sexta-feira, 3 de maio de 2019

Força e Autonomia, Profº Allan Kardec, candidato a vice-reitor da UFMA, divulga manifesto


Proº Allan Kardec - Ufma
Nós, da Universidade Federal do Maranhão, subscrevemos este manifesto para, uma vez mais, declarar nosso compromisso com esta instituição. Esse compromisso assume hoje a forma de um nome: o do professor Allan Kardec Duailibe Barros Filho, atual pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFMA. Sua précandidatura a vice-reitor brota das lutas por uma universidade forte, autônoma, democrática e socialmente comprometida. 

A UFMA é um dos mais importantes espaços onde o Maranhão constrói suas possibilidades de desenvolvimento, seus valores, seu conhecimento, sua cultura. No próximo quadriênio, nossa universidade será chamada, de forma ainda mais intensa, a dar sua contribuição ao desenvolvimento regional e nacional. A UFMA deve continuar seu caminho de integração com a sociedade, implementando ações e programas para o efetivo desenvolvimento econômico, social e intelectual de nosso estado. 

Para tanto, será necessário garantir à universidade condições adequadas para o desempenho de sua missão. É imprescindível descentralizar, desburocratizar e profissionalizar a gestão; defender os interesses de docentes, alunos, técnicos e terceirizados, pensando em toda a comunidade acadêmica; diversificar a oferta de serviços à sociedade, e fortalecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão, em consonância com as aspirações dos maranhenses. 

Quem é o professor Allan Kardec?

Allan Kardec tem uma história de valiosas contribuições para a UFMA e o Brasil. Quadro de visão estratégica e desenvolvimentista, é professor e grande pesquisador. Graduou-se na UFMA. Sua formação pós-graduada realizou-se no Japão, com passagens por RIKEN (Nagoya), Brain Science Institute (Tokyo) e Advanced Telecomunications Research (Kyoto). Originalmente especializou-se em neurociência, mas tem publicações em áreas como química, física e engenharia. Hoje trabalha na área interdisciplinar de “aprendizado de máquinas”. 

Allan Kardec já orientou e coorientou vinte e sete mestres e quinze doutores. Foi um dos fundadores da Rede Nordeste de Biotecnologia, um dos programas de doutorado em rede mais ousados da história da ciência no Brasil. Possui mais de duzentas publicações (média de onze por ano), inclusive em periódicos como Nature e IEEE, e em revistas com caráter interdisciplinar como Plos One. As pesquisas publicadas pelo professor Allan Kardec possuem um total de 2.176 citações com h-index igual a 23 no Google Scholar Citations. Já o ResearchGate registra 1.773 citações, com 6.994 leituras, RG-Score 34.04 e h-index 20. 

Allan Kardec foi diretor da Agência Nacional do Petroleo (ANP). Em sua gestão, foi feito o contrato de partilha de produção do pré-sal e assegurado 0,5% para a pesquisa. Allan Kardec ajudou a implementar o programa de diminuição da poluição causada por combustíveis; incentivou os programas de produção de etanol e biodiesel, aumentando o percentual de biodiesel no diesel e criando políticas de estabilidade para o etanol. Além disso, implementou programas para a diminuição do teor de enxofre na gasolina. Allan Kardec também trabalhou para que, no processo da cessão onerosa do pré sal, 1% ficasse com a pesquisa científica; ampliou e diversificou contratos com as universidades, e pugnou para que as pesquisas nessa área ficassem com o setor público. 

Na gestão atual, Allan Kardec trabalhou junto à bancada federal do Maranhão para a liberação de emenda impositiva no total de 22 milhões de reais para a área de engenharias e computação, visando à implantação do curso de Engenharia Aeroespacial. Essa articulação envolveu instituições como os ministérios da Educação e da Defesa, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Além disso, Allan Kardec foi o articulador principal da Rede Nordeste de Engenharia Aeroespacial (RNA). 

Em menos de dois anos à frente da PPPGI, Allan Kardec já deu grandes contribuições ao desenvolvimento de nossa universidade. Sua gestão nesse órgão tem as marcas da descentralização e da desburocratização. Allan Kardec também mostrou grande capacidade na captação de recursos. Graças a essa política foram aprovados, no total, dez mestrados e quatro doutorados. Quando Allan Kardec assumiu a PPPGI, existiam apenas duas pós-graduações nos campi do continente. Em sua gestão foram aprovadas mais seis, entre elas um doutorado em Imperatriz. 

Antes de ocupar a chefia da PPPGI, a atuação de Allan Kardec na Assessoria de Internacionalização da UFMA teve a mesma marca empreendedora. Vislumbrando o futuro, e sabendo que a China é hoje grande parceira comercial do Maranhão e do Brasil, Allan Kardec articulou junto aos governos Federal e Estadual a implantação do Instituto Confúcio no Maranhão, iniciativa que já vem rendendo frutos. Além disso, trabalhou, com resultados concretos, pela interiorização da UFMA. Em 2004, foi um dos principais articuladores da criação do campus de Grajaú, hoje uma realidade. 

Propostas para uma universidade forte e autônoma 

a) Desburocratização e transparência 

Muitas de nossas universidades ainda abrigam instituições e práticas anacrônicas. A UFMA precisa apostar na inovação institucional, adotando estruturas mais modernas e flexíveis. Nossa universidade precisa reformular e atualizar sua institucionalidade sempre respeitando os marcos da autonomia universitária. Para isso, partimos do pressuposto de que é preciso evitar superposições entre espaços institucionais, o que costuma acontecer quando se criam inutilmente novas estruturas burocráticas. É necessário, antes, fazer funcionar as que e tecnológico. É necessário, antes, fazer funcionar as que já existem e muitas vezes não são acionadas. 

Nesse sentido, acreditamos ser necessário reformar o estatuto e o regimento da Universidade, além de profissionalizar sua gestão. A busca da transparência também deve ser uma obsessão. É imprescindível conferir maior publicidade aos atos administrativos. Os processos de remoção de docentes precisam ganhar uma resolução específica, hoje ainda inexistente. Equipamentos como a TV UFMA precisam contribuir para o debate público e o relacionamento com a sociedade, promovendo para isso a efetiva participação da comunidade acadêmica.

b) Fortalecimento do ensino e da pesquisa 

Uma vez investido na vice-reitoria, o professor Allan Kardec ajudará a dar continuidade, em outro patamar, às ações que já vem conduzindo em prol do ensino e da pesquisa científica de qualidade. A capacitação de técnicos e docentes será incentivada, tal como foi feito em vários programas de pós-graduação, em que foram incluídas cotas específicas para servidores da UFMA. Projetos de ensino e práticas pedagógicas inovadoras serão estimulados. O colégio de aplicação (Colun/UFMA) será valorizado como lócus privilegiado do compromisso da Universidade com o ensino básico, técnico e tecnológico. Serão fortalecidas áreas estratégicas como saúde pública, engenharia aeroespacial, energia limpa, oceanografia, recursos naturais, políticas públicas e educação, entre muitas outras, buscando valorizar o planejamento estratégico de cursos e programas, além de propostas originais e pesquisas inovadoras. 

Na área de pesquisa, hoje está em desenvolvimento a criação de um comitê assessor da pós-graduação, de caráter consultivo. Será um mecanismo facilitador, para acompanhamento e orientação dos programas, com a finalidade de ajudá-los a diagnosticar pontos críticos e apontar caminhos de melhoria que resultem na evolução de seus conceitos junto à Capes. Com base nos parâmetros gerais da avaliação consignados nas normas DAV e CTC, o comitê fomentará workshops e debates sobre as tendências da avaliação, sem ferir a autonomia dos programas e de seus colegiados. Essa proposta contribui para evitar favoritismos, mesmo que involuntários, em relação a quaisquer áreas do conhecimento. O comitê assessor da pós-graduação ajudará na integração entre os coordenadores de programas, que poderão influenciar a política de pós-graduação pautando medidas nos fóruns ordinários – Câmara de Pós-Graduação e Consepe, que precisam ser fortalecidos. 

c) Descentralização interna 

A UFMA precisa de uma institucionalidade capaz de fortalecer cada departamento, centro e pró-reitoria, cada curso de graduação e programa de pósgraduação. É imprescindível o respeito à autonomia dos órgãos colegiados e o fortalecimento dos mecanismos de descentralização administrativa, de forma a intensificar o caráter multicampi de nossa universidade. Fortalecer a autonomia também passa por reconhecer a maturidade atingida por alguns campi, como é o caso de Imperatriz, que pode pleitear legitimamente a condição de nova universidade. Um estado das dimensões e da importância do Maranhão não pode ter apenas uma única universidade federal. Não à toa, também na Baixada já cresce o movimento pela criação da Universidade Federal da Baixada Maranhense (UFBAM).

d) Democracia 

Uma universidade efetivamente democrática é anseio legítimo da comunidade acadêmica. Para isso, a UFMA precisa de uma administração superior aberta às demandas pautadas nos órgãos colegiados. Além disso, é fundamental o respeito às entidades de representação dos três segmentos, que precisam ser ouvidas e valorizadas em suas reivindicações. Democracia também significa garantir condições adequadas de acesso e permanência, com políticas afirmativas e de combate à evasão. As ações de assistência estudantil precisam ser fortalecidas, com a participação ativa das lideranças estudantis. As políticas de reserva de vagas para segmentos carentes já se mostraram positivas e resultaram em mudanças significativas na composição social das universidades, tornando-as mais capazes de dialogar com os problemas enfrentados pela população.

Novo papel para a Vice-Reitoria 

É necessário pugnar pelo resgate institucional da figura do vice-reitor. Apagada nas últimas gestões, ela deve converter-se naturalmente em pilar de sustentação da futura administração superior, apoiando a Reitoria de maneira proativa, servindo na interlocução e na mediação entre as demandas da comunidade acadêmica e os órgãos gestores, ajudando a captar recursos e a representar dignamente a universidade perante a sociedade, com uma articulação sóbria, mas propositiva. Um vice-reitor forte contribui para uma universidade forte, autônoma e democrática. 

Estas serão as marcas da gestão do prof. Allan Kardec. Elas não surgem de tópicas aspirações eleitorais. Resultam, antes, de um envolvimento permanente nas lutas em defesa da educação e da ciência, das quais resulta uma liderança reconhecida pelos três segmentos da comunidade acadêmica. À frente da Vice-Reitoria da UFMA, Allan Kardec trabalhará para o desenvolvimento da instituição, por uma articulação mais estreita com a sociedade maranhense e para a formação de quadros capacitados e projetos de alta qualidade em ensino, pesquisa e extensão. 


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