sábado, 6 de dezembro de 2025

“Corolário Trump: América Latina entre a exclusão e a intervenção”



Anunciado pelo governo americano, o chamado “Corolário Trump” reacende velhos fantasmas de intervenção na região.

O anúncio oficial

Em dezembro de 2025, o governo dos Estados Unidos apresentou uma nova Estratégia de Segurança Nacional, evocando a antiga Doutrina Monroe. A medida, apelidada de “Corolário Trump”, foi interpretada como uma tentativa de reafirmar a hegemonia norte-americana no hemisfério ocidental, ampliando presença militar e econômica na América Latina (O Globo).

Políticas contra imigrantes latinos

  • Ao mesmo tempo em que busca controlar a região, o governo Trump mantém políticas duras contra imigrantes latinos:
  • Fim do DACA, retirando direitos de jovens que cresceram nos EUA.
  • Construção do muro na fronteira com o México, símbolo de exclusão.
  • Promessa de deportações em massa, ignorando histórias de vida e contribuições sociais.
Essas medidas reforçam uma narrativa xenófoba, tratando latinos como ameaça, não como cidadãos.

Linha do tempo: Doutrina Monroe até o Corolário Trump:


Mostra os marcos históricos de 1823, 1904, 2018 e 2025, com ícones representando cada fase da Doutrina Monroe à nova estratégia de segurança anunciada por Trump.

Intervenção militar na América Latina

O “Corolário Trump” prevê:

  • Reforço da Marinha e Guarda Costeira para controlar rotas marítimas.
  • Uso de força letal contra cartéis e grupos armados.
  • Ampliação de bases militares em pontos estratégicos.
  • Expulsão de empresas estrangeiras para favorecer corporações americanas.
  • Parcerias seletivas com governos locais, muitas vezes em troca de submissão política.
Essa postura revive práticas imperialistas, tratando a América Latina como “zona de influência” e não como parceira soberana.

A contradição

O paradoxo é evidente: os EUA não aceitam os latinos como cidadãos em seu território, mas querem comandar os territórios onde vivemos. Essa incoerência revela uma visão colonialista, que reduz nossa região a peça de tabuleiro geopolítico, ignorando nossa autonomia e diversidade.

Defesa da América Latina

Como latino, é fundamental afirmar: não somos quintal de ninguém. A América Latina tem direito a decidir seu próprio destino, sem tutela externa. Nossa riqueza cultural, nossos recursos naturais e nossa força social não podem ser subordinados a interesses de Washington.

O “Corolário Trump” deve ser denunciado como ataque à soberania e à dignidade latino-americana. Cabe a nós reafirmar que somos povos com história, identidade e futuro próprios e que não aceitaremos ser tratados como subordinados em nossa própria casa.

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