quarta-feira, 29 de março de 2023

Pelo 14º ano, o Brasil é o país com mais assassinatos de pessoas trans


Há quatorze anos, o Brasil se mantém em primeiro lugar no ranking dos países que mais assassinou Trans do mundo. No ano de 2022 foram registrados 131 assassinatos de pessoas Trans. Conforme a Rede Trans Brasil, 22 assassinatos foram registrados só no primeiro bimestre do ano de 2023. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA, 2022) denuncia que enquanto a expectativa de vida da população geral é de 74,9 anos, a das pessoas Trans é de 35 anos de idade. Importa lembrar o alto índice de subnotificação decorrente da omissão do Estado, da ausência de registros específicos e bancos de dados nacionais, da transfobia institucional, do não respeito às identidades de gênero das travestilidades e transexualidades nas ocorrências, etc.

Quem não lembra dos gritos, risos e do assassinato violento contra Dandara do Santos em 2017? Não basta uma pedrada, uma facada, um tiro, o transfeminicídio é a expressão mais potente das relações cis-heteropatriarcais de gênero. Nos assassinados de pessoas Trans, os corpos são violentamente deformados, as mortes ocorrem recorrentemente com requintes de crueldade.

Segundo a ANTRA (2022), além dos assassinatos, as principais formas de violação de direitos humanos contra Trans são: ameaça online e presencial, violência física, violência doméstica/no ambiente doméstico, transfobia direta em atendimento de saúde, violência contra profissional do sexo, negativa de acesso a espaços públicos, negativa de emissão de identidade com nome social e de uso do nome social, violações por agentes de segurança pública, negligência médica ou omissão de socorro, demissão motivada pela identidade de gênero e/ou transfobia, transfobia em processo seletivo, dentre outros.

Segundo a Rede Trans Brasil, atualmente, no primeiro bimestre de 2023, o Ceará é o estado brasileiro que registrou maior número de assassinatos de pessoas Trans (3 mortes de mulheres Trans e 1 morte de um homem Trans). O que se percebe é um acirramento histórico das vulnerabilidades para as/os Trans, da dificuldade para a sua sobrevivência material e subjetiva.

Soma-se a isto a violência estatal no Brasil que expressa: 

a) a censura conservadora das discussões sobre gênero, sexualidade e diversidade nas escolas; 

b) a ausência de campanhas de educação/prevenção da violência transfóbica; 

c) a ausência de projetos, ações e campanhas governamentais sobre educação, empregabilidade, renda, cidadania e segurança para a população trans; 

d) as dificuldades no acesso ou negação de atendimento de pessoas travestis e mulheres transexuais nas Delegacias da Mulher e demais aparelhos de proteção às vítimas de violência doméstica; 

e) a transfobia institucional no acesso à saúde, especialmente no que se refere ao acesso aos procedimentos previstos no processo transexualizador e os cuidados com a saúde mental; 

f) a ausência de casas abrigo para LGBTI que são expulsos de casa, em retorno de migração forçada ou tráfico de pessoas, perseguidos politicamente, e em situação de rua ou por algum outro motivo, não tenha acesso a moradia/local para viver; 

g) a ausência de campos ou informações sobre nome social e identidade de gênero das vítimas no registro das ocorrências; h) a dificuldade no entendimento e na correta aplicação da decisão do STF que reconheceu a LGBTIfobia como crime de racismo; 

i) o não reconhecimento e garantia da proteção através da Lei Maria da Penha ou a tipificação das mortes como Feminicídio (ANTRA, 2020).

Todas essas violações de direitos mostram que o Brasil não é um lugar seguro para as/os Trans. “O Estado não tem sido apenas omisso, mas, também, é agente direto de diversas violações e violências contra pessoas trans” (ANTRA, 2023. p. 41).

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRAVESTIS E TRAVESTIS E TRANSEXUAIS DO BRASIL. Dossiê dos assassinatos e da violência contra Travestis e Transexuais no Brasil em 2022. Benevides, Bruna. (Org.). Brasil, 2023.

______. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRAVESTIS E TRAVESTIS E TRANSEXUAIS DO BRASIL. Dossiê dos assassinatos e da violência contra Travestis e Transexuais no Brasil em 2021. Benevides, Bruna. (Orgs.). Brasil, 2022.

______. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRAVESTIS E TRAVESTIS E TRANSEXUAIS DO BRASIL. Dossiê dos assassinatos e da violência contra Travestis e Transexuais no Brasil em 2019. Benevides, Bruna.; Nogueira, Sayonara (Orgs.). Brasil, 2020.

*Poliana Machado

Doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do Coletivo Camaradas

segunda-feira, 27 de março de 2023

TV Brasil faz programação sobre a ditadura de 1964 e seus ecos no presente

Cristina Serra (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

Tanques nas ruas, população dividida e um presidente da República acuado e sem apoio. Nesse cenário, há 59 anos, se iniciava no Brasil o mais longo e duro período de ditadura do país, que perduraria 21 anos. Nesta semana, a TV Brasil estreia uma programação especial para relembrar um dos períodos mais sombrios da história brasileira. De 27 de março a 2 de abril, a emissora exibe, sempre a partir das 22h, o especial Passado Presente – Semana Ditadura e Democracia.

Serão veiculados sete filmes, um a cada dia da semana. Antes da exibição, será realizado um debate com a mediação da jornalista Cristina Serra e a presença de especialistas e comunicadores. A lista inclui o empresário e youtuber Felipe Neto, a historiadora Heloísa Starling, a ativista Jurema Werneck e o jornalista e escritor, Frei Betto. A curadoria das obras é da cineasta e gerente-executiva de Conteúdo da TV Brasil, Maria Augusta Ramos, e da assessora da Presidência da EBC e futura diretora de Conteúdo e Programação da TV Brasil, Antonia Pellegrino.
Programação

O especial começa na segunda-feira (27) com a exibição de O dia que durou 21 anos. Com o tema "memória, verdade e versões", o youtuber Felipe Neto e a historiadora Ynaê Lopes dos Santos farão a estreia dos debates.

O documentário aborda a participação do governo dos Estados Unidos na preparação do golpe de Estado de 1964, no Brasil. O ponto de partida é a crise provocada pela renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, e prossegue até o ano de 1969, com o sequestro do então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, por grupos armados.

Na terça-feira (28), o historiador Carlos Fico e o jornalista Cid Benjamin debaterão o tema "militares e guerrilheiros" antes do filme Tempo de Resistência - uma análise profunda da luta contra a ditadura militar nos anos 1960 e início dos 1970, a partir dos pontos de vistas de seus integrantes das guerrilhas. O filme acompanha o nascimento de diversos movimentos contra o governo, suas facções e divisões internas, até o contra-ataque da direita e a perseguição aos movimentos de oposição.Na quarta (29), o debate será sobre o "direito de resistir e a cultura", com os historiadores Heloísa Starling e João Cezar de Castro Rocha antes da exibição de Torre das Donzelas.

Quarenta anos após serem presas durante a ditadura militar na Torre das Donzelas, como era chamada a penitenciária feminina, um grupo de mulheres revisita a sua história em relatos carregados de emoção.

O tema de debate da quinta-feira (30) será o "papel da religião nas lutas por direitos" com o jornalista e escritor Frei Betto e o professor Pastor Ariovaldo. Eles vão conversar sobre o filme Batismo de Sangue, ambientado em São Paulo, no fim dos anos 60. À época, o convento dos frades dominicanos tornou-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governava o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito, Beto, Oswaldo, Fernando e Ivo passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella. Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.

A "Amazônia ontem e hoje" será discutida na sexta-feira (31) pela advogada Maíra Pankararu e pela ativista de direitos humanos Sheila de Carvalho, antes da exibição de A flecha e a farda. O filme conta a história da Guarda Rural Indígena, um grupo fundado e treinado pela ditadura brasileira. Em 1970, 80 indígenas marcharam fardados para a cúpula dos militares. Cinquenta anos depois, o filme busca essas pessoas para conhecer suas histórias e suas memórias.No sábado (1º), o tema discutido será "bolsonarismo e 8 de janeiro" com o cientista social Marcos Nobre e o cientista político Bruno Paes Manso antes da exibição de Missão 115.

O filme conta que, em 1981, os brasileiros negociavam uma abertura política, para encerrar uma ditadura que havia começado no golpe civil-militar de 1964. Um grupo de membros dos serviços de segurança, temerosos de que a democracia ameaçasse seus empregos e privilégios, partiu para o terrorismo. Em pouco mais de um ano, cometeram mais de 40 atentados com explosivos. O mais célebre foi durante um show musical pelo Primeiro de maio de 1981, quando explodiu no colo de um sargento do Exército uma bomba que era destinada ao palco onde artistas se apresentavam para 18 mil pessoas, conhecido como Atentado do Riocentro.

A Semana Ditadura e Democracias termina no domingo (1º) com o debate sobre o "sistema de justiça e direitos humanos", com a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, e o antropólogo Luiz Eduardo Soares.

Após a conversa, será exibido o filme Orestes. Usando mito grego de Orestes, que define o momento de instauração da democracia no Ocidente, é feita uma reconstituição da abertura política no Brasil do final da década de 1970. Como Ésquilo, o personagem central da trama, se sairia se sua situação fosse transportada para o fim da ditadura militar?

FONTE: Brasil 247


quarta-feira, 8 de março de 2023

Porta-vozes do garimpo jogam a toalha e querem ‘comboio’ para saída da terra Yanomami

Por Rubens Valente* do Site Pública





Lideranças do Movimento Garimpo Legal (MGL)durante
comissão da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR)

Áudios que circulam em grupos de garimpeiros de Roraima desde o final de semana indicam que os invasores estão sendo orientados, pelos seus próprios porta-vozes e articuladores políticos, a saírem da Terra Indígena Yanomami. Eles querem apoio do governo de Roraima para montar uma “operação” a fim de retirar os garimpeiros. A Agência Pública conversou com um desses operadores políticos, Jailson Reis de Mesquita, que confirmou a orientação: “O nosso pedido é que todos saiam [do território indígena]. Até para evitar qualquer tipo de conflito, de confronto. Até porque o próprio governo federal – é uma grata surpresa para nós – está se dispondo a buscar diálogo […]. Já se fala em buscar novas áreas para realocamento das pessoas. Então não tem por que ninguém ficar lá numa área que não é legalizada se a gente pode buscar o caminho correto”.

Nos áudios, Mesquita afirma que a saída “voluntária” é necessária porque o governo federal vai adotar, depois do dia 6 de abril, prisões e persecução penal para todos os garimpeiros que insistirem em ficar ou que estejam saindo do território indígena. Mesquita é assessor da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Roraima e se identifica como “coordenador político” do Movimento Garimpo É Legal (MGL), grupo que afirma estar mantendo reuniões com representantes dos governos estadual e federal sobre os efeitos da operação de desintrusão dos garimpeiros determinada no final de janeiro, por decreto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a constatação de centenas de mortes de Yanomami por causas evitáveis, como desnutrição e malária.

Mesquita disse à Pública que o MGL hoje representa “uma totalidade de todos os garimpeiros, nós nos tornamos a voz de todos os garimpeiros de Roraima. Inclusive a nossa missão nesse ‘pós garimpo’ é organizar as associações como manda o artigo 174 da constituição, vamos reorganizar as cooperativas que estão totalmente irregulares, vamos tentar ajustar todas as instituições necessárias”.

Em seu perfil no Facebook, o empresário Rodrigo Martins de Mello, o Cataratas, aparece como “coordenador-geral” do MGL. Cataratas é alvo de diversas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em Roraima por conexões com o garimpo. Em 2021, ele foi multado em R$ 1,9 milhão pelo Ibama por problemas relacionados à sua empresa de táxi aéreo, incluindo “armazenamento de combustível e funcionamento de heliponto e ponto de abastecimento de maneira irregular”, conforme a Pública divulgou no ano passado.

Em 2022, Cataratas foi candidato derrotado a deputado federal pelo partido de Bolsonaro, o PL. No último dia 15, a Justiça Federal de Roraima rejeitou, pela sexta vez, um pedido de prisão do empresário, que nega qualquer relação com o garimpo ilegal na terra Yanomami.

A retirada dos garimpeiros agora orientada pelos articuladores políticos é um sinal de que a operação de desintrusão da terra indígena Yanomami está surtindo efeito. O governo age em duas frentes distintas: bloqueio de rios e ações de localização e destruição de equipamentos de garimpeiros, feitos principalmente por Ibama, Funai e Força Nacional, e controle do espaço aéreo, com a proibição de vôos não autorizados pela FAB (Força Aérea Brasileira). Foram abertos “corredores aéreos”, que os militares chamaram em nota de “humanitários”, até o dia 6 de abril, para a saída “voluntária” dos garimpeiros. A Polícia Federal também fez algumas e pontuais incursões no território a fim de destruir equipamentos.

O bloqueio do abastecimento de alimentos e de óleo diesel, usado nos motores das dragas, levou à saída “voluntária” de muitos garimpeiros desde o final de janeiro. Ainda é incerto o número de quantos saíram e de quantos ficaram no território. O ministro Flávio Dino (Justiça) chegou a dizer há duas semanas que restariam apenas 1 mil garimpeiros, número recebido com grande ceticismo pelos servidores públicos diretamente envolvidos na operação de desintrusão. Mesquita estimou à Pública que 2 mil garimpeiros permaneçam no território, mas logo depois reconheceu que “ninguém é capaz de te dizer um número preciso, nem nós, nem o governo”.

‘Todo mundo sabe que está tendo um prazo para se retirar’

O “coordenador político” do MGL argumentou que os garimpeiros que continuam na terra indígena estão sem condições de pagar pelos voos nos “corredores aéreos”, pois as viagens ficaram muito caras. Por isso, nesta segunda-feira (6) ele apresentaria ao governo de Roraima – o governador, Antonio Denarium (PP), é um aliado de Jair Bolsonaro – “um plano” para a retirada dos garimpeiros com a participação do Corpo de Bombeiros e de barcos emprestados de moradores de Roraima. A ideia, segundo ele, é organizar comboios fluviais que partiriam de Boa Vista para chegar aos garimpos e “resgatar” os garimpeiros. Esses barcos, segundo Mesquita, seriam “capitaneados” por equipes de Bombeiros e só passariam pelos bloqueios feitos pelo Ibama nos rios Uraricoera e Mucajaí após um cadastro prévio em Boa Vista. Segundo Mesquita, o governo de Roraima também poderia apoiar “com combustível, alimentação”.

Nos áudios que circulam desde o fim de semana em grupos de garimpeiros no aplicativo Whatsapp, Mesquita afirma que tem mantido diálogos com “Ibama, com governo do Estado, com Polícia Federal, com o governo federal”, um movimento político que ele chama de “cobranças, acompanhamento, essas coisas todas aqui”. Mas a partir do dia 6 de abril, disse Mesquita, sua “atuação” e “as intervenções” políticas do MGL não seriam mais possíveis. Ele disse que o prazo do dia 6 é para “a saída voluntária”.

“Nessa fase [atual] nos permite estar fazendo essa cobrança, acompanhamento. A partir do dia 6 [porém], que vai ser uma ação coercitiva de retirada de quem insistir em ficar no garimpo, aí lamentavelmente é complicado [ação política] porque já praticamente é uma pessoa que está cometendo um crime aí de desobediência, né? A Justiça… Porque todo mundo sabe que está tendo um prazo para se retirar. Então essa é a nossa preocupação também, que nós sabemos que está ficando muita gente que não tem condição de sair. E aí segunda-feira nós estamos apresentando um plano de retirada […] Inclusive ficamos de levar isso pro Ibama e a gente fazer uma ação rápida pra tentar ver como a gente faz a retirada dessas pessoas.”

Segundo Mesquita, a partir do dia 6 de abril “vai ser fechado o espaço aéreo, vão ser fechados os rios, a Polícia Rodoviária vai fechar as estradas e todas as pessoas que forem encontradas na terra indígena ou que venham de garimpos serão presas, presos em flagrante e naturalmente vão responder processo. Então estou deixando bem claro, essa é a fase mais dura da operação”.

Outro defensor dos garimpeiros, o radialista de Boa Vista Cleiton Alves, também distribuiu um áudio em grupos de garimpeiros a fim de orientar a saída da terra indígena. Em 2018, Alves foi candidato a deputado estadual pelo Podemos. Em 2012, foi candidato a vereador pelo PR em Boa Vista. Na manifestação dos garimpeiros no dia 9 de fevereiro, ele fez várias críticas à TV Globo. Nas últimas eleições, ele postou fotos em redes sociais ao lado do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e também pediu votos para o então candidato a deputado federal Rodrigo Cataratas (PL-RR).

No áudio dirigido aos garimpeiros, Alves disse que é preciso “reforçar tudo o que o Jailson falou” nos outros áudios. “Então a partir do dia seis de abril, que será a segunda fase dessa operação, as pessoas que ainda insistirem em ficar dentro das áreas indígenas automaticamente já estarão presas. Automaticamente já estarão presos, só serão recolhidos, trazidos das áreas indígenas para os presídios de Roraima. Esta é a grande realidade que nos passaram. O Jailson está falando com muita propriedade que é o que foi passado pra gente”.

Segundo Alves, os helicópteros “do governo Lula” vão “rodar tanto durante dia como à noite”. “O que a gente quer pedir encarecidamente é que vocês saiam, saiam dessas áreas. Vamos atender o nosso chamado, gente. Esse não é mais o momento de insistir. Vocês já estão acompanhando o que está acontecendo com os garimpeiros. As pessoas que estão descendo estão sendo molestadas. Imagine depois de abril. Então o nosso pedido é que todas as pessoas saiam dessas áreas. Vamos deixar as áreas indígenas. Esse é o pedido do Movimento Garimpo É Legal.”

Na tarde desta terça-feira (7), Mesquita disse, em vídeo disseminado nos grupos, que o Corpo de Bombeiros, após uma reunião, “achou possível essa solução” apresentada pelo MGL. Disse que o grupo também se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, “Soldado Sampaio” (Republicanos), “que sempre nos ajudou nessas questões, nessas soluções, junto com os nossos senadores, o governador Denarium”. “E parece que a gente está achando um caminho aqui. Então ficou acertado que a gente vai fazer uma reunião na quinta-feira, nesta reunião a gente está propondo o aluguel solidário das canoas, que seriam coordenadas pela Defesa Civil, para que assim a gente fizesse a retirada de todos os garimpeiros que podem sair pelos rios.”

Jailson Mesquita também já participou de eventos na Assembleia e deu diversas entrevistas à imprensa local e nacional na condição de “coordenador político” do MGL. Em 2008, ele foi candidato a vereador pelo DEM em Boa Vista (RR). Em um evento pró-garimpeiros em 9 de fevereiro passado numa praça de Boa Vista, Mesquita discursou ao microfone para os garimpeiros e familiares e foi bastante aplaudido.

*Rubens Valente: repórter desde 1989, é formado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Trabalhou em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, foi repórter da “Folha de S. Paulo” em Brasília e São Paulo e do jornal “O Globo”, entre outros veículos. Recebeu 20 prêmios nacionais e internacionais, entre os quais dois Prêmios de Excelência Jornalística pela SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa, e o Prêmio Esso de Reportagem. Escreveu dois livros, “Os fuzis e as flechas, história de sangue e resistência indígena na ditadura” (Companhia das Letras), lançado em 2017, e “Operação banqueiro” (Geração Editorial), de 2014.

terça-feira, 7 de março de 2023

Atenção! Observe com cuidado: o que você vê atentamente nesta imagem?


Por Portal Raízes

A imagem que oferecemos foi criada pelo superlativo artista mexicano Octavio Ocampo, conhecido por suas incríveis obras de ilusões de ótica. A analise sobre o que cada imagem revela sobre a personalidade de quem a vislumbra, é dos especialistas em psicanálise do Portal Raízes. Então observe com cuidado e nos diga o que você vê atentamente nesta imagem. Logo abaixo, veja o que a sua percepção visual revela sobre a sua personalidade:

1. Uma mulher nua sentada olhando para trás

Se a coisa mais marcante que você viu nesta imagem, foi a silhueta de uma mulher nua sentada olhando para trás, isso significa que você pode ser uma pessoa que apesar de estar à frente de seu tempo, que luta por seus sonhos, por sua liberdade de escolhas e por seu direito de expressar suas ideias; no final você acaba cedendo à validação alheia, ao que outros podem pensar se você realmente for pelo caminho A e não pelo B. Você é uma pessoa pressa numa gaiola sem trancas. Liberte-se. Seja quem você é. Afinal, o trabalho para ser quem os outros esperam que você seja, é infinitamente maior do que ser quem você é. Só que no primeiro caso, você adoece e no segundo, você se cura.

2. Duas árvores

As árvores podem representar estabilidade, força, resiliência, sombra, flores e frutos, mas se essas duas árvores foram as coisas mais marcantes que você viu, você precisa entender urgentemente que a frase, ‘floresça onde você está plantada’, é uma positividade tóxica. Ora, você não é uma árvore. E se você não estiver confortável onde você está, levante-se, mexa-se. E como você não é uma árvore, comece a pensar no seguinte: não se pode proibir que um pássaro sobrevoe a sua cabeça, mas você pode impedi-lo de fazer um ninho.

3. Rostos nos galhos nas copas das árvores

Se você enxergou rostos humanos nos galhos nas copas das árvores, você pode ser uma pessoa introspectiva, pensativa, cuja ponderação pode conduzi-la a momentos de grandes incertezas e com isso, tantas vezes, faz com que você perca uma boa oportunidade, ou, ao mesmo tempo, também pode livra-la de entrar numa situação de risco negativo. Outra perspectiva interessante sobre ver esses rostos nos galhos é que a arte, a criatividade e fantasia são coisas que fluem com muita naturalidade para você. Você só precisa tomar cuidado para não mergulhar tão profundamente nelas a ponto de se distanciar da vida real.

4. Rostos nos troncos

Se você conseguiu ver rostos humanos nos troncos das árvores, em meio a tantas outras imagens, você com certeza é uma pessoa altamente sensível, metódica e detalhista. Você é aquela pessoa que poderia trabalhar como contrarregra no cinema, porque coisa alguma lhe passa batida. O lado ruim de ser uma pessoa pragmática é que você, ao se concentrar com rigor nos detalhes, pode deixar de lado a visão macro de uma situação e por isso, se tornar ansiosa e negativa.

5. Uma mulher de borracha deitada no chão com a cabeça num cesto

Se o que você viu foi a mulher com aparência de borracha, deitada no chão com a cabeça num cesto de frutas, você pode estar passando por um momento de esgotamento físico, mental e emocional. Seu corpo, sua mente e seu coração estão cansados e há um pensamento que persiste em sua cabeça dia e noite, a desesperança. Você se encontra num lugar de perdida e é nesse lugar que você se desconecta de sua pulsão pela vida, de suas relações afetivas e de seus anseios positivos mais profundos. Você pode ter consciência disso, mas é provável que não. O inconsciente nos mostra quando precisamos de ajuda psicoemocional, desencadeando no corpo dores físicas. E tudo bem. Todos nós precisamos de ajuda para enfrentarmos os constantes labirintos que vão surgindo pelo caminho. 
Busque ajuda qualificada.

6. O cenário que envolve as imagens centrais: as montanhas, o céu e as gramíneas

Se o que lhe chamou mais atenção foi o cenário que envolve as imagens centrais, você pode ser uma pessoa indiferente às problemáticas político-sociais do mundo. Sabe, aquela pessoa que está no mundo, mas o mundo não lhe interessa? Não gosta de dar opinião sobre nenhum assunto que possa causar debates, pois os debates são inúteis para si. Não se envolve com política, religião, futebol, briga de família e nem acredita em papai Noel. Você é aquela pessoa que existe e segue o seu caminho cumprindo as suas obrigações, sem grandes voos e tampouco mergulhos profundos, mas com certeza viverá muitos anos pra contar como tudo se passou diante dos seus olhos.