Greve do Transporte Público: Quem são as vítimas e os culpados?

 Motoras cumprindo os 80%. Empresário não liberou a frota.(foto do marrapá)

Hoje é o segundo dia de greve, para entendermos um pouco sobre essa situação é necessário ter a seguinte compreensão: quem são os culpados? E quem são vítimas? Cito abaixo seis atores envolvidos nessa seara, onde devemos identificar e debater sobre as respostas que o tema questiona:

Primeiro: A população que usa o ônibus que paga a conta (passagens e impostos) para se deslocar ao trabalhar ou passear. Crianças, jovens, adultos, idosos, brancos, negros, todas as raças e etnias, o pobre até a classe média, em fim todo mundo exceto o rico que no caso da nossa cidade não usa ônibus.

Segundo: O funcionário do transporte que trabalha 07h20min ou 04 viagens do percurso, que não é capacitado para trabalhar com o público, que diante da situação calamitosa das vias quando o carro quebra é o que paga as peças e os equipamentos.

Terceiro: O Sindicato instrumento de luta dos funcionários, que nas suas reivindicações o economicismo sobrepõe às melhorias de condições de trabalho, como exigir das empresas capacitação da categoria para se relacionar com o usuário, acabar com o ressarcimento das peças quebradas ou pneus estourados devido a buraqueira das vias, redução para 06 horas por tarefa e toda a família ser beneficiada com plano de saúde.

Quarto: O Empresário, o que ganha à concessão da linha, que recebe o recurso das passagens, dos programas de incentivo fiscal para comprar ônibus mais barato, também paga impostos e os funcionários (muito mal) é o que doa em época eleitoral muita grana para candidatos do grupo que possam garantir o seu mau atendimento e permanência nas concessões.

Quinto: A Justiça, com a lei na mão, é a que define normas jurídicas para o movimento, a que deve ajudar evitar antecipadamente o início ou continuidade do movimento. No caso desta greve, ela desqualificou a greve, exigindo que 80% do transporte circulassem normalmente e na sua primeira reunião ontem à noite com as partes, não teve pulso na conciliação.  

Sexto: A Prefeitura que concede as linhas e aumenta as passagens, que deveria através da SMTT fazer investimentos e campanhas para melhoria do sistema, exigir do empresariado o cumprimento da renovação da frota de ônibus, que poderia com habilidade e autoridade, intervir e evitar todos os problemas de relações de trabalho entre funcionários e empresários, em fim, garantir para a população o mínimo de conforto quanto ao uso do transporte público.

Portanto meus amigos você já pode responder com clareza a questão desse tema e debatermos de forma coerente sobre esse sistema falido e definirmos o que devemos propor de mudança na próxima disputa eleitoral.Falo isto porque nessa gestão não tem mais jeito, só outra!