quinta-feira, 18 de junho de 2020

Weintraub anuncia saída da Educação e diz que trabalhará no Banco Mundial


Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O economista Abraham Weintraub anunciou hoje sua saída do Ministério da Educação. "Agradeço a todos de coração, em especial ao presidente Jair Bolsonaro, o melhor Presidente do Brasil! Liberdade!", escreveu. 

No vídeo divulgado por ele, Weintraub aparece ao lado do presidente e agradece ao apoio que vem recebendo. "Sinto cada vez que vocês fazem parte da minha família". "Desta vez é verdade, estou saindo do MEC. 

Nos próximos dias passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar. Neste momento, não quero discutir os motivos da minha saída. Recebi o convite para ser o diretor de um banco e volto para o mesmo cargo, porém no Banco Mundial"

Em pouco mais de um ano à frente do MEC (Ministério da Educação), o economista Abraham Weintraub, demitido hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acumulou derrotas no Congresso Nacional. 

Em fevereiro deste ano, a MP da ID Estudantil, que permitia a emissão de carteirinhas estudantis pelo governo, perdeu a validade sem nem sequer ter sido discutida pelos parlamentares. Os deputados se queixaram de falta de diálogo com o ministro. 

A emissão das carteirinhas pelo governo aconteceu em ofensiva a entidades estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e foi fortemente defendida por Weintraub. Em mais uma derrota para o ministro, o MEC e o Inep (Instituto Nacional dos Estudantes) e foi fortemente defendida por Weintraub. 

Em mais uma derrota para o ministro, o MEC e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) decidiram, em maio deste ano, adiar a aplicação do Enem devido à pandemia do novo coronavírus. 

Apesar da crise sanitária e da suspensão das aulas presenciais, Weintraub vinha defendendo a manutenção das datas e associou os pedidos de adiamento à "esquerda". A decisão pelo adiamento do Enem deste ano aconteceu após um projeto de lei que previa o adiamento do exame ser aprovado em decisão quase unânime no Senado -o único contrário à medida foi o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). 

Na semana , Weintraub foi multado pelo governo do Distrito Federal por não usar máscara durante uma manifestação bolsonarista no último domingo (14). 

Na segunda-feira (15), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu a prisão e o afastamento do então ministro no âmbito do inquérito que investiga fake news, ofensas e ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). 

Para piorar a situação do agora ex-ministro, no mesmo dia o próprio Bolsonaro fez uma crítica a Weintraub. Durante entrevista ao canal BandNews TV, o presidente disse que o então chefe do MEC "não foi muito prudente" ao participar da manifestação no fim de semana. 

Também na segunda, o STF formou maioria para manter Weintraub no inquérito das fake news, impondo nova derrota ao ministro. O julgamento foi concluído na quarta (17) com o placar de 9 a 1 contra o ex-ministro

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