quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Qual a diferença entre Fábio Câmara, Russo e Artur?



A maioria do povo maranhense, já está vacinada em compreender quando algum parlamentar bajulador da família Sarney toma alguma iniciativa de "bom senso", ela já desconfia oportunismo ou é “jogando verde para colher maduro”.

Ontem na Câmara Municipal de São Luís, em sessão solene para homenagear o time do Sampaio Corrêa, aconteceu à mistura de mais um ingrediente, uma das mais horríveis declarações já ditas, além de oportunista e bajuladora, veio recheada de puro preconceito contra o povo pobre do nosso estado.
  
Essa pérola saiu do nada mais nada menos do parlamentar que na cadeia familiar da oligarquia é filhote de um ‘parasita’ que habita na ‘barriga’ de Sarney, o vereador Fábio Câmara (PMDB). Esse vereador declarou o seguinte:
“Quando tem jogo aqui em São Luís, peço ao presidente do Sampaio, Sérgio Frota uma faixa de 50 a 100 ingressos para dar não aos que não tem como pagar, os mais humildes, mas sim para distribuir a desembargadores, juízes, políticos, chefes de poder, empresários, enfim, porque na minha visão são eles que podem ajudar o nosso futebol”

Vejam amig@s que o sarneyzista é capaz de falar publicamente. Agora eu pergunto: Há alguma diferença entre o vereador José Paulo, o Russo que em discurso na Câmara de Barra do Piraí (RJ) disse:
Acho que mendigo não tem que votar, mendigo não faz nada da vida. Aliás, eu até acho que deveria virar ração para peixe", afirmou. "Eu não dou nada para mendigo, não adianta pedir que não dou. Se quiser, vá trabalhar”
E ainda com o torcedor do Vila Nova (GO), um tal de Artur Machado, que comentou no seu face  o mais puro preconceito contra o povo maranhense, veja o que ele disse:
“Vcs do pobre e miserável estado do Maranhão, se forem vir pra Goiânia ver o jogo do time lixo de vcs contra a seleção goiana (Vila Nova), eu imploro a vcs!
DEPOIS DO JOGO VOLTEM PRA SUA TERRA, POR DEUS! VOLTEM!!! VOLTEM!!! MEU GLORIOSO ESTADO JÁ ESTÁ FARTO DE MIGRANTE DO NORTE/NORDESTE"
Diga então qual a diferença de pensamento dessas figuras?
Então quer dizer que agora o vereador sarneyzista entrou também na moda de humilhar pobre? Odeia pobre? Ou sempre odiou?
Mais que coisa!
Vereador Flávio Câmara, não seja malcriado, a oligarquia é danosa, mas não fala essas malvadezas com o povo maranhense [só pratica], peça logo desculpas, tenha descrição!
Com a palavra o vereador bajulador!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sampaio Corrêa lança camisas retrô - décadas de 70 e 80


Estas são as camisas retrô que o Sampaio lançará amanhã a noite (30/10) na Degraus Sport do Shopping da Ilha. Custarão R$ 109,90. O lançamento contará com a presença do paredão Rodrigo Ramos, Arlindo Maracanã e Eloir, ídolos da Bolívia Querida, que servirão de modelo. Eles desfilarão vestidos com os uniformes, que fizeram a cabeça da torcida naquelas duas décadas. Confeccionadas em parceria com a Super Bolla, fornecedora de material esportivo do Sampaio Corrêa, são duas camisas dos anos 70 e um da década de 80. Nessas duas décadas, o Sampaio ousou bastante, trocando de camisa e até fugindo ao padrão tradicional do Tricolor de Aço de São Pantaleão. 

Camisa 1 - Retrô verde
 
Essa camisa foi utilizada nas décadas de 70 e 80. Na foto abaixo, temos, em 1980, o jogo Sampaio Corrêa x Expressinho, com os atletas bolivianos envergando o modelo verde com faixas horizontais em amarelo e vermelho
 



 
Camisa 2 - Retrô amarela
 
Modelo utilizada pelo Sampaio Corrêa campeão maranhense de 1975.
 




Camisa 3 - Retrô tricolor
 
Modelo tradicional. O time utilizou essa camisa durante vários anos. Na foto, temos a camisa utilizada no título maranhense de 1976. Porém, esse mesmo modelo foi largamente utilizado nas décadas de 80 e até 90, nas mesmas disposições das cores na vertical, com detalhes na gola e punhos.





 Fonte: Reproduzido do Blog Futebol Maranhense Antigo

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Na ONU, mundo pede fim do bloqueio imposto pelos EUA a Cuba

Cartazes em Havana denunciam prejuízos provocados
 pelo bloqueio imposto pelos EUA
A Assembleia Geral da ONU votou pela 22ª vez a situação de Cuba diante do bloqueio econômico, financeiro e comercial que os Estados Unidos impuseram à ilha durante a Guerra Fria e que persiste há mais de 50 anos. Nesta terça-feira (29) 188 países votaram pelo fim da prática, mesmo número que o alcançado em 2012. Apenas dois países — Estados Unidos e Israel — foram contra o fim do bloqueio, três se abstiveram e dois não votaram
 
Desde 1992 quando o assunto passou a fazer parte da pauta da ONU que o resultado é similar, sempre ultrapassando os 180 países contra a medida considerada genocida pelo país caribenho.
 
O projeto que pede o desbloqueio do país apela aos princípios de “soberania e igualdade entre Estados, a liberdade de comércio e navegação e a não interferência em assuntos internos” para pedir que Washington levante as sanções contra o país.
 
Recrudescimento do bloqueio
 
Em sua exposição diante das demais nações presentes na Assembleia, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou que durante o governo Barack Obama o bloqueio financeiro contra a ilha “recrudesceu” e afirmou que as transações monetárias de Cuba são vigiadas de perto pelo “enorme sistema de espionagem global” dos Estados Unidos.
 
Para Rodríguez está nas mãos do mandatário estadunidense criar uma nova dinâmica que mude de maneira definitiva a realidade do país: “O que se ganha com a velha e eticamente inaceitável política que não tem funcionado nos últimos 50 anos?, questionou durante seu discurso em Nova York, e lembrou que Obama foi escolhido "para a mudança".
 
Rodríguez explicou que o bloqueio afeta toda a população e mencionou um centro de cardiologia onde pacientes não podem ser atendidos com a mais alta tecnologia porque a administração Obama considera o centro como um "hospital negado".
 
Rechaço mundial
 
Há algumas semanas, durante a 68ª Assembleia Geral da ONU, mais de 40 presidentes, primeiros-ministros e chanceleres dos cinco continentes pediram o fim do bloqueio classificado como “genocídio, ilegal e relíquia da guerra fria”.
 
De acordo com informações de Cuba, o bloqueio já provocou perdas superiores a 1 trilhão 157 bilhões 327 milhões de dólares.
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Jornalismo venal programado para mentir em favor da oligarquia

Há um pouco menos de um ano para os resultados das próximas eleições, a oligarquia através de seu sistema miranteano e seus blogueiros adestrados, começa a executar um plano midiático rasteiro e irresponsável contra o maior representante da oposição, o ex- juiz federal e hoje presidente da EMBRATUR , Flávio Dino.

Nessa investida, alguns blogueiros adestrados pelo clã, brigam quem mente mais, através de teimosia em lançarem factoide nos seus espaços de comunicação. Essas iniciativas, como sempre é prática do clã, são motivadas por muita grana, empregos no estado, ajudinha no judiciário para aliviar processos jurídicos e muitas vezes somente por serem bajuladores.

A oposição contra a oligarquia Sarney é sabedora que até o último dia das eleições em 2014, vai sofrer tantas invenções de mentiras com o intuito da velha oliugarquia permanecer no poder. Grana não vai faltar para esses traidores do povo maranhense.

A nova mentira ou factóide [dá no mesmo] está levando alguns blogueiros da raça citada acima, caírem no ridículo, teimam em querer confundir e transformar a mentira em verdade. A tentativa agora de desmoralizar Flávio Dino é sobre o seu salário.

A mentira começou no blog de Yury Almeida, o Atual7, espaço esse que iniciou seu funcionamento com certa coerência, não durou um ano,  caiu nas garras da família. O Atual7 agora só solta postagem acusando diariamente de forma leviana, Flávio Dino de está recebendo salários irregulares da UFMA, onde ele é professor licenciado para trabalhar na EMBRATUR.

Com destaque, essa mentira é também compartilhada pelos blogueiros sarneyzistas, o velho filhote da oligarquia, Marcos D’Éça, do “grande e sério”, o blogueiro Luis Cardoso e outros pareceiros.

Tanto a UFMA, a CGU e o Portal Transparência além do próprio Flávio Dino, comprovam o contrário, com portarias, tabelas, informações on-line, notas, porém esses bajuladores [ou outra coisa] de plantão insistem na teimosia, declaram que os órgãos acima e o Presidente da EMBRATUR são os que faltam com a verdade, numa maneira clara de desrespeito as instituições brasileiras, costume esse que os representantes da oligarquia Sarney sempre praticaram no nosso estado.

Em conversa com o próprio Yury Almeida no bate-papo do Facebook,  ele declara que sempre denunciou o descaso da oligarquia e não aceita erros de Flávio Dino, mesmo que tenha de votar na oposição. Vejam só a tentativa de despistar dos não querem a mudança no Maranhão. Nesse bate-papo, ele estava excitado por ter postado um factoide contra Flavio Dino, observe:

Quinta 23:39
Confirmado! Dino recebeu mesmo salário da UFMA! HAuhauahuaa Terminando aqui... Bomba, papai! Agora que ver ele dizer que o Governo Federal tá sendo usado pela 'oligarquia'.
Ai, você comenta lá de novo, dizendo que é Dilma que tá perseguindo ele, por causa da oligarquia, tá?
Em instantes, no Atual7.
E ainda encerra dizendo, após eu perguntar sobre a fonte verdadeira que comprova se Dino recebe dois salários:
Mostra a fonte?
Fonte? Meu amigo, a fonte é o Regimento Interno da UFMA, o Portal da Transparência e os sistemas da UFMA. Tá tudo postado no Atual7.
Cara, o fato de eu votar em Dino não significa que eu concorde com os erros dele.
Esse, por exemplo, de dizer que o Atual7 é da oligarquia, e você ainda seguir isso, foi o principal.
Encerro por aqui. Tô vendo que você é daqueles que não se importa se Dino erra ou não, o importante é vencer os Sarneys. Aff...

Contudo, recordo e concordo mais ainda do artigo publicado no final do ano de 2012,‘O saco de gatos na comunicação do Maranhão’, do jornalista Jânio Arlei, observe em alguns parágrafos, a lucidez do respeitado comunicador:
“Tenho visto blogueiros outrora famosos, descendo a ladeira da “fama”, porque faltou com a ética, princípios e valores (credibilidade) junto ao seu público.
Vale lembrar que a mesma regra se aplica a determinados profissionais (ditos famosos) na mídia convencional, que também estão descendo a ladeira em direção ao ostracismo.
Poucos são os que tem compromisso com a “verdade pura e simples”, e esses, são expurgados pelos próprios empresários da comunicação, porque foram de encontro aos interesses empresariais (pra não dizer pessoais).
A Rede Mundial de Computadores foi a plataforma encontrada, e que abriu espaço para “os vendilhões da notícia” e para os “expurgados”.
Costumo dizer que na Inernet, é presciso agir com ética, princípios e valores, evitando difamar, injuriar e caluniar. Entendo que a Lei que vale para a Mídia Convencional, deve valer também para os detentores de micro-blogs, blog, sites ou portais.”
Portanto amig@s, como se vê, um ano antes dos votos irem para as urnas, o jornalismo venal, sempre comandado pela oligarquia Sarney, conquista mais adeptos, reforçando assim o seu poder de sempre tratar o Maranhão com zombaria e falta de respeito. No entanto esse povo sofrido, irá sim devolver com seu voto essas delirantes farsas, devolver com o seu voto, a resposta que hoje a maioria do povo maranhense quer. Que é derrubar de vez esse império oligárquico e abrir o portal do desenvolvimento a partir de janeiro de de 2015. Tenham paciência!!!

Estamos na série B, como prêmio, queremos o tetra campeonato!!!!


O nosso adversário na semifinal vai ser o Vila Nova de Goiás que derrotou ontem em casa o Treze de Campina Grande por 2 x 0. O primeiro jogo ser, dia 03/10, domingo, na capital Goiânia que fica a aproximadamente há a uma distancia de condução de 2.013 Km, precisamente 24 horas de viagem de carro e de avião a viagem pode durar cerca de 07 horas, com parada em Brasília [a passagem aérea tá custando hoje cerca de R$ 1.350,00 com taxas]

Nada mais é gratificante para o Maranhão que tem umas das maiores torcidas este ano em todas as séries do Campeonato Brasileiro, do que ser  Tetra-campeão brasileiro.

Viva o "Bolivão, a "Bolívia Querida", o "Tubarão", o "Tricolor de Aço".

Viva a torcida tricolor!!!!!!

Foto: Facebook de Gilberto Lima

"Não adianta lutar pela humanização dos animais quando se aceita a existência de humanos de segunda categoria"


Tempos atrás, escrevi neste site a história, real, de um cão que resolveu colocar o focinho em uma vasilha de plástico, ficou preso e saiu em disparada com o latido sufocado no recipiente (Leia clicando AQUI). De onde estava, vi metade da cidade se mobilizar para salvar o pobre que, no desespero, cruzava as ruas sem a menor prudência. Dava dó. O garapeiro, o guarda de trânsito, os motoristas e os casais de namorados: não houve quem, diante da cena, não se mobilizasse para arregaçar as mangas e salvar o animal. Foi daquelas provas de que a humanidade ainda tinha jeito: não perdeu a sua capacidade de sentir nem de transferir a sua humanidade a quem passa por apuros. É o que se chama de alteridade, ainda que o outro tenha rabos e patas.
Foi o que pareceu, também à primeira vista, o resgate na última semana dos cães da raça Beagle em um laboratório de testes em São Roque, no interior de São Paulo. Segundo as primeiras notícias, os cães estavam assustados e alguns, machucados. Em um país que só agora parece pegar gosto em se mobilizar para exigir direitos de naturezas múltiplas – da redução da passagem de ônibus ao fim da corrupção, da gripe e da maldade em todos os corações – o direito dos bichos virava uma pauta – digníssima, note-se. Ao que parece, é cada vez maior o número de pessoas indispostas a aceitar maus-tratos em animais. Um grande avanço para quem, até pouco tempo atrás, aprendia a cantar na escola um hino ao aniquilamento felino. Hoje, quem ousou um dia atirar o pau no gato não se elege nem para síndico do prédio – o vereador mais bem votado da maior cidade do País, por sua vez, tem o desenho de um cão, e não a sua foto, como bandeira de campanha.
A consolidação das leis de proteção de animais e a construção de hospitais públicos veterinários são símbolos dessa transformação. (Dia desses, um vizinho bateu à porta da casa de minha mãe com uma ameaça: se o nosso gato voltasse a arranhar a lataria do seu carrão, o gato apareceria envenenado e morto em casa. Diante da gentileza, ela foi até uma delegacia da Polícia Civil e registrou o boletim de ocorrência. Saiu de lá com a garantia de que se o gato tivesse uma simples gripe a partir dali, o sujeito seria intimado, acusado, eventualmente processado e eventualmente preso por maus tratos. Sem direito a fiança. Ao menos na lei, o direito à humanização dos bichos prevalece sobre a humanização dos automóveis. E é bom que seja assim).
O episódio do resgate dos Beagles, no entanto, diz mais sobre o nosso encarceramento do que o dos bichos. Diz muito também sobre a alienação cultural em relação ao que nós mesmos consumimos e alimentamos. É mais ou menos como se, aos 30 ou 40 anos, alguém se chocasse ao descobrir como é que as crianças vieram parar no mundo. No caso, não as crianças, mas as vacinas, os medicamentos, os tratamentos, os testes. O que não deixa de ser curioso: nosso primeiro contato com as galinhas é uma caixa de isopor com doze ovos que não foram gerados espontaneamente em uma gôndola de supermercado. Tampouco o churrasco do fim de semana. O que os olhos não veem, dirão os despreocupados, o coração não sente, e não precisamos assistir ao aniquilamento de bois e vacas nos pastos e frigoríficos para saber como surge o almoço, nosso e dos pets a quem oferecemos abrigo, proteção e alimento. Nesse sentido, a visualização da dor, simbolizada pelos Beagles – como não querer levar para casa? – parece ter produzido uma revolta tardia. Como escreveu um amigo: como vocês achavam que eram feitos os testes de medicamentos? Com jacas?
A resposta pode ser bem melhor do que as que vêm sendo formuladas após o episódio. Por exemplo: transparência, monitoramento, redução do uso de animais e métodos para evitar a dor desnecessária são mais do que recomendáveis. Inclusive para a produção de alimentos. Hoje, a imagem das empresas está diretamente associada à sua responsabilidade em relação ao meio – e, consequentemente, à sua capacidade de evitar desperdícios, o uso de trabalho infantil ou escravo e a ação agressiva ao ecossistema. O uso de animais em laboratórios passará pelo mesmo processo: quanto menos cruel o processo, mais chances de a pesquisa ser socialmente aceita. É o que vai separar os tempos futuros, de testes com células-tronco e outras inovações, com os tempos ancestrais, de sacrifícios, imolações e desprezo à vida, qualquer forma de vida.
A se notar as manifestações sobre o episódio, no entanto, ainda estamos longe desse salto civilizatório. Não que adorar animais seja sinônimo de desprezo a pessoas. Mas o precedente é, no mínimo, curioso. Em conversas, posts e artigos de jornais, o que se vê é a confirmação de um movimento, já citado aqui outras vezes, contraditório: a humanização dos animais e animalização do ser humano. Na crônica citada, recorri a uma sociologia de boteco para rabiscar uma explicação ao fenômeno: à medida que as cidades crescem, passamos a conviver cada vez mais em ambientes insalubres; esbarramos no trabalho, nas escolas, nas casas de vizinhos e outras instituições fechadas com todo tipo de competição, ganância, trapaça, preconceito e intolerância. Nesse ambiente, nos animalizamos e a ideia de lealdade se transforma em valor absoluto – e raro pelo contraste. Nessa, os cães ganham uma aura sagrada, mais ou menos como uma divindade indiana: são leais, amorosos, gostam da gente quase gratuitamente e não pulam o muro de casa para nos trair com o dono do cão vizinho. Os homens, nessa visão, são abjetos, pouco confiáveis. Elimináveis, portanto.
Nos jornais, como a candidatar-se ao Prêmio Relincha Brasil 2013 – expressão de outro amigo – houve quem escrevesse que, em vez de Beagles, a ciência usasse humanos em seus testes. Por exemplo, presidiários. Eles poderiam, chegou a sugerir a colunista, aceitar atuar como cobaias em troca da redução das penas. Não poderia ser mais clara: não aceitamos menos do que a humanização dos animais, mas não nos importamos com o estabelecimento de humanos de segunda categoria. Os Beagles estariam, assim, em uma categoria intermediária entre os brancos livres detentores de direito e os negros, pobres e mulatos, os únicos que afinal cumprem pena, sem serem dignos de pena, no Brasil - ainda que mofem em detenções insalubres sem o direito sequer de serem julgados. Franz Kafka, que no livro A Metamorfose transformou o personagem Gregor Samsa em um enorme inseto – seu alter ego desprezado por sua tuberculose, segundo a interpretação mais plausível – não iria tão longe. Séria ou não, a proposta, de apelo popular indiscutível, lançou as bases de uma nova categoria de indignação: a humanização seletiva. Os ratos deixados para trás na operação resgate em São Roque não poderiam se sentir menos prestigiados.

sábado, 26 de outubro de 2013

Agora a nível nacional: O desespero do clã Sarney

Sarney abrindo a caixa de ferramentas
Matéria divulgada recentemente pela revista IstoÉ que coloca nacionalmente a forma que a oligarquia Sarney trata seus adversários quando ameaçam seriamente o seu poderio de décadas. 

Essa matéria aumenta mais o desespero da família em querer governar o Maranhão em mais 04 anos, indicando o ex-prefeito de São José de Ribamar que mesmo com um aparato midiático , econômico e toda a estrutura do Governo Roseana a seu favor, ainda é muito tímida o seu crescimento nas pesquisas.


É desespero também maior, daqueles que obtiveram conhecimentos na sua adolescência, nos seus estudos, na academia ou em algum movimento de luta contra o atraso e em favor da mudança do nosso estado. Esses conheceram a trajetória dessa família que sempre usou métodos não republicanos para permanecer no poder. 

Desses profissionais podemos destacar os do setor da Comunicação, boa parte dos  jornalistas, radialistas, blogueiros twiteiros e facebokian@s preferem optar em defender o atraso para o Maranhão [mesmo conhecedores de causa]. Pagos ou puxa-sacos, eles tem um papel importante na defesa da oligarquia, disseminar a mentira, através da boataria e da criação de factoides, para pelos menos conseguir dois objetivos: a desmoralização da oposição e confundir a mente da população maranhense em favor do seu 'rei', José Sarney.

Pois bem, vamos para o objetivo dessa postagem, vamos deixar essa turma da comunicação venal para o lado. Reproduzida do blog do Gilberto Lima, leia o artigo do jornalista Cláudio Dantas Sequeira na Revista IstoÉ, O Desespero do clã Sarney, logo abaixo:

O Desespero do clã Sarney
Sob o risco de perder o poder no Maranhão pela primeira vez
 em quase meio século, a família do ex-presidente lança campanha
 predatória contra o principal candidato da oposição, Flávio Dino
Em quase meio século de domínio no Maranhão, o clã Sarney nunca correu tanto risco de perder o poder. Os sinais de esgotamento começaram a surgir nos protestos que tomaram as ruas de São Luís em junho e ganharam mais substância nas últimas pesquisas de intenção de voto para 2014. Em todas elas, os candidatos apoiados por José Sarney, inclusive sua filha Roseana, atual governadora, patinam em índices de popularidade incomuns para quem ditou os rumos políticos do Estado por tanto tempo. A maior ameaça à hegemonia dos Sarney chama-se Flávio Dino, que lidera as pesquisas para o governo do Estado com quase 60% de apoio, índice que o credencia a liquidar a eleição no primeiro turno. Exatamente por isso, o ex-deputado federal do PCdoB, ex-juiz e atual presidente da Embratur tornou-se alvo de uma campanha implacável de difamação que expõe o desespero de quem não está acostumado a ser oposição.
Um dos principais escudeiros da família Sarney na batalha contra Dino é o deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB/MA), que tem feito uma devassa nas contas da Embratur em busca de problemas que comprometam o presidente do órgão. Escórcio acaba de protocolar requerimento ao Ministério do Turismo questionando a Embratur sobre a decisão de abrir 13 escritórios de representação no Exterior. Ele também denunciou Dino à Comissão de Ética Pública da Presidência, acusando-o de usar o cargo para fazer campanha antecipada no Estado. “Dino trabalha em Brasília de segunda a quarta e viaja na quinta para o Maranhão. Quem você acha que está pagando isso?”, questiona Escórcio. Com a experiência de quem já travou nas urnas uma disputa com os Sarney em 2010, Dino diz que não cometeria tal deslize. “Todas as viagens não oficiais são pagas pelo PCdoB ou por mim”, garante. O presidente da Embratur diz que fica no órgão até o meio-dia de sexta-feira e só faz campanha depois das 18 horas.
As denúncias feitas por Escórcio ganharam destaque nos veículos que integram o Sistema Mirante de Comunicação, da família Sarney. No domingo passado, o jornal “O Estado do Maranhão” publicou reportagem sobre obras-fantasmas que teriam recebido emendas parlamentares do próprio Dino, quando era deputado federal. Foram R$ 5,6 milhões para a construção de ginásios e campos de futebol na cidade de Caxias. As obras, porém, existem e já foram inauguradas. Há poucos dias, Dino teve que se defender de outra denúncia, a de que recebia salário da Universidade Federal do Maranhão mesmo sem dar aula. Uma nota oficial da própria universidade desmentiu a acusação. Os sucessivos ataques do clã Sarney levaram Dino a revidar. Em denúncias ao Ministério Público, acusa o secretário de Infraestrutura do Maranhão e pré-candidato ao governo, Luis Fernando Silva, de usar helicóptero oficial para reuniões partidárias. O PCdoB de Dino também questiona o que chama de “manipulação do orçamento” por parte da governadora Roseana Sarney. “A análise da lei orçamentária mostra que Roseana cortou verbas de saneamento, educação e segurança pública, enquanto triplicou o orçamento de Infraestrutura, pasta do pré-candidato deles”, afirma o deputado estadual Rubens Júnior (PCdoB).
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O ex-presidente também entrou na briga. Nos artigos que publica aos domingos em seu jornal, Sarney encarna o papel de vítima e se diz perseguido por uma oposição movida por “ódio, inveja, ressentimento e ambição desmedida”. O grau de irritação do velho senador aumentou depois que o Palácio do Planalto se mobilizou em prol de Dino. Sarney ameaçou sabotar o palanque de Dilma em vários Estados e agora negocia uma solução para o imbróglio. Na quinta-feira, arquitetou-se em Brasília um plano para um acordo capaz de agradar às duas partes. O vice-governador de Estado, Washington Luiz de Oliveira, do PT, trocaria o governo por um assento vitalício no Tribunal de Contas. Assim, Roseana poderia se licenciar para concorrer ao Senado sem o risco de um petista assumir o governo e virar a máquina estadual contra o PMDB. O Palácio do Planalto apoiaria Roseana e tentaria interditar o palanque estadual para Eduardo Campos. O problema é que o PSB de Campos é aliado tradicional do PCdoB e Dino já se comprometeu com o socialista. “Podemos abrir o palanque para todos os aliados que tiverem candidatos à Presidência, inclusive o PT”, diz Dino. A batalha, como se vê, exige uma complexa engenharia política. A única certeza é que, pela primeira vez em muitos anos, os Sarney têm motivos reais para entrar em desespero.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O radical classe média : O medíocre

Por Daniel Menezes
Há uma figura pitoresca que costuma habitar a classe média tradicional brasileira. Ela pode ser encontrada na universidade, nos protestos políticos, nos shoppings centers, na high society, entre os mais escolarizados, tanto nos movimentos de esquerda, como nos de direita. Na verdade, é uma radicalização da visão específica de uma classe. Vou expor algumas de suas características.
Vale lembrar que o modo de vida apontado abaixo é um tipo idealizado do caráter do “Radical Classe Média”, podendo, portanto, uma pessoa comum reunir uma maior ou menor quantidade de tais inclinações, se associar intensamente ou dissociar do modelo.
O Radical Classe Média:
Geralmente, o radical classe média se apresenta como politizado, para, na verdade, repetir os velhos cacoetes do senso comum da política – é contra partidos;
Mais. Todo político é ladrão. Alias, para o Radical Classe Média, o problema do Brasil não é o da desigualdade, mas o da corrupção. Por isso, não perde a oportunidade de comparar a nossa suposta natural propensão para a malandragem com a sonhada condição positiva dos EUA, ou numa perspectiva intelectualizada, dos países escandinavos;
Nesse sentido, a eleição não passa de uma chantagem. Tanto faz quem vai ganhar – “é tudo igual mesmo”. O Radical Classe Média, quando não é capturado pelo moralismo e/ou suposta superioridade gerencial de um bonachão, prega o voto nulo;


O Radical Classe Média não gosta muito de se “misturar”. Quer exclusividade. No fundo, ele não suporta que ônibus coletivo passe nas praias “nobres” de sua cidade. Ou, em sua versão intelectual, defende a criação de “espaços” para os mais “humildes”;


Para o Radical Classe Média, as instituições devem aprender a se relacionar com ele, já que o dito cujo apresenta muitas especificidades;
Instituição a favor dele é democracia. Contra ele? Fascismo;
Seguranças-policiais-trabalhadores devem fazer cursos de capacitação só para aprenderem a se relacionar com ele;
Ele é anarquista para os deveres, mas não para os direitos;
Ele é contra impostos, mas quer que tudo funcione a seu favor;
Um bom Radical Classe Média critica o inchaço do Estado, mas sempre tem alguém da família, gozando de acesso privilegiado ao próprio Estado – um cargo, um contrato, etc;
O Radical Classe Média não tem diploma de graduação. Ele tem diploma de nobreza. E o “resto”? É resto, alienado. Ele se vê como o (único) “intelectual orgânico”…;
Ele é terminantemente contra o bolsa-família, a quem ele chama de bolsa-esmola, pois produz preguiçosos e premia quem nunca “quis” estudar;
Para o Radical Classe Média, quem não sabe escrever o português corretamente deveria ser impedido de votar, de expor sua opinião num blog ou jornal. Enfim, de argumentar;
Pensar é sinônimo de dominar a gramática. Do contrário, o dito cujo se encontra no nível dos animais irracionais;
Para ele, às vezes, o problema do Brasil é porque o pobre-analfabeto – ele chama de “não esclarecido” – não sabe votar. Uma cientista política advinda da USP teria um bom conceito radical de classe média para isso – ausência de “sofisticação política”;
Na versão intelectualizada, o Radical Classe Média é um crítico do jeitinho brasileiro, gosta de ler Nietzsche, Foucault, Deleuze, Guatarri. É um crítico do “micropoder”, dos “fascismos da norma”, conceitos mobilizados para negar qualquer coisa que lhe cobre alguma contrapartida social;
Há também aquelas versões do Radical Classe Média que tornam Karl Marx, ou o socialismo, numa questão de superioridade ético-moral;
O Radical Classe Média é um supercidadão. Os demais… subcidadãos;
Afinal, o Radical Classe Média estudou. Merece mais do que os simples mortais.
O Radical Classe Média se imagina como o que resta de bom no Brasil. Não raro, flerta com o fascismo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Enquanto a esquerda fortalece o patrimônio nacional, a direita promoveu o maior saque com a venda da Vale.

O nosso blog coloca a disposição dos seus leitores, artigo de Marcio Zonta da revista Brasil de Fato. As fotos são ilustrativas, exceto a foto do mapa. Veja na íntegra abaixo:

A mineradora Vale prepara outro Programa Grande Carajás. A empresa vai explorar a partir dos próximos anos uma jazida de minério de ferro considerada a maior do mundo na Serra Sul de Carajás, no Pará.

O projeto conhecido como S11D, já em fase de implantação, será o maior investimento de uma empresa privada no setor mineiro no Brasil. São 40 bilhões de reais destinados à nova mina, usina e logística, que envolve a expansão da Estrada de Ferro de Carajás – EFC e a ampliação do Porto de Itaqui, em São Luis (MA).

Em 2016, o Projeto Ferro Carajás S11D terá uma estimativa de extração de 90 milhões de toneladas métricas de minério de ferro. A quantidade preenche 225 navios conhecidos como Valemaz, o maior mineraleiro do mundo.

Assim, a Vale passará a explorar na Serra de Carajás, com o Projeto de Ferro Serra Norte, efetivado desde 1985 e o S11D, 230 milhões de toneladas métricas de minério anualmente. A produção atual é de 109 milhões de toneladas por ano.

Embora a mineradora trate o S11D como uma novidade e parte da imprensa nacional frise o empreendimento como a redescoberta de Carajás, a exploração da Serra Sul estaria há muito tempo nos planos da Vale.

É o que denota um mapa (veja abaixo), ao qual a reportagem do Brasil de Fato teve acesso, elaborado pela então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) – antiga estatal – em 1984, onde o plano de extração do corpo mineral da parte sul da Floresta Nacional de Carajás já está presente.

Para especialistas no assunto, o mapa evidencia ainda com mais clareza a escandalosa privatização fraudulenta da Vale, e aponta para um dos maiores saques de minério do mundo.

"A Vale sempre falou nesse projeto, a empresa sabia de sua capacidade antes mesmo da privatização", ressalta Frederico Drummond Martins, analista ambiental, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pela Floresta Nacional de Carajás.

O novo velho projeto

No Relatório de Impacto Ambiental do Projeto Ferro Carajás S11D, a Vale menciona que os trabalhos de pesquisa realizada na jazida mineral da Serra Sul tiveram início no final dos anos de 1960. Porém, o documento cita que foram entre os anos de 2003 e 2007, que se aprofundaram os estudos no bloco D, do corpo S11.

Segundo a notificação, somente em 2008 o resultado da análise das amostras indicou uma reserva de minério lavrável de um montante de 3,4 bilhões de toneladas de minério no local.

Porém, para Frederico, muito antes disso a mineradora teria conhecimento da quantidade de minério na região a ser futuramente explorada. "Não só a empresa, mas o governo brasileiro também sabia. Na época da privatização a Vale já possuía decreto de lavra para a Serra Sul", denuncia.

As obras para o ramal ferroviário estendido da EFC até a jazida da Serra Sul, conseguido há pouco pela Vale, numa licença junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é apontado no mapa de 1984, e citado na legenda do gráfico como "Ramal Ferroviário Projetado".
Dessa forma, o mapa aponta que existia uma pré-concepção de exploração da S11D, ressaltando ainda mais a espoliação que significou a privatização da Vale.

Patrimônio público

Em 1997, a mineradora foi incluída no Plano Nacional de Desestatização (PND), uma política implantada pelo presidente em exercício Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que visava privatizar 70% do patrimônio nacional para pagamento da dívida brasileira.

A mineradora foi vendida por R$ 3,3 bilhões de reais. O valor estimado na época do leilão era de R$ 92 bilhões de reais, ou seja, valor 28 vezes maior do que o que foi pago pela empresa.

Porém, o critério de avaliação do valor da mineradora escolhido pelos bancos, entre eles o Bradesco, considerou apenas o fluxo de caixa existente no momento da aquisição, sem levar em consideração o potencial das jazidas processadas da Serra Norte e o imenso poderio da reserva mineral da Serra Sul, estimado em 10 bilhões de toneladas de minério.

"Esse projeto de novo não tem nada, inclusive quando compraram o subsolo da Serra de Carajás na privatização eles já tinham conhecimento desse tanto de minério, o mapa é claro e mostra isso. É o maior saque de minérios do mundo!", indigna-se Raimundo Gomes Cruz, sociólogo do Centro de Educação, Pesquisa e Apoio Sindical (CEPASP) no Pará.

Por que agora?

Estudos geológicos apontam que a Serra Sul tem potencial maior do que a vizinha Serra Norte, onde já está localizada a maior mina de ferro do mundo.

A exploração do S11D será apenas uma parte das 45 formações de minério de ferro que compõem a cordilheira Serra Sul. Ainda mais outros corpos, A, B e C futuramente serão explorados pela mineradora.

O projeto S11D constante nesse mapa histórico da antiga estatal CVRD, sairia num momento estratégico do papel para se tornar realidade.

Conforme explica o professor de economia da Universidade Federal Fluminense, Rodrigo Santos, o mercado de minério de ferro é extremamente concentrado, de modo que mais de 2/3 da oferta global da matéria prima depende da Vale, e das mineradoras anglo-australianas BHP Biliton e da Rio Tinto.

"A Vale, nesse caso, vem apostando no S11D como seu principal projeto, porque esse tem potencial para ampliar suas vantagens como líder nesse mercado", avalia Rodrigo.

Ademais, em tempos de espionagem dos Estados Unidos e Canadá ao Ministério de Minas e Energia (MME), o S11D, seria inclusive uma das preocupações dos concorrentes, pois demarcaria ainda mais a liderança do mercado global da Vale frente a Rio Tinto e BHP Billinton, respectivamente segunda e terceira no ranking mundial de extração mineral.

"Considerando essa estrutura oligopólica e as características dos mercados de bens minerais, o controle e substituição de reservas de classe mundial, como Carajás, constitui uma das principais estratégias de competição", explica Santos.

Segurança Nacional?

A região de Marabá, da qual a Serra de Carajás fazia parte na década de 1980, era submetida ao Grupo Executivo das Terras do Araguaia – Tocantins (Getat), criado em 1980 pelo regime militar com a finalidade de executar as medidas necessárias à regularização fundiária no sudeste do Pará, norte de Tocantins e oeste do Maranhão.

O órgão era vinculado à Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional. O mapa elaborado pela Vale em 1984, continha informações territoriais do Getat.

Flavio Moura, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e historiador da região, relata que o Getat era uma saída militar para controlar o conflito pela posse de terra na região, além de garantir a estratégia ditatorial da época de implantação dos grandes projetos na Amazônia. "O Estado militarizado foi o testa de ferro do capital nessa parte do país", diz.

Ao observar o mapa, Moura não tem dúvida: "Esse material nos dá a imensidão do controle dos recursos naturais da região, por isso vemos por que a Guerrilha do Araguaia foi exterminada e qualquer forma de movimentos sociais é combatida pela aliança militar-empresarial, como foi o Massacre de Eldorado dos Carajás", define.

A reportagem do Brasil de Fato submeteu o mapa, também, a um topógrafo aposentado do Exército de Marabá. Humberto Martins Fonseca relembra que a região de Carajás sempre foi alvo de maior proteção e intervenção militar.

"A ideia que passavam para gente era que tinha muita riqueza no subsolo de Marabá, por isso teríamos que defender esse patrimônio".

Passados 30 anos do programa de exploração de minério no Pará, Fonseca reflete. "Hoje vemos no que deu, na verdade não estávamos protegendo as riquezas de ninguém, somente de nós mesmos, porque estamos entregando tudo e ficando sem nada", lamenta.

Fonte: Amazônia