domingo, 29 de dezembro de 2013

RETROSPECTIVA 2013: Futebol americano não é só para norte-americano! (07 de Abril)



Garotada de toda parte da cidade
Umas das mais importantes atividades para um país, um estado, uma cidade em lutar e implementar políticas públicas com o objetivo de evitar e/ou tirar a nossa juventude da marginalidade, especificamente no uso de entorpecentes, é a prática de esporte. Prática que pode se transformar em competições, consequentemente meio de vida. 
Em São Luís, uma garotada muita ousada e com muitos sonhos, iniciaram a prática de uma modalidade esportiva não muito comum em nosso país e novidade na nossa ilha. O futebol americano.
Em contato com esses garotos, notamos que não existe nenhuma ideia de ser a favor da  vida americana/EUA e contra a brasileira, longe disso, apenas colocar para a sociedade uma modalidade esportiva para que a juventude tenha mais uma alternativa de lazer e entretenimento para todas a classes.
O blog achou importante enfatizar essa iniciativa grandiosa dessa garotada e reproduz trechos da reportagem produzida no imiranteesporte.com do repórter Fernando Oliveira, com fotos de Paulo de Tarso Jr., no final do mês passado, sobre a trajetória da equipe maranhense São Luís Sharks, relatada por dois representantes, o Brayner Rosa e Diego Stan. Veja abaixo:

"SL Sharks quer popularizar o futebol americano no MA"

Quem acha que o futebol americano só é jogado nos Estados Unidos, engana-se. Além de outros países como o Japão, que já foi campeão mundial da modalidade, o Brasil já consegue mostrar uma mobilização significativa para divulgar a prática do esporte mais popular entre os americanos.
O Brasil já possui dois campeonatos nacionais da modalidade e conta com mais de 100 equipes treinando em todo o país. Em um desses campeonatos, promovido pela Confederação Brasileira de Futebol Americano, 34 equipes de 25 cidades e 15 Estados participaram da edição de 2012.
E São Luís, também, não poderia ficar de fora. Inspirados na NFL, a conhecida liga de futebol americano, O São Luís Sharks, única equipe do esporte no Estado, desenvolve, há pouco mais de um ano, um trabalho de popularização do futebol americano.
Em entrevista ao Imirante Esporte, os jogadores Brayner Rosa, um dos fundadores do time, e Diego Stan falaram sobre a ideia de desenvolver a prática dessa modalidade na capital maranhense e como o time vem atraindo jovens interessados em conhecer mais sobre o esporte.
Diego Stan e Brayner Rosa


Diego Stan disse que o começo do time foi bem modesto, como uma diversão. "tudo começou com um grupo de 5 amigos jogando na praia. A princípio, era só diversão. Como a agente treinava na praia, muita gente olhava, mas não levava muito a sério", revelou. "Depois, um foi chamando o outro e, então, a ideia de montar uma equipe de futebol americano em São Luís foi amadurecendo", acrescentou.
Desde então, a equipe passou a treinar em campo aberto. Isso, segundo Diego, trouxe mais visibilidade ao time. "Muita gente passou a ver os nossos treinos e o fato de estarmos treinando em um campo ajudou as pessoas a verem nosso trabalho com mais seriedade", afirmou.
Foi na praia que tudo começou (foto imirante Esporte)


Divulgação e popularização do esporte
O futebol americano nos Estados Unidos abrange não apenas a prática esportiva, mas, também, o aspecto cultural. "Os americanos tem uma cultura bem desenvolvida em relação a esse esporte. Você vê muitas famílias indo ao estádio, desfrutando tudo com muita tranquilidade, ao contrário do Brasil, em que o futebol, nos estádios, vem tirando a família do espetáculo", comentou Brayner Rosa, um dos fundadores do time.
Segundo ele, a ideia é fazer do futebol americano, na capital maranhense, uma extensão do comportamento que o esporte proporciona nos Estados Unidos. "queremos trazer o mesmo espírito que existe lá para o Maranhão", enfatizou.
Modalidade requer disciplina e respeito.
Brayner disse que o Sharks contou com o intercâmbio de alguns atletas mais experientes de outros Estados e, também, com a presença de americanos no campo de treinamento da equipe. “Eles estiveram aqui no Brasil e alguns deles compareceram em um dos nossos treinos. Falaram sobre a visão do esporte por lá, deram algumas dicas sobre treinamento, sobre o lado social do esporte, além do respeito com os jogadores oponentes”, revelou.
Além disso, o Sharks tem uma colaboração importante de um atleta do Panamá, que reside em São Luís. O panamenho teve um contato maior com a prática em seu país e, pela experiência, ajuda o time nos treinamentos. “Ele funciona como um headcoach, que é uma espécie de treinador principal”, ressaltou Brayner.
Para um esporte ainda pouco popular, ganhar novos adeptos, ainda, é um grande desafio. “A gente mantém o projeto do futebol americano aqui pela motivação de jogar e por amor ao esporte. Apesar da ideia de violência que algumas pessoas têm sobre o esporte, existem os equipamentos que protegem o jogador”, destacou Diego Stan.
Outro fator que dificulta um crescimento maior do futebol americano por aqui é o custo. “O custo de um equipamento é alto. Não temos empresas especializadas, no Brasil, na fabricação de equipagem. Temos, muitas vezes, que pedir fora do país”, relatou Diego.
Projetos do São Luís Sharks
Apesar do pouco tempo de existência, o São Luís Sharks tem um projeto de crescimento ousado. Entre os objetivos principais, está o de se inscrever, daqui a dois anos, no campeonato brasileiro de futebol americano. “Queremos participar do brasileiro em 2015. Esperamos que, com a divulgação do esporte, possamos alcançar patrocínio para melhorar a qualidade do nosso trabalho. Precisamos melhorar nossa base de jogo em 2013 e 2014 para chegarmos ao brasileiro em 2015”, enfatizou Brayner Rosa.
Enquanto isso não acontece, o grupo pretende investir em treinamentos táticos e físicos, além da troca de experiências com outros times. O São Luís Sharks, também, já recebeu alguns convites para participar de alguns torneios, entre eles, um torneio que envolve 6 times do Amazonas e do Pará.
Os jogadores do São Luís Sharks ressaltaram que o time é bastante democrático. “Pessoas com portes físicos diferentes podem jogar no nosso time. Você pode ter pessoas com pesos diferentes jogando lado a lado”, revelou Diego Stan.
Treinando no Cohatrac
Serviço
Treinos São Luís Sharks
Onde: Campo do Leozão – Cohatrac IV (Treinos fixos)
Quando: Aos sábados, a partir das 15h
Contatos: Brayner Rosa - 8706 6780/ O

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