segunda-feira, 6 de outubro de 2025

A culpa é sempre dos outros: o presidente que foge da responsabilidade enquanto o Sampaio afunda



Por Jorge Antonio Carvalho*

Enquanto o Sampaio Corrêa vive uma das fases mais delicadas de sua história, dentro e fora de campo. o atual presidente parece ter encontrado uma fórmula para se manter no cargo: culpar os outros.

Se o time não avança nas competições, a culpa é da Federação. Se o elenco não rende, a culpa é do técnico. Se a arquibancada protesta, a culpa é da torcida. E assim segue o roteiro de uma gestão que se recusa a assumir seus próprios erros, mesmo diante de uma Bolívia Querida em frangalhos.

Recentemente, o presidente afirmou que o clube perdeu vagas na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste por conta da intervenção da FMF (Veja aqui). A declaração, publicada no GE Maranhão, causou revolta entre torcedores que acompanham de perto os bastidores do clube. Afinal, a crise no Sampaio não começou com a Federação — começou com decisões internas, falta de planejamento e uma gestão que se afastou da base popular.

Antes disso, o mesmo presidente já havia responsabilizado o ex-técnico Zé Augusto pela má fase do time, dizendo que ele “não estava tendo sorte”. Uma tentativa de transformar problemas estruturais em questões de azar, como se o futebol fosse loteria e não resultado de trabalho sério (Veja aqui).

E quando a torcida se manifesta, como fez em diversas postagens e entrevistas no Conversa de Feira, o discurso oficial é de que os protestos atrapalham o clube (reveja aqui). Mas o que realmente atrapalha é a falta de transparência, o desmonte do patrimônio, como a venda do CT José Carlos Macieira e a ausência de diálogo com quem sustenta o Sampaio há décadas: o povo boliviano.

A gestão atual parece viver num espelho invertido, onde toda crítica é vista como ameaça e toda responsabilidade é terceirizada. Enquanto isso, o clube perde espaço, perde identidade e corre o risco de perder sua alma.

Mas a torcida está acordada. O Movimento Sampaio é do Povo criado por vários torcedores para lutar pela Bolívia Querida, cresce, se organiza e exige respostas. Porque não dá mais para aceitar que a mentira fale em nome da tradição, que o fracasso seja disfarçado de perseguição, e que o presidente continue fugindo daquilo que é dele: a responsabilidade pela gestão.

*Jorge Antonio Carvalho - Oficial do Blog Conversa de Feira.



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