terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Camisinha, respeito, individualidade e violência sexual


Texto de Sara Joker*
Quantas mulheres conhecemos que já passaram por alguma violência inesperada? A pior de todas sempre é a de não ter voz de decisão quando o assunto é o seu corpo. O que faz um homem se sentir no direito de decidir se você deve ou não usar camisinha?  Sim, mulheres casadas ou que têm um relacionamento sério e monogâmico sempre ouvem a desculpa de que, já que somos exclusivos, você pode tomar pílula (ou já toma) e podemos tirar a camisinha de nossas vidas.
Sim, a contracepção, nesse momento passa a ser responsabilidade da mulher, além de ambos os lado correrem o risco de adquirir doenças. E não, gente, não estou desconfiando de infidelidade (mesmo sabendo que todo mundo pode ser infiel em algum momento da vida), estou desconfiando de vida sexual anterior, DSTs são difíceis de se descobrir, além da reinfecção de doenças como a Candidíase, que não tem nada a ver com vida sexual anterior pois não é apenas sexualmente transmissível.
O fato é que o amor não é medido por uso de camisinha, você não está duvidando do amor de seu parceiro por desejar usar camisinha, você não está desconfiando da fidelidade e da honestidade dele, você está apenas exercendo seu direito de escolha, o mesmo que terá de exercer ao decidir ser ou não mãe, se houver um incidente de falha de contraceptivo. E contraceptivos falham, tenho amigas que tiveram filhxs tomando pílula regularmente, conheço pessoas que foram filhxs de camisinhas estouradas, filhxs de tabelinha nem se fala, são os que mais existem nesse mundo!
Agora, falando da parte mais dolorosa do assunto, existem parceiros que forçam a barra para que o sexo aconteça sem camisinha, mesmo a contra gosto da parceira, isso é violência sexual, sim! Estamos falando de estupro. Qualquer tipo de sexo onde há coerção, psicológica, moral ou física, é estupro. Acredito que esse tipo de estupro deve ser o mais traumatizante, feito por quem amamos, dividimos a cama, confiamos para dormir ao nosso lado. Que tipo de ser humano é capaz de ignorar que sua companheira falou não e continuar a pressioná-la por sexo?
Conversar sobre o uso dos preservativos, argumentar para convencer sua parceira fora do momento do sexo não é o mesmo que forçar a barra para que aconteça sem preservativos quando já se está na cama, quase transando. Tudo na base da conversa pode ser resolvido com respeito e dignidade. Mesmo que depois de toda a argumentação, não tenha nenhum lado que ceda, que o relacionamento chegue até a um impasse graças a isso, mas é direito de ambos, é respeito, é prova de amor conversar e não forçar sua parceira a nada. Forçar a barra não é resolver problemas, só serve para aumentá-los.
Livro "50 Tons de Cinza" mostra um episódio onde o parceiro exige o uso de pílula e o não uso da camisinha. - Foto Divulgação
Livro “50 Tons de Cinza” mostra um episódio onde o parceiro exige o uso de pílula e o não uso da camisinha. – Foto Divulgação
Realmente, dessa vez, o assunto não é só a camisinha, é o respeito pela mulher como indivíduo, que tem todo o direito de decidir por si mesma sobre como quer lidar com seu corpo, o que deseja fazer sem ser forçada a nada, nunca! E forçar não é conversar e argumentar, forçar é coagir, é falar que “agora que começou tem que terminar” ou que “agora a gente faz sem e depois conversa sobre isso”, são violências psicológicas, umas mais floreadas, menos feias, mas que mulher não se sente violentada quando vê seu companheiro não aceitar sua condição pro sexo? Querendo que você faça do “jeito dele” sem conversa, sem argumentos, imposto e pronto!



*Sara Joker

Artista visual, quadrinista, atriz e cantora. Formada em licenciatura e bacharelado em Artes Visuais, pós graduada em Psicanálise. Nerd de humanas, adora RPG, quadrinhos, filmes cabeça, rock e livros. Se interessa por questões relacionadas as lutas pelos direitos das mulheres, negros e LGBTTs.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

40 perguntas para Yoani Sánchez em sua turnê mundial


1. Quem organiza e financia sua turnê mundial?

2. Em agosto de 2002, depois de se casar com o cidadão alemão chamado Karl G., abandonou Cuba, “uma imensa prisão com muros ideológicos”, para imigrar para a Suíça, uma das nações mais ricas do mundo. Contrariamente a qualquer expectativa, em 2004, decidiu voltar a Cuba, “barco furado prestes a afundar”, onde “seres das sombras, que como vampiros se alimentam de nossa alegria humana, nos introduzem o medo através do golpe, da ameaça, da chantagem”, onde “os bolsos se esvaziavam, a frustração crescia e o medo se estabelecia”. Que razões motivaram esta escolha?
3. Segundo os arquivos dos serviços diplomáticos cubanos de Berna, Suíça, e de serviços migratórios da ilha, você pediu para voltar a Cuba por dificuldades econômicas com as quais se deparou na Suíça. É verdade?

4. Como pôde se casar com Karl G. se já estava casada com seu atual marido Reinaldo Escobar?

5. Ainda é seu objetivo estabelecer um “capitalismo sui generis” em Cuba?

6. Você criou seu blog Geração y (Generación Y) em 2007. Em 4 de abril de 2008 conseguiu o Prêmio de Jornalismo Ortega e Gasset, de 15 mil euros, outorgado pelo jornal espanhol El País. Geralmente, este prêmio é dado a jornalistas prestigiados ou a escritores de grande carreira literária. É a primeira vez que uma pessoa com seu perfil o recebe. Você foi selecionada entre cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time (2008). Seu blog foi incluído na lista dos 25 melhores blogs do mundo pela cadeia CNN e pela revista Time (2008), e também conquistou o prêmio espanhol Bitacoras.com, assim como The Bob’s (2008). El País lhe incluiu em sua lista das cem personalidades hispano-americanas mais influentes do ano 2008. A revista Foreign Policy ainda a incluiu entre os dez intelectuais mais importantes do ano em dezembro de 2008. A revista mexicana Gato Pardo fez o mesmo em 2008. A prestigiosa universidade norte-americana de Columbia lhe concedeu o prêmio María Moors Cabot. Como você explica esta avalanche de prêmios, acompanhados de importantes quantias financeiras, em apenas um ano de existência?

7. Em que emprega os 250 mil euros conseguidos graças a estas recompensas, um valor equivalente a mais de 20 anos de salário mínimo em um país como França, quinta potencia mundial, e a 1.488 anos de salário mínimo em Cuba?
8. A Sociedade Interamericana de Imprensa, que agrupa os grandes conglomerados midiáticos privados do continente, decidiu nomeá-la vice-presidente regional por Cuba de sua Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação. Qual é seu salário mensal por este cargo?

9. Você também é correspondente do jornal espanhol El País. Qual é sua remuneração mensal?


10. Quantas entradas de cinema, de teatro, quantos livros, meses de aluguel ou pizzas pode pagar em Cuba com sua renda mensal?

11. Como pode pretender representar os cubanos enquanto possui um nível de vida que nenhuma pessoa na ilha pode se permitir levar?

12. O que faz para se conectar à Internet se afirma que os cubanos não têm acesso e ela?

13. Como é possível que seu blog possa usar Paypal, sistema de pagamento online que nenhum cubano que vive em Cuba pode utilizar por conta das sanções econômicas que proíbem, entre outros, o comércio eletrônico?

14. Como pôde dispor de um Copyright para seu blog “© 2009 Generación Y - All Rights Reserved”, enquanto nenhum outro blogueiro cubano pode fazer o mesmo por causa das leis do embargo?

15. Quem se esconde atrás de seu site desdecuba.net, cujo servidor está hospedado na Alemanha pela empresa Cronos AG Regensburg, registrado sob o nome de Josef Biechele, que hospeda também sites de extrema direita?

16.  Como pôde fazer seu registro de domínio por meio da empresa norte-americana GoDady, já que isto está formalmente proibido pela legislação sobre as sanções econômicas?

17. Seu blog está disponível em pelo menos 18 idiomas (inglês, francês, espanhol, italiano, alemão, português, russo, esloveno, polaco, chinês, japonês, lituano, checo, búlgaro, holandês, finlandês, húngaro, coreano e grego). Nenhum outro site do mundo, inclusive das mais importantes instituições internacionais, como por exemplo as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a OCDE ou a União Europeia, dispõem de tantas versões linguísticas. Nem o site do Departamento de Estado dos Estados Unidos, nem o da CIA dispõem de igual variedade. Quem financia as traduções?

18. Como é possível que o site que hospeda seu blog disponha de uma banda com capacidade 60 vezes superior àquela que Cuba dispõe para todos os usuários de Internet?

19. Quem paga a gestão do fluxo de mais de 14 milhões de visitas mensais?

20. Você possui mais de 400 mil seguidores em sua conta no Twitter. Apenas uma centena deles reside em Cuba. Você segue mais de 80 mil pessoas. Você afirma “Twitto por sms sem acesso à web”. Como pode seguir mais de 80 mil pessoas sem ter acesso à internet?

21. O site www.followerwonk.com permite analisar o perfil dos seguidores de qualquer membro da rede social Twitter. Revela a partir de 2010 uma impressionante atividade de sua conta. A partir de junho de 2010, você se inscreveu em mais de 200 contas diferentes do Twitter a cada dia, com picos que podiam alcançar 700 contas em 24 horas. Como pôde realizar tal proeza?

22.  Por que cerca de seus 50 mil seguidores são na verdade contas fantasmas ou inativas? De fato, dos mais de 400 mil perfis da conta @yoanisanchez, 27.012 são ovos (sem foto) e 20 mil têm características de contas fantasmas com uma atividade inexistente na rede (de zero a três mensagens mandadas desde a criação da conta).

23. Como é possível que muitas contas do Twitter não tenham nenhum seguidor, apenas seguem você e tenham emitido mais de duas mil mensagens? Por acaso seria para criar uma popularidade fictícia? Quem financiou a criação de contas fictícias?

24. Em 2011, você publicou 400 mensagens por mês. O preço de uma mensagem em Cuba é de 1,25 dólares. Você gastou seis mil dólares por ano com o uso do Twitter. Quem paga por isso?

25. Como é possível que o presidente Obama tenha lhe concedido uma entrevista, enquanto recebe centenas de pedidos dos mais importantes meios de comunicação do mundo?

26. Você afirmou publicamente que enviou ao presidente Raúl Castro um pedido de entrevista depois das respostas de Barack Obama. No entanto, um documento oficial do chefe da diplomacia norte-americana em Cuba, Jonathan D. Farrar, afirma que você nunca escreveu a Raúl Castro: “Ela não esperava uma resposta dele, pois confessou nunca tê-las enviado [as perguntas] ao presidente cubano. Por que mentiu?


27. Por que você, tão expressiva em seu blog, oculta seus encontros com diplomáticos norte-americanos em Havana?

28. Entre 16 e 22 de setembro de 2010, você se reuniu secretamente em seu apartamento com a subsecretaria de Estado norte-americana Bisa Williams durante sua visita a Cuba, como revelam os documentos do Wikileaks. Por que manteve um manto de silêncio sobre este encontro? De que falaram?

29. Michael Parmly, antigo chefe da diplomacia norte-americana em Havana afirma que se reunia regularmente com você em sua casa, como indicam documentos confidenciais da SINA. Em uma entrevista, ele compartilhou sua preocupação em relação à publicação dos cabos diplomáticos norte-americanos pelo Wikileaks: “Eu me incomodaria muito se as numerosas conversas que tive com Yoani Sánchez forem publicadas. Ela poderia sofrer as consequências por toda a vida”. A pergunta que imediatamente vem à mente é a seguinte: quais são as razões por que você teria problemas com a justiça cubana se sua atuação, conforme afirma, respeita o marco da legalidade?

30. Continua pensando que “muitos escritores latino-americanos mereciam o Prêmio Nobel de Literatura mais que Gabriel García Márquez”?

31. Continua pensando que “havia uma liberdade de imprensa plural e aberta, programas de rádio de toda tendência política” sob a ditadura de Fulgencio Batista entre 1952 e 1958?

32. Você declarou em 2010: “o bloqueio tem sido o argumento perfeito do governo cubano para manter a intolerância, o controle e a repressão interna. Se amanhã as suspenderem as sanções, duvido muito que sejam vistos os efeito”. Continua convencida de que as sanções econômicas não têm nenhum efeito na população cubana?

33. Condena a imposição de sanções econômicas dos Estados Unidos contra Cuba?

34. Condena a política dos Estados Unidos que busca uma mudança de regime em Cuba em nome da democracia, enquanto apoio as piores ditaduras do Oriente Médio?

35. Está a favor da extradição de Luis Posada Carriles, exilado cubano e ex-agente da CIA, responsável por mais de uma centena de assassinatos, que reconheceu publicamente seus crimes e que vive livremente em Miami graças à proteção de Washington?


36. Está a favor da devolução da base naval de Guantánamo que os Estados Unidos ocupam?

37. Você é favorável à libertação dos cinco presos políticos cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998 por se infiltrarem em organizações terroristas do exílio cubano na Florida?

38. Em sua opinião, é normal que os Estados Unidos financiem uma oposição interna em  Cuba para conseguir “uma mudança de regime”?

39. Em sua avaliação, quais são as conquistas da Revolução Cubana?

40. Quais interesses se escondem atrás de sua pessoa?

* Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se intitula Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba, Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade.

Contato: Salim.Lamrani@univ-mlv.fr.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Irlanda traz à tona a vergonha das lavanderias católicas

Para serem "purificadas", "as caídas" (mães solteiras e suas filhas,
 prostitutas, etc.)  eram submetidas ao trabalho análogo ao da escravidão

O governo da Irlanda trouxe à tona de novo o que os jornais do país chamam de “vergonha nacional”: as lavandeiras administradas por ordens de freiras católicas que exploravam o trabalho das “caídas” (mães solteiras e suas filhas, vítimas de abuso sexual, prostitutas e portadoras de deficiência física ou mental).  As mulheres trabalhavam duro sem nada ganhar, como se fossem escravas. Algumas sofriam abuso sexual de padres e outras  morreram em circunstâncias desconhecidas.

As roupas eram de empresas, órgãos públicos e Forças Armadas um negócio altamente lucrativos para as freiras.

O governo divulgou um relatório com a informação de 1922 a 1996 mais de 10.000 jovens tidas como fardo pela família, escola ou Estado trabalhavam nas chamadas Lavandeiras Madalena. Para serem “purificadas”, elas ficavam trancadas de seis meses a um ano nesses locais lavando e passando roupas, além de trabalho de costura. 

No relatório, o governo reconheceu que o Estado irlandês encaminhou para essas lavandeiras 2.124 mulheres, 26,5% do total. Também informou ter descoberto que cerca de 900 mulheres morreram nesses locais de trabalho forçado — a mais nova delas tinha 15 anos. 

"Caídas" trabalhavam mais de 10 horas
por dia sem ganhar um tostão
O historiador Diarmaid Ferriter disse que as lavanderias faziam parte dos mecanismos que a sociedade, Estado e ordens religiosas usavam para tentar enquadrar as pessoas tidas como párias no modelo de pureza mítica cultural da identidade irlandesa. 

A imprensa tem publicado o testemunho de algumas sobreviventes das lavandeiras. Uma delas, por exemplo, contou que sofre até hoje de depressão por causa dos maus-tratos. “Eu me sinto em pedaços”, disse. “Já tentei o suicídio várias vezes.” 
Como representante do Estado irlandês, o primeiro ministro Enda Kenny pediu desculpas pelo sofrimento das mulheres internadas nas lavanderias Madalena, por endossar o estigma de “caídas” e por ter demorado para assumir parte da  responsabilidade pelas mazelas. 

Para mulheres sobreviventes das lavanderias, só o pedido de desculpas não basta. Elas querem ser indenizadas.
O filme de 2001 The Magdalene Sisters ("Em Nome de Deus", na versão para o português) conta a história de quatro jovens que foram mandadas por seus familiares para uma dessas lavanderias ou, como eram chamadas, asilos católicos. As jovens são chamadas de  “irmãs Madalena”. Três delas eram mães solteiras e uma tinha sido estuprada.

O cineasta Peter Mullan se baseou em histórias reais para mostrar a rotina de castigos (alguns físicos) e de humilhações que as freiras imponham às “decaídas”.

Veja o trailer do filme The Magdalene Sisters


Fonte: Blog do Paulopes

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

"Liberdade de expressão" a troca de dólares ianques


Sempre premiada pelo governo americano, como umas das figuras mais conhecidas contra o regime socialista cubano, Yoani Sánchez hoje se encontra no Brasil em uma turnê acompanhada por representantes do Partido da Imprensa Golpista - PIG.

Destilando seu ódio contra a revolução do povo cubano, a blogueira tenta se passar de vítima a quem não há conhece. No cinismo desaforado, chegou até a não assinar um manifesto contra o embargo americano sobre Cuba, "seu país".

Hoje o nosso blog está reproduzindo uma matéria do blog La pupila insomne, que constata a farsa desta blogueira sobre o tema "liberdade de expressão" que esconde sua intenção política de ajudar que os EUA e forças contrárias ao socialismo, sejam sempre saqueadores da consciência revolucionária das mentes de ingênuos cidadães de bem, em troca de alguns milhares dólares.

Veja a matéria de Iroel Sánchez*

Aprender sobre a liberdade de expressão na turnê mundial de Yoani Sánchez

Yoani Sánchez começou sua volta ao mundo em 80 dias e já aproveita a mídia global para nos dar lições sobre o que significa tanto pela liberdade de expressão.

Os mesmos meios que fizeram suas aventuras em Cuba e ignorado seu absurdo que nunca existiu-tiroteios, assaltos a igrejas ocorreu apenas em sua imaginação, ou mortes avançadas de Fidel Castro e Hugo Chávez negócio para ensinar como as máquinas no Sra. Sanchez, que atua como instrumento.

Sabemos da grande mídia que Yoani Sanchez, foi recebido com protestos nos dois aeroportos brasileiros, onde desembarcou, até agora, e que na segunda-feira noite de exibição de um documentário sobre sua teve de ser substituído por um debate com pessoas que opnen sua presença no país sul-americano.

Mas nunca jornais como o The Miami Herald neste "debate" falou quem propôs. É raro, muito raro, que os partidários de um regime totalitário e de qualificação que meios de radiodifusão Cuba Yoani Sánchez-propor um debate e ainda mais estranho é que, quando isso ocorre, a imprensa apoiaram a liberdade de expressão que pode dizer uma palavra do que eles disseram que não compartilham suas idéias.

Passaram apenas dois dos 80 dias última turnê mundial Sra. Sanchez, mas, sem dúvida, estamos aprendendo muito sobre a liberdade de expressão que ela e seus patrocinadores tentando impor a Cuba.

*Iroel SánchezEngenheiro e jornalista cubano. Ele trabalha no Ministério da Informática e das Comunicações. Ele foi presidente do Instituto do Livro de Cuba. No twitter @ iroelsanchez

Título: Blog Conversa de Feira

Adolescente Kaiowá de 15 anos é assassinado com três tiros.

Várias crianças indígenas são assassinadas cada ano

“Após assassinato de adolescente de 15 anos, povo Guarani Kaiowá faz retomada neste momento.
Cerca de 500 indígenas estão retomando a terra indígena em protesto ao assassinato”
Esse foi o comunicado enviado por Valdelice Veron, liderança indígena Guarani Kaiowá (Contato: (067) 96202160).
O crime aconteceu no sábado 16. Três jovens Guarani Kaiowá da aldeia Tey’ikue, município de Caarapó, saíram para pescar nas margens do córrego Mbope’i. Na ocasião, três pistoleiros perseguiram os adolescentes. Dois deles conseguiram fugir. Denilson Barbosa, de 15 anos, foi capturado pelos jagunços e assassinado com três tiros: dois na cabeça e um no pescoço. Suspeita-se que o mandante do crime é o fazendeiro Oladino, proprietário da fazenda Sardinha. O corpo do adolescente foi encontrado na manhã deste domingo, 17, na estrada vicinal a sete quilômetros do perímetro urbano. 
Em protesto ao assassinato do jovem, mais de 500 indígenas Guarani Kaiowá estão, neste momento, retomando a terra indígena a qual a fazenda Sardinha está instalada. Somente a Polícia Civil apareceu no local do crime para fazer a perícia criminal. Segundo indígenas que estão no local da retomada, até a noite de hoje (18), a Fundação Nacional do Índio (Funai) não apareceu no local do conflito. A Procuradoria Geral da República foi acionada e garantiu o envio da Força Nacional para a região a partir de amanhã (19). 
O clima é de tensão na retomada da terra indígena e muitos dos indígenas temem novos ataques dos jagunços. Porém, a decisão dos indígenas é resistir em protesto ao assassinato do adolescente Kaiowá Guarani e em defesa das terras tradicionais.
Os indígenas Guarani Kaiowá pedem, neste momento, todo apoio e solidariedade das entidades e militantes para que possam resistir na retomada indígena, comparecendo ao local e ajudando a divulgar a situação!
Veja também: 

Boato ou não, crianças indígenas são mortas todos os anos, mostra Cimi


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Caso Renan: A velha mídia fez você de trouxa? Bem que eu avisei…


Por Esmael Moraes*
No último dia 7 de fevereiro eu registrei neste blog que o Partido da Imprensa Golpista (PiG), utilizando-se da boa-fé de internautas, deu força a uma tentativa golpista contra o Senado Federal via redes sociais (relembre clicando aqui).
Gente boa da melhor qualidade entrou no samba enredo da velha mídia, feito trouxa, achando que iria derrubar o recém-eleito presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por meio de uma petição online na internet (veja aqui).
Desde o princípio, a mídia golpista brincou com a boa vontade de 1,6 milhão cidadãos que se dispuseram a assinar o documento virtual. Os jornalões omitiram por mais de dez dias que a muvuca não teria efeito legal, mas usaram a boa-fé da moçada para buscar seu objetivo: promover o golpe contra uma instituição democrática.
É bom relembrar que a campanha pela defenestração de Calheiros começou pela velha mídia bem antes da eleição no 1º de fevereiro. Chifrado até pelos tucanos (relembre aqui), o consórcio Veja, Estadão, Folha, Globo, etc., perdeu no Senado pelo placar de 56 votos a 18. Por isso tentou reeditar o golpismo contra o Senado valendo-se do “efeito manada” a partir de alguns desavisados festivos.
Por eu levantar o debate aqui neste espaço, democraticamente, virei alvo dos “trolls” (agente contratado para desestabilizar a discussão de determinado grupo na internet).
A questão central é a seguinte: não defendo Renan Calheiros; não sei quem é, nem o que almoça. No entanto, ele foi eleito senador e presidente da Casa, democraticamente, pelo voto.
Calheiros é um anjo? Evidentemente que não, mas daí concordar com golpe contra as instituições democráticas há uma distância enorme. O Congresso Nacional é o espelho da sociedade, portanto, você aí indignado, nas próximas eleições vote com mais cuidado. Não se pode abrir precedentes a golpismos. A democracia não permite isso. Nem para direita, nem para a esquerda.
Muitos tentam relacionar o movimento pelo impeachment do ex-presidente Collor, em 1992, do qual participei, à petição online pela derrubada de Renan. Essa turma quer fazer “revolução” com a bunda colada numa confortável poltrona. Assim não dá, assim não pode, diria o ex-FHC.
A campanha pelo impedimento de Collor não foi golpe, nem tapetão. Foi um movimento de massas, legítimo. Milhões foram às ruas. Havia uma disputa ideológica na sociedade. Derrotamos o neoliberalismo. Se fôssemos vencidos, naquela jornada, hoje seríamos uma Espanha ou Portugal com 25% ou 30% de desemprego. Estaríamos 20 anos atrasados em relação ao resto do mundo moderno.
Só há legitimidade em um movimento se houver inequívoca participação popular, dos partidos políticos, dos sindicatos, das entidades da sociedade civil, enfim, quando se forma uma maioria em torno de uma causa, de uma bandeira. Não é o caso dessa petição online contra o Renan Calheiro. Isso está mais para golpe contra a instituição, que é o Senado Federal.
Portanto, a velha mídia deve uma manchete em letras garrafais: ENGANEI UM BOBO NA CASCA DO OVO!
*Esmael Morais é jornalista, nasceu em Jardim Alegre (PR), hoje é sócio da Editora Tática Comunicação Integrada; também possui trabalhos e projetos em estratégias de comunicação e consultorias voltados para entidades da sociedade civil, executivos de empresas e lideranças políticas.

Chávez retorna a Venezuela: "Obrigado, povo amado!"


O presidente da Venezuela Hugo Chávez regressou nesta segunda-feira (18) ao seu país, desde Havana (Cuba), onde havia sido submetido uma cirurgia, em dezembro passado.

Na sua conta de Twitter @chavezcandanga, Chávez escreveu: “Chegamos outra vez à Pátria venezuelana. Obrigado, meu Deus! Obrigado, povo amado! Aqui continuaremos o tratamento. Obrigado, Venezuela, por tanto amor!!!” E completou: “Até a vitória, sempre! Viveremos e venceremos!”

O vice-presidente do Executivo Nicolás Maduro disse em um contato com a emissora Venezuelana de Televisão que Chávez está no Hospital Militar de Caracas para continuar seu processo de recuperação.

As declarações foram feitas três dias depois de o governo venezuelano divulgar as primeiras fotografias de Chávez desde que ele viajou à capital cubana, Havana, há mais de dois meses. Nas imagens, ele aparece deitado em uma cama ao lado das duas filhas, Maria Gabriela e Rosa Virginia.

Em Cuba, centenas de religiosos realizaram uma missa pela saúde de Chávez neste domingo (17), na cidade de Havana. 

No mesmo dia, uma pesquisa realizada pela Hinterlaces apurou que 64% dos venezuelanos valoram positivamente a gestão do presidente bolivariano. Chávez foi reeleito em outubro com mais de 8 milhões de votos, enquanto, segudo estudos, 66% na população crê que a oposição não tem condições de substituí-lo.

Com Prensa Latina Agência Brasil 



sábado, 16 de fevereiro de 2013

EUA foram contrários aos programas espaciais do Brasil


“No final dos anos 80 e na década de 90, a crescente e forte pressão do exterior, especialmente dos EUA, contra projetos espaciais do Centro Técnico Aeroespacial (DCTA/FAB) era fato concreto, claro, documentado.

Os Estados Unidos, por diversos meios, já haviam explicitado, escrito, assinado e carimbado que não aprovavam o desenvolvimento espacial brasileiro quanto a foguetes de sondagem científicos e a lançadores de satélites. Documentos formais do Departamento de Estado daquele país isso claramente manifestavam. Até mesmo, aqueles que nos foram enviados justificando como “razões de Segurança Nacional” (sic) deles as suas negações aos pedidos do CTA de importação de rudimentares e inofensivos componentes de uso comum, “de prateleira”, que o CTA pretendia aplicar em produto espacial.
Quando esses e outros itens embargados eram conseguidos pelo CTA correta e oficialmente, em outros países, alguns políticos brasileiros da base do governo demotucano, bem como a nossa americanófila “grande” imprensa, diziam, errada, acusativa e pejorativamente, e em estranha coincidência com a posição norte-americana, que a Aeronáutica estava “comprando no mercado negro”.

Pelo menos, os EUA não colocavam semelhantes obstáculos para o desenvolvimento brasileiro de satélites pelo INPE. Quiçá, porque já soubessem que ganhariam muito dinheiro com a colocação em órbita daqueles pequenos, leves, simples e inofensivos satélites destinados à coleta de dados ambientais (SCD) (os SCD-1 e 2 eram refletores de sinais desses dados ambientais enviados de pontos de medição em terra), cujos lançamentos para a órbita certamente seriam (como foram) comprados pelo Brasil (AEB) no exterior, na ausência do embargado lançador nacional VLS. Realmente, os EUA vieram a ganhar, e muito, no lançamento deles.

A suspeita de haver ações dos EUA, lícitas e ilícitas, contrárias aos nossos projetos de veículos espaciais fora reforçada, nos anos 80, por outro fato. Fora contratada pelo CTA uma empresa norte-americana para efetuar tratamento térmico em tubos-envelopes dos motores do primeiro estágio do foguete de sondagem científico suborbital Sonda IV. Aqueles tubos tinham sete metros de comprimento por um metro de diâmetro (tubos idênticos aos dos seis motores, de três dos quatro estágios do VLS).
Motor do Sonda IV e do VLS (que utiliza 6 deles)
Eram feitos com inovador aço especial de ultra-alta-resistência desenvolvido pelo CTA/FAB com apoio de indústria nacional. Aço que veio a ser comercializado pela empresa brasileira que participara do desenvolvimento. Foi exportado até para os EUA fazerem trens de pouso dos aviões Boeing.

Após árduas gestões, que consumiram muitos meses, o governo dos EUA, finalmente, autorizou o embarque dos tubos do Sonda IV para aquele país. O tratamento térmico foi realizado e pago, mas o governo norte-americano não permitiu a restituição ao Brasil... Novamente, difíceis negociações, inclusive diplomáticas. Outros longos meses foram consumidos até a devolução.

Recebidos e testados em laboratório pelo CTA, foram descobertos defeitos elementares nos serviços feitos nos EUA no metal de relativamente muito fina espessura, defeitos que causariam explosão quando se lançasse os foguetes. Então, com o intelecto e os recursos do CTA/FAB, foi capacitada tecnológica e industrialmente uma empresa nacional para não mais dependermos dos EUA naqueles serviços. Foi projetado e construído o maior e mais moderno forno vertical do hemisfério sul para tratamento térmico em metais em atmosfera controlada.

Aquele imprevisto e outros injustificáveis embargos dos EUA retardaram o programa espacial brasileiro completo (MECB) (satélite-lançador-centro de lançamento) em muitos anos.

Infelizmente, por culpa nossa, ocorreu posteriormente outra oportunidade perdida pelo Brasil: o estratégico e avançado forno teve que ser desativado por falta de demanda causada pela restrição quase total de recursos financeiros e humanos para a área espacial nos dois governos FHC/PSDB/DEM.

Houve o doloso drástico estrangulamento orçamentário com a quase extinção do setor espacial brasileiro nos anos 90 (Collor e FHC/PSDB/PFL-DEM) por ordens de origem (interna ou externa) ainda desconhecida. A asfixia atingiu, especialmente, as áreas de lançadores de satélites, foguetes de sondagem científica e centros de lançamento. O governo FHC passou a direcionar os poucos recursos brasileiros restantes para o projeto norte-americano da estação ISS e para pequenos e relativamente simples satélites do INPE (SCD-1 e 2), lançados em órbita pelos EUA a preços abusivos.

As saídas de pessoal dos projetos praticamente extintos chegou a quase um milhar. Grande parte dos poucos remanescentes engenheiros do projeto VLS (o governo proibia novas admissões) recebia congelados ínfimos salários. Os teoricamente 'estagiários' recebiam cerca de R$ 600 e, mesmo assim, era comum ficarem mais de seis meses sem receber. Os recursos governamentais foram, praticamente, zerados naquelas áreas (em 1999, o total do setor espacial no Brasil –INPE, CTA, CLA, CLBI etc--ficou abaixo de 10 milhões. Ver gráfico abaixo). Os projetos persistiam movidos com calote às indústrias fornecedoras e pelo patriotismo dos pesquisadores e técnicos que ainda sobreviviam ao caos no setor causado pelo governo. Cada um passou, também, a executar tarefas de outras especialidades onde surgiam as perdas de pessoal. Culminou com grave acidente. Em 2003, um explosivo incêndio na torre de lançamento, em Alcântara (MA), destruiu a estrutura do VLS, causando a morte de 21 técnicos e especialistas do IAE/FAB. O relatório da comissão da Câmara dos Deputados que investigou o acidente, relatado por deputado do próprio PSDB, concluiu que a causa do acidente e das mortes foi o drástico corte de recursos financeiros e humanos ocorrido nos anos anteriores (nos governos demotucanos).

Houve significativa recuperação dos investimentos a partir de 2003 (ver gráfico abaixo), porém não se forma em menos de dez, quinze anos novo quadro de cientistas especializados.
   
Gráfico dos recursos totais aplicados no setor espacial brasileiro (picos máximos em 1984 e 2010 e pico mínimo em 1999) 
Mesmo com o significativo aumento nos investimentos desde 2003, o Brasil ainda despende valores muito baixos em comparação com outros países de porte semelhante (China, Índia) ou até mesmo de economias bem menores:

INVESTIMENTO ESPACIAL NO MUNDO (2010)

PAÍS - ORÇAMENTO ANUAL (em US$ milhões)

EUA - 17.600
Europa - 5.350
França - 2.590
Rússia - 2.400
Japão - 2.100
China - 1.300
Índia - 1.010
Irã - 400
Brasil - 343 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Forte candidato a papa defende pena de morte para gays


Cardeal de Gana separa direitos LGBT de direitos humanos e é a favor de que gays sejam presos e mortos em nome de uma 'tradição'
Assim que Joseph Ratzinger renunciou ao posto de papa, surgiram nomes que podem sucedê-lo. Um dos mais fortes é o de Peter Turkson, Cardeal de Gana, que poderia se tornar o primeiro papa negro e africano da história. Mas cuidado: ele parece ser ainda pior que Bento XVI.
Homofóbico, Turkson defende a pena de morte para homossexuais em Uganda, um projeto de lei infame que tramita no Poder Legislativo do país. Ao site “National Catholic Register”, ele tentou justificar, no ano passado, o porquê da vontade de prender e matar gays e lésbicas na África seria compreensível (!): “A intensidade da reação (à homossexualidade) é provavelmente compatível com a tradição”.
O cardeal ainda criticou a atitude do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, quando este pediu que o continente africano acabasse com a criminalização da homossexualidade. Para Turkson, defender os LGBT não é questão de direitos humanos. “Quando você está falando sobre o que é chamado de ‘estilo de vida alternativa’, são estes os direitos humanos? Ele [Ban Ki-moon] precisa reconhecer que há uma sutil distinção entre moralidade e direitos humanos, e é isso que precisa ser esclarecido.”
Quando se pensa que o ódio e a falta de respeito ao humano poderiam conhecer limites…
Fonte: Reproduzido do Blog de Luis Nassif Online