sábado, 11 de outubro de 2025

Tarcísio contra tributo das bets, mas a favor de taxar gorjeta de garçom?


Tarcísio, que agiu para impedir tributação de bets,
tributa gorjetas de garçons em SP

Enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, articula nos bastidores de Brasília para barrar a tributação de apostas online e grandes instituições financeiras, os trabalhadores da ponta, como os garçons continuam sendo taxados em seu estado.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está no centro de uma polêmica que escancarou as prioridades fiscais do seu governo. Segundo reportagem da Revista Fórum, Tarcísio mobilizou sua base no Congresso Nacional para derrubar a Medida Provisória 1303/2025, que previa a tributação de apostas online, as famosas bets, além de bancos e aplicações financeiras que hoje são isentas.

A MP, que tinha como objetivo ampliar a arrecadação federal com foco em setores altamente lucrativos, foi rejeitada após intensa articulação liderada por parlamentares aliados ao governador. O movimento gerou críticas por favorecer grandes conglomerados financeiros e empresas de apostas, que movimentam bilhões, enquanto trabalhadores de baixa renda seguem arcando com tributos.

O contraste fica ainda mais evidente quando se observa que, em São Paulo, o governo de Tarcísio mantém a tributação sobre gorjetas recebidas por garçons. Isso mesmo: o valor que o cliente deixa como reconhecimento pelo bom atendimento é considerado parte do salário e, portanto, sofre incidência de impostos como o INSS e o FGTS.

A incoerência entre proteger os lucros das bets e taxar a gratificação de quem serve mesas em bares e restaurantes gerou revolta entre sindicatos e movimentos sociais. Para muitos, a postura do governador revela uma política fiscal que privilegia o topo da pirâmide econômica em detrimento da base trabalhadora.

“É como se o governo dissesse que quem aposta milhões merece isenção, mas quem rala no balcão tem que pagar imposto até na gorjeta. Isso não é justiça fiscal, é injustiça social”, comentou um feirante ouvido pela equipe do blog..

E aí, leitor do Conversa de Feira, o que você acha?

Essa política faz sentido pra você? Quem deve pagar mais imposto: o banco ou o garçom? Manda teu comentário que a gente quer saber da sua opinião!

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