quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Seminário em Cuba debate novas mídias


A esquerda, Altamiro Borges (PCdoB)
Por Altamiro Borges

Com cerca de 100 participantes de 12 países, realizou-se no Palácio das Convenções, em Havana (Cuba), nos dias 29 de 30 de novembro, o seminário “Os meios alternativos e as redes sociais: novos cenários da comunicação política no âmbito digital”. O evento cumpriu seu principal objetivo, o da troca de experiências, e indicou novos passos para reforçar a “guerrilha informativa”.

O Brasil participou do seminário internacional com quatro representantes: Rosane Bertotti, secretária de comunicação da CUT; Paulo Canabrava, veterano jornalista e criador da revista Terceiro Mundo; Gustavo Sousa, chefe da assessoria de imprensa da liderança do PSD na Câmara Federal; e Altamiro Borges, secretário nacional de mídia do PCdoB.

Potencialidades e limitações

Nos seis painéis apresentados, o consenso de que as novas mídias têm jogado papel cada vez mais relevante na disputa de idéias no mundo. Muitos dos presentes se referiram à onda de protestos nos EUA, ao Ocupe Wall Street, que teve como fator detonador o uso das redes sociais. Outras experiências mundiais foram relatadas, revelando suas potencialidades e, também, suas limitações.

Apesar do crescimento destes meios alternativos, o cenário ainda é de forte dispersão e de ausência de objetivos políticos mais definidos, destacou o professor cubano Raul Garcés. Nesse sentido, vários oradores enfatizaram a necessidade de multiplicar o número de “guerrilheiros cibernéticos”, avançar na qualidade do que é produzido e criar maior sinergia entre os ativistas digitais.

Enfrentar o "bloqueio midiático"

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodrigues, informou que o governo encara como prioritário garantir o acesso à internet para todos. “Não somos um país fechado. É preciso garantir o acesso ao conhecimento. Apesar das nossas dificuldades econômicas, entendemos este direito como uma questão de política pública, um dever do Estado”.

Ao final, lembrou que Fidel Castro, em recente artigo, afirmou que Cuba vive “um bloqueio econômico, político e midiático”. Para ele, o desafio é o de fortalecer os meios alternativos e as redes sociais para elas “falem a verdade, que desmascarem as mentiras de mídia monopolista contra os povos”.

Um comentário:

  1. Moro em Miami, sou fa de Fidel Castro por entender sua luta. Mas ja quase apanhei aqui por dizer que gostava dele. Os cubanos daqui, dizem que ele ,nao deixa os cubanos usarem telefone e muito menos internet, uma vez. Um companheiro de trabalho quase matou a mulher porque no facebook dela tinha um recado de alguem dizendo que sentia muita saudade dela. E depois ele descobriu que tinha sido a propria mae dele, usando a internet em Cuba escondida. Fora que o povo sofre com excessos da policia. Que nao existe liberdade nenhuma la. Ate me disse que nos brasileiros nao somos socialistas, porque nao fazemos ideia do que e morar em Cuba. Mas nao deixei de gostar do Fidel por isso, pois lendo e buscando entender a revolucao. Entendi que no caso dele,a rigidez de seu regime e um meio de sobrevivencia, dele e da soberania cubana.

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