quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Je suis Marambaia. PH não faz parte do "Canto do meu canto".


 
A Escola de Samba Marambaia nos seus 60 anos de maioridade e de resistência na defesa de seu bairro, Fátima, e do povo maranhense das mazelas e desmandos de governos corruptos  que sempre usaram a cultura para seus projetos pessoais e eleitorais, tropeça, arranha, comete erros e retarda na sua caminhada triufante de ser uma escola genuinamente popular.
 
Fundada em 1954,  a Marambaia sempre demostrou nos seus representantes, enredos e na alegria na passarela, a sua independencia organizativa, preferindo usar seu exército de artistas do próprio  bairro de Fátima.
 
Lembro que desde os anos 80 a escola sempre movimentou o bairro na procura de condições financeiras para confeccionar seus carros alegóricos, adereços e fantasias. Gente nunca foi problema na escola, cada carnaval aumenta seus componentes. No carnaval de passarela a sua passagem sempre foi esperada pela maioria dos foliões.
 
 
No carnaval de 2011, nessa trajetória de desavios, a Marambaia conquistou o título inédito de 2º lugar com o tema “Igaraú, um santuário entre nós”. Anos antes conseguiu contruir sua quadra e se transformou em ponto de cultura [Programa do governo federal], apenas com ajuda pública e grande esforço de seus representantes.
 
Sempre em evidencia, a escola no ano de 2013, levou para a avenida o desfile com o tema "São Luís, solo encantado que a história preservou!" e falou dos franceses, da invasão dos holandeses, da colonização portuguesa, do negro, lendas, manifestações folclóricas, reggae, artistas e a São Luís futurista. Porém nessa apresentação, numa maneira estranha, rebaixaram a escola, por ter atrasado o seu desfile.
 
A presidente guerreira Dona Célia sempre defendeu a Escola contra “vaguear com pires na mão nos gabinetes da vereança, nos prédios do rangedor e de nunca bater nas portas dos poderosos em busca de grana e outras quinquilharias, como são useiros e vezeiros os puxa-sacos”. Relembro na postagem do meu amigo, o jornalista Itevaldo:  “Dona Célia: Um símbolo do carnaval maranhense”.
 
Enfim, toda agremiação cultural, principalmente Escolas de Samba, tem o direito, inclusive democrático de homenagear quem quer que seja, o papa, presidente da república, jogador e time de futebol, Bin Laden, Hitler, Sarney, PH, etc. Porém, a Escola Marambaia foge de sua linha cultural desconsiderando a sua comunidade como tema principal e ter que homenagear um representante da elite oligarca maranhense.
 
Portanto, diante dessa barbeiragem cultural, espero que este ano, a nossa escola na qual eu pessoalmente, oficial deste blog, que estou nela há 28 anos, juntamente com a sua nova geração, aprenda e use esse momento como uma experiência importante e entenda o verdadeiro papel da cultura na luta pela liberdade popular e recoloque em 2016, a Marambaia no seu verdadeiro lugar.
 
Sempre "Olhando de frente como antigamente".
 
Je suis Marambaia

Um comentário:

  1. Marambaia rumo ao titulo,falem o que quizer,nada vai tirar esse titulo do Bairro de Fátima esse ano!

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