VLT em 2012 foi propaganda enganosa |
Vendo alguns blogs ligados ao sistema mirante no início da semana, notei que querem voltar ao debate sobre a tentativa da gestão de Castelo, no segundo semestre de 2012, precisamente durante a disputa eleitoral para prefeitura de São Luís em 2012, em querer construir uma linha de circulação de um VLT. Esse projeto foi massivamente criticado pela população e sua sociedade organizada.
Nada contra, a crítica foi sobre a forma de implantação do projeto 'nas carreiras' e sem um mínimo de planejamento. Agora o Deputado Neto Evangelista está querendo comprar uma briga contra o prefeito atual Edvaldo Junior, alegando que Castelo tinha sim projeto elaborado do VLT.
Se tem tudo bem, porém não pode ser feito da maneira que a gestão passada tentou. É hora de sentar com calma e discutir a problemática, os recursos e a viabilidade desse importante projeto de mobilidade urbana.
O blog coloca umas das postagem que esclarece com fundamentos técnicos da construção de uma linha férrea, reveja abaixo:
São Luís com seus 400 anos e mais de um milhão de habitantes, merece sim ser cuidada com atenção e carinho com sua população. A implementação de equipamentos, como uma ferrovia urbana que possa circular trens ou VLT, pelo poder público, só vem melhorar a mobilidade urbana e será sempre bem vindo.
Acontece é que o candidato a reeleição da prefeitura de São Luís, João Castelo, através de seus marqueteiros, no intuito de ganhar mais 04 anos de mandato, insistem em querer apresentar para os eleitores uma obra de uma ferrovia para circulação de um VLT com tempo recorde de construção.
Já trabalhei entre os anos de 1981 a 1990 na antiga Companhia Vale do Rio Doce – CVRD, hoje VALE, onde nesse período, junto com outros companheiros maranhenses, mineiros e capixabas construímos palmo a palmo a Ferrovia Carajás, do KM 0 no Anjo da Guarda, ao KM 890 na Serra de Carajás, conheço muito bem como se constrói a superestrutura de uma ferrovia. Alguém pode até dizer que o “trem da vale” é diferente que do VLT, eu respondo que sim. Uma ferrovia urbana para transportar pessoas, é muito mais delicada e requer alta tecnologia e uma logística eficiente. Tem que ser adotada com vários dispositivos de segurança e mãos de obra especializadas, tanto na execução como na operação.
Assista ao vídeo de uma construção rápida de uma ferrovia:
A ferrovia (linha de trilho) deve passar por várias fases e requer muito tempo e equipamentos com tecnologia de ponta para deixar a linha, bem compactada, nivelada e com superelevação nas suas curvas. Sem falar nas construções das obras de arte (pontes e bueiros) e as estações, os pátios de cruzamentos e manobras, passagens de níveis e os testes para confirmar a segurança para os usuários e operadores.
Na propaganda eleitoral de João Castelo, sobre o VLT, a moça diz: “está sendo colocada uma camada de pedra brita, os dormentes ficarão em cima e colocar os trilhos sobre os dormentes e está tudo pronto para o VLT circular”. Simples assim! Pura irresponsabilidade e enganação ou apostar na ignorância do povo e que nesse universo de um milhão de habitantes não existem pessoas que não conhece a matéria.
Em Cuiabá (MT), o custo da construção da ferrovia urbana para circulação do VLT de 22 km, é de quase R$ 1,600 bilhão (veja matéria). A previsão de entrega da obra será no primeiro trimestre de 2014 e mais três meses de testes (veja matéria).
Aqui em São Luís, João Castelo anda dizendo na sua propaganda eleitoral que vai entregar daqui para o final do ano, 5 km, ligando o Terminal da Praia Grande com o Bairro de Fátima, já funcionando. Não informou se houve o processo licitatório, qual o custo da obra e nem sequer existe maquinários para a preparação da superestrutura da linha ferroviária do VLT. Coisas de tucano!
Portanto amig@ eleitor tenha calma e analise com racionalidade. A propaganda do candidato João Castelo sobre VLT, está fora da realidade e repito como o meu companheiro Gilberto Lima foi feliz no seu blog “Obra do VLT é puro marketing eleitoral” (reveja aqui).
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