terça-feira, 21 de maio de 2013

Um Mapa da Intolerância Racial Mundo Afora



Niclas Berggen e Therese Nilsson são economistas suecos que estavam estudando a relação entre liberdade econômica e tolerância racial. Para isso, precisavam encontrar uma forma de medir o nível de tolerância racial de um país, e encontraram no World Values Survey, que pesquisa uma série de dados mundo afora há décadas.
Uma das perguntas feita em todos os países pesquisados (mais de 80) é “que tipo de pessoa você não gostaria de ter como vizinho?”; uma das opções de resposta é “pessoas de raça diferente”.
Os pesquisadores entendem que muitos podem mentir nessa resposta, por medo de parecer racista, mas entendem também que a coragem de expressar essa opinião abertamente é um bom indicador da intolerância racial de uma sociedade.
Países de língua inglesa e latinos foram os mais tolerantes, com exceção da Venezuela e República Dominicana. Os países escandinavos também se saíram bem.


Enquanto racismo é geralmente associado a brancos vs. outras raças, Índia, Jordânia, Bangladesh e Honk Kong são de longe os lugares menos tolerantes do mundo, onde mais de 40% responderam que não gostariam de um vizinho de raça diferente, com o pessoal de Hong Kong chegando a impressionantes 71,8%, seguidos de perto por Bangladesh com 71,7%; a Jordânia marca 51,4% e a Índia 43,5%.
O racismo parece não respeitar fronteiras econômicas ou de educação. A Europa Ocidental, com altos índices de desenvolvimento humano, é mais racista que a Oriental.
A França aparece em primeiro lugar no quesito intolerância, com 22,7% não querendo um vizinho de outra raça. Países que pertenciam à extinta União Soviética, como Belarus e Latvia são os mais tolerantes da Europa.
Os países asiáticos como um todo são intolerantes, com a Coreia do Sul no topo. Já no Oriente Médio, apenas o Paquistão apresenta um baixo índice, com 6,5%, o que mais uma vez mostra que riqueza e educação não são sinônimos de tolerância, já que o país tem um baixíssimo índice de desenvolvimento humano.
Por sinal, os paquistaneses são mais tolerantes do que holandeses e alemães.
O Brasil aparece como um mar de tranquilidade racial, o que mostra, na opinião desse que vos fala, que é muito mais fácil mentir na resposta do que ser sincero, já que sabemos muito bem que a verdade não é exatamente essa.

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