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| (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
O Congresso Nacional tem demonstrado uma capacidade notável de articulação quando o assunto é proteger figuras ligadas ao golpismo e à extrema direita. A redução de penas e a suavização de responsabilidades de Jair Bolsonaro e seus aliados mostram como a máquina política se move com rapidez e eficiência quando o objetivo é blindar quem atentou contra a democracia.
Segundo análises críticas, o Brasil vive uma “subordinação estrutural” marcada pela financeirização e pela dependência externa. Essa lógica não apenas enfraquece a soberania nacional, mas também molda a atuação do Congresso, que se mostra mais preocupado em preservar privilégios e interesses de elites econômicas do que em aprovar medidas que beneficiem a maioria.
A resistência às pautas sociais
Enquanto a impunidade avança com vigor, projetos que poderiam melhorar a vida da população enfrentam enormes barreiras. A proposta de redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, aprovada na CCJ do Senado, é um exemplo: apesar de representar um avanço para milhões de trabalhadores, encontra forte resistência de setores empresariais e parlamentares, que travam sua tramitação.
Para que pautas sociais avancem, é quase sempre necessário recorrer à barganha com emendas parlamentares. Essa prática transforma direitos fundamentais em moeda de troca, subordinando o interesse coletivo às negociações de bastidores. O resultado é um sistema político que privilegia acordos de conveniência e posterga reformas estruturais.
Mesmo quando pautas estruturais como a reforma tributária ou sociais como o fim da jornada 6x1 avançam na CCJ, o caminho até a aprovação definitiva é marcado por resistência, lobby e negociações intermináveis, em contraste com a agilidade demonstrada pelo Congresso na blindagem de golpistas.
Democracia enfraquecida
O contraste é evidente: quando se trata de proteger golpistas, a mobilização é imediata e eficaz; quando o tema é saúde, educação, trabalho e bem-estar social, o caminho é tortuoso e dependente de barganhas. O Congresso brasileiro reafirma, assim, sua função de guardião da impunidade e dos privilégios, deixando em segundo plano o compromisso com a democracia e com o povo.
Fontes:

















