Por Bruno Calixto, da Época
O Irã executou, nesta terça-feira (15), o homem que foi condenado no
ano passado perla acusação de assassinar um cientista que trabalhava no
programa nuclear iraniano, de acordo com a agência de notícias estatal
do país.
Majid Jamali Fashi, de 24 anos, foi condenado à morte em agosto do
ano passado, pelo assassinato de Massoud Ali-Mohammadi, um físico
iraniano que atuava na Universidade de Teerã. Segundo a agência estatal
iraniana, Fashi confessou o crime. Ele teria viajado a Tel Aviv para
receber treinamento da Mossad, a agência de inteligência israelense, e
planejar o assassinato.
A rede de TV do Catar Al Jazeera relata que o Irã acusa Israel e os Estados Unidos de orquestrar o assassinato de seus cientistas nucleares
Irã acusa Israel e os EUA pelo assassinato de quatro cientistas iranianos desde 2010, com o objetivo de sabotar seu programa nuclear. Os países ocidentais suspeitam que programa iraniano pode ser uma tentativa de criar armas nucleares. Enquanto Israel se recusa a comentar sobre as mortes, o país considera o programa nuclear iraniano como uma ameaça. Os EUA negaram qualquer envolvimento com as mortes |
O ataque mais recente a um cientista iraniano
aconteceu em janeiro deste ano. O cientista Mostafa Ahmadi Roshan, de
32 anos, foi assassinado em um atentado à bomba em Teerã. Roshan era
professor de engenharia química em uma universidade de Teerã e
trabalhava como supervisor do centro de enriquecimento de urânio de
Natanz, onde o Irã estaria, segundo as suspeitas de países ocidentais,
desenvolvendo um arsenal nuclear. O Irã diz que seu programa nuclear
atende apenas a fins pacíficos.
Foto: Majid Jamali Fashi, em foto durante o julgamento em agosto. Vahid Salemi/AP
Fonte: Revista Época
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