sexta-feira, 27 de junho de 2014

Copa encerra 1ª fase com ganhos incontáveis ao País

 
No que se pode contar, sabe-se que Pelé embolsou, como rei do futebol, nada menos que R$ 58 milhões em contratos publicitários em torno da Copa do Mundo no Brasil. Perto do que a Adidas está faturando com o Mundial, porém, é pouco. Com projeção de vender 8 milhões de camisas de seleções de seus 300 jogadores patrocinados, a multi alemão catapultou suas vendas, apenas na América Latina, de 179 milhões de euros para 1,57 bilhão de euros nos últimos meses. O maior faturamento se dá, é claro, no Brasil, onde são recolhidos milhões em impostos. 
 
Nesta terça-feira 24, na Alemanha, o CEO da Adidas, Herbert Hainer, festejou o sucesso comercial da Copa para a empresa. “A presença da marca em campo e em todo o torneio no Brasil, bem como o sucesso da nossa campanha de marketing em mídias sociais em todo o mundo, é uma prova clara de que a Adidas é e continuará a ser a marca líder do futebol”, disse Hainer. "Tivemos enorme retorno, não só entre os nossos melhores jogadores mundiais, mas também entre os fãs de futebol em todo o mundo” , completou o vice-presidente Markus Baumman Ele ressaltou o sucesso de crítica e vendas da bola oficial da Copa. “Muitos jogadores já dizem que a Brazuca é uma das melhores bolas com a qual eles já jogaram.”
 
Entre empresas nacionais, a metalúrgica Tramontina é uma das mais exultantes, também com faturamento aproximando-se da casa do bilhão de reais em razão direta de seu engajamento da Copa. "Patrocinar futebol, clubes e jogadores é sensacional", comemora o empresário Clóvis Tramontina. "Quanto vale para uma marcar estar ao lado do povo neste momento? É incalculável", completa.
 
Igualmente não é fácil projetar os ganhos que o Brasil, enquanto destino de turismo internacional, vai obtendo com o Mundial. Presidente da agência FSB e colunista de 247, o relações públicas Francisco Soares Brandão estimou em 1 milhão e 500 mil minutos a exposição que os jogos da Copa darão ao Brasil na soma dos flashs e programas da mídia eletrônica global. Em seu artigo O Brasil Já Ganhou a Copa, Brandão compara essa geração 'espontânea' como algo equivalente veiculação de milhões de comerciais de 30 segundos durante um mês. "Ao custo inimaginável de trilhões de reais", assinala. Como diz o empresário Tramontina: "Quem sabe?". No todo, o impacto da Copa do Mundo já estimado entre 0,5% e até 1% do Produto Interno Bruto.
 
O ex-jogador inglês David Beckham fez, dentro do Brasil, um circuito off Copa, mergulhando na floresta amazônica para ter contato direto com a natureza e as populações ribeirinhas. Está encantado, com suas imagens disseminadas  pelo mundo. Um dos garotos-propaganda mais caros do planeta, quanto vale ter um astro como Beckham falando sincera e gratuitamente falando bem do País para o mundo? Decididamente, esse resulto é alto, intangível.
 
BASE DA PIRÂMIDE - Na base da pirâmide de negócios, centros de comércio eletroeletrônicos como a rua Santa Efigênia, em São Paulo, aumentaram seu faturamento global em plenos menos 40% e razão da disparada de vendas de televisores e, também, dos pedidos de compra e instalação de antenas e conversores digitais. A Copa, enfim, dá lucro também para anônimos antenistas, que chegam a ter encomendas para 700 instalações neste mês.
 
No setor de hotéis, bares e restaurantes, o que se nas 12 cidades-sede é uma festa generalizada. A ocupação no Rio de Janeiro, o maior cartão postal do País, mantém-se acima dos 80% desde o início do mês e deverá chegar perto dos 100% à medida e que o Mundial afunila – e mesmo com a ida embora de 16 delegações.
 
Americanos, alemães, holandeses, belgas, colombianos, chilenos e, claro, argentinos, para citar as torcidas mais numerosas, continuam por aqui. As cenas de estádios lotados em todos os jogos, quase sem exceções, vai se repetir até a final. A Fifa, com todos os direitos que detém sobre a competição, deve arrecadar nada menos que R$ 10 bilhões – um recorde para todas as competições já organizadas.
 
CHEFES DE ESTADO - Até mesmo na infraestrutura, onde centrava-se o principal da crítica anterior à Copa – agora virada em unanimidade a favor, ao menos até que a Seleção Brasileira permaneça na competição -, o governo pode exibir a ampliação na capacidade dos aeroportos em 70 milhões de passageiros/ano, desafogando uma forte demanda reprimida. Os estádios, como já se sabe, estão sendo elogiados por suas arquiteturas, e tem passado no teste do público, em razão do conforto para assistir, e dos jogadores, pelos ótimos gramados para jogar.
 
Do ponto de vista política, à parte a sucessão presidencial, o ganho outra vez para a Nação chamada Brasil é incomensurável. Daqui, cerca de 19 mil profissionais de mídia têm transmitido notícias ao mundo de um país em festa – com os incidentes normais de percurso, como brigas, não muitas, entre torcedores, uma invasão de campo, roubos de ingressos e atos minoritários de vandalismo. As grandes cidades estão lotadas. Enquanto milhares de torcedores irão embora agora, outros milhares chegarão – todos com uma impressão inicial melhorada do Brasil. Para a partida final, no Maracanã, 22 chefes de Estado já confirmaram presença ao lado da presidente Dilma Rousseff. A seguir, começa uma reunião de cúpula dos Brics. Em mais dois anos, Olimpíadas do Rio de Janeiro. O Brasil, queira-se ou não, está na crista da moda.
 
Fonte: Brasil 24/7

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Jogador Suáres, o "vampiro" da copa foi lacrado na "tumba"

 
A Fifa anunciou há pouco que o jogador uruguaio Luiz Suárez será suspenso de nove jogos oficiais e proibido de exercer qualquer atividade ligada ao futebol durante quatro meses.
 
Com a decisão, o atacante estará fora do próximo confronto do Uruguai pelas oitavas da Copa do Mundo, contra a Colômbia, no sábado.
 
Suarez também foi multado em 100 mil francos suíços (US$ 111 mil).
 
A punição é resultado de um incidente ocorrido no último jogo do Uruguai, contra a Itália, em que o atacante mordeu o ombro do jogador italiano Giorgio Chiellini.
 
Segundo a representante da Fifa, Delia Fisher, o jogador infringiu os artigos 48 e 57 do Código Disciplinar da instituição, referentes a práticas agressivas e comportamento antiesportivo em relação a um outro jogador.
 
Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Por que a direita anda mais raivosa do que nunca?

Por Antonio Lassance *
 
Faz tempo que as campanhas eleitorais são espetáculos dantescos, movidos por baixarias sem limites. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral fica muitas vezes cuidando da perfumaria, os dinossauros reinam.

Mas há algo de novo nesta campanha.

A começar do fato de que boa parte da perversidade de campanha seguia, antes, o seguinte roteiro: denúncias na imprensa, primeiro em jornais e revistas, que depois se propagavam na tevê e no rádio e, finalmente, ganhavam a rua pela ação dos cabos eleitorais.

Agora, o roteiro é: denúncias pela imprensa, mas divulgadas primeiro via internet; propagação pelas redes sociais; repetição pela tevê e pelo rádio e, por último, sua consolidação  pelo colunismo e editorialismo da imprensa tradicional.

Embora essa imprensa ainda seja, normalmente, a dona da informação, seu impacto é cada vez menos medido pela audiência do próprio meio - que anda em declínio em praticamente todos os veículos tradicionais - e mais pela sua capacidade de propagação pela internet - blogs, redes sociais e canais de vídeo, principalmente pelo Youtube. E a versão que se propaga da notícia acaba sendo tão ou mais importante do que a notícia em si.

Antes, as pesquisas de opinião calibravam os rumos das campanhas. Nesta eleição, a internet é quem tende a ditar o ritmo. As pesquisas vão servir para aferir, tardiamente, o impacto de alguns assuntos que ganharam peso na guerrilha virtual.

Antes, o trabalho de amaldiçoar pra valer os adversários políticos era feito pelos cabos eleitorais que batiam de porta em porta. Agora, os cabos eleitorais que caçam votos perambulam pelos portais de internet, pelos canais de vídeo e entram nos endereços dos eleitores pelas redes sociais.

Uma outra diferença, talvez tão decisiva quanto essa, é que a direita resolveu aparecer. Antes, o discurso da direita era de que não existia mais esse negócio de "direita x esquerda".

A direita, finalmente, saiu do armário e anda mais raivosa do que nunca. Em parte, a raiva vem do medo de que, talvez, ela tenha perdido o jeito de ganhar eleições e de influenciar os partidos.

Por outro lado, a direita imagina que a atual campanha petista está mais vulnerável que em outras épocas. A raiva é explicada, nesse aspecto, pelo espírito de "é agora ou nunca".

Os bombardeios midiáticos raivosos têm assumido feições mais pronunciadamente ideológicas.

Ao contrário de outras eleições, os ataques têm não só mentiras, xingamentos e destemperos verbais de todos os tipos. Têm uma cara de pensamento de direita.

Querem não apenas desbancar adversários. Querem demarcar um campo.

Não é só raiva contra um partido. É ódio de classe contra tudo e contra todos os que se beneficiam (e nem tanto quanto deveriam) de algumas das políticas governamentais.

É ódio contra sindicatos de trabalhadores, organizações comunitárias, movimentos de excluídos (Sem Terra, Sem Teto), grupos em defesa de minorias e de direitos humanos que priorizam a crítica a privilégios sociais e aos desníveis socioeconômicos mais profundos.

A mídia direitista tem desempenhado um papel central. Sua principal missão é orientar os ataques para que eles tenham consequência política e ideológica no seio da sociedade brasileira.

Como sempre, a mídia é diretamente responsável por articular atores dispersos e colocá-los em evidência, conforme uma pauta predeterminada.

Embora seja uma característica recorrente, no Brasil, a mídia tradicional comportar-se como partido de oposição, nos últimos anos ela parece seguir uma nova estratégia.

Os barões das grandes corporações midiáticas brasileiras, com a ajuda de seus ideólogos, perceberam que, para haver uma oposição de direita forte, é preciso formar uma ampla opinião pública direitista.

Antes mesmo de cobrar que os partidos se comportem e assumam o viés de direita, é preciso haver uma base social que os obrigue a agir enquanto tal.
A mídia tradicional entendeu que os partidos oposicionistas são erráticos em seus programas e na sua linha política não por falta de conservadorismo de suas principais lideranças, mas pela ausência de apelo social em sua pregação.

Em função disso, coisas como o Instituto Millenium se tornaram de grande importância. O Millenium tem, entre seus mantenedores e parceiros, a Abert (controlada pelas organizações Globo) e os grupos Abril, RBS e Estadão. O instituto é também sustentado por outras grandes empresas, como a Gerdau, a Suzano e o Bank of America.

O Millenium tenta fazer o amálgama entre mídia, partidos e especialistas conservadores para gerar um programa direitista consistente, politicamente atraente e socialmente aderente.

O colunismo midiático, em todas as suas frentes, é outro espaço feito sob medida para juntar jornalistas, especialistas e lideranças partidárias dedicadas a reforçar alguns interesses contrariados por algumas políticas públicas criadas nos últimos 12 anos.

A estratégia midiática de reinvenção da direita brasileira representa, no fundo, uma tentativa desesperada e consciente dessa mesma mídia de reposicionar-se nas relações de poder, diante da ameaça de novos canais de comunicação e de novos atores que ganharam grande repercussão na opinião pública.

Com seu declínio econômico e o fim da aura de fonte primordial da informação, o veneno em seus anéis tornou-se talvez seu último trunfo no jogo político.

*Antonio Lassance é cientista político.
 
Fonte: Carta Maior

Pesquisa Data M: Flávio Dino 58,2% e o candidato da oligarquia, Edinho Lobão 20,7

Com vantagem de quase 38 pontos em relação ao segundo colocado, Flávio Dino (PCdoB) seria eleito governador pelo Maranhão – é o que traz a pesquisa do Instituto DataM contratada pelo jornal Atos e Fatos. Se as eleições fossem hoje, o pré-candidato da oposição teria 58,2% dos votos maranhenses, contra 20,7% de Edinho Lobão Filho (PMDB) apoiada pelo grupo Sarney.
 
Às vésperas das convenções que confirmarão as candidaturas partidárias, a pesquisa DataM/Atos e Fatos avaliou o desempenho de todos os pré-candidatos com candidaturas colocadas até o momento. Em terceiro lugar estaria José Luís Lago (PPL) com 1,5%, seguido de Saulo Arcângeli (PSTU) com 0,9% e Antonio Pedrosa (PSOL) com 0,3%. Brancos e nulos somam 5% e não responderam resultam 13,5% dos entrevistados.
 
Este é o cenário que dá início às eleições de 2014 no Maranhão, que promete ser polarizada entre Flávio Dino e Edinho Lobão Filho. O primeiro representando o grupo de oposição e o segundo com apoio do grupo Sarney, que hoje ocupa o Palácio dos Leões.
 
Num eventual segundo turno, em que haveria disputa direta entre os dois, Flávio Dino venceria com 62,9% dos votos contra 21,8% de Edinho Lobão Filho. 10,6% não souberam responder e 4,6% disseram que votariam em branco ou nulo. No cenário vizinho ao início da disputa eleitoral, Flávio Dino mantém a vantagem nas pesquisas que tem sido divulgadas desde 2013.
 
A pesquisa foi realizada em 50 municípios e ouviu 1499 eleitores de todas as regiões do estado entre os dias 18 e 23 de junho. Seu registro está na Justiça Eleitoral com protocolo MA-0015/2014 e BR-00183/2014.
 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Jornalista do Sport TV/GLOBO diz que o "nordeste é uma bosta" em pleno programa de TV.

 
Nas redes sociais os xenófobos, racistas e neonazistas se revelam com postagem e mensagem contra os nordestinos, achamos um grande crime contra a nossa sociedade e repudiamos veemente essas atitudes e que todos sejam punidos severamente. Porém, essas pessoas podem estarem de um certo nível, sendo orientadas ou convencidas a se rebelarem com ajuda de alguns "metidos a intelectuais" que estão na academia, na elite branca e com espaços em programas na TV brasileira.
 
É importante que essa turma seja eliminada o quanto antes dos acessos a espaços de difusão pública.
 
O Blog Brasil 24/7, divulgou mais uma matéria e um vídeo sobre mais uma cretinice dessa turma. Veja abaixo:
 
Na última quinta-feira (19/06), durante o programa “Extraordinários” do canal a cabo SporTV, o jornalista, escritor e tradutor Eduardo Bueno, conhecido como Peninha, chamou a região Nordeste de “aquela bosta" enquanto falava da produção açucareira dos holandeses na região.
 
Apesar de o programa ter sido apresentado como uma atração que usa "usa irreverência para debater assuntos da Copa" e de logo em seguida ao comentário Bueno dizer que se travava de "uma brincadeira, uma piada”, a declaração não repercutiu bem.
 
Nas redes sociais, especialmente no Twitter e no Facebook internautas têm criticado bastante a atitude do profissional. Além disso, alguns blogs e veículos da região, como o GiroPB noticiaram o fato, chamando Bueno de "preconceituoso".
"O jornalista gaúcho Eduardo Bueno (Peninha), do canal @SporTV da @rede_globo , que chamou a região Nordeste de “bosta", deveria se retratar!", escreveu um internauta. "'Nordeste é uma bosta' Eduardo Bueno (peninha). Alô @sportv demitam este racista insuportável", disse outro.
 
No site "Petição pública" foi feito um requerimento para que a Procuradoria Geral da República instaure um processo criminal contra o profissional. Sob o título "Mais uma agressão a nordestinos feita por Eduardo Bueno", o abaixo-assinado diz que "cidadãos brasileiros, eleitores e contribuintes" ficaram "extremamente chocados" com a declaração do jornalista.
 
Além de Peninha, participam do programa o colunista e blogueiro Xico Sá, o humorista Hélio de La Peña, o músico Paulo Miklos e a atriz Maitê Proença.
 
Procurado por IMPRENSA, Bueno não foi localizado até a conclusão dessa nota.
 
Veja o vídeo:
 
 
 
Fonte: Brasil 247

O oligarca José Sarney bateu retirada do parlamento, segundo nota.

O senador José Sarney (PMDB-AP), de 84 anos, informou na noite desta segunda-feira (23) que irá se aposentar. Em nota divulgada por sua assessoria em que manifestou-se a respeito do episódio ocorrido ontem em Macapá, durante evento do Minha Casa Minha Vida, em que foi hostilizado, o parlamentar, que já foi presidente do país, anunciou a sua saída da vida político-partidária.
 
José Sarney assumiu seu primeiro cargo eletivo em 1955, como deputado federal. Ele teria mais dois mandatos na Câmara. Depois foi governador do Maranhão e senador pelo Estado por três vezes consecutivas antes de chegar à Presidência da República, no lugar de Tancredo Neves, em 1985. Após o fim do mandato, ele voltou ao Senado: elegeu-se pelo Amapá nas eleições de 1990, 1998 e 2006. O parlamentar presidiu o Senado por quatro vezes. A última delas, entre 2011 e 2013.
 
“Essa decisão já estava tomada, comuniquei isso ao meu partido na semana passada. Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, declarou. Sarney tem acompanhado de perto as idas e vindas da esposa, Dona Marly, aos hospitais em repedidas cirurgias e lentos processos de recuperação, em casa, como ocorre atualmente. Ele confirma presença na Convenção do PMDB na próxima sexta-feira, dia 27. E diz também que irá participar das eleições deste ano, não como candidato, mas ajudando de todas as formas, ao inúmeros amigos e aliados que estarão na disputa. 
 
Leia a nota:
 
“Nota à Imprensa
 
O senador José Sarney (PMDB-AP) manifestou-se, agora há pouco, a respeito do episódio ocorrido nesta segunda-feira (23) em Macapá, por ocasião do evento do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, em que foi hostilizado por militantes partidários de declarada oposição a ele.
 
Era esperado que isso pudesse ocorrer, diz, primeiro pelo acirramento do pleito eleitoral que se avizinha, segundo, pela própria mobilização feita com esse propósito, fato este do conhecimento de todos. Sarney diz ter sido convidado pessoalmente pela amiga e aliada Dilma Rousseff, presidente do Brasil e entusiasta do programa de habitação popular iniciado ainda na gestão de Luís Inácio Lula da Silva, outro companheiro de sua estima. Sarney foi, mais uma vez, diplomático, seguiu o protocolo que o evento exigia, para prestigiar a amiga Dilma e os amapaenses beneficiados pelo programa.
 
Diz também ter recebido no evento – como ocorre por onde quer que vá no país e fora dele – o carinho e a consideração de brasileiros que reconhecem a importância de seu papel na condução do país à redemocratização. “Lá mesmo, na festa da presidente Dilma, muitas pessoas aplaudiram, espontaneamente, a minha presença e a ajuda que tenho dado ao Brasil e ao Estado”, acrescenta o ex-presidente.
 
O senador, de 84 anos, também confirmou aquilo que seus amigos mais próximos e os aliados em Macapá foram comunicados na semana passada, de que não vai disputar a reeleição para o Senado em outubro próximo. “Essa decisão já estava tomada, comuniquei isso ao meu partido na semana passada. Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, declarou.
 
Sarney tem acompanhado de perto as idas e vindas da esposa, Dona Marly, aos hospitais em repedidas cirurgias e lentos processos de recuperação, em casa, como ocorre atualmente.
 
Ele confirma presença na Convenção do PMDB na próxima sexta-feira, dia 27. E diz também que irá participar das eleições deste ano, não como candidato, mas ajudando de todas as formas, ao inúmeros amigos e aliados que estarão na disputa. Também será a ocasião para se dirigir aos correligionários e simpatizantes, bem como aos cidadãos e cidadãs de bem do Amapá, a quem nutre “profunda gratidão”.
 
Fonte: Brasil 24/7

segunda-feira, 23 de junho de 2014

ATENÇÃO: Movimentos Sociais, Juristas e acadêmicos lançam manifesto em favor da Política Nacional de Participação

 
Movimentos sociais, juristas e entidades lançaram um manifesto de apoio e defesa à Política Nacional de Participação Social. Lançada no final de maio, a política nacional é uma resposta às mobilizações de junho e tem o objetivo de fortalecer e articular mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo entre o Estado e a sociedade civil.
 
Para os movimentos, a presidenta Dilma Rousseff, ao assinar decreto que cria mecanismos de participação social na administração pública, através de conselhos populares consultivos, fez sua obrigação de regulamentar o que a Constituição Federal prevê desde 1988.
 
O manifesto aponta que “o decreto contribui para a ampliação da cidadania de todos os atores sociais, sem restrição ou privilégios de qualquer ordem, reconhecendo, inclusive, novas formas de participação social em rede.”
 
Os movimentos reagem ao que chamam de “histeria geral da direita, nos seus meios de comunicação e no parlamento”, referindo-se à parlamentares e setores da sociedade que são contra a iniciativa do governo.
 
Em defesa do decreto, os movimentos coletam assinaturas pela internet até o dia 25 de junho, quando serão entregues ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros. Além disso, sugere que sejam enviadas mensagens diretamente ao presidente do Congresso.
 
Leia a Íntegra do manifesto em favor da Política Nacional de Participação Social
 
“Em face da ameaça de derrubada do decreto federal n. 8.243/2014, nós, juristas, professores e pesquisadores, declaramos nosso apoio a esse diploma legal que instituiu a Política Nacional de Participação Social.
 
Entendemos que o decreto traduz o espírito republicano da Constituição Federal Brasileira ao reconhecer mecanismos e espaços de participação direta da sociedade na gestão pública federal.
 
Entendemos que o decreto contribui para a ampliação da cidadania de todos os atores sociais, sem restrição ou privilégios de qualquer ordem, reconhecendo, inclusive, novas formas de participação social em rede.
 
Entendemos que, além do próprio artigo 1º CF, o decreto tem amparo em dispositivos constitucionais essenciais ao exercício da democracia, que prevêem a participação social como diretriz do Sistema Único de Saúde, da Assistência Social, de Seguridade Social e do Sistema Nacional de Cultura; além de conselhos como instâncias de participação social nas políticas de saúde, cultura e na gestão do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (art. 194, parágrafo único, VII; art. 198, III; art. 204, II; art. 216, § 1º, X; art. 79, parágrafo único).
 
Entendemos que o decreto não viola nem usurpa as atribuições do Poder Legislativo, mas tão somente organiza as instâncias de participação social já existentes no Governo Federal e estabelece diretrizes para o seu funcionamento, nos termos e nos limites das atribuições conferidas ao Poder Executivo pelo Art. 84, VI, “a” da Constituição Federal.
 
Entendemos que o decreto representa um avanço para a democracia brasileira por estimular os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a considerarem espaços e mecanismos de participação social, que possam auxiliar o processo de formulação e gestão de suas políticas.
 
Por fim, entendemos que o decreto não possui inspiração antidemocrática, pois não submete as instâncias de participação, os movimentos sociais ou o cidadão a qualquer forma de controle por parte do Estado Brasileiro; ao contrário, aprofunda as práticas democráticas e amplia as possibilidades de fiscalização do Estado pelo povo.
 
A participação popular é uma conquista de toda a sociedade brasileira, consagrada na Constituição Federal. Quanto mais participação, mais qualificadas e próximas dos anseios da população serão as políticas públicas. Não há democracia sem povo.
 
Para aderir, acesse: goo.gl/LRcdut
 
Já assinaram:
 
Fábio Konder Comparato – Professor Emérito da Faculdade de Direito da USP e Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra.

Fábio Nusdeo – Professor Catedrático Aposentado da Faculdade de Direito da USP.

Calixto Salomão Filho – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP e Professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Science Po).

Gilberto Bercovici – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP.

Cézar Brito - Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.

Celso Fernandes Campilongo – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP.

Heleno Taveira Torres – Professor Catedrático da Faculdade de Direito da USP.

Adrian Gurza Lavalle – Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer - Professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Diogo Rosenthal Coutinho – Professor Associado da Faculdade de Direito da USP.

Conrado Hübner Mendes – Professor da Faculdade de Direito da USP.

Sheila C. Neder Cerezetti - Professora da Faculdade de Direito da USP.

Fábio Sá e Silva - Professor da Universidade de Brasília (UnB).

Robson Sávio Reis Souza - Professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Luiz Carlos Castello Branco Rena - Professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Geraldo Prado - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ricardo Lodi Ribeiro - Professor do Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Wagner de Melo Romão - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.

Ricardo André de Souza - Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

Marcelo Semer - Juiz de Direito - Associação Juízes para a Democracia.

Roberto Rocha Coelho Pires - Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Ana Cristina Borba Alves - Juiza de Direito - Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Célia Regina Ody Bernardes - Juiza Federal - Tribunal Regional Federal da 1a Região.

José Geraldo de Sousa Junior - Professor da Faculdade de Direito e ex-Reitor da Universidade de Brasília (UnB).

Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto - Desembargador do TRT de Minas Gerais e Professor da Escola Superior Dom Helder Câmara.

Simone Castro - Procuradora da Fazenda Nacional - Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional da 3a Região.

Daniel Pitangueira de Avelino - Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Valdemir Pires - Professor da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP).

Wagner Pralon Mancuso - Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Kennedy Piau Ferreira - Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Regina Claudia Laisner - Professora da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP).

Simone Dalila Nacif Lopes - Juiza de Direito - Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Fontes:
Correio do Brasil e Carta Maior
 

    

sábado, 21 de junho de 2014

"Direita Militante" irá radicalizar eleição, diz Gilberto Carvalho



Os xingamentos contra Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo são ilustrativos de um fenômeno que o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, acredita ter se alastrado pelo Brasil. Uma parcela expressiva da sociedade, diz ele, está tomada por ódio.
Pessoas que, pelas redes sociais e por alguns meios de comunicação, propagam intolerância em relação ao governo petista, às ações federais dirigidas às camadas populares e à relativa ascensão social dos mais pobres. É uma atitude que o ministro entende estar estimulando um racha social no País, e que marcará a iminente campanha presidencial, a mais dura para o PT desde a chegada do partido ao poder em 2003, na opinião dele.
Um dia antes dos xingamentos, Carvalho recebeu CartaCapitalpara uma entrevista sobre um tema que gerou enorme polêmica justamente por conta daquilo que o ministro identifica como produto de ódio e elitismo. Um decreto presidencial assinado no fim de maio determina que os órgãos federais devem ter como regra ouvir a sociedade na elaboração, execução e supervisão de políticas públicas.
Em outras palavras, que de fato levem em conta o que é proposto em conselhos, comissões e conferências criados e reconhecidos pelo Estado, assim como também levem a sério o que é dito em audiências públicas e em futuros fóruns constituídos na internet exclusivamente com esta finalidade.
O que o governo chama de avanço da democracia, via ampliação da participação social na vida nacional, foi encarado de forma radicalmente oposta por grupos que Carvalho classifica de “direita militante”. Para esses brasileiros, o decreto é um atentado à democracia, a usurpar atribuições do Congresso e a dar poder a pessoas – os integrantes de conselhos, comissões, conferências – sem voto, isto é, sem legitimidade.
Trata-se, sustentam tais críticos, de um decreto “bolivariano”, evocação do governo socialista da Venezuela, visto pela “direita militante” como antidemocrático, em que pese ser este o país que provavelmente mais realizou eleições e plebiscitos no século XXI. “Nos acusam de ser um risco para a democracia, quando é o contrário”, afirma Carvalho. “Nos acusam de dividir a sociedade, mas quem planta essa divisão é quem prega o ódio.”
Líderes de partidos de oposição, um ministro e um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, juristas e colunistas políticos de tradicionais veículos de comunicação estão entre os responsáveis pelos mais duros ataques ao decreto. Em geral simpatizantes dos principais presidenciáveis da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), tais críticos, diz Carvalho, parecem ignorar que, juntos, os estados hoje governados por afilhados de ambos, Minas e Pernambuco, têm juntos mais conselhos de representantes da sociedade do que o Planalto.
O bombardeio ao decreto e a disseminação da ideia de que os parlamentares levaram o presidente do Congresso, Renan Calheiros, fiel aliado de Dilma, a cobrar da presidenta que desista da ideia e discuta a proposta na forma de uma lei a ser votada por deputados e senadores. Recuo que Dilma não está disposta a fazer, segundo Carvalho, o idelizador do decreto.
A seguir, a íntegra da entrevista concedida pelo ministro, cujos principais trechos foram publicados na edição 804 de CartaCapital.
Clique no link abaixo para lê a estrevista completa:

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Vitória com Dilma: Sancionada a periculosidade para trabalhadores motociclistas, motoboy e motofretista do Brasil


A presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, lei que acrescenta o parágrafo 4° ao artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Projeto de Lei 2865/2011 adiciona 30% ao salário das profissões de mototaxista, motoboy, motofretista e de serviço comunitário de rua por considerá-las perigosas.
A aprovação do Projeto de Lei no Congresso Nacional contou com o apoio do governo federal, que criou uma mesa de negociação com a categoria no início deste ano, sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência e do Ministério do Trabalho e Emprego. Para o ministro Gilberto Carvalho, a lei faz parte de um processo civilizatório e resgata a dignidade dos trabalhadores.
De acordo com o Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo (Sindimoto/SP), a categoria abrange cerca de dois milhões de trabalhadores em todo o país. Gilberto dos Santos, do Sindimoto/SP, um dos principais articuladores para a aprovação do projeto, afirma que o adicional é uma reivindicação antiga e que a assinatura é um momento único para a categoria. Ele considera que o cenário está mudando para os motociclistas, que passam a se sentir cada vez mais cidadãos. Santos aponta também que os acidentes devem diminuir com a maior regulamentação da profissão.
“Na medida que a categoria vai se regulamentando, vai sendo reconhecida como uma categoria de extrema importância, vai começando a ter os benefícios que outras categorias já têm, a tendência é que acidentes venham na contramão da história, diminuindo.”
Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), lembrou que as metrópoles brasileiras não funcionam mais sem motoboys, e no Norte e no Nordeste os mototáxis e motoboys estão cada vez mais presentes na vida urbana.
“Esse é o início do compromisso da regulamentação dessa categoria, é um indicativo. Queremos mais capacitação, mais qualificação, mais proteção. Queremos mais vida para os motoboys. E é isso que estamos iniciando aqui num procedimento formal, mas que tem significado emblemático para nossa juventude.”
O senador Marcelo Crivella, autor da lei, espera que com a medida os motociclistas usem o dinheiro extra para investir em equipamentos de segurança e qualificação. Ele considera que é preciso também lutar para aumentar a segurança das motocicletas e melhorar o comportamento no trânsito.

Após xingamentos dos "coxinhas", Dilma permanece na dianteira e vitoriosa no 1º turno, segundo pesquisa CNI/Ibope


A presidente Dilma Rousseff aparece com 39 por cento das intenções de voto, seguida por Aécio Neves (PSDB), com 21 por cento, mostrou nesta quinta-feira pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em terceiro lugar aparece Eduardo Campos (PSB), com 10 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
O levantamento anterior do Ibope, encomendado pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo e divulgado dia 10 de junho, mostrava Dilma com 38 por cento das intenções de voto, seguida por Aécio, com 22 por cento, e Campos, com 13 por cento.
Foram ouvidos 2.002 pessoas, entre os dias 13 e 15 de junho, em 142 municípios do país.
Fonte: YAHOO! Notícias

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Você é um "coxinha"??? Saiba o que significa essa coisa!!!

Nas redes sociais várias pessoas chamam os anarquistas, racistas, fascistas, homófonos, preconceituosos, direitistas, porra-loucas, caluniadores e difamadores do termo "coxinha" e tem muitas pessoas que chamam e as que são chamados ainda não sabem o que significa esse tipo de gente ou doença (tem cura).
 
O nosso blog posta um vídeo. onde o nosso camarada Benvindo Sequeira, faz uma análise perfeita e esclarece quem é realmente esse "coxinha" famoso nas redes.
 
Veja abaixo:
 
 

Fonte: You Tube

sábado, 14 de junho de 2014

Atenção coxinhas e vira-latas podem vaiar, Dilma decide ajudar os sem-teto em Itaquera

Por Lúcia Rodrigues, no blog Viomundo:
 
A decisão da presidenta Dilma Rousseff de construir duas mil unidades habitacionais na ocupação Copa do Povo, em Itaquera, zona leste da capital paulista, deixou os sem teto que vivem no acampamento, radiantes. “Quero dar um beijo na boca dela. Eu tô sendo sincero. Não tô brincando. A Dilma tá de parabéns”, vibra Jailton Jaime Albuquerque Diógenes, 22.
Desempregado e sem condição de pagar um aluguel, o soldador Jailton viu na Copa do Povo sua tábua de salvação. Resolveu entrar no terreno, depois de ter sido alertado pela mãe e avó de que várias pessoas participariam da ocupação. A própria avó e a irmã dele, também ocupam outros barracos. “Eu vim com pensamento positivo. Enfrentamos chuva e frio, mas valeu a pena. Agora vou ter onde morar”, comemora.

“Fui eu que construí esse barracão”, aponta satisfeito para o local onde ocorrem as reuniões do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que coordena a ocupação. Jailton também montou uma pequena horta de plantas medicinais, que os sem teto chamam de farmácia popular.

Na Copa do Povo praticamente tudo é coletivo: banheiro, cozinha. Apenas os barracos com chão de terra batido, cobertos e forrados com plásticos pretos, onde os sem teto dormem, são privativos. Na maioria deles, só cabe uma cama. Alguns moradores cobrem os colchões com plásticos para evitar que a chuva molhe a espuma durante o período em que estão fora de casa.

Solidariedade

Quem está desempregado, ajuda nas oito cozinhas comunitárias distribuídas pelo acampamento. Rafael Leite, 25, pai de Kimberlly,de um ano e sete meses, levantou cedo para levar a filha na creche e correr para preparar o café da manhã de outras crianças e sem teto que vivem no acampamento. “Eu faço café da manhã, almoço. Cada um ajuda um pouquinho”.

Ele conta que algumas padarias doam pãezinhos. As outras refeições também dependem de doações: “arroz, feijão, tudo é doado”.

Sobre a decisão do governo federal de construir moradias populares no acampamento, ele brinca: “O terreno tava abandonado há 30 anos. A gente lutou muito, batalhou e agora sai essa notícia de que a gente ganhou o nosso pedacinho de chão. Agora é só felicidade. Vamos esperar sair os nossos apês”, afirma rindo.

Outra que não continha a alegria, era a aposentada Márcia Belarmina da Paixão, 51. Há 20 anos em São Paulo, a pernambucana sempre morou em favelas. Veio para a Copa do Povo porque o barraco onde vivia no Jardim Colonial corre risco de desmoronar. “Já perdi seis vezes a casa. O barro cai em cima e desmorona, é de madeira. Muita gente doou coisas, mas eu fui perdendo, perdendo. Já perdi tudo”, conta entristecida.

Quando estava na ativa, Márcia trabalhava como doméstica. O baixo salário não permitiu que o sonho da casa própria se concretizasse. “O dinheiro nunca deu pra comprar. Dilma eu te amo!”, exclama ao se referir à autorização, para a construção das moradias, dada pela presidenta.

Respiração ofegante e pernas inchadas não tiram dela a gana de conquistar o primeiro endereço, para ela, marido e três filhas. “Todos nós merecemos uma moradia digna. Lá onde eu vivo, não tem correspondência (correio não passa). Também tô muito feliz porque têm moradores de rua que estão vivendo aqui, vão conquistar uma casinha”, frisa. “Se eu pudesse chegar na Dilma, eu ia até lá (Brasília), pra dizer que eu amo ela.”

Ajoelhou para agradecer

A desempregada Dalva Souza, 37, conta que ficou tão emocionada quando recebeu a notícia, que chegou a ajoelhar no chão e chorar. “Abracei minha Vitória (a filha de um ano e meio) e agradeci a deus de joelhos. Chorei, bati os joelhos no chão. E tem de agradecer a Dilma também”, enfatiza.

Ela já teve casa, mas perdeu o imóvel quando se separou do marido. “Ajudei a construir e fui expulsa”, conta com os olhos marejados. Para ajudar no orçamento da nova família, Dalva toma conta de Gustavo, um menino da mesma idade de Vitória, filho de um casal de moradores do acampamento que trabalham.

No início da manhã desta terça, 10, ela levou o garoto para comer pão com manteiga em uma das cozinhas da ocupação. Quem serviu o bebê foi o cozinheiro desempregado, Daniel Lima Custódio, 25. O rapaz tem sobrevivido com o seguro-desemprego que recebe do último serviço.

Antes de mudar para a Copa do Povo, ele morava no Carrão, também na zona leste, mas o preço do aluguel, o trouxe para Itaquera. Daniel ficou sabendo da ocupação pela sogra. “Gosto mais dela, do que da minha mulher”, brinca.

A precariedade do acampamento não tira o ânimo dele. “Tomo banho frio, mesmo, não tem luz…” Na maior parte do acampamento não existe energia elétrica. Ele explica que para iluminar os barracos e as cozinhas à noite, os sem teto usam lanternas, lampiões e velas, de vez em quando, por causa do risco de incêndio.

Preocupado com a limpeza do ambiente, ele varre o chão de terra batido durante a conversa com a reportagem de Viomundo. A cozinha que administra, além de dois fogões e mesas, também tem um quadro emoldurado de uma paisagem pendurado em uma das madeiras que sustentam a estrutura. A água para lavar as louças é trazida em garrafas pet, que ele começa a organizar assim que termina de varrer o chão.

Um cartaz no interior do cômodo informa o horário em que as refeições são servidas. Café da manhã, das 8h às 10h, almoço, das 13h às 15h, café da tarde, das 16h às 17h, e janta, das 20h às 21h.

Baiano de Vitória da Conquista, o jovem conta que sempre pagou aluguel em São Paulo, onde vive há 18 anos. Mais reticente do que os colegas sem teto, Daniel afirma que “tava mais do que na hora de resolver o problema. Porque pra gastar bilhões em estádios, tem. Lá na Bahia o governo constrói casas, rapidinho, não é que nem o governo de São Paulo”, alfineta.

Vizinhos do Itaquerão

“Se algum gringo vier assistir o jogo no Itaquerão e quiser dormir no meu barraco, pode vir”, afirma Daniel ao oferecer solidariamente a habitação.

A maioria dos entrevistados pela reportagem do Viomundo é corinthiana e está duplamente alegre com a decisão do governo federal. Ao mesmo tempo em que vão conquistar um teto, se tornam praticamente vizinhos do estádio do time do coração.

“Sou corinthiana fanática. É um privilégio morar aqui. À noite nos dias de jogos, o Itaquerão fica todo iluminado”, revela a desempregada Gisleine Cristina dos Santos, 24, mãe de um menino de um ano e quatro meses.

Solteira, ela deixa a criança com mãe do pai criança, enquanto espera pelo teto. “Quando eu trabalhava, ganhava o salário mínimo e pagava R$ 350 de aluguel. Não dava pra me manter. Agora, não pagando aluguel vai dar. Vou conseguir arrumar um emprego. Deus abençoe a Dilma.”

“Nossa luta não é contra a Copa, contra o futebol, mas contra o dinheiro que foi gasto”, ressalta o corinthiano Daniel Rodrigues de Carvalho, 32. Desempregado, faz bicos como motorista de van esporadicamente. O orçamento minguado também o empurrou para a Copa do Povo. Assim como os demais sem teto, ele ocupa um dos milhares de barracos erguidos ao longo do terreno íngreme, que quando chove torna-se um perigo para quedas.

Ele recorda que frequentava o terreno, que deve se transformar em sua moradia, desde criança. “A gente vinha jogar bola no campo de futebol. Caçava passarinhos. Peguei uns tico-ticos aqui. Estou muito feliz com a notícia. É uma sensação de satisfação, de felicidade”, fala com os olhos marejados. “Conseguimos uma vitória, mas a guerra não acabou. A luta contínua”, pondera.
 
Fonte: Blog do Miro

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Sobre calúnias, difamações e injúrias, Dilma terá vitória no 1º turno, aponta última pesquisa



A presidenta Dilma Rousseff venceria a eleição no primeiro turno e governaria o Brasil por mais quatro anos se o pleito fosse hoje, segundo pesquisa Vox Populi/Carta Capital. O levantamento foi publicado nesta quarta-feira (11).
Dilma vence eleição no primeiro turno, aponta Vox PopuliDilma vence eleição no primeiro turno, aponta Vox Populi A pesquisa indica um crescimento de Aécio Neves (PSDB) e a manutenção da preferência por Eduardo Campos (PSB).

Na pesquisa estimulada, com os nomes dos pré-candidatos colocados, Dilma tem 40% das intenções de voto — mesmo patamar de abril de 2014, última pesquisa do Vox Populi. O senador tucano Aécio Neves (MG) subiu de 16% para 21% em junho. Já o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos manteve os 8% registrados em abril.

O quarto em intenções de voto é o pastor Everaldo (PSC), que tem 2% da preferência do eleitorado — mesmo nível de abril. Pela primeira vez, José Maria Marin (PSTU) pontuou na pesquisa e aparece com 1%. Os demais candidatos — Randolfe Rodrigues (Psol), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV), Mauro Iasi (PCB) e Denise Abreu (PTN) — não atingiram 1% dos votos.

Os eleitores que disseram que votariam em branco ou nulo são 14% agora — contra os 15% registrados em abril. Já os indecisos são 14% — contra 18% de abril.

Vitória no primeiro turno
A pesquisa Vox Populi/Carta Capital indica vitória de Dilma no primeiro turno porque a diferença entre a intenção de voto de Dilma (40%) e supera a soma dos demais candidatos (32%) considerando a margem de erro, de 2,1 pontos porcentuais.

O instituto entrevistou 2.200 eleitores de 161 cidades entre os dias 31 de maio e 1º de junho. O estudo está registrado na Justiça Eleitoral com o número BR-00156/2014.

Fonte:
Blog do Marden Ramalho

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Futebol é coisa de comunista!

(Sócrates comemora gol com sua tradicional
saudação de punho cerrado. Foto: Irmo Celso)
 
Não, não sou eu quem está dizendo isso: é a amalucada direita norte-americana, eterna fonte de inspiração da direita tupiniquim e de risadas para nós. Mais de 20 anos após a queda do muro de Berlim, parece não haver fim para a paranóia anti-comunista nos Estados Unidos, e o futebol não poderia ficar de fora sinal de que o velho e bom socialismo ainda incomoda muita gente, até na maior nação capitalista do planeta.
 
Mas veja se não é hilário. Os direitistas gringos apontam inclusive a razão pela qual o esporte não faz sucesso nos EUA, ao contrário do mundo inteiro: porque soccer é praticamente sinônimo de socialismo! E você que achava que aquela grana toda que ganha o Neymar era puro capitalismo… Sigam o “raciocínio”:
 
 Futebol é um esporte coletivo e todos no time são estimulados a agir como grupo, não como indivíduos. Ahá, típico!
 Futebol é o único esporte que é jogado com os pés em vez das mãos. (Não entendo bem qual a relação com o socialismo, mas OK).
 Futebol é o único esporte com um grande número de torcedores proletários que costumam destruir a propriedade privada quando seus times perdem (o preconceito de classe não poderia faltar, claro).
 Futebol é o único esporte que pode terminar sem vencedores e perdedores. Quer algo mais socialista do que isto?
 Por último: a taça FIFA é igualzinha ao Emmy, e todo mundo sabe que Hollywood é socialista (ahn?).
 
Se você pensa que eu inventei, leia o original aqui. E assista abaixo este vídeo incrível onde um cara diz que futebol é “o caminho para o socialismo” e, inclusive, pecado (trata-se de uma paródia à estupidez da direita). “Futebol é contra Deus. Isso não pode ser chamado esporte. Só porque tem uma bola?” Com Barack Obama no poder, diz essa gente, o futebol ganhará a América, porque o presidente é… socialista. Sei.
 
 
Lamentavelmente, pelo menos para mim, essas histórias não passam de teoria da conspiração. Acredito que a paranoia tenha começado com a histórica partida entre Inglaterra e Hungria em 25 de novembro de 1953, no estádio de Wembley, considerado o jogo capitalistas X comunistas do século. O comunismo, ops, a Hungria ganhou por 6 a 3, com dois gols do lendário Puskas. Meses depois, novamente os húngaros goleariam os ingleses por 7 a 1 em Budapeste. Um baque que o império britânico levaria anos para digerir.
 
 
Mas dizer que o futebol é socialista em si, como faz o conservadorismo norte-americano, é uma bobagem sem tamanho se pensarmos na trajetória das duas Alemanhas, a Ocidental e a Oriental, no esporte. A capitalista sempre se saiu melhor no futebol, até porque os comunistas preferiam investir (tcharã!) em esportes indviduais para você ver como as teorias reaças não resistem a cinco minutos de pesquisa. As diferenças políticas, porém, resultaram em belos duelos em campo também no futebol.
 
Fora da cortina-de-ferro, na verdade sempre houve atletas e treinadores simpatizantes do socialismo no futebol reação natural, eu diria, diante da crescente mercantilização do esporte. Na mesma Inglaterra, o treinador Bill Shankly, que levou o Liverpool da segunda divisão para o tricampeonato nos anos 1970, era um socialista militante. “O socialismo em que eu acredito não é realmente política, é uma maneira de viver. É humanismo. Acho que a única maneira de viver e ter realmente sucesso é pelo esforço coletivo, com todo mundo trabalhando junto, se ajudando e compartilhando a recompensa no final. Assim eu vejo o futebol e assim eu vejo a vida”, dizia Shankly. É ou não é para a reaçada viajar na maionese?

(O treinador do Liverpool Bill Shankly)
O treinador do Liverpool Bill Shankly

Outros nomes célebres do futebol também demonstraram simpatia pelas teses da esquerda. O argentino Diego Maradona, amigo de Fidel e Chávez, tatuou Che Guevara no braço e está comentando a Copa para a venezuelana Telesur. O programa tem o sugestivo nome de De Zurda (de canhota) e Maradona já estreou atacando a cartolagem. “A FIFA leva 4 bilhões de dólares com a Copa. O país campeão fica com 35 milhões de dólares. Está errado isso. A multinacional está acabando com a bola. Você, Blatter, não faz nada e está rico. Não é como Bill Gates, que trabalha. Você não faz nada!” Um craque.
 
Sócrates e sua “democracia corintiana”, nos anos 1980, deram a mais importante contribuição da esquerda ao futebol brasileiro, nos estertores da ditadura militar. Os atletas conseguiram que todas as decisões do clube fossem votadas pelo grupo, em uma espécie de autogestão inédita no futebol. O doutor costumava dizer: “Sou socialista e morrerei socialista”. O punho cerrado na hora de comemorar mais um gol não era por acaso.
 
(João Saldanha, o comunista que treinou a seleção)
(João Saldanha, o comunista que treinou a seleção)

Não poderia esquecer do jornalista João Saldanha, militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro) que foi demitido pelo general Emilio Médici do cargo de treinador da seleção que se sagraria tricampeã do mundo no México, em 1970. Autor de Quem Derrubou João Saldanha, o jornalista Carlos Vilarinho sustenta que o técnico, amigo de Carlos Marighella, se transformara em um incômodo para o regime, e por isso foi defenestrado já com o time escalado. Segundo Vilarinho, só Pelé não o apoiou (leia mais aqui). Quem se surpreende?
 
A origem do nome e da camisa vermelha do Sport Club Internacional é controversa: a versão oficial é que se inspirou em um time de São Paulo chamado Internacional. Mas há quem assegure que é uma homenagem à Internacional Socialista, e a escolha do vermelho para a camiseta não seria à toa. Fato é que alguns torcedores do time gaúcho costumam desfraldar no Beira-Rio uma versão da bandeira do Inter com a foice e o martelo.
 
(Bandeira turbinada do Inter)
(Bandeira turbinada do Inter)

A proliferação de torcidas fascistas na Itália (como a do Lazio), fez com que o país se tornasse pródigo em estrelas vermelhas do futebol, naturalmente anti-fascistas. Jogador do Perugia, Paolo Sollier se tornou famoso pelo livro Calci e sputi e colpi di testa, publicado em 1976, onde falava de sua militância na Vanguarda Operária e do futebol, sob um ponto de vista de esquerda. Sua saudação com o punho cerrado lhe rendeu antipatia de torcedores do próprio time.  “Encontrei poucos jogadores para falar de política. Dos grandes daquela época (anos 1970), só Gianni Rivera (do Milan, hoje deputado) mostrou interesse: sua atividade pós-futebol confirma que tinha uma boa cabeça. Dos outros, nenhuma notícia.”

sollier

Cristiano Lucarelli, chamado de “o goleador dos humildes”, também fã de Che Guevara como Maradona, surgiu no Perugia e atuou no Livorno, cidade e time com tradição comunista: lá nasceu o PCI, o Partido Comunista Italiano. Lucarelli, filho de estivador e militante de esquerda, cresceu treinando futebol durante o dia e lendo o Manifesto Comunista à noite. Em 1997, foi banido da seleção italiana sub-21 por mostrar uma camiseta do Che por baixo do uniforme ao comemorar um gol. Em 2003, recusou convites milionários para jogar no Livorno. “Para alguns, um sonho é ser milionário, comprar uma Ferrari, um iate. Para mim o melhor da vida seria jogar em Livorno”, disse. Olé.

(Cristiano Lucarelli com a camisa do Che que lhe custou a convocação para a seleção)
(Cristiano Lucarelli com a camisa do Che que lhe custou a convocação para a seleção)

Recentemente, a animada torcida do pequeno Omonoia, do Chipre, tem se destacado por suas manifestações pró-comunistas. De repente, não mais que de repente, brota uma foice e um martelo nas arquibancadas. Ah, se fosse nos Estados Unidos…


E não podemos esquecer a homenagem que o Madureira fez, no ano passado, a Che Guevara, lançando camisetas do time com a estampa do guerrilheiro argentino. Em 1963, o Madureira foi o primeiro time brasileiro a visitar Cuba, e os jogadores foram recebidos pelo Che em pessoa. A camiseta foi a mais vendida da história do clube, provando que o socialismo é mesmo imbatível em estamparia.

madureira

Para fechar, este depoimento de Dejan Petkovic a Ana Maria Braga. Nascido na Sérvia, ex-Iugoslávia, o jogador radicado no Brasil não esconde suas simpatias políticas. Plim-plim.
 
 
Em resumo: sim, há comunistas no futebol, mas eles são infelizmente exceção e não a regra. Se a teoria dos conservadores abilolados fosse correta, talvez o esporte não tivesse se distanciado tanto da “arte” para se tornar apenas uma mina de ouro, talvez não tivessem feito tantas barbaridades para fazer a Copa no Brasil e talvez os atletas conseguissem concatenar melhor as ideias quando se trata de falar de política. Não é mesmo, Ronaldo?
 
Fonte: Blog Socialista Morena