Pesquisas mostram que mais de 70% dos eleitores de Porto Alegre aprovam a gestão do prefeito atual, mas quem lidera a disputa municipal é a comunista Manuela d'Ávila
Alan Rodrigues, na IstoÉAo despontar para a política nacional em 2006, a jovem gaúcha Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) provocou arrepios no Congresso em razão de seus atributos físicos. Hoje, em seu segundo mandato, os encantos de Manu transcendem a beleza e o sorriso fácil que lhe renderam o título de musa do Congresso. A performance no Legislativo a credenciou para o lançamento de sua candidatura a prefeita de Porto Alegre. E, a seis meses das eleições, as pesquisas eleitorais comprovam: ela é muito competente em angariar votos e tem chances de derrotar um dos prefeitos mais populares do País.
Segundo consulta do Ibope, a pré-candidata do PCdoB está à frente na disputa com 37%, seguida pelo atual prefeito e candidato à reeleição, José Fortunati (PDT), que aparece em segundo, com 28% ou 29%, dependendo do cenário. Se a parlamentar do PCdoB confirmar seu favoritismo nas urnas, ela alcançará um feito inédito. Será a primeira mulher a administrar a capital do Estado. Manuela tenta explicar a receita do sucesso: “Não sou uma oposição radicaloide”, afirma a comunista, que, em 2010, foi a campeã nacional de votos para a Câmara Federal.
O excelente desempenho na pesquisa do Ibope não decorre apenas do fato de Manuela aparecer bem à frente de seus concorrentes. O que também chama a atenção é que o prefeito Fortunati possui uma administração aprovada por 72% da população e classificada de ótima/boa por 55% dos entrevistados. Ou seja, a comunista não só derrota o atual prefeito, como abre larga vantagem sobre um adversário muito bem avaliado pela população.
Para o cientista político André Marrenco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, outra curiosidade da pré-campanha em Porto Alegre, que confirma tendências anteriores, é o declínio eleitoral do PT na capital gaúcha. A legenda de Lula, que já administrou a cidade por 16 anos consecutivos e governa atualmente o Estado com Tarso Genro, aparece na enquete com apenas 2% das intenções de voto. “Depois de quatro administrações, o PT ficou sem uma nova agenda”, avalia Marrenco. Nos bastidores da campanha petista, a sangria tem explicação: o sectarismo político. Em quase três décadas de eleições, o PT de Porto Alegre nunca abriu espaço em suas chapas majoritárias para outras legendas. Na direção nacional do PT, espera-se ainda que Lula convença seus correligionários a desistir da aventura da candidatura própria em Porto Alegre. Os petistas locais resistem a isso. Manuela, que hoje personifica os anseios de setores da esquerda da cidade, e seria a destinatária da maior parte desses votos, torce para esse desfecho. Assim, ela ficaria ainda mais perto de outra grande conquista eleitoral.
Segundo consulta do Ibope, a pré-candidata do PCdoB está à frente na disputa com 37%, seguida pelo atual prefeito e candidato à reeleição, José Fortunati (PDT), que aparece em segundo, com 28% ou 29%, dependendo do cenário. Se a parlamentar do PCdoB confirmar seu favoritismo nas urnas, ela alcançará um feito inédito. Será a primeira mulher a administrar a capital do Estado. Manuela tenta explicar a receita do sucesso: “Não sou uma oposição radicaloide”, afirma a comunista, que, em 2010, foi a campeã nacional de votos para a Câmara Federal.
O excelente desempenho na pesquisa do Ibope não decorre apenas do fato de Manuela aparecer bem à frente de seus concorrentes. O que também chama a atenção é que o prefeito Fortunati possui uma administração aprovada por 72% da população e classificada de ótima/boa por 55% dos entrevistados. Ou seja, a comunista não só derrota o atual prefeito, como abre larga vantagem sobre um adversário muito bem avaliado pela população.
Para o cientista político André Marrenco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, outra curiosidade da pré-campanha em Porto Alegre, que confirma tendências anteriores, é o declínio eleitoral do PT na capital gaúcha. A legenda de Lula, que já administrou a cidade por 16 anos consecutivos e governa atualmente o Estado com Tarso Genro, aparece na enquete com apenas 2% das intenções de voto. “Depois de quatro administrações, o PT ficou sem uma nova agenda”, avalia Marrenco. Nos bastidores da campanha petista, a sangria tem explicação: o sectarismo político. Em quase três décadas de eleições, o PT de Porto Alegre nunca abriu espaço em suas chapas majoritárias para outras legendas. Na direção nacional do PT, espera-se ainda que Lula convença seus correligionários a desistir da aventura da candidatura própria em Porto Alegre. Os petistas locais resistem a isso. Manuela, que hoje personifica os anseios de setores da esquerda da cidade, e seria a destinatária da maior parte desses votos, torce para esse desfecho. Assim, ela ficaria ainda mais perto de outra grande conquista eleitoral.
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