PF cumpriu 22 mandatos de prisão preventiva |
A Polícia Federal (PF) deflagrou na terça-feira (6 de fevereiro de 2017) a Operação Canaã - A Colheita Final, que investiga o envolvimento de uma seita religiosa sediada em São Paulo em crimes como aliciamento de trabalho escravo, tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro e estelionato.
O nome da operação é uma referência bíblica à terra prometida
Em Minas Gerais, na Bahia e em São Paulo, 220 agentes da PF cumpriram 22 mandados de prisão preventiva, 17 de interdição de estabelecimento comercial e 42 de busca e apreensão – todos expedidos pela 4ª Vara Federal em Belo Horizonte.
De acordo com a polícia, os investigados, que integravam o grupo “Traduzindo o verbo – A marca da verdade”, cooptavam pessoas na capital paulista para que doassem seu patrimônio à seita. Aos fieis, prometiam que o dinheiro seria revertido no sustento de comunidades no interior, onde todos viveriam compartilhando os bens.
Em nota, a PF informa que, depois de devidamente doutrinados, os novos fiéis eram levados para as supostas comunidades, situadas em zonas rurais e urbanas em Minas Gerais, Na Bahia e em São Paulo.
As vítimas do grupo criminoso eram exploradas, sendo forçadas a trabalhar por extensos períodos em lavouras e estabelecimentos comerciais, como oficinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias e confecções, sem descanso ou remuneração.
De acordo com a PF, o grupo acumulou grande patrimônio e já planejava expandir suas ações para o estado do Tocantins.
A investigação começou em 2011, quando a seita estava migrava de São Paulo para Minas Gerais. Em 2013, foi deflagrada a Operação Canaã, com o objetivo de inspecionar propriedades rurais e algumas empresas urbanas. A etapa foi sucedida pela etapa De Volta para Canaã, em 2015, que resultou na prisão temporária de cinco líderes da seita.
Com foto de reprodução da TV Globo.
Fonte: Blog do Paulopes
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