A pesquisa sobre a Situação da Adolescência Brasileira 2011, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), mostrou que 3,7 milhões - ou 17,6% - dos jovens entre 12 e 17 anos do Brasil vivem na extrema pobreza, ou seja, com até um quarto de salário mínimo per capita.
Além desse grupo, mais 7,9 milhões de jovens - ou 38% - vivem em residências em que a renda familiar per capita é inferior a meio salário mínimo. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela Unicef, os dados são referentes aos anos de 2004 e 2009.
Segundo o coordenador de programas da Unicef para os estados de São Paulo e Minas Gerais, Sílvio Kaloustian, os números são intoleráveis, tendo em vista que eles envolvem 11,6 milhões de jovens, o que representa uma grande parcela da sociedade.
“Analisamos dez indicadores, o Brasil melhorou em oito. Porém, piorou em um, que é em relação à pobreza. Permanece igual no tocante a morte violenta. São dados inaceitáveis no plano de direito que deveria garantir a plena efetivação desses adolescentes como cidadãos.”
A pesquisa também avalia casos de HIV/Aids. Para cada oito meninos de 13 a 19 anos infectados, há dez meninas com o mesmo vírus.
Veja no link o valor do Índice de Homicídios da Adolecência (IHA) por Município - Cidades com mais de 100 mil habitantes do Nordeste.
A pesquisa também aponta que a situação dos adolescentes negros e indígenas é a mais preocupante. Nesses grupos, os reflexos dos números são mais severos. Para se ter uma idéia, um jovem negro entre 12 e 18 anos, tem o risco 3,7 vezes maior de ser assassinado. E um indígena, por exemplo, tem 3 vezes mais chance de ser analfabeto.
Fonte: De São Paulo, da Radioagência NP, com informações de Danilo Augusto, Vivian Fernandes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário