A Escola de Samba Marambaia nos seus 60 anos de maioridade e de resistência
na defesa de seu bairro, Fátima, e do povo maranhense das mazelas e desmandos
de governos corruptos que sempre usaram
a cultura para seus projetos pessoais e eleitorais, tropeça, arranha, comete
erros e retarda na sua caminhada triufante de ser uma escola genuinamente
popular.
Fundada em 1954, a Marambaia
sempre demostrou nos seus representantes, enredos e na alegria na passarela, a sua
independencia organizativa, preferindo usar seu exército de artistas do
próprio bairro de Fátima.
Lembro que desde os anos 80 a escola sempre movimentou o bairro na
procura de condições financeiras para confeccionar seus carros alegóricos,
adereços e fantasias. Gente nunca foi problema na escola, cada carnaval aumenta
seus componentes. No carnaval de passarela a sua passagem sempre foi esperada
pela maioria dos foliões.
No carnaval de 2011, nessa trajetória de desavios, a Marambaia conquistou
o título inédito de 2º lugar com o tema “Igaraú, um santuário entre nós”. Anos
antes conseguiu contruir sua quadra e se transformou em ponto de cultura [Programa do governo federal], apenas com ajuda pública e grande esforço de seus representantes.
Sempre em evidencia, a escola no
ano de 2013, levou para a avenida
o desfile com o tema "São Luís, solo encantado que a história preservou!" e falou
dos franceses, da invasão dos holandeses, da colonização portuguesa, do negro,
lendas, manifestações folclóricas, reggae, artistas e a São Luís futurista. Porém
nessa apresentação, numa maneira estranha, rebaixaram a escola, por ter
atrasado o seu desfile.
A presidente guerreira Dona Célia sempre defendeu a Escola
contra “vaguear com pires na mão nos gabinetes da vereança, nos prédios do
rangedor e de nunca bater nas portas dos poderosos em busca de grana e outras quinquilharias,
como são useiros e vezeiros os puxa-sacos”. Relembro na postagem do meu amigo,
o jornalista Itevaldo: “Dona Célia: Um símbolo do carnaval maranhense”.
Enfim, toda agremiação cultural, principalmente Escolas de Samba,
tem o direito, inclusive democrático de homenagear quem quer que seja, o papa,
presidente da república, jogador e time de futebol, Bin Laden, Hitler, Sarney, PH, etc. Porém, a Escola Marambaia foge de sua linha cultural desconsiderando a sua
comunidade como tema principal e ter que homenagear um representante da elite
oligarca maranhense.
Portanto, diante dessa barbeiragem cultural, espero que este
ano, a nossa escola na qual eu pessoalmente, oficial deste blog, que estou nela há 28 anos, juntamente com a sua nova geração, aprenda e use esse momento como uma experiência importante e entenda o verdadeiro papel da cultura na luta pela liberdade popular e recoloque em 2016, a Marambaia no seu verdadeiro lugar.
Sempre "Olhando de frente como antigamente".
Je suis Marambaia
Marambaia rumo ao titulo,falem o que quizer,nada vai tirar esse titulo do Bairro de Fátima esse ano!
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