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ONU (Sputnik) – A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o projeto de resolução para acabar com o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos contra Cuba. A resolução foi adotada com 185 votos a favor, duas abstenções e dois votos contra, os dos EUA e de Israel. Ucrânia e Brasil foram os países que se abstiveram. Em seu discurso perante o plenário, o chanceler da ilha, Bruno Rodríguez Parrilla, denunciou os efeitos das políticas restritivas aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba nas últimas seis décadas e seu impacto na vida cotidiana dos habitantes da ilha.
O relatório apresentado pela ilha indica que "não há um único setor da vida social e econômica de Cuba que escape a esses efeitos. Várias gerações de homens e mulheres cubanos nasceram e viveram sob o cerco desta política criminosa, que viola os direitos da população e afeta o bem-estar e o paradigma de desenvolvimento que todo cubano aspira".
O documento, intitulado "É preciso acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", acrescenta que a essência do bloqueio visa sufocar a economia cubana e tornar o povo faminto e necessitado, e qualifica-o como "um ato de guerra econômica em tempo de paz".
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Acrescenta também que esta política de sanções da Casa Branca imposta desde 1962 constitui o principal obstáculo ao desenvolvimento econômico e social de Cuba, bem como ao cumprimento dos objetivos e metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e que com sua efeitos extraterritoriais dificultam as relações da ilha com países terceiros.
“O bloqueio é uma flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, incluindo os princípios de igualdade soberana, não ingerência nos assuntos internos dos Estados, respeito à autodeterminação e independência, entre outros. violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos de homens e mulheres cubanos", enfatiza o relatório cubano.
De acordo com dados oferecidos pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba, somente de agosto de 2021 a fevereiro de 2022, essas medidas restritivas causaram danos à ilha por 3.806 milhões de dólares, um número recorde em sete meses.
Por sua vez, nos primeiros 14 meses do governo de Joe Biden, os danos causados a Cuba por essas políticas de sanções chegaram a 6.364 milhões de dólares.
Segundo o relatório apresentado na ONU, nas seis décadas de aplicação do bloqueio estadunidense contra Cuba, a preços atuais, os danos acumulados somam 154.217 milhões de dólares, enquanto ao valor do ouro, levando em conta as depreciações, danos acumulados atingem a cifra de 1.391.111 milhões de dólares.
Fonte: SPUTINIK Mundo
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