segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Partido de Hugo Chaves elege 20 dos 23 governadores.


Enquanto o presidente Hugo Chávez tenta se livrar do câncer e se recupera da quarta cirurgia em Havana (Cuba), seus seguidores do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) conseguiram neste domingo, dia 16, uma expressiva vitória nas eleições para governadores dos estados: elegeram 20 dos 23 governantes, inclusive o de Zulia (Francisco Arias Cárdenas), o estado mais populoso e mais rico do país, que vem de sucessivos governos da oposição.

O triunfo chavista só não pode ser classificado de esmagador porque faltou tomar o estado de Miranda, o segundo mais populoso, que abrange parte de Caracas, o qual continuará nas mãos da direita: Henrique Capriles, governador de Miranda que tinha sido derrotado por Chávez no pleito presidencial de 7 de  outubro, conseguiu se reeleger, superando o candidato socialista Elías Jaua, ex-vice-presidente de Chávez e ex-ministro da Agricultura. Os outros dois estados ganhos pela oposição são Lara, que já estava com os oposicionistas, e Amazonas.

Mas o avanço dos chavistas foi indiscutível. Além do poderoso estado de Zulia (o candidato a presidente derrotado por Chávez em 2006, Manuel Rosales, era governador zuliano), o PSUV tomou mais quatro que são atualmente governados pela oposição: Carabobo, Nova Esparta, Táchira e Monagas. Quatro destes cinco estados (fica de fora Monagas) são tidos como estratégicos devido ao potencial econômico e a localização geográfica, especialmente Zulia, no noroeste do país, rico em petróleo e que faz fronteira com a Colômbia: seus governantes vinham sendo apontados pelo governo de Chávez como facilitadores da entrada de narcotraficantes e paramilitares no território venezuelano.

Ao saudar o triunfo chavista, Nicolás Maduro, presidente em exercício, disse que "hoje o povo premiou a verdade, a perseverança, e deu um presente de amor ao comandante Hugo Chávez”. Em contato telefônico com a estatal Venezuelana de Televisão (VTV), ele qualificou como "uma vitória histórica, gigantesca", enfatizando ter ficado demonstrado que “o povo apoia o programa da Pátria, que impulsiona a Revolução”.
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