O Ministério da Cultura do Brasil está entregue à pior face da direita, a do cinismo sistêmico. Bastaram quinze meses para os poderosos da Lei Rouanet minarem as reformas e as raposas do Ecad tomarem conta do galinheiro, enforcando a reforma da Lei do Direito Autoral, além de esquartejar politicamente o ministério.
O trânsito da sociedade no MinC está proibido. Aos críticos, a censura em seu site oficial e, agora, também na mídia, com uma tropa que reúne, entre outros nomes, Ancelmo Gois (O Globo), João Bosco Rabelo (Estadão), Wanderley Guilherme (Casa de Ruy Barbosa) e Cacá Diegues. Todos procurando uma sombra pensionista no véu da noiva.
Evidentemente será o PT e seu setorial de cultura que pagarão o pato dessa polícia administrativa em que se transformou o MinC. Mas o destaque especial fica mesmo para Dilma que, por “razões de Estado” sustenta a veneta de manter Ana de Hollanda.
O Ministério da Cultura, com uma crise inédita, é a própria literatura náufraga. No entanto, quem dispuser de um tempo para avaliar a maior crise da história da Funarte, entre 2007 e 2008, entenderá perfeitamente que a suprema corte, Ana de Hollanda e Antonio Grassi, teve todo o mérito suplicante que levou à bancarrota a Funarte, quando os dois lá estiveram, a ponto da presidência da Funarte ser transferida do Rio para Brasília, deixando apenas vestígios do que foi este órgão antes da era Grassi.
Seja como for, esta é a caricatura eleita por Dilma e sustentada na surdina por vozes misteriosas balbuciadas dentro do PT em consonância com a palavra de ordem da extrema direita. Nisto há uma coisa suprema que vibra como uma harpa em todas as auras que têm interesse direto na tripa que está à mostra hoje no Ministério da Cultura. Todas as tonalidades de interesses privados hoje habitam o MinC povoando as suas sombras. Ninguém, contudo, pode tirar o mérito do gênio por promover o quebra-quebra dentro e fora do ministério, no PT e no governo Dilma, e manter sua corte frustrando milhões de brasileiros.
Antonio Grassi é um grande vendedor de rapadura.
*Carlos Henrique Machado Freitas - Músico, Bandolinista, Violonista, Compositor.
Fonte: Blog Trezentos
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