terça-feira, 20 de maio de 2014

Meu nome é Luís Inácio, meu sobrenome é Brasil


De Ricardo Fonseca*
 
Peçu licença pra você leitô, pra mi apresentar direito ao senhô. Nasci no gibão di uma mulé, lá pra´s bandas do Sertão de Caeté. Num dia assim meio rubro, era um dia 27 de outubro. Assim meio tristonho e às vezes risonho, larguei tudo um dia, e fui atrás d´um sonho. Di ser um velho residente paulista ou quem sabe até Presidente. Chegando em São Paulo, vi que um tanto de homem inteligente era mau, num é qui acabei virando – olhe só meu rapaz – até um líder sindical.
 
Fui torneiro mecânico, quase biônico, porque tu sabe, perdi um dedo, que medo. Cumé q´eu ia dá as mão pro povo e um pouco do amor q´eu tinha, se doía e ardia o toco, do dedo qui si partia.
 
Na ditadura, eu combatia não cum dentadura frôxa as agruras dos milicos, mas com apoio e força do meu velho irmão frei Chico. Não é que em 80 me colocaram numa tal de lista, e acabei foi preso por protestar no ABC paulista?
Foi por um Murilo Macedo e João Batista Figueiredo que fiquei trinta dias e meio num tal de DOPS, meu parceiro.
 
Em 84 lutei como um cabra danado pelas diretas já, com Ulysses, Suplicy e Tancredo. Não é que um tal Fernando Henrique formado apareceu lá, todo garboso, com sua velha cara de maracujá?
 
Com o sucesso das diretas já, elegeram o mineiro Tancredo pra ocupá a cadeira mais nobre quesse País tem pra sentá. E olhe minino, nela ele foi cum vuntade de mandá, mas infelirmente, não teve tanta sorte. E com sua morte, veio um cara lá do norte, um tal de Ribamar, que diziam que era um cabra da peste, porque na verdade veio foi do nordeste. Arteiro e Bonachão, não é qui o tal Sarney também é do interior, e di Pinheiro no Maranhão?
 
Em 90 perdi pro Collor, em 94 pro Fernando Henrique, mas o que eu queria logo era colocar o dedo em riste. Em 98 perdi de novo pro FHC, que ocupava o horário nobre na TV, pra dizê, que o que queria mesmo era vendê. E não teve nem CPI, nem confusão, o que ele fez acontecê de fato foi a tal da privatização. Com tanto Jabores por aí, eu te façuma até uma pergunta: Cumé que pode isso Arnaldo? Entregá de bandeja as Estatal pra toda essa turma.
 
De tanto ser insistente, num é que em 2002 me tornei Presidente? E o povo gostou tanto, que em 2006 me reelegeu cantando, e o Lula-lá foi governando. Foram anos de muito baque, por isso iniciei o PAC. Mas o meu coração de dia se partia, quando às veze eu via, que a pobreza consumia, muita gente nessa vida. Por isso seu Abidia, foi que criei o tal Bolsa Família.
 
Cumpri minha missão meu irmão, fiz tudo o qui pudia, e ainda elegi a quirida Dilma. Que fez um governo brilhante, transformando o nosso País em gigante, um forte e grande integrante, da economia litigante, desse enorme globo girante.
 
Meu nome é Luis Inácio e meu sobrenome é Brasil. Se você num concordá cumigo, nesse rincão varonil, bote pilha... e diga isso pru senador Aloysio, quele vai te mandar...
 
*Ricardo Fonseca é Publicitário, divulgador das causas midiáticas e responsável pelo Blog Propagando
 
 
 
 
Fonte: Brasil 24/7

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