terça-feira, 29 de outubro de 2013

Na ONU, mundo pede fim do bloqueio imposto pelos EUA a Cuba


Cartazes em Havana denunciam prejuízos provocados
 pelo bloqueio imposto pelos EUA
A Assembleia Geral da ONU votou pela 22ª vez a situação de Cuba diante do bloqueio econômico, financeiro e comercial que os Estados Unidos impuseram à ilha durante a Guerra Fria e que persiste há mais de 50 anos. Nesta terça-feira (29) 188 países votaram pelo fim da prática, mesmo número que o alcançado em 2012. Apenas dois países — Estados Unidos e Israel — foram contra o fim do bloqueio, três se abstiveram e dois não votaram
 
Desde 1992 quando o assunto passou a fazer parte da pauta da ONU que o resultado é similar, sempre ultrapassando os 180 países contra a medida considerada genocida pelo país caribenho.
 
O projeto que pede o desbloqueio do país apela aos princípios de “soberania e igualdade entre Estados, a liberdade de comércio e navegação e a não interferência em assuntos internos” para pedir que Washington levante as sanções contra o país.
 
Recrudescimento do bloqueio
 
Em sua exposição diante das demais nações presentes na Assembleia, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou que durante o governo Barack Obama o bloqueio financeiro contra a ilha “recrudesceu” e afirmou que as transações monetárias de Cuba são vigiadas de perto pelo “enorme sistema de espionagem global” dos Estados Unidos.
 
Para Rodríguez está nas mãos do mandatário estadunidense criar uma nova dinâmica que mude de maneira definitiva a realidade do país: “O que se ganha com a velha e eticamente inaceitável política que não tem funcionado nos últimos 50 anos?, questionou durante seu discurso em Nova York, e lembrou que Obama foi escolhido "para a mudança".
 
Rodríguez explicou que o bloqueio afeta toda a população e mencionou um centro de cardiologia onde pacientes não podem ser atendidos com a mais alta tecnologia porque a administração Obama considera o centro como um "hospital negado".
 
Rechaço mundial
 
Há algumas semanas, durante a 68ª Assembleia Geral da ONU, mais de 40 presidentes, primeiros-ministros e chanceleres dos cinco continentes pediram o fim do bloqueio classificado como “genocídio, ilegal e relíquia da guerra fria”.
 
De acordo com informações de Cuba, o bloqueio já provocou perdas superiores a 1 trilhão 157 bilhões 327 milhões de dólares.
 

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