quinta-feira, 26 de junho de 2025

Meia-entrada sem Acessibilidade: quando o descaso transforma direito em constrangimento


Guichê para idosos fechado

Sou torcedor, sou maranhense, sou cidadão e tenho 61 anos. No dia 15 de março de 2025, fui ao Castelão acompanhar a partida entre MAC e Sampaio Corrêa pelo Campeonato Maranhense. Queria ver futebol. Saí de lá indignado.

Guichês abertos

Não estou aqui apenas como testemunha. Fui vítima direta da desorganização: apesar da promessa de guichês exclusivos para idosos e estudantes, eles estavam fechados. O que restou foi uma fila única, longa e desrespeitosa, sem nenhum atendimento prioritário, como manda a lei.

Aos 61 anos, tenho direito, garantido pelo artigo 26 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), ao atendimento preferencial. Mas naquela tarde, minha idade foi ignorada pela estrutura do evento. E o mais grave: essa falha pode se repetir.

No próximo sábado, 28 de junho, o MAC volta a ser mandante em outro confronto com o Sampaio Corrêa, desta vez pela Série D do Campeonato Brasileiro. Ou seja, a organização da bilheteria estará, mais uma vez, sob responsabilidade do clube que falhou anteriormente. Estaremos atentos.

Não basta oferecer meia-entrada se o acesso a ela é minado por obstáculos desnecessários. Direito só é direito quando pode ser exercido com dignidade. E a estrutura oferecida pelo MAC, naquele jogo, falhou com a lei, com o torcedor e com os valores do esporte.

O futebol é coletivo, é inclusão, é respeito. Espero e vou observar que neste sábado os erros não se repitam. Porque se nada mudar, a negligência deixará de ser episódio isolado e passará a ser política recorrente. Aí, meu amigo, o jogo muda de figura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário