quarta-feira, 27 de maio de 2020

Há Mais Mistérios Entre O Gabinete Do Ódio E O Vivendas Da Barra Do Que Sonha A Nossa Vã Filosofia


(Foto: Redes Sociais)

Nunca essa imagem fez tanto sentido como agora. Carlos Bolsonaro, o pavão misterioso e o grande cérebro do gabinete do ódio, carrega consigo a vaidade do Corrimão, personagem criado por Chico Anysio em homenagem às fugas espetaculosas do Escadinha, que mostrava o lado vaidoso de um dos bandidos mais famosos da história do Brasil.
No quadro de Chico, as fugas do Corrimão sempre davam errado porque ele, para se promover, avisava à mídia da fuga espetacular que faria, o que acabava sendo vazado para a polícia. Ainda assim, Corrimão conseguia atrair os microfones e holofotes do noticiário policial como almejava.
Pois bem, como está explícito nessa foto oficial da posse de Bolsonaro, Carlos é a cabeça, tronco e membro do governo tanto que todos os ministros que tentaram bater de frente com ele, tombaram, não importando a patente militar e nem a patente de comparsa civil que a campanha de Bolsonaro teve com as suas vítimas.
Aliás, pouco antes de morrer, coincidentemente, Bebianno revelou muitas coisas que agora estão se desdobrando nos depoimentos do empresário Paulo Marinho que, por acaso, hoje, a Polícia Federal, controlada por Carlos Bolsonaro, que tem Ramagem como principal compadre, aciona sua guarda pretoriana não só contra Witzel no Rio, mas também contra Dória em São Paulo.
Não foi Carlos Bolsonaro que acabou de derrubar Moro?
Segundo a Globo News, uma fonte disse que essa operação tem dupla função, intimidar Paulo Marinho e os governadores opositores a Bolsonaro que pretendem, juntos e de forma inédita, levar um pedido de impeachment de Bolsonaro, em ação coletiva a Rodrigo Maia, depois do que foi revelado na reunião ministerial por Bolsonaro e seus ministros.
O fato é que, da farsa da facada à escalação dos ministros, o maestro, segundo Bebianno, no Roda Viva, foi Carlos Bolsonaro. Bebianno revelou também revelou que era ele, através de um laptop, que comandava a indústria de fake news que na campanha ajudou a eleger Bolsonaro, assim como é a voz de comando do gabinete do ódio.
Lógico que as circunstâncias da morte de Bebianno levantam suspeitas, independente de que lado político se analise esse fato. O mesmo pode-se dizer da estranhíssima coincidência do assassinato de Marielle, adversária política de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, ter sido assassinada por seu vizinho Ronnie Lessa, morador, assim como Carlos e seu Jair, do Vivendas da Barra.
Ronnie Lessa que, além de ter sido sócio de Adriano da Nóbrega no escritório do crime, era o maior traficante de armas do Rio e principal fornecedor de armas para as milícias da zona oeste do Rio, sobretudo a de Rio das Pedras aonde Queiroz costuma se esconder e onde Adriano da Nóbrega era chamado de patrãozão.
Juntem todos esses dados, coloquem no liquidificador e batam por dois minutos e vejam o resultado que revelará que a foto em destaque que traz Carlos no carro como figura central acima de Bolsonaro, traduzindo o título, “há muito mais mistérios entre gabinete do ódio e o Vivendas da Barra do que sonha a nossa vã filosofia”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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