Por Altamiro Borges
Uma cena lamentável que marcou o futebol brasileiro no final do ano passado foi a presença de Jair Bolsonaro na entrega do título de campeão da Série A à Sociedade Esportiva Palmeiras. O oportunista, que já trajou as camisetas de vários times, foi bajulado por atletas que são sua imagem e semelhança – como o violento Felipe Melo e o autoritário Luiz Felipe Scolari. Estes e outros ricaços do futebol nativo, que fizeram campanha do fascista repetindo o gesto de arma, agora devem estar preocupados. Na semana passada, a direção privatista da Caixa Econômica Federal confirmou que cortará os patrocínios para os times do Brasileirão.
Segundo relato da Folha, “os 25 clubes que tiveram contratos de patrocínio com a Caixa em 2018 receberam um aviso no final do ano passado. O banco não renovaria os acordos em 2019. Por isso os dirigentes não ficaram surpresos com a afirmação do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o dinheiro da instituição estatal pode ser melhor aplicado. ‘Às vezes, é possível fazer coisas 100 vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade em times de futebol’, disse Guedes na segunda-feira (7), durante a posse do novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães”.
No ano passado, a Caixa injetou R$ 191,7 milhões no futebol, segundo dados do Diário Oficial. O balanço inclui os times das Séries A e B e patrocínios para os torneios estaduais no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rondônia, Copa Nordeste e Copa Verde. A distribuição dos recursos foi bastante diferenciada, o que sempre gera tensão entre os clubes. A título de exemplo, enquanto o Flamengo recebeu R$ 32 milhões do banco público, o Goiás ficou com R$ 4 milhões. Esse patrocínio não foi gratuito. “O Repucom [métrica que determina a aparição dos patrocínios de futebol na mídia] mostra que houve imagem positiva para a Caixa”, explica Marcelo Almeida, presidente do Goiás, que teme agora o fim dos patrocínios.
A decisão da dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes de extinguir ou diminuir o patrocínio terá forte impacto nos clubes – inclusive na contratação e pagamento dos jogadores e equipes técnicas. A reportagem da Folha informa que “há clubes que já começaram a se preparar no final do ano passado para a vida pós-Caixa. O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires, afirma que os contratos de patrocínio para o uniforme da equipe em 2019 estão quase completos. A situação é mais complicada para Botafogo e Santos, grandes da Série A que não têm patrocínio master para substituir o banco estatal”. Felipe Melo, Scolari e outros alienados do futebol ainda se jactam de ter apoiado o fascistoide?
FONTE: Texto do Blog do Miro
FOTOS: Ilustradas pelo Blog do Mira do Povo e Maskate News
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