quinta-feira, 2 de outubro de 2025
Sampaio Corrêa sob cerco: entrevista de Frota vira palco de desinformação e ataque à torcida
domingo, 14 de setembro de 2025
São Luís e o lixo urbano: quando a prefeitura insiste em enxugar gelo



quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Gás do Povo: Perguntas e respostas sobre o programa
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O programa assegura acesso digno e gratuito a um insumo considerado essencial. Foto: Pexels |
O Gás do Povo é a nova política pública criada para ampliar e fortalecer o acesso ao gás de cozinha no Brasil. Substitui o Auxílio Gás dos Brasileiros (Lei nº 14.237/2021), garantindo mais justiça social, saúde e dignidade às famílias de baixa renda. O programa vai oferecer gratuidade no botijão de gás de cozinha (GLP) para 15,5 milhões de famílias brasileiras, com benefício a cerca de 50 milhões de pessoas. O programa busca diminuir o efeito do preço do gás de cozinha para as famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único, com renda per capita mensal menor ou igual a meio salário-mínimo, e prioriza beneficiários do Bolsa Família. O programa representa um avanço significativo na política de proteção social brasileira, ao assegurar o acesso digno e gratuito a um insumo essencial. É um investimento direto na qualidade de vida, na saúde e na segurança alimentar das famílias.
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Estimativa de famílias beneficiárias por estado |
terça-feira, 2 de setembro de 2025
"Entre o Céu e a Terra: a Travessia de Pinto Martins e a Paixão de um Povo"
Foto: Fornecida pelo autor
Por Raimundo Castro*
Em 1922, quando o Brasil celebrava seu Centenário da Independência, os céus ainda eram território de poucos. Voar era arriscar a vida, apostar contra a gravidade, desafiar os limites do impossível. Foi nesse cenário que um cearense de Camocim, Euclides Pinto Martins, ousou inscrever seu nome na história.
Engenheiro,
mecânico, aviador — homem de coragem e de técnica — Pinto Martins uniu-se ao
piloto norte-americano Walter Hinton para dar vida a uma travessia épica: ligar
Nova Iorque ao Rio de Janeiro, costurando continentes e mares a bordo de um
hidroavião batizado com um nome que atravessaria os séculos: Sampaio Corrêa II.
A
cada pouso forçado em águas turbulentas, a cada reparo feito com as próprias
mãos, Martins não apenas consertava máquinas — ele reafirmava a esperança de
que a ciência e a ousadia poderiam unir povos e nações. Quando, em dezembro de
1922, o hidroavião pousou triunfante na Baía de Guanabara, o Brasil inteiro
compreendeu que um novo tempo havia começado: tempo em que a independência
também se faria pelos ares.
Mas
a epopeia não terminou no Rio. Daquele voo nasceu um símbolo. Quando, no ano
seguinte, um grupo de maranhenses apaixonados pelo futebol decidiu fundar um
clube, escolheram homenagear o feito que incendiava a imaginação nacional.
Assim nasceu o Sampaio Corrêa Futebol Clube, carregando no nome a marca da
ousadia e da coragem. Desde então, o “Tubarão” não é apenas um time: é herança
de um gesto de grandeza, memória de que o povo também pode voar.
O
destino, no entanto, foi cruel com Pinto Martins. Dois anos depois, em 1924,
morreu em Nova Iorque em circunstâncias trágicas. Partiu jovem, sem ver
plenamente reconhecida a dimensão de sua façanha. Mas se a vida se apagou cedo,
sua chama permanece acesa — no aeroporto de Fortaleza que leva seu nome, na
história da aviação brasileira e, sobretudo, na identidade de um clube que
nasceu para ser do povo.
Hoje,
quando o Movimento “Sampaio Corrêa é do Povo” reivindica
democracia, transparência e participação, há um elo invisível que o conecta
àquela travessia de 1922. Se Pinto Martins atravessou mares e tempestades para
aproximar continentes, cabe agora aos torcedores atravessar as nuvens da
opacidade e da má gestão para reconquistar o clube que sempre lhes pertenceu.
A memória do Sampaio Corrêa II não é apenas um capítulo esquecido da aviação: é metáfora viva de resistência. Lembra-nos que nenhuma tempestade é capaz de deter um povo que decide voar. E que, como naquele hidroavião singrando os céus, o Sampaio Corrêa Futebol Clube só cumprirá seu destino se for conduzido pelas mãos firmes e pelos sonhos coletivos de quem realmente lhe dá sentido: a sua torcida, o seu povo, o seu universo tricolor.
*Raimundo Castro - Mestre em Educação pela Universidade Federal do Maranhão. Professor Titular do Departamento de Matemática do IFMA, Campus São Luís-Monte Castelo. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Profissional e Tecnológica, Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino, Doutorando em Ensino, da Rede Nordeste de Ensino - RENOEN, Instituição Associada Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Torcedor do Sampaio Corrêa Futebol Clube
sábado, 30 de agosto de 2025
Salário Mínimo em Alta: Brasil Retoma Poder de Compra Após Anos de Estagnação
O salário mínimo previsto para 2026 é de R$ 1.631,00, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Mais do que um número, esse valor representa uma virada na política de valorização do trabalho no Brasil, após anos de contenção fiscal e corrosão do poder de compra.
Ano |
Salário Mínimo (R$) |
Inflação (IPCA) (%) |
Reajuste (%) |
Ganho/Perca Real (%) |
2015 |
788,00 |
6,41 |
8,84 |
+2,43 |
2016 |
880,00 |
10,67 |
11,68 |
+1,01 |
2017 |
937,00 |
6,29 |
6,48 |
+0,19 |
2018 |
954,00 |
2,95 |
1,81 |
–1,14 |
2019 |
998,00 |
3,75 |
4,61 |
+0,86 |
2020 |
1.045,00 |
4,31 |
4,71 |
+0,40 |
2021 |
1.100,00 |
4,52 |
5,26 |
+0,74 |
2022 |
1.212,00 |
10,06 |
10,18 |
+0,12 |
2023 |
1.320,00 |
5,79 |
8,90 |
+3,11 |
2024 |
1.412,00 |
4,62 |
6,97 |
+2,35 |
2025 |
1.518,00 |
4,51 |
7,51 |
+3,00 |
2026 |
1.631,00 |
4,33 (proj.) |
7,44 |
+3,11 |
Salário Mínimo vs. Cesta Básica (2015–2026)
Presidente |
Ano |
Salário Mínimo (R$) |
Cesta Básica (R$) |
% Comprometido |
Meses p/ 4 cestas |
Dilma |
2015 |
788,00 |
385,00 |
48,85% |
1,96 |
Dilma |
2016 |
880,00 |
410,00 |
46,59% |
1,86 |
Temer |
2017 |
937,00 |
435,00 |
46,42% |
1,86 |
Temer |
2018 |
954,00 |
460,00 |
48,22% |
1,93 |
Bolsonaro |
2019 |
998,00 |
495,00 |
49,60% |
1,98 |
Bolsonaro |
2020 |
1.045,00 |
540,00 |
51,67% |
2,07 |
Bolsonaro |
2021 |
1.100,00 |
580,00 |
52,73% |
2,11 |
Bolsonaro |
2022 |
1.212,00 |
700,00 |
57,75% |
2,31 |
Lula |
2023 |
1.320,00 |
760,00 |
57,58% |
2,30 |
Lula |
2024 |
1.412,00 |
772,00 |
54,68% |
2,19 |
Lula |
2025 |
1.518,00 |
785,00 |
51,70% |
2,07 |
Governo |
Mandato |
Salário Inicial (R$) |
Salário Final (R$) |
Ganho Real (%) |
Lula 1 |
2003 - 2006 |
200,00 |
350,00 |
+38,3% |
Lula 2 |
2007 - 2010) |
380,00 |
545,00 |
+17,4% |
Dilma 1 |
2011 - 2014 |
545,00 |
724,00 |
+12,4% |
Dilma 2 |
2015 - 2016 |
788,00 |
880,00 |
+5,5% |
Temer |
2016 - 2018 |
880,00 |
954,00 |
–0,2% |
Bolsonaro |
2019 - 2022 |
954,00 |
1.212,00 |
–1,2% |
Lula 3 |
2023 - 2026* |
1.302,00 |
1.631,00 (proj.) |
+6,1% (até 2025) |