Anunciado pelo governo americano, o chamado “Corolário Trump” reacende velhos fantasmas de intervenção na região.
O anúncio oficial
Em dezembro de 2025, o governo dos Estados Unidos apresentou uma nova Estratégia de Segurança Nacional, evocando a antiga Doutrina Monroe. A medida, apelidada de “Corolário Trump”, foi interpretada como uma tentativa de reafirmar a hegemonia norte-americana no hemisfério ocidental, ampliando presença militar e econômica na América Latina (O Globo).
Políticas contra imigrantes latinos
- Ao mesmo tempo em que busca controlar a região, o governo Trump mantém políticas duras contra imigrantes latinos:
- Fim do DACA, retirando direitos de jovens que cresceram nos EUA.
- Construção do muro na fronteira com o México, símbolo de exclusão.
- Política de “Remain in Mexico”, que obriga solicitantes de asilo a esperar fora do país.
- Promessa de deportações em massa, ignorando histórias de vida e contribuições sociais.
Essas medidas reforçam uma narrativa xenófoba, tratando latinos como ameaça, não como cidadãos.
Mostra os marcos históricos de 1823, 1904, 2018 e 2025, com ícones representando cada fase da Doutrina Monroe à nova estratégia de segurança anunciada por Trump.
Intervenção militar na América Latina
O “Corolário Trump” prevê:
- Reforço da Marinha e Guarda Costeira para controlar rotas marítimas.
- Uso de força letal contra cartéis e grupos armados.
- Ampliação de bases militares em pontos estratégicos.
- Expulsão de empresas estrangeiras para favorecer corporações americanas.
- Parcerias seletivas com governos locais, muitas vezes em troca de submissão política.
Essa postura revive práticas imperialistas, tratando a América Latina como “zona de influência” e não como parceira soberana.
A contradição
O paradoxo é evidente: os EUA não aceitam os latinos como cidadãos em seu território, mas querem comandar os territórios onde vivemos. Essa incoerência revela uma visão colonialista, que reduz nossa região a peça de tabuleiro geopolítico, ignorando nossa autonomia e diversidade.
Defesa da América Latina
Como latino, é fundamental afirmar: não somos quintal de ninguém. A América Latina tem direito a decidir seu próprio destino, sem tutela externa. Nossa riqueza cultural, nossos recursos naturais e nossa força social não podem ser subordinados a interesses de Washington.
O “Corolário Trump” deve ser denunciado como ataque à soberania e à dignidade latino-americana. Cabe a nós reafirmar que somos povos com história, identidade e futuro próprios e que não aceitaremos ser tratados como subordinados em nossa própria casa.


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