domingo, 30 de junho de 2013

A Veja é contra o Plebiscito, diz que é golpe, porque será?

No editorial desta semana, a revista semanal da Editora Abril toma posição e afirma que o povo não está preparado para decidir sobre temas complicados, como a reforma política; "não se faz plebiscito para jogar nos ombros das pessoas o peso de decisões sobre o funcionamento de coisas complexas", diz o texto de Eurípedes Alcântara; ou seja: o povo é bom para protestar (especialmente contra o PT), mas não para decidir.

É o que fica claro no editorial desta semana da publicação da Abril, chamado "Plebiscito é golpe".
De autoria do diretor de redação Eurípedes Alcântara, o texto é uma clara demonstração de elitismo conservador. "Não se faz plebiscito para jogar nos ombros das pessoas o peso de decisões sobre o funcionamento de coisas complexas. As pessoas não podem ser obrigadas a decidir exatamente como as instituições devem funcionar", diz o editorial.
Numa clara demonstração de ignorância, má-fé ou ambos, o editorial diz que os brasileiros foram às ruas para exigir a "reforma dos políticos, não uma reforma política". Ocorre que Eurípedes não é desinformado a ponto de desconhecer que são as instituições que fazem os homens. Por isso mesmo, o debate mais avançado em ciência política diz respeito ao melhor desenho institucional para as sociedades – uma vez que até pessoas de boa fé, num sistema corrompido, excessivamente dependente do capital privado, também se corrompem se for essa a lógica para se eleger e se manter no poder.
O plebiscito, ao discutir temas como o financiamento público de campanha, pode chegar à raiz do problema, mas o fato é que, na lógica de Veja, não faz sentido qualquer mudança. O que parece interessar é a permanência de um sistema viciado onde, a cada governo, os mesmos escândalos se repitam.
Fonte: Brasil 247

sábado, 29 de junho de 2013

Mulher não deve ter os direitos do homem, defende Feliciano

Para pastor, diretos de igualdade da mulher
prejudicam a constituição da família
As pérolas do pensamento do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, continuam surpreendendo. Em entrevista ao livro "Religiões e política; uma análise da atuação dos parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e LGBTs no Brasil", ele disse que a concessão à mulher de direitos iguais ao homem prejudica a família. Por isso, ele é contra.

Em junho de 2012, conforme transcrito na página 155 do livro, ele disse que "quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento com uma pessoa do mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter filhos”. 

No trecho acima, como se percebe, aparece a obsessão de Feliciano: a homossexualidade.

Para ele, conforme registrou o livro, o direito de igualdade das mulheres, no mercado de trabalho, é “uma maneira sutil de atingir a família”.

O pastor continuou o seu raciocínio, voltando à sua obsessão: “Quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos".

Hildete Pereira de Melo, pesquisadora de relações de gênero e mercado de trabalho, afirmou fica claro nas afirmações que Feliciano é misógino e homofóbico. 

“Desde a invenção da pílula anticoncepcional, os casais heterossexuais podem manter vida sexual ativa sem que a gravidez ocorra”, disse. “Atribuir aos homossexuais a responsabilidade pela destruição da família é um delírio.” 

O pesquisador Paulo Victor Lopes Leite, do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e um dos responsáveis pelo livro, disse que a visão que Feliciano tem sobre o papel da mulher na sociedade é a mesma dos integrantes da Frente Parlamentar Evangélica. 

Afirmou que esses parlamentares “trabalham com a ideia de pânico moral, que se manifesta sempre que qualquer atitude ou comportamento se mostra diferente do conceito de família patriarcal, com pai, mãe e filhos”. 

E esse pânico moral, disse Leite, levam os parlamentares evangélicos a “rejeitarem qualquer transformação natural da sociedade, como o casamento igualitário e a necessidade de se discutir a legalização do aborto”. 


A voz do Brasil ocupa Brasília na marcha dos estudantes.

No marco das grandes manifestações que tem tomado conta do Brasil nas últimas semanas, os estudantes brasileiros reafirmaram nessa quinta-feira (27/6), que a melhor forma de fazer política e mobilizar a opinião pública por mudanças se faz ocupando as ruas em manifestação. Brasília, palco de diversos atos da juventude, sabe bem disso, e não teve erro: estudantes de diversos estados brasileiros, junto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e com a União Nacional dos Estudantes, pegaram a estrada e desembarcaram no coração político do país.

Investimento em educação, passe livre irrestrito para os estudantes, reforma política, democratização da mídia e repúdio à homofobia foram temas de primeira ordem no ato nacional que seguiu rumo Congresso Nacional. Para presidenta da UBES, Manuela Braga, é impossível não ouvir a voz que vem das ruas. “O movimento estudantil clama por mais vitórias. Depois da suada aprovação na Câmara, destinando os royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para educação, esperamos pressionar para que não tenhamos nenhum retrocesso. Ainda temos outras prioridades, como o passe livre estudantil e a qualidade no transporte, problemas que batem de frente com o aumento da evasão escolar nas escolas”, comentou.

A defesa por mais investimentos em educação recebeu real destaque entre a estudantada durante a marcha, demonstrando entendimento da pauta. Com o rosto pintado e a bandeira do Brasil sobre as costas, o secundarista do Centro de Ensino Elefante Branco (Brasília), Leonardo Matheus de 16 anos, conta que houve uma forte mobilização nas escolas. “Apesar de estarmos em período de gincana, a diretoria da UBES foi nas salas, explicou o que é os royalties e o que é reforma política, depois a galera começou a perguntar sobre outros assuntos pra ajudar a mobilizar mais turmas”, relata o jovem que além de presidente do grêmio Honestino Guimarães, também encheu os pulmões pra lembrar que a própria escola ajudou a pressionar e aprovar a lei da reserva de vagas.

Sem dúvidas, seguros de que a repercussão e a mudança são fatores consequentes, as faixas foram ocupadas por cartazes que expressavam a diversidade da marcha. Em cima do carro de som, o estudante do curso de Direito do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), Yuri Becker, ajudava a organizar o início da caminhada. “As manifestações são pra demonstrar que estamos buscando e queremos mais, evoluímos muito nos últimos 12 anos na educação brasileira, mas é preciso mais. Como em Santa Catarina e por todo país, precisamos ampliar os campus, as universidades estaduais e federais, precisamos garantir o passe livre e a democratização da mídia, para que consigamos passar o verdadeiro motivo de estarmos nas ruas, isso tudo é o que garante que permaneceremos lutando”.

A presidente de grêmio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina, Franciane Martini, 16, também pontua a permanência da juventude nas ruas. Depois de 25 horas de viagem, a secundarista afirma que “há muito o que mudar, mesmo aqui ou em Santa Catarina, onde várias cidades restringem o transporte para os estudantes com número de passagens diárias limitadas”.

Esse grito incessante e jovem permanece na fala dos demais que encheram de cor o Distrito Federal. De cima do carro de som, o presidente da União Estadual dos Estudantes do Mato Grosso, Rarikan Heven puxava as palavras de ordem durante a concentração na Biblioteca Nacional. Ele, que veio junto com os secundaristas e estudantes da Universidade Federal, afirma que a galera veio determinada. “Vamos aproveitar a marcha para ir até a bancada de Mato Grosso no Congresso para que eles recebam diretamente as nossas pautas como o financiamento do passe livre no estado”.

“A gente sabe o quanto é importante colocar a massa na rua, radicalizar e parar as cidades”, conta o secundarista, Douglas Rodrigues ao citar as bandeiras de luta, especialmente o repúdio ao projeto “Cura Gay”. Para o presidente do grêmio estudantil Frei João Batista Vogel do Colégio Estadual Polivalente Frei João Batista, em Anápolis, “além das pautas educacionais, o estado tem se levantado contra o projeto homofóbico, especialmente por ser tratar de uma proposta do deputado João Campos, parlamentar goiano que não representa a luta da população que o elegeu”.

“Viemos pelos 10% do PIB para educação, na expectativa de que o Senado leve em consideração nossas bandeiras. Resultado de uma forte mobilização do DCE que mobilizou a cidade de Uberlândia e Uberaba, viemos com os ônibus cheios enfrentando 5 horas na estrada pra conquistar a atenção dos nossos representantes”, conta a estudante de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia, Bia Miranda.


Ônibus de outros estados também atravessaram o Brasil a caminho de Brasília, como os estudantes de São Paulo e do Paraná. Além de todos esses, Acre, Bahia, Pará, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul também marcaram presença com presidentes de entidades estaduais e diretores da UBES e UNE.

Fonte: Site da UBES

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lula sai da toca: “se a direita quer luta de massas, vamos fazer luta de massas”

A Eliane Cantanhêde, da Folha, está com saudade dele. Andou “cobrando”, na coluna do jornal, que Lula fale sobre as manifestações nas ruas. Fez até um contraponto com FHC – este sim, diz a colunista,  participa do debate público. Cantanhêde ainda acha que só participa do debate quem dá entrevista para “Folha” e outros jornais. Os caminhos de Lula são outros.

O ex-presidente já atua firmemente nos bastidores, consulta lideranças, articula movimentos e põe o bloco na rua. 

Um dos participantes desses encontros – que acontecem no bairro do Ipiranga, em São Paulo – revela o que Lula anda dizendo sobre as manifestações pelo Brasil: “é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças, enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda.”

Lula também teria dito algo como: “se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas”. (Rodrigo Vianna)

Do Correio do Brasil

Ex-presidente da República e um dos principais atores políticos da esquerda brasileira, Luiz InácioLula da Silva assume, definitivamente, o seu papel de liderança nos movimentos sociais que tomaram as ruas do país, em uma série de manifestações que chega à sua segunda semana. De sua base, na sede do Instituto Lula, nesta capital, o principal aliado da presidenta Dilma Rousseff na elaboração de uma agenda política para a realização de um plebiscito, provavelmente em agosto, intensifica os encontros com os movimentos sociais mais próximos do Partido dos Trabalhadores (PT).

No mais recente encontro, na véspera, com jovens de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude e o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Lula ofereceu o diapasão para afinar o discurso dos movimentos sociais. Em lugar da esperada mensagem de conciliação e o pedido de calma aos manifestantes, o momento é de “ir para a rua”, afirmou o ex-presidente. A reunião, no bairro do Ipiranga, em São Paulo não contou com a presença do Movimento Passe Livre (MPL), nem do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

– O (ex-)presidente queria entender essa onda de protestos e avaliou muito positivamente o que está acontecendo nas ruas – disse a jornalistas André Pereira Toranski, dirigente da UJS, que conta majoritariamente com militantes do PCdoB.

Outro participante do encontro, que preferiu o anonimato, afirma que Lula “colocou que é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda. Ele agiu muito mais como um líder de massa do que como governo. Não usou essas palavras, mas disse algo com ‘se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas”.

Em nota publicada em seu perfil na rede social Facebook, na última quinta-feira, Lula já se mostrava favorável às manifestações ocorridas desde o último dia 13 em várias cidades do Brasil: “Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil, porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas”, declarou.

Em São Paulo, Lula apoiou a negociação entre o governo e os manifestantes, que reclamavam do aumento no preço da passagem de ônibus. Na ocasião, o ex-presidente demonstrou confiança no trabalho do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ministro da Educação durante seu governo.

– Estou seguro, se bem conheço o prefeito Fernando Haddad, que ele é um homem de negociação. Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução para o transporte urbano – afirmou. Apenas alguns dias depois, Haddad revogou o aumento de R$ 0,20 no preço da passagem.

Plebiscito

De sua parte, a presidenta Dilma também seguiu os conselhos do amigo e antecessor no cargo e vem promovendo, desde o início desta semana, uma série de encontros com os movimentos sociais. Na véspera, Dilma recebeu os representantes de oito centrais sindicais e dedicou 40 minutos da reunião para explicar aos dirigentes como serão norteadas as ações para os cinco pactos anunciados pelo governo – com vistas à melhoria dos serviços públicos – e destacou a importância de ser convocado um plebiscito no país para discussão da reforma política. Embora a presidenta não tenha sido explícita no apelo às centrais, a sua fala na abertura do encontro foi vista pela maior parte dos presentes como uma forma de pedir o apoio das entidades para as medidas divulgadas nos últimos dias.

A presidenta admitiu que é preciso aprimorar a interlocução com as centrais e disse concordar com as críticas das ruas sobre a qualidade dos serviços públicos. Afirmou, ainda, que a pressão das mobilizações está correta e ajuda na transformação do país. Participaram do encontro representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Força Sindical, bem como Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), CSP-Conlutas e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), além de técnicos do Dieese.

Os sindicalistas apresentaram os principais itens definidos na pauta traçada nos últimos dias com solicitações ao governo, tais como melhorias na qualidade do transporte público e redução das tarifas, mais investimentos na educação e na saúde, retirada de tramitação, no Congresso, do Projeto de Lei 4.330 – referente à regulamentação das atividades de terceirização, fim do fator previdenciário e aumento dos valores das aposentadorias, reforma agrária e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Dilma deixou claro que essa pauta será negociada como um todo e que o governo apresentará uma resposta até agosto.

Mesmo lembrando que alguns desses temas precisam ser discutidos e negociados no Congresso e ressaltando a importância de as centrais participarem dessas negociações, a presidenta assegurou, no que se refere ao PL 4.330, que embora não possa vir a vetar o projeto inteiro, não deixará que sejam retirados direitos dos trabalhadores. Além disso, ela enfatizou que não aprovará qualquer projeto sem que exista acordo entre trabalhadores, empregadores e governo e que atenderá à reivindicação das centrais de estabelecer um canal de diálogo permanente, conforme relatou, ao final do encontro, o presidente da CUT, Vagner Freitas.

– A reunião não teve o objetivo de discutir a pauta dos trabalhadores e sim o atual momento político do Brasil. Colocamos para a presidenta que é preciso levar em consideração, nesse debate, os interesses dos trabalhadores organizados. Foi um espaço para que discutíssemos o que está acontecendo e como devemos fazer para que o movimento crie propostas progressistas – afirmou Freitas.

Durante sua fala à presidenta no encontro, o dirigente da CUT ponderou que as melhorias nos serviços pleiteados pela população só existirão com o investimento na rede pública.

– O governo tem de se debruçar sobre a saúde, transporte, educação e segurança pública de qualidade. Não adianta querer melhorar privatizando. Apontamos que a resposta tem de vir do Estado e ela (a presidenta) concordou – disse, ao sair do Palácio do Planalto.
No próximo dia 11, as centrais prometem ir às ruas em todo o país pela aprovação de sua pauta de reivindicações.

Das ruas às urnas

Para Luiz Carlos Antero, jornalista e escritor, colunista e membro da Equipe de Pautas Especiais do sítio Vermelho.org, o plebiscito pela reforma política é uma das propostas que “podem surtir um maior impacto”. Em um debate mais amplo, segundo o analista, “pode contribuir para uma maior participação popular e para aprofundar a democracia no Brasil, destacando-se em especial aspectos como o do financiamento público de campanhas”.

“Entretanto, ainda mais que compreender o que se passa no Brasil no atual momento, é indispensável e urgente o esforço da apresentação de um afirmativo e unitário programa popular e democrático enquanto fio condutor das lutas de rua — para as quais qualquer pauta institucional e toda pausa na movimentação terá um sentido provisório e cumulativo, distante do improvável êxito do pensamento ou desejo de uma nova acomodação” afirma.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As elites acham que pobre “dá muita despesa”…

Quem  quiser conhecer a crueza que a parcela da classe média brasileira que se deslumbra – e se crê ser , sem ser – com a elite deste país, visite a página do Estadão onde se noticia que o “Nordeste recebe metade dos benefícios do Bolsa Família em dezembro“, onde se noticia o óbvio: que a transferência de recursos para pessoas em situação de miséria é maior onde é maior a própria miséria. 

A matéria não diz, mas os comentaristas explicitam: é um absurdo São Paulo receber menos bolsas-família que o estado da Bahia, o único dos estados nordestinos que supera o valor transferido aos paulistas que, é obvio, arrecadam mais tributos.

E aí as manifestações viram explicitudes.

“(…) o Sul e o Sudeste nao tem nada a ver com as miserias do Nordeste. Os problemas do Nordeste precisam ser resolvidos pelos nordestinos, e nao pelos paulistas ou gauchos. O povo nordestino que se vire sozinho. Que cobre atitudes efetivas dos politicos que ele elege. A pobreza deles eh problema deles, e de ninguem mais.”, diz um deles. “Bem que o povo lá de cima podia começar a trabalhar como nós aqui para sentir o drama do que é viver contra o governo tirando tudo que você sua para ganhar.”, argumenta outro.

Talvez diminuissem sua fúria racista se tivessem tido acesso à pesquisa do Ipea de onde vieram os dados sobre a bolsa-família. Ignoram o que ela contém, como fez o repórter do Estadão.

Ali veriam, por exemplo, que o Sudeste tem 44% das instituições públicas – e caras – de ensino superior do país, metade delas em São Paulo,  enquanto o Nordeste fica com 25%. Ou que o número de médicos recebendo pelo Sistema Único de Saúde é de 301 mil, 50% do total, e no Nordeste, que tem uma relação médico público/habitante 30% menor,  são apenas 20% do total de  profissionais médicos brasileiros.

Todos eles custando dinheiro público.

Essa parcela – felizmente minúscula – dos brasileiros, que pensa ser moderna mas ainda tem a cabeça na Idade Média não é apenas escravocrata: é burra e raivosa. E por estar concentrada no estado mais rico da Federação, São Paulo, acha que o papel que lhe cabe é o de capitão do mato cosmopolita.

Odeiam Dilma e Lula no século 21 como odiaram a Getúlio no século 20.


Ficaram para trás., estão politicamente em extinção.

São as “maria-antonieta” dos Jardins, mas poderiam ser as mesmas de Ipanema.

Noruega elogia trabalho de Cuba no Haiti

O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Gry Larsen, chamado na quarta-feira para o trabalho humanitário maravilhoso em Cuba Brigada médica no Haiti, durante a assinatura, em Havana de um quarto acordo entre os três países.

O acordo tripartido vai financiar com US $ 800.000 por ano (2013-2016) as tarefas dos cubanos no Haiti.

"Após o terremoto no Haiti em 2010, nós nos perguntamos como poderíamos ajudar, e dez dias depois que assinou o primeiro acordo, e agora apreciar o trabalho feito por especialistas cubanos", disse o vice-chanceler.

Larsen também destacou a importância da cooperação Sul-Sul.

O mais importante desse acordo é que ele disse que nos permitirá salvar mais vidas no Haiti.

Iliana Nunez, vice-ministro cubano do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, disse que a equipe médica estava no Haiti antes do terremoto e permanecerá lá até que nós precisamos dele.

"Este acordo é um bom exemplo do que deve ser a cooperação, e também para permitir a manutenção de nossos parceiros, fortalecer o sistema de saúde do Haiti, no sul do país", disse o vice-ministro cubano.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Saiba os indícios das roubalheiras tucanas


Para aliciar sua base de apoio no Congresso Nacional e manter a governabilidade, FHC sempre foi complacente com a corrupção. A aliança principal do grão-tucano foi com o ex-PFL, atual DEM – e sabe-se lá qual será o novo nome da organização fisiológica que sucumbe na crise. Um dos líderes de FHC no parlamento foi o demo José Roberto Arruda, o mesmo que foi pego com a mão da botija no esquema do mensalão do governo do Distrito Federal. A lista de indícios de roubalheira no governo FHC foi grande:

Denúncias abafadas: Já no início do seu primeiro mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão se notabilizou exatamente por abafar denúncias.

Caso Sivam. Também no início do seu primeiro mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.

Pasta Rosa. Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os processos da pasta rosa. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido pela alcunha de “engavetador-geral da República”.

Compra de votos. A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.

Vale do Rio Doce. Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.

Privatização da Telebras. O jogo de cartas marcadas da privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC, citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de FHC. O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos dois anos e meio anteriores à “venda”, o governo investiu na infra-estrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o governo FHC impediu que fosse investigada.

Ex-caixa de FHC. A privatização do sistema Telebrás foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão. Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

Juiz Lalau. A escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”.

Farra do Proer. O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.

Desvalorização do real. De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.

Sudam e Sudene. De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC extinguiu a Sudene, em vez de colocar os culpados na cadeia.

Fonte: Blog do Miro

Obs: Essa postagem foi reproduzida.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tá na hora de rever concessão da Rede Globo

A TV Globo manipula as mentes
A Rede Globo umas das mais influentes do PIG, foi durante a ditadura miltar parceiro dois generais e contra a luta pela abertura democrática do país. O jornalismo da globo nasceu para induzir a opinião pública e apoia de forma criminosa qualquer ação dos imperialismo estadunidense contra países que querem ser independentes e/ou procuram caminhar ao socialismo, como na America Latina. 

A Rede Globo sempre foi e será enquanto existir um instrumento de manipulação da informação. Isso vem acontecendo no limiar dos movimentos populares no país.

Podemos citar algumas proezas da Globo:

Em 1982, a Globo juntamente com a Proconsult (empresa privada contratada para apurar os votos das eleições no estado do Rio de Janeiro) fraudaram o resultado da eleição para governador, porém foi descoberta a tempo, com objetivo de derrotar Leonel Brizola e dar de bandeja ao representante, Moreira Franco de PDS. 

Em 1984, aconteceu uma passeata com mais de 200 pessoas na Praça da Sé na luta pelas diretas para presidente, ela noticiou pelo Jornal Nacional que se tratava do aniversário da cidade de São Paulo;

Nas eleições de 1989, a Globo na eleição de Collor vez uma campanha de manipulação e difamação contra Lula, principalmente no segundo, no último debate favoreceu o candidato da direita,



Marinho, capacho da ditadura
Essa emissora, desde a década de 60, vem difundido ódio e mentiras, contra as nações, como o próprio Brasil, a Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Argentina, Cuba, o Irá, Afeganistão, Iraque, Líbia, a Palestina e a China. Tudo para  fortalecer os imperialismo, representados pelo EUA, Ingleterra, Japão e  Israel.

Me bate que eu gosto

Entre janeiro de 2011 e julho deste ano, a família Marinho, através de suas empresas: TV Globo, Globo Participações, Globosat Programadora, Radio Globo São Paulo, Infoglobo (jornal O Globo), jornal Valor (de que a Globo é sócia), Globo Comunicação (internet), e Editora Globo (revista Época), faturou cerca de R$ 55 milhões, quase 1% do PIB, divulgando propaganda do Governo Federal e contra o Governo Federal.

Toda essa grana daria para sustentar 420 mil pessoas do Bolsa Família, cada família em média tem 4 pessoas, então um milhão e setecentas pessoas. O Governo Dilma investe  para ser combatido pelo PIG, todos os dias do ano todinho, de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. E de quebra países irmãos latinos.

Agora no final de 2012, a Rede Globo corrupta, monopolizadora, discricionária, obcecada pelo poder, fechou o ano com a demissão de 243 radialistas e 42 jornalistas no Rio de Janeiro. E estas dispensas acontecem mesmo que a emissora tenha assinado acordo no Ministério Público do Trabalho que a obriga a contratar – entre fevereiro de 2012 e de 2013 – 150 jornalistas e radialistaspara acabar com o excesso de horas extras muito acima do limite legal dos profissionais de suas redações.


Contínuo, te vira!
O número de dispensas foi levantado pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio e pelo Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, através das rescisões homologadas. As duas entidades trabalham em conjunto e em contato com a Procuradoria do Trabalho, para que a emissora cumpra com o acordo.

Até a metade de janeiro foram declaradas, pela empresa dos Marinhos, cerca de cem contratações – com comprovante anexado ao processo iniciado pelo Ministério Público. A grande maioria destes postos de trabalho é da categoria de radialistas. Além disso, algumas das contratações anexadas à ação civil são para vaga de contínuo.

A Rede Globo pode estar tentando driblar o acordo, porque as contas não fecham. Em função disso os dois sindicatos estão em contato com os promotores responsáveis pelo caso. Os jornalistas da empresa relatam que não percebem qualquer aumento no número de funcionários nas redações. O que aumenta sempre, dizem eles, é a carga de trabalho.

O acordo na Procuradoria do Trabalho da 1ª Região, assinado em dezembro de 2011 e revelado pelo site do Sindicato dos Jornalistas na edição 36 de seu informativo impresso, remete a uma ação civil pública de 2005. O Ministério Público, após solicitar à Globo cópia do controle de frequência de empregados, encontrou casos de funcionários com expediente de 19 horas por dia, desrespeito ao intervalo mínimo entre expedientes (11 horas) e não concessão do repouso semanal remunerado.

Radialista, bode expiatório
Íntegra da entrevista da procuradora, da nota do sindicato e mais detalhes do processo você acessa aqui.

A procuradora Carina Bicalho afirma que a pejotização, que acontece na Rede Globo e em outras emissoras é artifício claro da precarização das relações do trabalho:

"PJ é uma forma que o capital descobriu para trazer o trabalhador para o lado dele, dizendo que o empregado está ganhando com isso", expõe a procuradora. No entendimento dela, quando essa prática ocorre com os altos salários, não há distribuição de riqueza, já que tanto a empresa quanto o profissional deixam de recolher impostos.

Veja a as diferenças do salario mensal entre artistas, jornalistas, radialistas e contínuos do império global:

Medo de ganhar menos
Regina Duarte, a tucaninha medrosa, embolsa cerca de R$ 120 mil;

Adriana Esteves,   a Carminha, ganha fixo R$ 85 mil;

Miguel Falabella, chega a ganhar cerca de R$ 650 mil por mês;

Daniela Marques, da novela "Lado a Lado", cerca de R$ 5 mil;

Juliana Paiva, da "Malhação", só R$ 1,5 mil;

Radialistas, ganham em média, cerca de R$ 2 mil;

Apresentador Pinóquio
Fátima Bernades, jornalistas e apresentadora, ganha R$ 250 mil;

Willian Bonner, jornalista, editor e apresentador, fatura R$ 2 milhões;

Fausto Silva, o Faustão, ganha o maior salário da Globo, R$ 5 milhões;

Um contínuo recebe em média 01 salário mínimo.

Fontes: Yahoo!TV , Portal R7Site dos RadialistasSite dos Jornalistas e Blog do Miro

Esta postagem foi publicada neste blog no dia 25/01/2013.

Os 5 pactos de Dilma




A presidenta Dilma Rousseff propôs ontem (24) a todos os governadores e os prefeitos de todas as capitais uma agenda com cinco pactos de mudanças sociais e a realização de um plebiscito sobre a proposta de estabelecer um processo constituinte para promover uma reforma política. Segundo a presidenta, é preciso aproveitar o momento de ampla participação popular nas manifestações e garantir que este processo que já entrou e saiu da pauta política seja levado adiante. 

“Estamos ouvindo a voz das ruas, pois só elas nos levam a mudanças em menos tempo. Se aproveitar o impulso, podemos fazer muita coisa mais rápido, pelo povo e pelo Brasil”, concluiu.


Será criado um grupo de trabalho específico para debater a constituinte, que depende de autorização do Legislativo. A princípio, um dos feriados do segundo semestre, o Dia da Independência (7 de setembro), e a Proclamação da República (15 de novembro), poderia ser utilizado para a votação.

Além disso, Dilma quer que a corrupção seja tratada como crime hediondo, propondo que seja desenvolvida uma nova legislação sobre o tema. A reunião com governadores e prefeitos em Brasília foi uma das promessas feitas na sexta-feira durante pronunciamento em cadeia de rádio e televisão. Naquela ocasião, Dilma prometeu também se reunir com representantes dos grupos sociais que têm promovido manifestações nas últimas semanas. Hoje a presidenta teve encontro no Palácio do Planalto com integrantes do Movimento Passe Livre. Na quarta-feira ela recebe representantes das cinco centrais sindicais reconhecidas legalmente.

Na abertura da reunião, convocada para discutir com governadores e prefeitos de 26 capitais sobre as manifestações que vêm ocorrendo em várias cidades brasileiras, a presidenta propôs cinco pactos entre os governantes, nas áreas de responsabilidade fiscal, combate à corrupção, saúde, educação e transporte. Dilma propôs que se amplie a participação da população nas decisões sobre os rumos do país, pois as pessoas querem mais cidadania, políticas públicas de qualidade, eficiência no combate à corrupção, “onde os governos coloquem o cidadão e não o poder econômico em primeiro lugar”.

Dilma pediu esforços e apoio para garantir a aprovação do Projeto de Lei 5500, de 2013, que propõe destinar 100% dos royalties do petróleo para educação e de 50% dos recursos arrecadados diretamente com o petróleo em estados e municípios para o mesmo fim. O plenário da Câmara pode aprovar amanhã a matéria. “Somente o esforço em desenvolver a educação transforma um país em nação desenvolvida”, destacou. No caso da responsabilidade fiscal, primeira questão levantada, a presidenta cobrou dos governadores e prefeitos que atuem para garantir estabilidade econômica e controle da inflação, pois a crise econômica, iniciada em 2008, “ainda castiga as nações”.

Em mobilidade, Dilma afirmou que é objetivo do governo mudar a matriz dos trasnportes, privilegiando investimentos em metrô, veículos leves sobre trilhos (VLT) e corredores de ônibus. A presidenta destacou as desonerações tributárias sobre as empresas de transporte coletivo realizadas pelo governo federal e convidou os estados a participarem do processo, também concedendo desonerações. Dilma afirmou que vai instituir o Conselho Nacional de Transportes, com participação da sociedade civil, e ampliar o debate sobre a forma de financiamento do transporte público. Ela pediu que estes colegiados sejam instituídos em todas as cidades e estados.

Dilma reafirmou que o país vai trazer médicos estrangeiros para atuar em regiões carentes de profissionais, e se dirigiu diretamente à categoria, ao afirmar que não pretende uma política hostil ou desrespeitosa, mas que “essas regiões não podem continuar sem atendimento”. A presidenta garantiu que os brasileiros serão priorizados em todos os preenchimentos de vagas e afirmou que o governo vai ampliar em 11.447 as vagas de graduação nas universidades, e criará 12.376 novos postos de residência. Além disso, pediu que os governantes acelerem os investimentos já contratados na área da saúde.

Veja vídeo de parte da reunião:




segunda-feira, 24 de junho de 2013

As cinco bandeiras da UNE


A União Nacional dos Estudantes (UNE), que desde o início participa dos protestos pela redução da tarifa dos transportes, divulgou uma nota hoje (24) propondo a continuidade das mobilizações juvenis em todo o Brasil. Em contraponto às forças políticas e midiáticas que tentam pegar carona no movimento, impondo as suas pautas conservadoras e até fascistas, a respeitada entidade dos universitários brasileiros propõem cinco bandeiras para fazer avançar a luta por mudanças no país. A síntese da UNE é bastante avançada e permite aglutinar um amplo leque de forças progressistas, rechaçando as manobras golpistas. São elas:

- 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação pública: Chega de lentidão! Queremos a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação!

- Passe livre estudantil já! Por mais acessibilidade, qualidade e eficiência no transporte público!

- Contra a corrupção! Por reforma política que acabe com o financiamento privado das campanhas eleitorais!

- Abaixo a “cura gay”! Não há cura para o que não é doença! Estado laico já! Fora Feliciano!


- Democratização dos meios de comunicação: liberdade de expressão tem que existir pra todo mundo! Aprovação do projeto de iniciativa popular da Lei da Mídia Democrática!

Tendo esse programa como norte para a sua ação unitária, a entidade conclama: "Os jovens brasileiros mais uma vez mostraram do que são capazes e que não querem ficar sentados em casa ou no facebook, sem lutar pelo futuro que querem. Depois dessa demonstração de mobilização nacional que aconteceu nos últimos dias, a UNE convida todos os jovens do país para #VemPraRua lutar pela educação brasileira!". A entidade inclusive já marcou uma manifestação para Brasília na próxima quinta-feira, 27. A nota explica:

Das ruas vem a voz. O batuque, o gesto e a cara. A juventude marcha a passos largos na busca de seus direitos. Nutre a rebeldia. Nutre a vontade por transformações. Milhares viraram milhões, de norte a sul do país. Nós sempre preferimos ser gente que vibra, gente que não tem de ser empurrada, que sabe o que tem que fazer e que faz. Cartazes, bandeiras e mãos unidas fazem ecoar nossa paixão pela democracia e pela liberdade num contexto em que a crise econômica mundial apresenta de forma clara os limites do sistema capitalista. Derrotamos o aumento da tarifa em diversas cidades, condenamos e enfrentamos toda forma de repressão policial onde quer que aconteça e agora dizemos: queremos mais, muito mais!

A UNE e a UBES estão nessa desde o começo. Acreditamos que é chegada a hora de conquistar mais vitórias. Vamos seguir pelo Brasil conectados aos sonhos da juventude e das e dos trabalhadores e barrando qualquer tipo de retrocesso ou tentativa conservadora de manipular as vozes que entoam causas justas. Essas vozes refletem de forma legítima os limites da política institucional de dialogar com a sociedade e as contradições dos próprios governos, que devem estar exclusivamente voltados para as interesses populares.

Nossa combatividade traz o branco da paz e a nossa coragem mostra a cara pintada de verde e amarelo. Mais uma vez a juventude brasileira vai as ruas lutar por transporte de qualidade, combater a corrupção e acabar com o financiamento privado das campanhas, vencer a homofobia e democratizar a comunicação de massa em nosso país.

É também chegada a hora de aprovar 10% do PIB e destinar as riquezas do petróleo para educação pública. Queremos uma escola diferente. Não existe momento mais favorável do que este para conquistar uma educação conectada com os desafios do nosso país e com as necessidades de nossa gente.

Com a cara exposta e com o coração aberto, vamos fazer história mais uma vez.

#BrasilMostraTuaCara

#BrasilConfiaEmMim

#VemPraRua

Fonte: Reproduzido do Blog do Miro