Manifestantes fazem protesto durante audiência da CP |
A primeira audiência da CPI dos Ônibus na Câmara de Vereadores, no Centro do Rio, foi realizada na manhã desta quinta-feira passada e durou 45 minutos. A sessão começou por volta de 10h10 e terminou às 10h55. Onze manifestantes que ocupam a Câmara entraram na Sala do Cerimonial com a boca amordaçada, em sinal de protesto.
Eles ficaram de costas para a mesa onde aconteceu o encontro. A reunião definiu o calendário da CPI, que vai realizar audiências às quintas-feiras no plenário da Casa. Cinco sessões já foram agendadas.
Por conta dos protestos realizados na parte externa da Câmara, a Rua Alcindo Guanabara foi fechada por policiais militares. A interdição impediu a circulação até de pessoas que trabalham na região. De acordo com Brazão, a condição de segurança é muito grave, mas o pedido de ocupação da PM não partiu dele e sim de Jorge Felippe (PMDB), presidente da Casa.
Cerca de 60 manifestantes, alguns mascarados, tentaram enfrentar os militares, que fecharam as entradas laterais da Câmara. A Avenida Rio Branco está interditada, na altura da Cinelândia, devido a manifestação. O desvio é feito pela Avenida Almirante Barroso.
Mesmo amordaçados, manifestantes vaiaram presidente da CPI, vereador Chiquinho Brazão |
Vereadores podem recorrer à Justiça
A Justiça poderá ser acionada para impedir o andamento da CPI dos Ônibus. Oito vereadores da oposição pretendem recorrer aos tribunais pedindo a anulação dos trabalhos, caso o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), não reavalie a comissão — formada por quatro vereadores da base governista que não assinaram o pedido de abertura da CPI.
“Parece um cachorro atrás do rabo. É sempre a mesma coisa e eu já disse que não há o que fazer. Não posso anular uma reunião (a de sexta-feira) em que a ata foi assinada pelos cinco integrantes reconhecendo a legalidade da Comissão. Isso é desrespeitar a lei e o regimento”, explicou Jorge Felippe.
Relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM), com mais de 7 mil folhas, foi entregue aos membros da CPI |
Os onze manifestantes que ocupam as dependências da Câmara desde sexta-feira se reuniram na tarde desta quarta com o presidente da Casa. Eles questionaram a legalidade da comissão e pediram melhores condições para permanência lá dentro. Uma lista de solicitações, como a possibilidade de tomar banho nas dependências do Palácio, ainda será encaminhada à presidência.
Os manifestantes que estão dentro da Casa querem convocar a bancada do PMDB para um diálogo. “Já que o presidente não preside e não tem poder algum, queremos falar com o partido para mudar o regimento”, conclui um dos manifestantes.
Fonte: O DIA - Rio
Fotos: Foto: Angélica Fernandes / Agência O Dia
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