segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Quase 40 mil pessoas sob riscos de pistoleiros na Amazonas.


Os crimes de pistolagem na Amazônia apresentaram avanço considerável no último ano. A violência é generalizada principalmente nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. As localidades apresentaram maiores índices de crimes praticados por “jagunços”, contratados por grandes proprietários de terra e madeireiros, para ameaçar trabalhadores rurais e ribeirinhos em áreas de conflitos e proteção ambiental. Em 2011, os nove estados da Amazônia acumularam um total de 39.865 vítimas de crimes do tipo.

A situação é denunciada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade vinculada à Igreja Católica. Segundo levantamento divulgado esta semana, a instabilidade em áreas de conflitos por terra e água registrou aumento significativo em estados como o Mato Grosso, onde o índice de crimes saltou de 900 no ano passado para 2.275 este ano, um crescimento de 152%. Por outro lado, no Amazonas, a CPT apontou diminuição no número de crimes. Em 2010, 3.625 pessoas haviam sido vítimas de pistoleiros. O número caiu para 1.350 até setembro de 2011.

O Pará ainda apresenta zona instabilidade. No ano passao, o estado registrou um total de 23.510 crimes. Este ano o número de vítimas de pistoleiros chegou a 28.945. Considerada uma das maiores áreas de conflitos entre fazendeiros, madeireiros e ambientalistas na Amazônia, a região também registrou a maior quantidade de assassinatos de janeiro a setembro, um total de 9. Entre as vítimas, pessoas ligadas ao movimento de reforma agrária como José Cláudio e Maria do Espírito Santo da Silva assassinados a tiros na zona rural de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.  A morte dos ambientalistas mobilizou autoridades governamentais para envio de tropas da Força Nacional para as áreas de conflito.


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