidos e da Europa. Ou seja, contrária à nova situação que consiste no esforço de integração sul e latino americana, e na parceria formada pelos Brics. Longe dessas posições, afirma Renato, Marina assume um perfil obscurantista e fundamentalista, pois incorpora uma imagem de predestinada pela “providência divina” a salvar o Brasil da “velha política”.
 
O presidente comunista ressalta ainda que Marina não tem compromissos nítidos com a soberania nacional, com o avanço democrático, com a política de valorização da renda do trabalho, do salário mínimo e a garantia da elevação do nível de emprego. Numa situação como esta, diz Renato, “é dever dos comunistas dizer forte e em bom tom para o povo brasileiro, que nestas eleições estamos diante de uma encruzilhada”. Por um lado, as mudanças democráticas e progressistas, o ascenso social das camadas empobrecidas da população, a extensão do mercado interno, e a elevação do papel do Brasil na cena internacional, que só poderão seguir avançando com a reeleição da presidenta Dilma. O outro caminho é o retrocesso das conquistas econômicas com distribuição de renda, o progresso social e a afirmação da soberania do Brasil. Essa é a grande batalha diante do povo brasileiro nas eleições de 2014, assim pensa o PCdoB e assim nós temos dito, conclui o presidente comunista.
 
Ouça o áudio na íntegra na Rádio Vermelho:
 
 
Fonte: Reproduzido do Blog do Renato

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

“Terceira via” de Marina (PSB-Rede) é caminho da direita

Por José Reinaldo Carvalho*
 
Estamos num momento de encruzilhada da luta política, em que mudar o foco da questão principal é o maior favor que se pode prestar à direita.
 
A possibilidade de construir um país democrático e soberano, com bem-estar para o povo e progresso social concretiza-se, nas condições atuais, por meio da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. No cenário da campanha eleitoral em curso, não há outra alternativa à vista e tudo o que se faça que não contemple este objetivo é a mais pura expressão do oportunismo político e ideológico.
 
Os comunistas têm clareza quanto a este aspecto da luta que protagonizam, de sentido histórico. Dominando o bom método de colocar a grande política no posto de comando, os objetivos nacionais acima de interesses pessoais e localistas, participam na campanha pela reeleição de Dilma como a mãe de todas as batalhas em 2014.
 
A operação para viabilizar, neste embate eleitoral, uma chamada terceira via e criar alternativas capazes de interromper o ciclo progressista inaugurado com a eleição de Lula em 2002 e continuado por Dilma, iniciou-se logo depois das eleições municipais de 2012, quando começou a tomar corpo um discurso que o saudoso Leonel Brizola, com suas bem humoradas imagens, caracterizaria como o ato de “costear o alambrado”, o momento prévio ao salto para o lado de lá.
 
Não cabe aqui discutir sobre as boas ou más intenções ou a legitimidade de pretensões de atores políticos individuais. Menos ainda, de revolver a biografia de quem foi reconhecidamente progressista e prestou serviços à luta democrática e popular no país. Não se trata tampouco de pôr em tela de juízo arranjos eleitorais locais numa ou noutra unidade da imensa e variegada Federação.
 
Independentemente dos objetivos proclamados, a aliança PSB-Rede, com a formação da chapa Eduardo Campos-Marina Silva, anunciada em outubro do ano passado, criou mais uma força conservadora no espectro político nacional, pretensamente de “terceira via”. Seu conteúdo e caráter, explicitados nos pronunciamentos de então, já sinalizavam a tentativa de constituir uma frente e uma candidatura anti-Dilma, anti-PT e antiesquerda.
 
Já então era evidente que o nascente sujeito político – a coalizão PSB-Rede – que se pretendia diferente de tudo e de todos, uma força eleitoral nova, já não guardava relação programática e de objetivos com a esquerda.
 
Os reduzidos índices de intenção de voto na candidatura de Eduardo Campos mantinham o tema em baixo perfil, pois tudo indicava que a construção da “terceira via” não alcançaria o êxito esperado por seus idealizadores.
 
Eis que o acaso trágico, em menos de dez dias, provoca um revolvimento no quadro eleitoral, com a substituição de Eduardo Campos por Marina Silva na postulação pela Presidência da República, uma decisão política tomada sob impacto emocional e por pressão da mídia, que praticamente decretou a formação da nova chapa, não dando aos socialistas históricos a possibilidade de sequer debater outra alternativa.
 
O debate eleitoral volta a ser dominado por patranhas e aldrabices, como a contenda entre a “nova” e a “velha” política, os “bons” e os “maus” políticos, e tergiversações como a promessa de ruptura da “polarização entre o PT e o PSDB”, que segundo esse discurso resistem a reconhecer os méritos recíprocos nas duas últimas décadas, como se tivesse havido continuidade entre o governo de FHC e o de Lula. A abordagem da candidata da aliança PSB-Rede deliberadamente voltada para confundir a opinião pública, diz que, sendo de “terceira via”, Marina governará com os “bons políticos” do PT, do PSDB etc., etc.
 
Enquanto isso, a candidata faz compromissos explícitos e públicos com o capital financeiro, ao qual, se eventualmente eleita, subordinará os interesses do país e do povo, compõe-se com os latifundiários capitalistas e ajusta, para agradar o “agronegócio”, que tanto amaldiçoou, o discurso do fundamentalismo ambientalista.
 
Além da companhia de banqueiros e oligarcas reacionários, Marina Silva vive agora o apuro de dar explicações sobre o uso de uma aeronave financiada por empresários processados pela justiça e por contribuintes fantasmas, uma flagrante ilegalidade que só poderia ser paga com a impugnação da candidatura.
 
O momento eleitoral é fortemente marcado pela incerteza sobre a decisão que irão tomar os núcleos principais da classe dominante – se manterão a prioridade do seu apoio a Aécio Neves, o candidato em que investiram incialmente, ou se, diante das novas circunstâncias, ungirão Marina.
 
O fato é que neste embate não há terceira via, mas apenas duas. A simplificação da polarização política como uma disputa entre duas máquinas partidárias faz parte do esforço propagandístico para apresentar a candidata da Rede como a nova força capaz de abrir um caminho distinto na vida política brasileira.
 
Todos sabemos que a real polarização na sociedade brasileira é entre as forças patrióticas e as entreguistas, entre os democratas e os que modelam um sistema político elitista, entre os interesses do povo e os das classes dominantes retrógradas, entre o progresso social e o sistema de dominação opressivo e explorador. Na atual correlação de forças, os patriotas, democratas-populares e progressistas alinham-se em torno da candidatura da presidenta Dilma.
 
Tomando em consideração a polarização real das forças políticas e o que cada uma delas representa, o que está em jogo e o sentido histórico das eleições presidenciais, a chamada terceira via, com a candidatura de Marina Silva, serve objetivamente, tanto quanto a de Aécio Neves, à direita, aos conservadores e neoliberais.
 
Até o dia da eleição, viveremos um grande embate político, definidor dos rumos que o Brasil tomará adiante. Nesta luta, o valor supremo está na nitidez programática da esquerda, na mobilização do povo, na união das forças progressistas e na determinação de levar à vitória a campanha pela reeleição da presidenta Dilma.
 
*José Reinaldo Carvalho - editor do Vermelho

O furacão da Cohab de volta a 1ª divisão do futebol maranhense!


Se a galera do nosso futebol estava com saudades, o nosso Expressinho, conhecido como o 'Furacão da Cohab', com muita luta e persistência, voltou a 1ª divisão do Campeonato Maranhense e começará a jogar nesse seu retorno em 2015.
 
De fora da primeirona desde 2001, o Expressinho Futebol Clube retorna à Série A do Campeonato Maranhense pós vencer o Timon por 3 a 1. O Furacão da Cohab agora espera o vencedor do confronto entre Sabiá e Boa Vontade, para saber quem será o adversário na decisão da Segundinha Maranhense.
 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Bomba candanga! Arruda novamente é pego em vídeo fazendo falcatruas.

Estão em poder do Ministério Público do Distrito Federal dois vídeos que podem enterrar a candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo de Brasília. Ele lidera as pesquisas destas eleições para voltar ao cargo, do qual saiu em 2010, depois de ser flagrado (também em vídeo) num esquema de corrupção. Os novos vídeos - duas câmeras filmando a mesma cena, de ângulos distintos - foram gravados na tarde da última quinta-feira. Registraram uma reunião entre Arruda e correligionários de Joaquim Roriz, também ex-governador de Brasília e desafeto de Arruda. O encontro aconteceu em Brasília, na casa do advogado Eri Varela, conselheiro de Roriz.
 
Arruda buscava o apoio do grupo de Roriz. Na conversa, que durou cerca de meia hora, revelou bastidores e táticas para impedir que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirme, nesta noite, a inelegibilidade dele, conforme decretou o Tribunal Regional Eleitoral de Brasília. Assegurou “ter dois votos” no TSE para o julgamento de hoje. Disse que “estava trabalhando tudo” para garantir os quatro votos que lhe salvariam a candidatura. Numa frase difícil de acreditar, afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estava “trabalhando” para convencer o ministro do STF Gilmar Mendes, que também está no TSE. Sugeriu trabalhar para “ter” o voto do ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, outro que participa do julgamento do TSE nesta noite. Fala em “trabalhar” e “garantir" votos nos tribunais superiores como se fossem votos no Congresso ou nas eleições.
 
“É mais difícil conseguir quatro votos (no TSE) do que um milhão de votos (para governador)”, disse Arruda. Ele afirmou que “o quadro no TSE não é bom”. Afirmou que iria pedir ao ex-procurador-geral do DF Túlio Arantes que conseguisse um voto de “um amigo” que participaria do julgamento – ele não declina o nome no vídeo. “Tenho que fazer de tudo.”
 
Arruda assegurou aos interlocutores que “tinha 90% de certeza” de que, mesmo a possível derrota no TSE, reverteria tudo no STJ. “É o mesmo relator”, diz Arruda. Ele se refere ao ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que concedera uma liminar, em 24 de junho, impedindo o julgamento de Arruda no Tribunal de Justiça de Brasília. O julgamento em Brasília se deu apenas em 9 julho, após uma decisão do ministro do STF Joaquim Barbosa - e após o registro da candidatura de Arruda. Esse julgamento acabou acontecendo cinco dias depois. Arruda foi condenado e se tornou inelegível.
 
Os vídeos já foram periciados pelo MP e serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República. Se a PGR avaliar que há indícios de crime no caso, abrirá uma investigação. ÉPOCA publica agora quatro dos principais trechos dos vídeos.
 
Procurado pela reportagem de ÉPOCA, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ter sido procurado por Arruda para conversar sobre o recurso protocolado no TSE. "Queria (Arruda) que o julgamento ocorresse a tempo de, se favorável, concorrer ao governo de Brasília. Como sempre, sou muito cuidadoso nessas matérias. Apenas indaguei ao ministro Gilmar se havia chance de isso ocorrer. Fui informado de que haveria um julgamento anterior que pré-julgaria o caso. Nada mais pedi a ninguém nem nada mais me foi dito.” Ex-procurador-geral no governo Arruda, Túlio Arantes afirma não ter sido procurado por Arruda nem ter procurado ministros do TSE em nome do ex-governador. "Não conheço nenhum ministro do TSE. Nem sabia que haveria um julgamento no TSE hoje. É o Arruda quem tem de responder por essas afirmações que ele fez", disse.
 
As assessorias dos ministros Dias Toffoli, no Supremo, e Laurita Vaz, no STJ, informaram que eles estavam participando de julgamento em seus respectivos tribunais e não poderiam atender a reportagem. O ministro Luiz Fux, do Supremo, afirmou não ter sido procurado por advogados de Arruda. O gabinete do ministro João Otávio Noronha, no STJ, informou que o ministro estava no TSE e que tentaria transmitir a ele o recado da reportagem. A revista enviou os questionamentos ao TSE, mas ainda não houve retorno.
 
Procurado por ÉPOCA, o ministro Gilmar Mendes não quis se manifestar.
 
Trecho 1
 
O candidato ao governo do Distrito Federal pelo PR, José Roberto Arruda, chega para uma reunião na casa de Eri Varela, advogado e amigo do ex-governador Joaquim Roriz. Arruda afirma ser mais difícil conseguir quatro votos favoráveis à manutenção de sua candidatura - no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - que conseguir 1 milhão de votos dos eleitores.
 

 
Eri - Senta aqui.
Eri - Mas tem um negócio aqui que você não pode deixar de comer...
Arruda - O que é?
Eri - É especial... Eu estive lá em Fortaleza e trouxe... (Eri oferece doce a Arruda).
Eri- Não tem (açúcar)... É dietético... É um negócio de caju...
Arruda - Parece um doce de figo, né? É maravilhoso mesmo.
Eri - Isso... O cabra é viajado... Um doce para aguentar as amarguras de uma campanha...
Arruda - Você está bem, né, Zé Flávio?
Zé Flávio - Tô...
Arruda - Quando eu estou na campanha, na rua, eu gosto de fazer. Isso me dá prazer (começa a comer o doce). Está maravilhoso.
Eri - E as fofocas?
Arruda - (inaudível) Tá muito difícil pra mim. E pior... (volta a falar do doce de boca cheia), e não tem açúcar, só o açúcar da fruta.
Eri - É... Exatamente...
Arruda - Mas então, é mais difícil você ter quatro votos em sete que ter um milhão de votos por aí... (Os votos são dos sete ministro do TSE)
 
Trecho 2
 
Arruda afirma ser possível obter os votos necessários no julgamento do TSE para que concorra nas eleições de outubro. Mas diz que, se conseguir, será por uma margem mínima. Por isso, segundo Arruda, o momento anterior ao julgamento é o mais difícil. "É nesse momento difícil que a gente faz um esforço maior". 

 
Arruda - Mas agora eu acho que a... (fala de boca cheia)...  O obstáculo agora é esse jurídico. Infelizmente, eu tenho que entrar de cabeça nisso. Não tem jeito de eu ficar deixando na mão dos outros. O momento exige isso (inaudível)... Mas ô Eri, já tinha um tempo que eu tinha mandado Valério marcar pra eu vir cá. Nós temos um longo tempo, uma longa historia de convivência e eu tenho uma opinião... Nós todos termos a opinião que diante das circunstâncias da vida, eu acho que diante dos meus defeitos e minhas qualidades, eu represento nesse momento a possibilidade imediata, de todos nós, os grandes, eu, Roriz, eu e todo mundo... Aliás, o Luiz Estevão interpreta muito bem isso quando diz que as superações que ele fez, quanto a mim.. e me apoiou... A sua Eri por tudo que você representa em relação a proximidade do Roriz, pelo que cê já fez, né? Eu acho que nessa teia, questões pontuais até que no têm maior importância, porque quando se acerta no geral, estas questões saem na
base... Você é uma pessoa muito inteligente e sabe que não preciso falar detalhes... Mais ou menos como aconteceu aqui com Valério e com Zé Flávio, nós acertamos no geral e os pontuais não tá precisando...
Valério - Não precisa discutir...
Arruda - Precisa nem discutir... Acertou no geral... Acertou e acabou... Quem tá tocando campanha hoje, como você sabe é o Valério... Com minha estrutura e coisa... mas enfim, é ele que tá tocando a campanha. Isso por causa de mim, quando eu ganhar no TSE, e acho que vou ganhar, eu acho que vou vencer, o percentual de votos que eu vou ter é mínimo... Então, neste momento, até que se julgue pelo TSE, é o momento ma is difícil. E nesse momento difícil é que a gente faz um esforço maior.
 
Trecho 3
 
Arruda diz ao advogado Eri Varela que, entre outros, pediu ajuda a Túlio Arantes, que atuou como procurador-geral do DF durante seu governo, para ajudá-lo no assunto. Segundo o ex-governador, Arantes é amigo de um dos ministros que vão participar do julgamento.

 
Arruda - deixa eu te dizer uma coisa, se eu ganhar no TSE... Se eu ganhar...
Eri - Não acredito.
Arruda - Se eu ganhar.
Eri - Não, vou apostar com você... A questão jurídica, ela hoje, nesse momento... ela é mais fácil...
Arruda  - Contra mim... Mas se eu ganhar não é mais por causa do prazo... (inaudível) .. é por causa do artigo (inaudível)...
Eri - Sim, porque pode resolver... (Com a medida no STJ)
Arruda - Por isso... É nisso que eu estou trabalhando... Eu tô indo agora conversar com o Túlio Arantes, porque o Túlio era meu procurador geral... E um dos votos que vão ter agora, pode ser de um amigo dele... Eu vou pedir pra ele ir lá, né?
Eri - É mais difícil... Mas eu acho.. que nesse caminho talvez... de tentar resolver... Seu advogado não está aqui... pra discutir. Você tinha que imediatamente desistir dos embargos...
 
Trecho 4
 
 
Arruda comenta com o advogado Eri Varela quais são as suas chances no julgamento no TSE. Arruda cita os nomes dos ministros Gilmar Mendes, Laurita Vaz , João Noronha e Luciana Lóssio. Em relação a Mendes, Arruda menciona que pediu ajuda ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

 
Arruda - Ô Eri, deixa eu te dizer urna coisa... Essa luta toda que a gente tá. Todo o meu
sofrimento, inclusive das minhas filhas... Se no for da vontade de Deus que eu seja o
governador, eu vou ser... Também se não for da vontade de Deus, esquece... Não é isso?
Arruda - A situação que eu tenho hoje, é que...eu tenho urna chance no TSE menor...
Eri - E como é isso? Quem tá trabalhando isso?
Arruda – No TSE, Alckmin (advogado José Eduardo Alckmin)... Mas tô com outras pessoas trabalhando isso...
Eri - Então tá com um voto lá?
Arruda - Dois... e... tô trabalhando tudo...
Eri - Mas tem mais...
Arruda - Dois...
Arruda - Agora o outro caminho da Cautelar... Eu diria a você que é 90% de chance... Desde que resolva os embargos, se for possível... (inaudível)... Agora tudo isso tá sendo avaliado, no momento certo... Mas o que eu acho que é importante na nossa conversa, é o seguinte:... Essa e uma luta, que eu estou nela... vou até o final... Se gente ganhar, ganhou... Se não ganhar, vamos ter que descobrir um caminho para ganhar a eleição sem eu...
Eri - Você não se deu bem sempre com o Gilmar (ministro do TSE e STF Gilmar Mendes)?
Arruda - (Balança a cabeça dizendo que não)... O Fernando Henrique é que está trabalhando...
Eri - E o Noronha (ministro do TSE João Otávio Noronha)?
Arruda —Também...
Eri - E a Laurita (ministra do TSE Laurita Vaz)?
Arruda - Acho que a Laurita nem vai votar... Porque ela sal do TSE daqui uns dias...
Eri - E a Luciana (ministra do TSE Luciana Lóssio)?
Arruda – Não. Esses dois votos eu nem  conto.... Eu estou trabalhando.  Os outros cinco...
Eri - Então menos dois...
Arruda - E... com toda sinceridade... 90% de chance no segundo momento (medida no STJ)... Não no primeiro...
Eri - Mas tem que ir correndo, o importante e não perder o prazo... Deve ir para o Ministério... vai de hoje pra amanhã.
Arruda - É
Eri - E a moça (Luciana Lóssio) não vai se dar por impedida, né?
Arruda - Não sel ainda... E o pior é que eu nâo sel se é bom?...
Eri - Na minha avaliação, se ela no se der por impedida, ela vota contra você...
Arruda - Eu também acho...
Eri —Aí entram dois substitutos (Contando com a saída da Laurita e o impedimento da
Luciana)...
Arruda - Admar (ministro substituto do TSE Admar Gonzaga) é cacete... 0 quadro não é bom...
Eri – É.
Arruda —O quadro do STJ é melhor...
Eri —O relator é o mesmo (ministro do STJ Napoleão Nunes Maia Filho)...
Arruda - É...
Eri - Da suspensão.. (Que concedeu a liminar para suspender o julgamento do TJ)...
Arruda - Por aí que eu vou... Mas é assim... Isso passa de um jeito ou de outro... Se eu for candidato a governador... Talvez eu volte aqui pra ganhar seu voto... Se não for... eu acho... (Risos)...
 
Fonte: Reproduzido da Época/globo.com

A elite hoje prefere uma Marina na mão de que um Aécio voando!!!

 
Marina Silva nunca foi, nas eleições presidenciais de 2014, o Plano A do empresariado e da mídia familiar, que tinham como opção preferencial o senador Aécio Neves (PSDB-MG); no entanto, um dado do Ibope de ontem, que é o mais importante da pesquisa, fará refluir o desejo de desconstruir sua imagem; como ela, ao contrário de Aécio, supera a presidente Dilma Rousseff no segundo turno, setores da elite tendem a aderir à tese de que, contra o PT, vale tudo; especialmente no caso de empresas como a Globo, de João Roberto Marinho, e o Itaú, de Neca Setubal, que foram autuadas pela Receita Federal, por sonegação de impostos; atento à rachadura, o coordenador da campanha de Marina, o ex-tucano Walter Feldman, lança pontes em direção ao PSDB paulista, especialmente a nomes como José Serra e Luiz Carlos Mendonça de Barros; o discurso é de que mais vale uma Marina na mão do que um Aécio voando
 
Os empresários brasileiros sonharam com Aécio Neves, mas podem até engolir Marina Silva. Setores da mídia também tinham o senador tucano como plano A, mas podem rapidamente abraçar a candidatura socialista como seu plano B. E até mesmo quadros relevantes do PSDB podem preferir embarcar na nau marinista desde já.
 
Este é o quadro da sucessão presidencial desde a pesquisa Ibope de ontem, que trouxe, como dado mais relevante, a informação de que Marina, ao contrário de Aécio, já estaria apta a superar a presidente Dilma Rousseff no segundo turno. É esse cenário que faz crescer entre setores da elite a aposta no que seria uma espécie de "voto útil". Entre a perspectiva real de poder oferecida por Marina e a incerteza representada por Aécio, melhor apostar na primeira possibilidade.
 
Essa tendência é ainda mais importante para grupos empresariais, como a Globo e o Itaú, que se encontram em litígio com o governo federal. A Globo foi multada em mais de R$ 700 milhões pela Receita Federal. O Itaú, que tem uma das herdeiras, Neca Setúbal, como coordenadora do programa de Marina, levou uma multa de mais de R$ 18 bilhões. Ou seja: para as famílias Marinho e Setubal, qualquer candidato seria melhor do que Dilma.
 
Por isso mesmo, a aposta de que Marina será "desconstruída pela mídia tucana" nos próximos 50 dias parece ser improvável. Além do peso que a própria Globo possui na comunicação brasileira, o Itaú Unibanco é um dos principais anunciantes e credores de outros meios de comunicação tradicionais. Ou seja: o trabalho de desconstrução terá que ser feito pelos próprios candidatos, Dilma ou Aécio, caso queiram, de fato, evitar que a ex-senadora suba a rampa do Palácio de Planalto, em janeiro de 2015.
 
Curiosamente, os empresários podem acabar apoiando a candidata que mais os assusta. Uma pesquisa realizada num evento do jornal Valor Econômico nesta segunda-feira apontou que Aécio Neves teria 67% dos votos, contra 14% de Dilma e 12% de Marina nesse pequeno universo formado pelos figurões da economia. Marina afugenta o setor empresarial por razões já conhecidas: retardou o quanto pôde a construção de usinas hidrelétricas, faz campanha desde sempre contra o agronegócio e apoiou uma proposta de Código Florestal que reduziria em 20% a área plantada no Brasil. Ou seja: representa um risco real ao crescimento, à geração de riqueza e à economia do País.
 
No entanto, o ódio de setores da elite ao Partido dos Trabalhadores e à presidente Dilma Rousseff tem dado vazão à tese lançada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que, contra o PT, vale tudo. Até mesmo Marina.
 
Cooptação no ninho tucano
 
Atenta a essa rachadura na elite brasileira, Marina Silva tem feito movimentos inteligentes para cooptar setores da mídia, do empresariado e do próprio PSDB. Tendo um ex-tucano, Walter Feldman, como coordenador de campanha, ela ajusta suas promessas aos desejoso dos ouvintes.
 
Ontem, num evento do Itaú BBA, Feldman e representantes da Rede Sustentabilidade prometeram aos investidores a autonomia do Banco Central, o que pode submeter a economia brasileira a novos choques nas taxas de juros, transferindo riqueza justamente das camadas mais pobres da população aos setores rentistas, que apreciam a multiplicação de capital sem a contrapartida do trabalho.
 
Em relação aos meios de comunicação, não se deve esperar de Marina nenhuma política de democratização da mídia. A ela, será mais conveniente ser aceita pelo grupo de quatro ou cinco famílias que ainda sonham em controlar a informação no País.
 
Mas o movimento mais importante ocorre no próprio PSDB. Ex-tucano, mas sempre serrista, Feldman foi quem inspirou Marina Silva, em seu primeiro ato de campanha, a fazer um aceno a José Serra, no último fim de semana. Seu guru econômico, Eduardo Giannetti da Fonseca, também falou em conversar com FHC. Esses dois movimentos reforçam a tese lançada por outro tucano de quatro costados, o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, de que o governo Marina será uma repetição do governo Itamar Franco, onde os tucanos mandaram na economia e deram sustentação parlamentar.
 
Embora simbolize o "bem", Marina se coloca à direita de Aécio Neves na economia, prometendo reformas ainda mais liberais do que o próprio tucano, e se move com tanto ou mais pragmatismo do que a presidente Dilma na sua articulação política. É a sua inteligência política, num ambiente de profundas divisões na elite brasileira, que pode levá-la à presidência da República.
 
Fonte: Brasil 24/7
Título nosso

Inacreditável! Juiz disputa eleição para o governo com réu que quase condenou

 
 
O juiz e o réu
Por Cunha Santos*
 
O Maranhão acaba de se tornar palco de um dos fatos mais incríveis da história das eleições neste país. É o enredo mais perfeito para um romance de Dostoievsky ou Franz Kafka. Talvez até eu o escreva. Jamais o juiz poderia imaginar que o homem sentado à sua frente naquele dia, acusado pelo Ministério Público de crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha, seria num futuro bem próximo seu principal adversário em uma disputa eleitoral pelo governo do Maranhão.
 
Não me lembro que algo pelo menos parecido já tenha acontecido neste país. Sem receber um único voto, o réu se tornaria senador da República. Sofreria um acidente e, no leito de morte, uma visão de outro mundo, ou de outro submundo, lhe encarregaria de enfrentar o juiz na próxima eleição. Antes, o réu seria condenado por outro juiz a dois anos de prisão e a pena prescreveria, como se forças subterrâneas o protegessem para ser candidato numa eleição que pelo seu partido ninguém queria disputar. O que dá à novela um gosto irresistível de filme de terror.
 
Essa história das mil e uma noites é verdadeira e aconteceu no Maranhão. O juiz, quem sabe, lamenta não ter tido a oportunidade de condenar o réu, talvez porque não houvesse base legal naquele momento, mas ele acabaria condenado. O réu sente com sua candidatura o gosto da vingança contra o juiz que o interrogou. Vilão da história, vê nessa disputa a oportunidade de mostrar que o crime compensa e desafiar a Justiça que tanto o perseguiu.
 
Nesse meio tempo o réu fica rico, torna-se dono de uma emissora de televisão e durante um debate o juiz cala o Estado inteiro ao revelar que conduziu o processo e interrogou seu adversário por formação de quadrilha e falsidade ideológica. Esta é uma cena digna de novela da Globo, mas o debate foi na TV Difusora, de propriedade de Edinho Lobão, candidato e réu com processo no Supremo Tribunal Federal.
 
Fico me perguntando se acaso alguém contasse essa história em outros países democráticos, como o Estados Unidos, por exemplo, alguém acreditaria. E ao mesmo tempo me pergunto:
 
Alguém sabe quem, na verdade, é Edinho Lobão?
 
*Cunha Santos - Jornalista, poeta, escritor.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Na Band, Dilma “brava” vai bem; Marina apresenta propostas vagas; Aécio diz que Brasil não pode viver “novas aventuras”

Marina, o retrato do vazio
Por Luiz Carlos Azenha
 
Diante de uma bancada de jornalistas de direita ou de extrema-direita, jornalistas de oposição que fizeram perguntas ao gosto dos patrões da TV Bandeirantes, ligados ao agronegócio — questões sobre suposto ‘exagero’ na extensão de terras indígenas ou regulamentação da mídia eletrônica, por exemplo –, a presidente Dilma Rousseff se saiu bem sempre que adotou o tom agressivo, apesar da posição desconfortável de ser a vitrine diante de seis adversários.
 
Sem considerar o conteúdo político das respostas, a candidata que melhor articulou sua participação foi Luciana Genro, do PSOL. “Quem diz que vai governar com paz e amor está mentindo”, afirmou em sua fala final, se apresentando como alternativa aos líderes das pesquisas, Dilma, Marina e Aécio.
 
Marina Silva, do PSB, que segundo a mais recente pesquisa do Ibope ultrapassou seu adversário do PSDB, Aécio Neves, foi vaga em suas propostas. Preferiu repetir que o grande problema do Brasil é a polarização entre PT e PSDB. Não disse absolutamente nada marcante sobre como pretende governar, a não ser generalidades: adotaria, por exemplo, um certo “estado mobilizador”, que não explicou detalhadamente. Na entrevista depois do debate, voltou a frisar sua “dor” pela perda de Eduardo Campos.
 
Aécio Neves, por sua vez, encerrou sua participação afirmando que o Brasil não pode viver “novas aventuras, improviso”, no que nos pareceu uma clara alfinetada na candidata Marina Silva. Aécio reafirmou que, em seu governo, a economia será comandada pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
 
Se houve algum beneficiado pelo debate, dentro das circunstâncias políticas do momento, foi Aécio: ele expôs com mais clareza suas propostas que sua competidora mais direta, Marina Silva.
 
Um dos pontos altos de Dilma foi o debate sobre a Petrobras com Aécio Neves. Ao fazer a pergunta sobre a presença da empresa nas páginas policiais, deu oportunidade a Dilma para que apresentasse uma defesa consistente do governo, fazendo comparações com episódios importantes do passado, como a tentativa de trocar o nome para Petrobrax e a plataforma P-36, que afundou sob os tucanos.
 
Outro ponto alto de Dilma foi quando discutiu o Mais Médicos com Marina Silva, que se referiu ao programa como “paliativo”. Dilma alfinetou de volta dizendo que não se deve falar nunca do tratamento da saúde alheia como algo “paliativo”. O número de 50 milhões de atendidos pelo programa foi enfatizado.
 
Sem entrar no mérito sobre se os números são ou não verdadeiros, tanto Dilma quanto Aécio foram eficazes ao apresentá-los como forma de enfatizar experiência administrativa. Luciana Genro costurou sua participação de forma bem articulada, apresentando propostas de forma clara e coerente.
 
Tudo indica que, a partir de agora, com a atenção dos eleitores voltada cada vez mais para detalhes das propostas dos candidatos, Marina Silva terá de ser mais específica do que foi na Band. Ela convocou à união nacional, falou em aproveitar “os melhores” e outras generalidades sem qualquer significado prático.
 
 
Durante o debate, a candidata do PSB pregou inclusive a redefinição do significado da palavra “elite”, colocando Chico Mendes lado a lado com banqueiros. Como notou com fineza Luciana Genro, usando outras palavras, a socialista Marina praticamente aboliu a luta de classes.
 
Fonte: Viomundo
Legenda da foto nossa
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Polícia Federal investigará origem de boatos contra Flávio Dino espalhados pelo Whatsapp

A coligação “Todos pelo Maranhão” prepara ação para investigar a origem de boatos envolvendo o nome do candidato Flávio Dino (PCdoB). Nos últimos dias, inúmeras mensagens enviadas pela rede de “Whatsapp” do Maranhão levaram frases que, de acordo com o texto, teriam sido ditas pelo candidato. A coordenação da campanha pedirá hoje à Polícia Federal que entre no caso. 
 
Segundo a coordenação da campanha, as mensagens disparadas com frases atribuídas a Flávio Dino foram planejadas para espalhar uma “rede de boatos” envolvendo o nome do candidato, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Para Márcio Jerry, representante legal da coligação “Todos pelo Maranhão” composta por 9 partidos, a prática deve ser investigada com rigor. 
 
“O uso de mentiras e boatos é típico da campanha desesperada de um grupo político que está na iminência de perder o poder,” afirmou Márcio Jerry, que revelou ainda detalhes da ação que será movida na Polícia Federal e no Ministério Público Eleitoral para identificar os autores das mensagens. 
 
Segundo a coligação, os autores responderão pelo crime previsto no Código Eleitoral, no artigo 323. “Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado”. A pena prevista na lei é de prisão de 2 meses a 1 ano. 
 
Nesta segunda (25), a coligação encaminhará aos órgãos de investigação as mensagens que vêm sendo espalhadas pelas redes sociais. Em uma mensagem que circula nos celulares, aparecem frases entre aspas que foram atribuídas ao candidato em ataques à classe médica. Dino negou ter dito qualquer uma delas e pediu aos internautas que, a partir de suas redes sociais, desmintam a “rede de intrigas” criada pelos seus adversários. 
 
Em contraposição, apoiadores de Flávio Dino fazem o trabalho de divulgar as verdadeiras propostas de Flávio Dino para a classe médica. Entre elas, estão a defesa de uma carreira de estado para os médicos, criar vagas nos cursos de Medicina no estado para diminuir o déficit de atendimento, regionalizar o atendimento aos pacientes e por fim à corrupção na Secretaria de Saúde, ampliando investimentos no setor.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação do PCdoB

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Evangélicos dão largada à campanha "Sou Cristão, Voto Flávio Dino"


Lideranças evangélicas de diversas denominações estiveram na noite desta quinta-feira (21/08) com o candidato da Coligação Todos pelo Maranhão, Flávio Dino, para confirmar empenho no projeto de transformação social do Estado. Abraçando a candidatura de Flávio Dino eles lançaram também a campanha “Sou Cristão, Voto Flávio Dino”.
Lideranças da Assembleia de Deus, da Pentecostal, da Batista, da Cristã-Evangélica, da Presbiteriana, da Casa do Senhor e da Cristo para Todos confirmaram que confiam no projeto de desenvolvimento social do Estado apresentado por Flávio Dino nas 65 propostas de seu Programa de Governo.
Foram 120 lideranças evangélicas de diversas denominações com o mesmo propósito: abraçar o projeto de desenvolvimento econômico e social liderado por Flávio Dino.
 
A implantação de políticas públicas de qualidade esteve entre as reivindicações prioritárias das lideranças evangélicas.  Depois de ouvir as lideranças, Flávio Dino falou de sua identificação com as causas sociais e do seu empenho para transformar os índices sociais do Maranhão: “A fé é o que autenticamente transforma, o que nos faz acreditar que uma vida melhor é possível”.
Para os evangélicos, a campanha “Sou Cristão, Voto Flávio Dino” indica a luta das lideranças religiosas por um Maranhão melhor. Flávio Dino agradeceu as demonstrações de apoio e se comprometeu a honrar a confiança de cada maranhense que sonha com um futuro melhor.
“Divido com vocês a minha história de vida. Sou Ficha Limpa, tenho uma trajetória honrada e ofereço a vocês essa vida e a dedicação para servir ao Maranhão. Defendemos sobretudo um Maranhão com justiça social”, disse ele.
Presente no ato, Roberto Rocha  garantiu que também vai lutar para transformar a vida das famílias maranhenses.  Ele lembrou que Flávio Dino representa a possibilidade de “se fazer o bem na política”.
Marcaram presença no ato os candidatos a deputado estadual Vieira Lima, Batista Matos, Josélio Aguiar e Neto Evangelista.  Eliziane Gama e Lúcia Marinho, que disputam uma vaga na Câmara Federal, também estiveram no evento.
Apoio à reabilitação
Durante o ato, Flávio reafirmou o compromisso com a proposta de criação da Rede de Solidariedade, que consiste no apoio a recuperação dos dependentes químicos, com a ajuda das igrejas.
Flávio Dino lembrou que quando deputado federal apoiou o projeto da fazenda Boa Esperança,  que faz um trabalho fundamental na recuperação dos dependentes químicos. “Apoiei esse projeto como deputado e como governador me dedicarei novamente a esta causa”.
Fonte: Assessoria de Comunicação

Divisionista, Marina faz 'strike' no PSB de Campos

 
Não há mal-entendido, apesar de ter sido esta a alegação da ex-ministra Marina Silva para a saída do coordenador de campanha Carlos Siqueira. Assim como ele fez ontem, no momento seguinte após dizer à candidata que rompia relações com ela, em reunião da cúpula do PSB, nesta quinta-feira 21 o partido sofreu novas perdas. Todas elas estratégicas, que haviam sido amarradas, uma a uma, pessoalmente, pelo ex-governador Eduardo Campos.

Nas primeiras 24 horas de candidata a presidente, ainda que não tenha registro no TSE e já tenha iniciado sua propaganda, Marina fez um verdadeiro 'strike' em seu próprio time – expressão usada no boliche quando o jogador derruba, com uma única jogada, todos os dez pinos de um vez.

Puxador de votos do PSB em Minas Gerais, pelo fato de ser presidente do Clube Atlético Mineiro, o empresário Alexadre Kalil desistiu de ser candidato a deputado federal. Ele havia sido convencido por Campos a disputar, mas agora não vou motivos para prosseguir:

- O que me interessava caiu de avião, disse Kalil, numa rude referência, como é de seu estilo, ao acidente que vitimou o presidenciável socialista.

No Mato Grosso do Sul, outro puxador de votos, o deputado federal Nelson Trad anunciou que não há hipótese de pedir votos para Marina, em razão de suas ligações históricas com o agronegócio de sua região e de ela nem querer conversa com esse setor da economia.

Na mesma toada, o experiente governador André Pucinelli, verdadeiro campeão de votos no Estado, anunciou que irá cerrar fileiras na campanha da presidente Dilma Rousseff. Após uma série de conversas com Eduardo Campos, ele se preparava para entrar na campanha do presidenciável do PSB. Bastou, no entanto, Marina mostrar seu estilo que Pucinelli correu para o outro lado.

Em Pernambuco, novo golpe. Depois que Siqueira deixou a coordenação da campanha de Marina sob a alegação de ela ter sido "grosseira", na mesma quinta 21 o indicado para ser seu substituto, Milton Coelho, não aceitou assumir o cargo. E, ainda, deixou vaga a posição de coordenador nacional de Mobilização e Articulação.

- Havia um pacto com meu querido amigo Eduardo Campos, mas minha tarefa acabou aqui, justificou ele, lembrando que trabalhou para Campos, em posições centrais, em três campanhas eleitorais.

A tomar-se pelo histórico de Marina Silva, as defecções não devem causar surpresa. Eleita senadora pelo PT, ela deixou o partido atirando depois de ocupar durante cinco anos, nas duas gestões de Lula na Presidência da República, o Ministério do Meio Ambiente. Abrigada com seu grupo no PV, obteve 17% dos votos válidos da eleição de 2010, mas dois anos depois, com estardalhaço, saiu, com seus amigos, depreciando a legenda. Partiu, então, para montar o Rede. Dependendo de seus próprios esforços, no entanto, não foi feliz. Com falta de assinaturas em número legal suficiente, apesar de ter desfrutado de quase um ano para atender a legislação, Marina iria ficar fora da sucessão presidencial de 2014. Mas Campos, com seu poder de articulação, a convenceu a entrar no PSB.

Mesmo dentro do partido, Marina gosta de declarar que estava presente para ter novas condições, a partir de 2015, de montar o seu próprio: o Rede Sustentabilidade.


Neste momento, além de estancar as sangrias que o estilo personalista de Marina vai causando no PSB, a cúpula do partido se esforça para que ela deixe de lado, ao menos no discurso, a ideia de mudar de agremiação logo no próximo ano.
 
Estar em uma legenda anunciado estar montando outra, no entanto, não é a única contradição de Marina. Sua falta de tato para manter os acordos firmados por Campos ainda irão provocar mais rachas no PSB. Apesar de indicada, ela a candidatura dela ainda não foi oficializada no TSE - o que faz com que muitos socialistas já queiram voltar atrás, apesar de a campanha estar nas ruas.

Marina já avisou que não vai aceitar contribuições financeiras de bancos e de indústrias de bebidas. O PSB contava com recursos de doadores desses setores para alavancar a campanha da legenda. Mas agora tudo é dúvida.

Certeza, apenas, o fato de Marina ter como principal coordenadora de seu programa de governo, com 250 páginas, numa intersecção de propostas do Rede e do PSB, por Neca Setúbal. Trata-se da herdeiro do maior banco privado do País, o Itaú Unibanco. Para Marina, isso pode, mas não conviver com quadros históricos o PSB não, isso não pode.

Na política, um histórico e um posicionamento como os de Marina têm um só nome: divisionismo. Com este germe dentro de um partido, a unidade é corroída por dentro. Nas suas primeiras 24 horas como candidata no lugar de Campos, que, na mesma linguagem, pode ser chamado de unitário, Marina mostrou que tem um poder destrutivo à altura, na direção contrário, do que se espera que ela possa construir.

Política do tipo voluntarista e chamada de personalista, Marina resgata agora outro carimbo: divisionista.
 
Fonte: Brasil 24/7