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| Garotos Podres - YouTube |
A extrema direita no Brasil virou uma sitcom sem roteirista. Cada semana, seus atores inventam uma nova temporada de maluquices. Já tivemos o episódio da Terra Plana, o spin-off da oração para pneu e agora o especial de Natal com dois enredos: o boicote às Havaianas e a denúncia contra os Garotos Podres. É como se o país fosse governado por roteiristas de “Os Trapalhões”, só que sem a graça.
No caso das Havaianas, Fernanda Torres ousou dizer que queria que as pessoas começassem 2026 “com os dois pés”. Pronto: foi o suficiente para transformar chinelo em arma ideológica. Vídeos de gente rasgando sandália, discursos inflamados e hashtags de boicote. O Brasil, pela extrema direita, conseguiu o feito histórico de transformar um acessório de praia em símbolo da luta política. Enquanto o mundo discute inteligência artificial, aqui a briga é com borracha colorida.
Já no caso dos Garotos Podres, a polícia paulista resolveu ressuscitar uma música de 1985, “Papai Noel Velho Batuta”, como se fosse ameaça à fé nacional. Quarenta anos depois, alguém decidiu que chamar o Bom Velhinho de “porco capitalista” é ofensa religiosa. É como se o Estado tivesse descoberto o punk só agora, e achado que era perigoso demais para a sociedade. O próximo passo deve ser abrir inquérito contra o Chaves por “incitação à pobreza”.
E o mais irônico é que, enquanto o governo e políticos sérios não medem esforços para enfrentar os problemas reais, desemprego, violência, custo de vida e a necessidade urgente de melhorar a educação, a extrema direita prefere brincar de tribunal cultural. Em vez de ajudar a construir soluções, escolhem o limite da burrice: lacrar contra quem não pensa como eles. Pensar o quê? Asneira. É como se o país tivesse dois mundos paralelos: um tentando resolver a vida das pessoas, e outro transformando chinelo e Papai Noel em caso de polícia.
No fim das contas, a extrema direita no Brasil virou uma caricatura: um grupo que prefere transformar chinelo e música punk em caso de polícia enquanto a vida real exige soluções sérias. É como se estivessem presos num circo paralelo, com palhaços que não fazem rir e mágicos que só desaparecem com o bom senso. O público assiste incrédulo e se pergunta: até quando essa turma vai viver no limite da burrice, em vez de ajudar a enfrentar os problemas de verdade?
Fontes: IstoÉ e o Estado de Minas

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